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PURAVIDA

eBook
A importância da
modulação
intestinal
no controle
da depressão
Com Murilo Pereira

Inicialmente é importante salientar que existem diversas causas


relacionadas à etiologia da depressão e não é possível afirmar que a
alimentação seja a única responsável por uma possível cura, no
entanto, é possível afirmar que a alimentação tem papel fundamental
na melhora de tal doença através da conexão intestino-cérebro. A
conexão intestino-cérebro é explicada pela ligação do intestino com o
cérebro pelo nervo vago que possui suscetíveis sinapses nervosas,
levando informações ao cérebro para ocorrer comunicação, com
importante destaque para o triptofano produzido no intestino que é
precursor das moléculas de serotonina.

A interação entre intestino e cérebro está relacionada com a produção


de ácidos graxos de cadeia curta e o processo de inflamação neural é
reduzido quando essa produção é adequada. No mais, múltiplas cepas
probióticas provocam o benefício de melhorar a inflamação neural. O
intestino em estado de disbiose, está relacionado à piora da
depressão, pois gera a conversão de aminas biogênicas além da
ativação da via das quinureninas, levando a piora do quadro, logo a
saúde intestinal está diretamente relacionada ao comportamento. O
intestino que possui alterações gástricas, tem produção de fator
intrínseco reduzida, consequentemente, menor absorção de vitamina
B12. Essas alterações estão relacionadas ao consumo excessivo de
inibidores da bomba de próton.
A atividade física promove um efeito intestinal de reequilíbrio da
microbioma, com maior diversidade e maior quantidade de Akkermansia
muciniphila, logo, o exercício melhora a depressão por melhora da
microbiota em conjunto com outras alternativas de tratamento. Além
disso, outras doenças como Esclerose múltipla, Parkinson e outras
doenças, se assemelham nos benefícios através do exercício físico.

O consumo de uma dieta equilibrada, tem efeito antiinflamatório


principalmente intestinal, por minimizar a ativação de TNF alfa, ativar a
metabolização de triptofano e dos metabólitos produzidos pela
microbiota intestinal, além disso, promover a produção de
neurotransmissores que atuam na circulação, bem como, as células
neuroendócrinas que vão atuar no centro de saciedade. No tocante,
indivíduos com Síndrome do Intestino Irritável e Doenças Inflamatórias
Intestinais, possuem correlação positiva para os sintomas de depressão.
Nesse sentido, tratar o intestino é fundamental.

Tratamento

Os ácidos graxos de cadeia curta, podem ser utilizados pois irão produzir
compostos que reduzem a estimulação de TNF-alfa, reduzem a
inflamação e melhoram sintomas de depressão. Os peptidoglicanos, são
componentes da membrana celular de bactérias gram negativas e
melhoram a plasticidade neural e atuam melhorando o comportamento.
Logo, de maneira geral, o tratamento da ansiedade e da depressão deve
ocorrer através da saúde do intestino, bem como de forma holística,
devendo ocorrer o uso de probióticos com múltiplas cepas a exemplo do
pureprobiotics.

Somado a isso, os precursores de serotonina atravessam a barreira


hematoencefálica, produzem serotonina e auxiliam na melhora do
comportamento, como estratégia de uso e o ômega 3 na dose de 500 g
aumenta fosfatase alcalina intestinal possuindo efeito prebiótico e atua
reduzindo a quantidade de e. Colli intestinal reduzindo sintomas
gastrointestinais.
Nesse sentido, a ingestão de ômega 3 na proporção de 1 grama de EPA
por dia, tem a função de reduzir o quadro de leaky gut, além de
melhorar a função de barreira intestinal. No mais, a cúrcuma possui
efeito positivo no tratamento da depressão na dose de 500 a 100 mg
por dia, como no caso do Inflaminus da PuraVida. Ademais, o uso de
probióticos tem papel na redução de reinternações por
comportamentos depressivos, outro aliado no tratamento de tal
desordem são as fibras, principalmente por meio de comidas in natura
associada ao baixo consumo de ultraprocessados, visando o bem estar
físico e mental.
O impacto
do estresse na
composição
corporal
Com Marcelo Carvalho

De forma conceitual, o estresse é definido como qualquer fator que nos


desvia da nossa homeostase, sendo outro conceito interessante quando
se fala de estresse a alostase, processo de alcançar o equilíbrio através
de mudanças fisiológicas ou comportamentais.

Com isso, o estresse pode se mostrar vantajoso, pois nos permite a


adaptação a esse estressor, no qual, essas adaptações positivas
acontecem quando existe um tempo suficiente para recuperação.

Ao contrário do que acontece numa carga alostática, há a incapacidade


de um indivíduo se recuperar de um estímulo (por vezes crônico), o que
pode desencadear um aumento do estresse oxidativo, imunossupressão
e até alteração do padrão alimentar.

Em resumo, essa carga alostática pode desencadear uma disfunção


mitocondrial, que parece estar associada com doenças crônicas como
colite e gastrite, infecções recorrentes, hipertensão, trombose e até
doenças mentais. Tudo isso, é intermediado pela ativação da amígdala
que leva a ativação do locus pela mitocôndria (e vice-versa),
desencadeando a liberação do Hormônio ligador de cortictropina (CRH)
que leva a secreção do Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela
hipófise, resultando no liberação do cortisol e adrenalina pelas glândulas
adrenais.
Vale ressaltar que este processo em si é benéfico, pois nos permite a
adaptação ao estressor. Entretanto, a ativação crônica desde processo
pode resultar em diversos problemas supracitados, além da alteração da
permeabilidade intestinal, o que pode estar relacionado a aumento da
endotoxemia e o aumento da inflamação crônica pelo tecido adiposo.

Este estado inflamatório crônico, pode desencadear uma resistência a


catecolaminas, insulina e leptina, contribuindo para um ambiente
obesogênico. Tal estado retroalimentado pela conversão de cortisona
em cortisol pelo sistema adiposo (enzima 11 beta HSD 1).

Ainda, essas citocinas pró inflamatórias liberadas pelo tecido adiposo


podem levar a inflamação do parênquima neuronal, desencadeando
uma queda de serotonina, dopamina e BNDF, potencializando o
comportamento orexígeno.

Também, é importante lembrar que a dieta baixa em calorias pode


aumentar os níveis de cortisol, assim como a manipulação dos
macronutrientes. Isto é, o cortisol tem como função a manutenção da
glicemia, por meio do estímulo à gliconeogênese para permitir o estado
de luta ou fuga.

Dessa forma, é necessário levar em conta o tamanho da restrição


energética e a quantidade de carboidratos na prescrição da dieta,
principalmente para aqueles indivíduos com altos níveis de estresse.

Além disso, o exercício físico também deve entrar nessa conta, pois,
embora anti-inflamatório, é uma atividade que necessita de
glicorregulação (mediada pelo cortisol). A respeito do mesmo, existem
evidências que o consumo de carboidratos pode atenuar a necessidade
de gliconeogênese e melhorar o desempenho esportivo.

Por fim, a vida é uma competição exigente, assim como em provas de


longa duração. E como tal, precisamos criar estratégias para chegarmos
“inteiros” à linha de chegada. Senão, estamos fadados ao estresse
crônico.
MICRO-
NUTRIENTES
E COMPOSTOS
NAS FASES DA
MULHER
Com Juliana Bicca

Os hormônios são imprescindíveis para a vida e para a saúde da


mulher e os estrogênios desempenham papel basilar no
funcionamento do organismo feninino. Nesse sentido, modular a
detoxificação estrogénica causa impacto positivo nas desordens
relacionadas ao comportamento, nos sintomas de TPM, miomas e até
mesmo, alguns tipos de câncer. Por isso, os nutrientes têm ação direta
em tal modulação.

As fases da detoxificação (I, II e III) precisam estar em bom


funcionamento para que não ocorra a predominância estrogênica e
nem mesmo a deficiência desse conjunto de hormônios. Assim, na
fase I, as enzimas do citocromo p450 (cyp) são ferro dependentes,
logo, para esse processo ocorrer, é preciso a presença do ferro, que
está comumente em deficiência nas mulheres. Tal fase ocorre
principalmente no fígado mas também pode ocorrer no tecido
mamário e adiposo.

O processo de hidroxilação, torna as substância mais hidrossolúveis,


para serem melhor filtradas no fígado. Porém, esse processo gera
hormônios altamente reativos, necessitando que ocorra a fase dois de
detoxificação. Nesse sentido, medicamentos comumente utilizados
pelas mulheres como os anticoncepcionais e os antibióticos
modificam os metabólitos estrogênicos na fase I de detoxificação,
piorando essa metabolização.
No mais, os polimorfismos genéticos das enzimas do citocromo CYP
p450 estão relacionados com doenças como endometriose, miomatose
uterina e doença fibrocística de mama. A 2 OH estrona tem baixa
afinidade ao receptor estrogênio, e é pouco hepatotóxica, mas não deve
ser hiperativada. A metilação envolve a conjugação de toxinas com
grupos metila e é dependente de vitaminas do complexo B metiladas, a
conjugação necessita de pontes doadoras de metila .

No tocante, a obesidade modifica o funcionamento da resposta


estrogênica, além do tecido adiposo produzir estrógeno, a inibição da 2
OH estrona, tem leptina em altos níveis levando a inflamação e
aromatização, além de reduzir a atividade da CONT. Logo, o
emagrecimento melhora a condição de detoxificação estrogênica.
As bactérias do microbioma intestinal expressam betaglucuronisidases,
ocorrendo a desconjugação dos estrogênios retornando para o fígado e
para a circulação aumentando a predominância estrogênica e os
sintomas dessa síndrome.

A exposição excessiva ao bisfenol A, impacta no aumento da expressão


de 4 OH estrona, associado a inflamação e estresse, que são os maiores
disruptores metabólicos da atualidade. Portanto, a modulação da
síndrome da predominância estrogênica começa com a oferta de níveis
adequados de nutrientes, tendo papel de destaque Os carotenóides,
quercetina, magnésio, fibras, ômega 3, ferro, magnésio e zinco, são
associados a perda de peso nas mulheres obesas, sendo possível a
terapêutica conjunta com o uso de probióticos. Além desses, outros
compostos para serem utilizados são:

NAC 300-600 MG
Glicina 4-8 g
Acido Alfa lipoico 200-1200 mg
GSH > 450 m
Vitamina D3
Vitamina C 500 - 2000 mg
Metilcobalamina 1-3 mg
SAMe 400-1200mg
Zinco 10 -40 g
Whey protein 1 a 3 scoops
SAÚDE FÍSICA
DA MULHER NA
LONGEVIDADE
Com Andréia Naves

Atualmente, é crescente a necessidade de estudos feitos com a


população feminina, principalmente após a desistência de duas
atletas das olimpíadas de Tóquio, devido a saúde mental.

Também, a presença de mudanças cíclicas nos hormônios cíclicos


durante a vida exalta a importância de estudos realizados com essa
população. Entretanto, este acaba sendo um empecilho para a
metodologia científica.

Baseado na literatura científica disponível, parece que no início da


fase folicular inicial (período das tensões pré-menstruais) ocorre uma
perda de desempenho, no qual, pode ser importante para atletas,
tendo em vista que pequenas diferenças podem definir o vencedor de
uma prova.

Ainda, existem diferenças fisiológicas no metabolismo aeróbio (e


oxidação de lipídios) de acordo com o ciclo menstrual, que não
parecem ser significativas para alteração da conduta nutricional.
Embora seja necessário a escuta de cada paciente.
Por outro lado, a preocupação excessiva com a imagem corporal (e
perda de gordura corpórea) está relacionada a prática de jejum
prolongado, baixa ingestão energética, “carbofobia” (e deficiência de
fitoquímicos), baixa ingestão protéica, deficiência de micronutrientes,
overdose de termogênico e uso inadequado de hormônios exógenos; o
que pode resultar em desfechos como perda de massa muscular,
desempenho, amenorréia, osteopenia etc.

Estes comportamentos, assim como o estresse e a falta de sono,


podem acelerar o envelhecimento. Assim, para a manter a longevidade
no esporte, é necessário:
a manutenção da massa muscular, por meio do treinamento
resistido, ingestão de proteínas, creatina e ômega-3;
melhora da saúde intestinal, com o consumo de vegetais, fibras e
probióticos;
manutenção da saúde imunológica, pela manutenção da saúde
intestinal, ingestão de própolis, vitamina D, zinco, selênio, N-
acetilcisteína (produção endógena de glutationa);
boa performance cognitiva (melhora da tomada de decisões e
comunicação entre os neurônios), potencializada pelo resveratrol,
cúrcuma e antocianinas; creatina, DHA, TCM (ácido caprílico);
taurina, cafeína e colina; magnésio, melatonina e complexo B.
suporte osteoarticular que é melhorada pelo treinamento e
também pela suplementação de colágeno tipo II, MSM, ácido
hialurônico, coenzima Q10 e cúrcuma.
equilíbrio hormonal, por meio do óleo de borragem, magnésio,
ômega-3, complexo B, antocianinas, resveratrol, antoxantina e
cranberry.

Por fim, vale ressaltar a importância da disponibilidade energética,


hidratação e ingestão de proteínas, independente da origem (animal
ou vegetal), sendo a ingestão ótima recomendada de 35g de proteína
por refeição, onde uma dessas refeições deve ser pré-sleep.
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