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Tecnologia dos Componentes Eletrónicos

Objetivos de Aprendizagem

• Conhecer e Identificar as características gerais dos componentes eletrónicos.

• Determinar os valores nominais das Resistências e Condensadores pelos


códigos de marcação.

• Identificar componentes eletrónicos através dos símbolos correspondentes.

• Consultar livros de características de componentes eletrónicos tipo “Data


Sheet”.

• Identificar componentes eletrónicos através do seu código.

• Verificar o estado de funcionamento de um componente semicondutor com a


ajuda de um multímetro.
Tecnologia dos Componentes Eletrónicos

Âmbito dos Conteúdos

 Resistências

 Condensadores

 Semicondutores.

Duração: 25 horas
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Resistências elétricas fixas lineares

A resistência elétrica é um componente que opõe uma certa dificuldade à


passagem da corrente elétrica.

Funções que podem ser desempenhadas por resistências num circuito:


limitadores de corrente, divisores de tensão, atenuação, filtragem, polarização,
carga, etc.

Tipos de resistências fixas: resistências aglomeradas (de grafite), resistências


de camada ou película (de carvão ou liga metálica) e resistências bobinadas
(de fio de liga de metais: cobre-níquel ou cobre-magnésio).
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Código de cor das resistências


RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Código de cor das resistências de precisão (5 ou 6 anéis)


RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Valores comerciais das resistências

Os números mostrados nas séries são básicos já que os valores nominais são
fornecidos em submúltiplos ou múltiplos (base 10).

Exemplo: Na série E24, número básico 91


Valores nominais: 0,91Ω; 9,1Ω; 91Ω; 910Ω; 9K1; 91K; 910K; 9M1
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Código alfanumérico das resistências

R (Ohm), K (Quilo) ou M (Mega) são colocados no lugar da vírgula.

Ex.: Escrito no corpo da resistência Lê-se o seguinte valor

R33 0,33Ω

2R4 2,4Ω

47K 47KΩ

8M2 8,2MΩ
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Potência de dissipação das resistências


Sempre que uma corrente passa através de uma resistência produz-se calor
(perda de energia) que terá de ser dissipado para o exterior, para que a
resistência não sobreaqueça e queime.
A potência máxima de dissipação das resistências varia segundo o seu
tamanho.

As resistências aglomeradas fabricam-se para 1/8W,


1/4W, 1/2W, 1W, 2W e 3W de dissipação.
As resistências de camada de carvão fabricam-se
para 1/10W ou 1/8W, 1/4W, 1/3W, 1/2W, 2/3W, 1W,
1,5W e 2W.
As resistências de camada metálica fabricam-se
normalmente para 1/4W e 1/2W.
As resistências bobinadas fabricam-se desde 1W a
várias centenas ou milhares de Watt.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS FIXAS LINEARES

Potência de dissipação das resistências


Potências de dissipação mais usuais das resistências
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS VARIÁVEIS

Potenciómetro variável

Ligação entre os terminais:

1 e 3 ► Resistência fixa.
2 e 3 ou 2 e 1 ► Resistência variável.
1, 2 e 3 ► Potenciómetro.

Os potenciómetros são de carvão ou de fio bobinado.

A variação da resistência pode ser linear (LIN ou A), logarítmica (LOG ou B), anti
logarítmica (C), logarítmica lenta (T), logarítmica rápida (F) ou semi-logarítmica (S).

Os potenciómetros mais usados são os lineares e os logarítmicos. Para a regulação do volume do


som utilizam-se potenciómetros logarítmicos, para as correções de frequência (tonalidade) são
preferidos os lineares.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS VARIÁVEIS

Código alfanumérico

R, K ou M são colocados no lugar da vírgula.

Ex:

Escrito no corpo do potenciómetro Lê-se o seguinte valor

R33 0,33Ω

2R4 2,4Ω

47K 47KΩ

8M2 8,2MΩ
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS VARIÁVEIS

Código numérico

Outros estão marcados só com números de três algarismos. O terceiro


algarismo corresponde ao número de zeros.

Ex:

Escrito no corpo do potenciómetro Lê-se o seguinte valor

474 47 0000Ω = 470KΩ

223 22 000Ω = 22KΩ

102 10 00Ω = 1KΩ

220 22Ω
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS VARIÁVEIS

Potenciómetro ajustável (Trim-pot)

Ligação entre os terminais:

1 e 3 ► Resistência fixa.

2 e 3 ou 2 e 1 ► Resistência variável.

1, 2 e 3 ► Potenciómetro.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

As resistências para montagem em superfície (SMD ou Surface Mounting


Devices) da tecnologia SMT (Surface Mounting Technology) possuem um
código de 3 ou 4 dígitos na sua configuração mais comum.

Neste código, os dois primeiros números representam os dois primeiros dígitos


da resistência. O terceiro dígito significa o fator de multiplicação ou número de
zeros que deve ser acrescentado. No caso um 5.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

Para resistências de menos de 10 ohm pode ser usada a letra R tanto, para
indicar Ohm como em lugar da vírgula decimal. Assim, podemos ter 10R para
10 Ohm ou 4R7 para 4,7 Ohm. Em certos casos, com resistências na faixa de
10 a 99 Ohm podem ser utilizados apenas dois dígitos para evitar confusões:
por exemplo, 33 ou 56 para indicar 33 Ohm ou 56 Ohm. Também existem
casos em que o K (quilo) ou M (mega) são usados em lugar da vírgula.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

Para resistências
com 1% de
tolerância foi criada
uma nova codificação
conhecida por EIA-90.
Esta codificação
consiste num código
de três caracteres.
Os dois primeiros
dígitos dão os três
dígitos significativos
da resistência,
conforme a tabela.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

O terceiro símbolo é uma letra que indica o fator de multiplicação. As


letras para o fator de multiplicação são dadas na tabela seguinte.

Por exemplo, uma resistência com a


marcação 22A é uma resistência de 165
ohm. Uma resistência com a marcação
68C é uma resistência de 49 900 Ohm
(49,9 k) e 43E é uma resistência de
2740000 (2,74 M). Este tipo de código
aplica-se apenas a resistências de 1%
de tolerância.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

Para resistências com 2% e 5% de tolerância existe uma codificação


semelhante, com as mesmas letras multiplicadoras usadas no código de 1%.
RESISTÊNCIAS SMD

Códigos para resistências SMD

Considerando essa tabela, uma resistência com a marcação C31 é de 18000


ohm 5% e D18 significa 510 000 ohm com 2%.

As resistências SMD vêm nos seguintes formatos com as seguintes potências


de dissipação.
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIAS

Medição de resistências com multímetro digital

Se conhece o valor da resistência (através do código de cores ou do código


alfanumérico) deverá selecionar o campo de medida imediatamente acima
desse valor.

▪ Selecionar o campo de medida de resistências.


▪ Ligar as pontas de prova ao multímetro.
▪ Se a resistência sobre teste der 0 a resistência
está em curto-circuito ou o campo de medida
selecionado é muito superior ao valor da
resistência a medir.
▪ Se a resistência sobre teste der (infinito) a
resistência está em aberto ou o campo de medida
selecionado é muito inferior ao valor da
resistência a medir.
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIAS

Cuidados a ter na medição de resistências

▪ Quando se pretender medir resistências de elevado valor


(aproximadamente 1 MΩ ou mais) não se deve tocar com as mãos nos
terminais do componente, já que colocaremos a resistência elétrica própria
do nosso corpo (que é elevada) em paralelo com a resistência que se está
a medir o que falseará o resultado da medição.
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIAS

Cuidados a ter na medição de resistências

▪ Não utilizar o multímetro para medir resistências que se encontram


inseridas num circuito sob tensão.

▪ Se tiver que medir resistências que fazem parte de um circuito, é


necessário antes, desligar o circuito.

▪ A medição de resistências num circuito pode ser problemática, já que


frequentemente podem existir outras (resistências, indutâncias,
transformadores, semicondutores) em paralelo com a que se quer medir.

▪ Para combater o problema das resistências em paralelo deve-se desligar


um dos terminais da resistência a medir.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Resistências elétricas não lineares

São resistências cujo valor varia com fatores externos, como por exemplo, a
temperatura, a luz, o campo magnético, entre outros.

Nas resistências lineares o quociente U/I é constante. Nas resistências não


lineares este quociente não é constante. As resistências não lineares
graficamente traduzem-se por uma curva, daí a designação de resistências
não lineares.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Termístores NTC (Coeficiente de Temperatura Negativo)

▪ O valor da resistência diminui à medida que a temperatura


aumenta.

▪ As resistências NTC são fabricadas à base de óxidos


semicondutores.

▪ Têm aplicações na medição de temperaturas, proteção de


circuitos, estabilização da tensão, etc.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Termístores PTC (Coeficiente de Temperatura Positivo)

▪ O valor da resistência aumenta à medida que a temperatura


aumenta.

▪ As resistências PTC são fabricadas à base de titanatos de


bário e de estrôncio.

▪ Têm aplicações como limitadoras da intensidade da corrente


em circuitos e máquinas elétricas, na proteção destes
mesmos circuitos, e em particular de motores, contra
temperaturas exageradas.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Foto-resistências LDR (Resistência Dependente da Luz)

▪ O valor da resistência varia segundo a luminosidade que


incide nela. Na obscuridade apresenta grande resistência e
com luz pequena resistência.

▪ As resistências LDR são fabricadas à base de sulfureto de


cádmio, selénio, etc.

▪ São utilizadas nos fotómetros das máquinas fotográficas, na


deteção de incêndios, controlo automático de luzes, etc.
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Varístor VDR (Resistência Dependente da Voltagem)

▪ São resistências que variam em função da tensão aplicada. O


valor da resistência diminui quando aumenta a tensão.

▪ As resistências VDR são fabricadas à base de carboneto de


silício.

▪ Utilizam-se para proteger os circuitos e aparelhos contra as


sobretensões que surgem quando se desligam circuitos
indutivos. São também utilizadas nos para-raios que
protegem as linhas aéreas..
RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS NÃO LINEARES

Magneto Resistências MDR


(Resistência Dependente do Magnetismo)

▪ O seu valor depende da indução do campo magnético


(indução magnética) em que se situam. A resistência aumenta
com o valor da indução magnética.

▪ São constituídas por semicondutores.

▪ Aplicam-se na medição da indução dos campos magnéticos.


Aproximando ou afastando um íman da MDR pode interferir-
se num circuito sem deslocar contactos elétricos.
CONDENSADORES

Constituição de um condensador

Um condensador é um dispositivo elétrico constituído por duas superfícies


condutoras (armaduras) separadas por um isolante (dielétrico). Os
condensadores são sistemas capazes de armazenar energia electroestática no
seio de um campo elétrico.
CONDENSADORES

Capacidade de um condensador

Define-se capacidade C de um condensador como a “constante de


proporcionalidade entre a tensão U aplicada e a carga Q armazenada numa das
armaduras”.

Q Q – carga (Coulombs - C)
C U – tensão (Volts - V)
U C – capacidade (Farad - F)

A capacidade de um condensador não é mais do que a sua potencialidade


para armazenar energia elétrica.
CONDENSADORES

Carga do condensador

Carga de um condensador em três etapas: condensador totalmente


descarregado e em repouso (a), condensador em carga (b) e condensador
finalmente carregado (c).
CONDENSADORES

Descarga do condensador

A descarga de um condensador consiste em fazer com que as armaduras fiquem


sem qualquer carga, isto é, com uma diferença de potencial nulo. Para
descarregar um condensador, ligam-se as armaduras A e B através de um
condutor (shunt). Quando o condensador está descarregado, a corrente i e a
tensão Uc são nulas.
CONDENSADORES

Carga e descarga do condensador


CONDENSADORES

Associação de condensadores em paralelo

Numa associação em paralelo de N condensadores, todos os N condensadores


estão sujeitos à mesma diferença de potencial.

Ceq  C1  C2  ...  CN
CONDENSADORES

Associação de condensadores em série

Numa associação em série de N condensadores, todos os N condensadores são


percorridos pela mesma intensidade de corrente e a soma das quedas de
tensão é igual à tensão aplicada à série.

1 1 1 1
   ... 
Ceq C1 C2 CN
CONDENSADORES

Tipos de condensadores

Condensador de mica: consiste em camadas alternadas de mica e metal


prensados e impregnados. É utilizado em circuitos de alta-frequência, pois tem
uma boa estabilidade à temperatura.
CONDENSADORES

Tipos de condensadores

Condensador cerâmico: o dielétrico é cerâmico (policarbonato, poliéster, etc.).


As armaduras são constituídas por uma película de prata em cada uma das faces
do dielétrico. É bastante utilizado para montagem em circuitos impressos: em
televisão, rádio, gravadores de áudio e vídeo, telefones, etc.
CONDENSADORES

Tipos de condensadores

Condensador eletrolítico: é utilizado sempre que haja a necessidade de


elevados valores de capacidade, em pequeno volume. Pode ser polarizado ou
não. O dielétrico é um eletrólito líquido ou pastoso (óxido de tântalo ou de
alumínio). O ânodo é uma folha de alumínio e o cátodo é constituído por um
líquido eletrolítico absorvido por uma folha de papel. Têm uma elevada duração e
é utilizado nos filtros de rádio e TV e, em alta-fidelidade.
CONDENSADORES

Tipos de condensadores

Condensador a óleo: como dielétrico


usa-se o papel ou plástico, impregnado
em óleo mineral ou sintético. Têm uma
vida útil longa, é utilizado para baixas
frequências, nomeadamente na
correção do facto de potência das redes
de distribuição e nas instalações fabris.
CONDENSADORES

Tipos de condensadores

Condensador com dielétrico de filme


plástico: têm como dielétrico um material
isolante plástico (poliestireno, polietileno,
acetato de celulose, teflon, etc.). É usado
em altas e baixas frequências, na
correção do facto de potência em
circuitos de iluminação, em rádios, e em
televisores.
CONDENSADORES

Série de valores básicos condensadores

10 12 15 18 22 27 33 39 47 56 68 82

Os múltiplos e submúltiplos decimais destes valores básicos permitem encontrar


os valores dos condensadores.

Exemplos:
▪ para o número básico 10: 1pF – 10pF – 100pF – 1nF – 10nF – 100nF – 1µF –
10µF – 100µF – 1000µF

▪ para o número básico 22: 2,2pF – 22pF – 220pF – 2,2nF – 22nF – 220nF –
2,2µF – 22µF – 220µF – 2200µF

▪ para o número básico 47: 4,7pF – 47pF – 470pF – 4,7nF – 47nF – 470nF –
4,7µF – 47µF – 470µF – 4700µF
CONDENSADORES

Código de cores dos condensadores de poliéster


CONDENSADORES

Código alfanumérico dos condensadores


CONDENSADORES

Código alfanumérico dos condensadores


Tolerância:

Até 10 pF Acima de 10 pF
B =  0,1pF F =  1% G = 2% H =  3%
C =  0,25pF J =  5% K =  10% M =  20%
D =  0,5pF
F =  1pF P = +100% -0% S = +50% – 20% Z = +80% – 20% ou +100% – 20%
G =  2pF
CONDENSADORES

Código alfanumérico dos condensadores

Coeficiente de temperatura:

O coeficiente de temperatura "TC" define a variação da capacidade dentro de


uma determinada faixa de temperatura. O "TC" é normalmente expresso em %
ou ppm/°C (partes por milhão / °C). É usado uma sequência de letras ou letras e
números para representar os coeficientes. Observe o desenho abaixo.
CONDENSADORES

Código alfanumérico dos condensadores

Coeficiente de temperatura:
CONDENSADORES

Código alfanumérico dos condensadores

Coeficiente de temperatura:

Outra forma de representar coeficientes de temperatura é mostrado abaixo. É


usada em condensadores que se caracterizam pela alta capacidade por unidade
de volume (dimensões reduzidas) devido a alta constante dielétrica.
CONDENSADORES

Condensadores eletrolíticos de tântalo


CONDENSADORES DE CAPACIDADE VARIÁVEL

Condensador variável

Ajustes feitos através de um botão giratório e que


geralmente necessitam de serem efetuados
frequentemente.

O dielétrico usado no condensador variável metálico é


o ar e no condensador variável mini é usada uma
finíssima película de plástico. Condensador variável metálico

Condensador variável Condensador variável


mini (plástico) metálico
CONDENSADORES DE CAPACIDADE VARIÁVEL

Condensador ajustável (trimmer)

Ajuste técnico feito através de uma chave


de fendas e que se realiza geralmente uma
só vez.
MEDIÇÃO E ANÁLISE DE CONDENSADORES

Medição e análise de condensadores com multímetro

Se dispusermos de um multímetro
digital com escala de capacidade:
• se conhecermos o valor da capacidade
(através do código de cores ou do
código alfanumérico), deveremos
selecionar o campo de medida
imediatamente acima desse valor.
MEDIÇÃO E ANÁLISE DE CONDENSADORES

Medição e análise de condensadores com multímetro

Se não dispusermos de um multímetro digital com escala de capacidade:


• Selecionar o campo de medida de resistências
• Ligar as pontas de prova do multímetro aos terminais do condensador.
Respeitar a polaridade do condensador se for eletrolítico (de alumínio ou de
tântalo)

• Se a resistência do condensador sobre teste der 0Ω o condensador está em


curto-circuito.
• Se a resistência do condensador sobre teste der ∞ (infinito) o condensador
está em bom estado (já que está a medir a resistência do dielétrico).
DÍODOS

Díodo retificador

O díodo retificador é constituído por uma junção PN de material semicondutor


(silício ou germânio) e por dois terminais, o ânodo (A) e o cátodo (K). É um
componente que só conduz num sentido, sendo por isso usado na retificação
da corrente alternada.
DÍODOS

Polarização de um díodo retificador

No circuito 1 o díodo está polarizado


inversamente (A ► - e K ► +), logo o díodo
não conduz e lâmpada ficará apagada.

No circuito 2 o díodo está polarizado


diretamente (A ► + e K ► -), logo o díodo
conduz e lâmpada acenderá.

A tensão do gerador (4,5 Volt) é superior à tensão nominal do recetor (lâmpada),


isto porque, na junção PN do díodo, quando polarizado diretamente, haverá
sempre uma queda de tensão que nos díodos de silício pode variar entre 0,6 e 1
Volt, e nos díodos de germânio pode variar entre 0,2 e 0,4 Volt.
DÍODOS

Díodo zener

O díodo zener é constituído por uma junção PN de silício e por dois terminais, o
ânodo (A) e o cátodo (K).

O díodo zener quando polarizado inversamente permite manter uma tensão


constante aos seus terminais (UZ) sendo por isso muito utilizado na
estabilização/regulação da tensão nos circuitos.
DÍODOS

Díodo zener - ligação

Se desejarmos alimentar uma carga qualquer com uma tensão invariável,


perfeitamente isenta de qualquer variação ou flutuação, nada mais há do que
montar o sistema constituído pelo díodo zener e a resistência limitadora R, de
tal modo que o díodo fique em paralelo com a carga.
DÍODOS

Díodo zener - ligação

Os díodos zener são definidos pela sua tensão zener (UZ) mas para que possa
existir regulação/estabilização de tensão aos seus terminais a corrente que circula
pelo díodo zener (IZ) deve manter-se entre os valores de corrente zener definidos
como máximo e mínimo, pois se for menor que o valor mínimo, não permite a
regulação da tensão e, se for maior, pode romper a junção PN por excesso de
corrente.
Para que o díodo zener estabilize a tensão nos seus terminais deve-se ter em
atenção o seguinte:
• O díodo zener tem que se encontrar polarizado inversamente
• A tensão de alimentação do circuito tem que ser superior à tensão de zener
• A carga ou cargas do circuito têm que estar ligadas em paralelo com o díodo
zener.
DÍODOS

Díodo zener – caraterísticas técnicas

▪ É um díodo de silício otimizado para trabalhar na região de rutura.


▪ É o componente mais importante dos reguladores de tensão, circuitos que
mantém a tensão da carga praticamente constante apesar das variações na
tensão da linha e da resistência de carga.
▪ Variando-se o nível de dopagem dos díodos de silício, o fabricante pode
produzir díodos zener com tensões de rutura de 2 até 200V.

A utilização do díodo zener é limitada pelos seguintes parâmetros:


DÍODOS

Díodo zener – curva caraterística

Em funcionamento normal, o zener deve ser inversamente polarizado e a tensão


aplicada aos seus terminais deve ser maior que a tensão especificada UZ. É usada
sempre uma resistência em série com o zener para limitar a corrente evitando que
se queime por dissipação de potência excessiva.
DÍODOS

Díodo emissor de luz (LED)

O díodo emissor de luz é constituído por uma junção PN de material semicondutor


e por dois terminais, o ânodo (A) e o cátodo (K). A cor da luz emitida pelo led
depende do material semicondutor que o constitui.
Há leds de 3, 5, 8 e 10mm de diâmetro, cilíndricos, retangulares, triangulares, etc.
No mercado existem leds bicolores, tricolores e intermitentes.
DÍODOS

Díodo emissor de luz (LED) – caraterísticas técnicas genéricas

A corrente direta máxima (IF) deverá estar compreendida entre 10 e 100 mA.

VF – Tensão máxima de polarização direta.


VR – Tensão máxima de polarização inversa.

Material semicondutor que o constitui: VF = 1,6 V


Led vermelho
Fosfoarsenieto de gálio VR = 3 V

Led verde Material semicondutor que o constitui: VF = 2,4 V


Led amarelo Fosforeto de gálio VR = 3 V

Material semicondutor que o constitui: VF = 1,35 V


Led infravermelho
Arsenieto de gálio VR = 4 V
DÍODOS

Díodo emissor de luz (LED) – polarização

Na figura, o led está polarizado diretamente (A ► + e K ► -),


logo a corrente passa e o led acende.

Na figura o led está polarizado inversamente (A ► - e K ► +),


logo a corrente não passa e o led não emite luz.

A resistência em série com o led tem por função


limitar a corrente direta (IF) no díodo emissor de luz,
evitando que se queime.
DÍODOS

Díodo emissor de luz (LED) – aplicação

O display de sete segmentos é constituído por díodos emissores de


luz, tantos quantos os segmentos do display.
Na figura pode ver-se um display constituído por sete segmentos (cada
segmento corresponde a um led) e um ponto decimal (ou seja, é constituído
por oito led). O cátodo de todos estes díodos emissores de luz é comum, pelo
que aplicando uma tensão direta de polarização aos diferentes ânodos se
acenderá um ou outro dos segmentos.
DÍODOS

Díodo emissor de luz (LED) – aplicação

Combinando ordenadamente as tensões diretas aplicadas aos ânodos


pode formar-se qualquer caracter. A seguir mostra-se como se formam as
cifras de 0 a 9. Para isso deve aplicar-se polarização direta aos segmentos
adequados, segundo a seguinte tabela:
Segmento aceso Cifra
a b c d e f g formada
X X X X X X 0
X X 1
X X X X X 2
X X X X X 3
X X X X 4
X X X X X 5
X X X X X X 6
X X X 7
X X X X X X X 8
X X X X X X 9
DÍODOS

Análise de díodos com multímetro


DÍODOS

Análise de díodos com multímetro


DÍODOS

Retificador de meia onda


DÍODOS

Retificador de meia onda com filtragem


DÍODOS

Retificador de onda completa com filtragem


TRANSÍSTOR BIPOLAR

Transístor bipolar

O transístor bipolar pode ser usado para amplificar


pequenas correntes ou para funcionar como um interruptor eletrónico.
TRANSÍSTOR BIPOLAR

Funcionamento do transístor bipolar

O transístor tem como função amplificar a corrente que passa do emissor para o
coletor. É necessário que na base exista uma corrente mínima, caso contrário
não haverá passagem de corrente.
TRANSÍSTOR BIPOLAR

Polarização de um transístor bipolar

Quanto à polarização dos transístores, a tensão da fonte de alimentação é


aplicada entre o emissor e o coletor, sendo a polarização da base obtida por
uma resistência de polarização da base.
TRANSÍSTOR BIPOLAR

Diferentes séries e encapsulamentos


TRANSÍSTOR BIPOLAR

Diferentes séries e encapsulamentos


TRANSÍSTOR BIPOLAR

Identificação dos terminais e polaridade com um multímetro

Colocar o comutador rotativo do multímetro na posição de análise de junções


PN ( )

Para estas identificações podemos considerar o transístor como dois díodos em


oposição.
TRANSÍSTOR BIPOLAR

Identificação dos terminais e polaridade com um multímetro


1. Identificação da base: Devemos encontrar um par de terminais em que, medindo a
resistência num e noutro sentido, esta seja muito elevada. Estamos em presença do
Emissor e do Coletor (entre C e E díodos em oposição R ≈ α). Por exclusão de
partes, o outro terminal é a base.
2. Transístor PNP ou NPN? Coloque a ponta de prova + ou – no terminal da base e a
outra ponta de prova num dos outros terminais.
+ na base ► se R é pequeno, temos polarização direta da junção ► o
transístor é NPN.
+ na base ► se R é grande, temos polarização inversa da junção ► o
transístor é PNP.
- na base ► se R é pequeno, temos polarização direta da junção ► o transístor
é PNP.
- na base ► se R é grande, temos polarização inversa da junção ► o transístor
é NPN
TRANSÍSTOR BIPOLAR

Identificação dos terminais e polaridade com um multímetro


3. Identificar o Emissor e o Coletor: Entre o terminal de Base e qualquer um dos outros
terminais medimos a resistência (no transístor NPN - positivo na Base, no PNP -
negativo na Base). A resistência entre a Base e o Coletor é sensivelmente menor
que a resistência entre a Base e o Emissor.

Teste de fugas: (A corrente de fuga de um transístor de silício é inferior a 1 µA, no


entanto, num transístor de germânio a corrente de fuga já é significativa).
DESIGNAÇÃO DE COMPONENTES ELETRÓNICOS

Norma
europeia
DESIGNAÇÃO DE COMPONENTES ELETRÓNICOS

Norma americana
DESIGNAÇÃO DE COMPONENTES ELETRÓNICOS

Links úteis

Datasheets
http://www.datasheetcatalog.com/
http://www.datasheetarchive.com/
http://abcsemiconductors.com/

http://www.alldatasheet.com/

Software de simulação de
circuitos eletrónicos
http://www.ni.com/multisim/pt/

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