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Curso Gratuito
Educação Alimentar
Carga horária: 55 hs
Conteúdo
Introdução Pág. 07
Importância da Alimentação na Sociedade .......................................................... Pág. 10
A Água ................................................................................................................. Pág. 12
Conceitos Básicos ................................................................................................ Pág. 14
Alimentos Funcionais ........................................................................................... Pág. 16
Biodisponibilidade ................................................................................................ Pág. 18
Benefícios de outros Alimentos ............................................................................ Pág. 19
Pirâmide Alimentar ............................................................................................... Pág. 22
Recomendações como Reforço ........................................................................... Pág. 24
O Cardápio ........................................................................................................... Pág. 25
Plano Alimentar - Fundamentos ........................................................................... Pág. 27
Regras para Elaboração do Plano Alimentar ....................................................... Pág. 33
Leis da Alimentação ............................................................................................. Pág. 34
Introdução à Dietoterapia ..................................................................................... Pág. 35
Cuidade com a Escolha dos Alimentos ................................................................ Pág. 38
Diet X Light........................................................................................................... Pág. 39
Educação Alimentar ............................................................................................. Pág. 41
Programa de Comunicação e Reeducação Alimentar - PCRA ............................ Pág. 43
Attividades Extras para o Profissional de Nutrição ............................................... Pág. 45
Alimentos Orgânicos ............................................................................................ Pág. 46
Educação Nutricional ........................................................................................... Pág. 48
Aleitamento Materno ............................................................................................ Pág. 52
Sistema Alimentar ................................................................................................ Pág. 54
Bebidas Alcoólicas ............................................................................................... Pág. 56
Nutrição para Terceira Idade................................................................................ Pág. 57
Cuidados ao Elaborar um Plano Alimentar .......................................................... Pág. 59
Cuidados com a Alimentação no Diabetes........................................................... Pág. 62
Exemplos de um Regime Alimentar Saudável ..................................................... Pág. 63
Entrevista – Alimentação Balanceada (Adaptado da Revista Boa Forma) .......... Pág. 64
EDUCAÇÃO ALIMENTAR – INTRODUÇÃO
NOÇÕES BÁSICAS
ORIGEM ANIMAL
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ORIGEM VEGETAL
As mais diversas plantas, desde a semente até os frutos: arroz, feijão, milho,
mandioca, batata, cenoura, alface, tomate, laranja, banana, mamão,
abacate, etc.
ORIGEM MINERAL
CONSTRUTORES
ENERGÉTICOS
REGULADORES
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As fibras ajudam na digestão, facilitando o movimento dos alimentos no
aparelho digestivo e no bom funcionamento do intestino.
A ALIMENTAÇÃO IDEAL
A pirâmide alimentar representa todos esses grupos e serve como guia para
nos auxiliar na escolha do que vamos consumir.
PIRÂMIDE ALIMENTAR
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IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA SOCIEDADE
INFLUÊNCIAS NA ALIMENTAÇÃO
Cultural;
Comunicacional;
Religiosa;
Econômico-social;
Climática;
Geográfica(regionais);
Psicológica.
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A ÁGUA
Uma pesquisa feita por cientistas dos Estados Unidos, afirma que beber
água antes das refeições ajuda as pessoas a perderem peso.
Cientistas do Estado americano da Virgínia, afirmam que pessoas que estão
em dieta podem perder cerca de 2kg a mais se elas beberem pelo menos
dois ou três copos por dia, antes das refeições.
A pesquisa foi apresentada em um congresso nacional da Sociedade
Americana de Química, em Boston.
Todos os adultos que participaram da pesquisa tinham entre 55 e 75 anos
de idade. A teoria dos cientistas foi testada em 48 adultos, divididos em dois
grupos, ao longo de 12 semanas.
Ambos os grupos seguiram dietas de baixa caloria, mas um deles bebeu
água antes das refeições.
Ao longo de 12 semanas, as pessoas que beberam água perderam cerca de
7kg, enquanto os demais perderam em média 5kg.
Um estudo anterior já havia mostrado que pessoas que bebem até dois
copos de água antes de cada refeição ingerem de 75 a 90 calorias a menos.
ATENÇÃO
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Na verdade, além de ser o componente maioritário do corpo humano, a água
é, ainda, o meio por onde se processam todas as reações do nosso
organismo:
Transporta nutrientes;
Regula a pressão sanguínea;
Participa no controlo da temperatura;
Mantém o equilíbrio dos ácidos;
Ajuda, também, a eliminar as impurezas;
Auxilia no processo da digestão.
3 – Nos dias muito quentes beba mais água. A água fornece os elementos
químicos essenciais ao equilibrado desenvolvimento e manutenção do
organismo humano;
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As propriedades do bicarbonato facilitam e garantem uma digestão mais
eficaz dos alimentos.
VANTAGENS
Melhora a função renal;
Diminui a tendência para a formação de cálculos renais;
Melhora o funcionamento intestinal.
FALTA DE ÁGUA
Má irrigação, e o oxigênio não chegam às células em quantidades
suficientes;
O funcionamento do cérebro, músculos e diversos órgãos ficam
comprometidos;
Fadiga e dificuldades circulatórias;
Desidratação (lábios, boca e garganta secos, diminuição da produção
de saliva e pele sem elasticidade).
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CONCEITOS BÁSICOS
1. NUTRIENTES
Substâncias químicas presentes nos alimentos, indispensáveis à saúde.
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2. DIETÉTICA
É a ciência de alimentar corretamente pessoas e coletividades sadias.
3. CALORIAS
São nutrientes energéticos , quando queimados (oxidados) nas células,
fornecem a energia e o calor que necessitamos.
4. NUTRIÇÃO
É a combinação de processos alimentares.
A nutrição compreende 3 fases:
Fase da alimentação;
Fase da digestão, da absorção e do metabolismo.
Fase da excreção.
FASE DA ALIMENTAÇÃO
Compreende a escolha, a preparação e o consumo de alimentos.
FASE DA DIGESTÃO
Começa a partir da ingestão de alimentos, até o momento que o organismo
utiliza seus componentes para manutenção e/ ou recuperação da saúde.
FASE DA EXCREÇÃO
Compreende a eliminação de parte dos componentes alimentares utilizados
e não utilizados.
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ALIMENTOS FUNCIONAIS
Definição
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Alimentos com atividade antioxidante: protegem o nosso
organismo da oxidação provocada pelos radicais livres.
Auxiliam no combate a várias doenças como câncer,
cardiopatias, catarata e diabetes. São ricos em Vitamina C,
Zinco, Vitamina E, Betacaroteno. Podemos encontrá-los na
cenoura, abóbora, brócolis, espinafre, tomate, entre outros;
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BIODISPONIBILIDADE
(1) BIOCONVERSÃO;
(2) BIOEFICÁCIA;
(3) BIOEFICIÊNCIA.
Sendo que:
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BENEFÍCIOS DE OUTROS ALIMENTOS
1. BETACAROTENO
2. ISOFLAVONAS
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Onde encontrar: soja e seus derivados.
3. LICOPENO
Como age: evita e repara os danos dos radicais livres que alteram o
DNA das células e desencadeiam o câncer;
4. ÔMEGA 3
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Onde encontrar: peixes de água fria, como salmão e truta, e óleo de
peixes.
5. FLAVONÓIDES
6. PROBIÓTICOS
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PIRÂMIDE ALIMENTAR
ANÁLISE DA PIRÂMIDE
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3º. Nível: alimentos construtores, ricos em proteínas- ajudam na
formação de células e tecidos orgânicos:
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RECOMENDAÇÕES COMO REFORÇO
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O CARDÁPIO
EXEMPLO:
Refeição 1 – proteínas/carboidratos;
Refeição 2 – proteínas/frutas;
Refeição 3 – proteínas/carboidratos/vegetais;
Refeição 4 – proteínas/carboidratos/vegetais;
Refeição 5 – proteínas/frutas.
Intervalo entre cada refeição: 2:30 a 3 horas;
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Ótimo consumo de água durante o dia.
Refeição 1 – proteínas/carboidratos;
Refeição 2 – proteínas/frutas;
Refeição 3 – proteínas/carboidratos/vegetais;
Refeição 4 – proteínas/frutas;
Refeição 5 – proteínas/carboidratos/vegetais;
Refeição 6 – proteínas/frutas.
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PLANO ALIMENTAR - FUNDAMENTOS
ATENÇÃO
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O plano alimentar deverá ser sempre individualizado e
adaptado às comorbilidades (hipertensão, dislipidemias,
diabetes, etc.) que o indivíduo apresenta;
Motivo da consulta/diagnóstico;
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História Clínica;
Avaliação Antropométrica;
È importante analisar:
HISTÓRIA CLÍNICA
Medicação habitual.
HISTÓRIA ALIMENTAR
Alimentos preteridos;
Alimentos preferidos;
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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Peso;
Altura;
IMC;
Composição corporal:
Gordura subcutânea;
Impedância Bioelétrica (BIA).
Já citado anteriormente
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CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE ABDOMINAL (INDEPENDENTE
DA ALTURA)
Circunferência da cintura
(cm)
Risco de complicações
Homem Mulher
metabólicas
NECESSIDADES ENERGÉTICAS
Metabolismo Basal:
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NECESSIDADES DIÁRIAS ENERGÉTICAS
Muito Leve 31 30
Leve 38 35
Moderada 41 37
Pesada 50 44
Violenta 58 51
RESUMO
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REGRAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR
1. Variedade;
2. Moderação;
3. Proporcionalidade.
Da alimentação;
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LEIS DA ALIMENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO À DIETOTERAPIA
DIETA
Dieta ou regime alimentar é um conjunto sistematizado de normas de
alimentação de um individuo, seja ele sadio ou doente.
DIETOTERAPIA
È o tratamento dos indivíduos portadores de determinadas patologias,
através da alimentação.
FOCO DA DIOTERAPIA
INDIVÍDUO FINALIDADES
Prevenir alterações nutricionais;
Restabelecer o estado nutricional;
Auxiliar na cura de doenças.
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DICAS BÁSICAS
Considerar preferências;
Considerar religião;
TIPOS DE DIETAS
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Dieta terapêutica:
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CUIDADO COM A ESCOLHA DOS ALIMENTOS
1) PRODUTOS EMBALADOS
Verifique o prazo de validade e outras informações que são importantes,
como ingredientes utilizados, composição nutricional, modo de conservação
e de preparo.
A embalagem precisa estar perfeita. Não pode estar estufada, enferrujada,
amassada ou rasgada.
O produto não deve estar com a cor, cheiro ou consistência alterados.
Observe se o local de armazenamento está em boas condições, se as
prateleiras estão limpas, os refrigeradores e freezers ligados e em
temperatura adequada.
Só compre produtos de origem animal com o selo de garantia do Serviço de
Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura.
Se houver qualquer dúvida sobre o uso e conservação do produto, consulte
o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
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DIET X LIGHT
LIGHT - O termo light pode ser utilizado em produtos que tenham baixo ou
reduzido valor energético ou valor nutricional.
Os alimentos light devem ter no máximo 40kcal/100g em produtos sólidos.
No caso de bebidas, a proporção é de até 20kcal/100ml ou a redução
mínima de 25% em termos de calorias, em comparação com produtos
similares convencionais.
O produto ao qual o alimento é comparado deve ser indicado no rótulo.
A legislação brasileira define rotulagem como “toda inscrição, legenda,
imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada,
gravada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem do
alimento”.
Tais informações destinam-se a identificar a origem, a composição e as
características nutricionais dos produtos, permitindo o rastreamento dos
mesmos, e constituindo-se, portanto, em elemento fundamental para a
saúde pública.
Cabe ressaltar, ainda, que as informações fornecidas através da rotulagem
contemplam um direito assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor
brasileiro que, em seu artigo 6º. determina que a informação sobre os
diferentes produtos e serviços, deve ser clara e adequada e “com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade
e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”.
A rotulagem dos alimentos, ao orientar o consumidor sobre a qualidade e a
quantidade dos constituintes nutricionais dos produtos, auxilia escolhas
alimentares apropriadas, sendo indispensável, no entanto, a fidedignidade
das informações.
Falhas na legislação vigente no Brasil, propiciam informações incorretas,
podendo confundir o consumidor, principalmente no que se refere à
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Informação Nutricional Complementar (INC) e às normas sobre alimentos
para fins especiais.
O acesso à informação correta sobre o conteúdo dos alimentos integra o
direito à alimentação, por constituir-se em elemento que contribui para a
adoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis, configurando-se,
em seu conjunto, uma questão de segurança alimentar e nutricional.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), principal
instituição do Ministério da Saúde (MS), entre outras atribuições, é
responsável pela fiscalização da produção e comercialização dos alimentos,
incluindo a normatização para a rotulagem dos mesmos.
Embora a elaboração de legislações para controle e vigilância de alimentos
tenha tido início na década de 50, somente com a criação da ANVISA, em
1999, a rotulagem nutricional tornou-se obrigatória.
Os produtos diet são classificados como alimentos para fins especiais e
definidos como sendo “alimentos especialmente formulados ou processados,
nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes adequados
a utilização de dieta, diferenciadas e/ou opcionais, atendendo às
necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas
específicas”
O termo light indica um alimento que apresenta uma redução mínima de
25% do valor calórico ou do conteúdo de algum nutriente, quando
comparado a um similar tradicional.
Tal exigência é classificada como uma Informação Nutricional Complementar
(INC), caracterizando os denominados “produtos light”. Segundo a Portaria
nº. 27, de 1998, do Ministério da Saúde, este termo pode ainda ser utilizado
em alimentos que cumpram os atributos “reduzido” e/ou “baixo” em algum de
seus constituintes, definindo quantidades específicas para cada um desses
atributos.
O consumo dos alimentos diet e light vem se popularizando junto a
consumidores que necessitam de produtos sem determinados ingredientes
ou que buscam manter a forma física, independente, inclusive, de possuírem
preços mais altos, quando comparados aos similares tradicionais.
Esse crescimento teve início particularmente a partir de 1988, quando os
dietéticos, que eram classificados como “medicamentos”, passaram a ser
denominados “alimentos”, tendo seu consumo liberado sem exigência de
receituário específico.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR
Muito se tem falado sobre reeducação alimentar, mas será que não caberia
melhor educação alimentar ou educação nutricional?
Reeducar significa tornar a educar e educação significa o ato de educar,
processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do
ser humano.
A educação alimentar compreende algo mais complexo, é um processo, ou
seja, além da mudança de hábitos alimentares, existe o aprendizado do que
é saudável, mantendo aspectos do indivíduo; é a construção do
conhecimento, a vivência.
Para que cada um entenda e adquira bons hábitos alimentares e os
transmita, é necessário que a pessoa participe realmente do processo.
Ela deve querer conhecer os alimentos, suas funções no corpo, sua
importância, para entender o porquê desses alimentos serem
recomendados.
A alimentação não deve ser imposta como algo fixo, restrito, que gere
sacrifícios.
Deve ser algo planejado, conforme as preferências da pessoa e,
principalmente, levando em conta hábitos e costumes, respeitando aspectos
culturais, tudo com muito bom senso e, claro, com o equilíbrio nutricional
necessário.
É muito importante que o educador respeite a individualidade da pessoa e
conheça seus hábitos atuais, para que, aos poucos, introduza o que é
necessário melhorar e incentive para que continue mantendo o que é bom,
garantido assim uma boa nutrição.
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O problema alimentar é educacional;
Educação alimentar consiste em incentivar mudanças no
comportamento de pessoas, grupos e população;
O poder aquisitivo é um fator extremamente determinante do
consumo alimentar;
Alimentos inadequados estão mais disponíveis e são, na maioria das
vezes, mais atraentes;
O comportamento alimentar do individuo é o fator que mais influencia
no seu estado nutricional.
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PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO E REEDUCAÇÃO ALIMENTAR – PCRA
Como planejar?
Qual é o diagnostico?
Qual é o problema?
Quais os objetivos?
Quais os métodos?
Quais os recursos?
Como avaliar?
Como monitorar?
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1ª. FASE - DIAGNÓSTICO
Motivação;
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ATIVIDADES EXTRAS PARA O PROFISSIONAL DE NUTRIÇÃO
Combater o desperdício;
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ALIMENTOS ORGÂNICOS
Hortaliças;
Café;
Açúcar;
Sucos;
Mel;
Geléias;
Feijão;
Cereais;
Laticínios;
46
Doces;
Chás;
Ervas medicinais.
47
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
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Estados Unidos, com o objetivo primeiro de garantir estabilidade dos preços
no mercado internacional e fomentar o desenvolvimento de mercados
externos, compostos por potenciais compradores, que se habituariam a
certos produtos recebidos inicialmente por intermédio destas doações.
Evidentemente, não faltaram críticas a tais iniciativas, o que levou ao
descrédito a Educação Nutricional, por razões de ordem ética e política.
Nas décadas de 60 e 70, no âmbito internacional, a Educação Nutricional
distanciou-se de suas raízes sociais e antropológicas.
A sociologia cedeu lugar à medicina, como mentora dos programas de
Educação Nutricional e o critério de êxito, inspirado nas concepções
behavioristas de educação, passou a ser exclusivamente a mudança de
comportamento observável.
No Brasil, nas décadas de 70 e 80, ela passou a ser vista como prática
domesticadora, repressora e até aviltante, reprovada por todos os que
prezassem a liberdade de expressão.
Comer o que se quer, na hora que se quer e como se quer era uma forma de
exercer o direito à liberdade e ensinar o que é melhor para a saúde era
entendido como cerceamento desse direito.
No início da década de 90, fatos novos fizeram ressurgir o interesse pelo
assunto: a divulgação dos resultados da Pesquisa Nacional Sobre Saúde e
Nutrição realizada pelo Ministério da Saúde, que apontavam para o
expressivo aumento na prevalência de obesidade, principalmente entre
mulheres de baixa renda; a comparação dos resultados da Pesquisa de
Orçamento Familiar, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, com estudos de décadas anteriores, evidenciou incremento
importante no consumo de alimentos, especialmente daqueles mais
calóricos e menos nutritivos.
No mesmo período, observou-se decréscimo no consumo de frutas, cereais
e leguminosas.
O tradicional arroz e feijão perdiam seu prestígio, enquanto biscoitos doces,
refrigerantes e embutidos ocupavam terreno nas gôndolas dos
supermercados. Por outro lado, a constatação científica do fato de que a
alimentação de má qualidade é um fator de risco para várias doenças, fez
com que a Educação Nutricional fosse lembrada como medida a ser
considerada para reverter a tendência ao crescente consumo de gorduras,
açúcar e produtos industrializados, que não trariam benefícios à saúde.
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reeducar-se para tornar a alimentação mais saudável e isso não é mais visto
como imposição, mas como uma chance de ganhar mais vida com
qualidade, pondo em prática alguns conhecimentos gerados pela ciência da
nutrição, devidamente trabalhados por quem sabe que o fenômeno da
alimentação não é apenas biológico.
Não comemos nutrientes, mas alimentos, e o significado deles na esfera
afetiva, psicológica e nas relações sociais não podem jamais ser
desconsiderados pela Educação Nutricional.
Educar no campo da nutrição implica em criar novos sentidos e significados
para o ato de comer.
Foi-se o tempo em que se puxava da gaveta dietas prontas de 1200kcal, que
proibiam o consumo de tudo que não fosse arroz, bife grelhado e salada.
Educar, no âmbito da alimentação, implica em conhecer profundamente o
que é alimentação.
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aqueles que passam fome daqueles que jamais experimentaram a sensação
de não saber se amanhã haverá o que por na mesa.
Pablo Neruda
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ALEITAMENTO MATERNO
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de micronutrientes da alimentação, particularmente do ferro (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2001, 2000).
Entre outras vantagens, o aleitamento materno confere importante proteção
contra a morbimortalidade por doenças infecciosas nos primeiros anos de
vida, sendo reconhecido como potencial fator preventivo importante na
redução da mortalidade infantil no mundo (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2001, 2000).
Outra questão importante diz respeito aos efeitos em longo prazo do
aleitamento materno. Estudos recentes mostram que crianças amamentadas
tendem a apresentar menor prevalência de obesidade na infância, com
possíveis repercussões na adolescência (JONES et al., 2003; OWEN et al.,
2005).
O Brasil vem, desde a década de 80, desenvolvendo estratégias para apoiar
a promoção e proteção do aleitamento materno, por meio de iniciativas de
capacitação de recursos humanos, apoio aos Hospitais Amigos da Criança,
produção e vigilância das normas nacionais de comercialização de alimentos
infantis, campanhas nos meios de comunicação e apoio à criação de bancos
de leite humano, entre outras.
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SISTEMA ALIMENTAR
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Atualmente, em função das exigências do padrão de estética em “moda”,
muitas vezes inapropriado para a grande maioria das pessoas, são muitas
as opções de “dietas milagrosas” que prometem a perda de peso, de forma
acentuada e rápida. Não faltam exemplos, como a dieta da lua, dieta das
frutas, dietas da sopa, dieta das proteínas, dietas dos shakes, dietas com
restrição a carboidrato, entre tantas outras.
São dietas que geralmente restringem o tipo de alimento a ser consumido
(tipo e qualidade) e a quantidade diária de ingestão.
Em sua grande maioria causam efeitos negativos na saúde e não atendem
aos requisitos exigidos de uma alimentação saudável para manutenção da
saúde.
Mesmo as dietas para perda ou manutenção do peso corporal, que exigem
redução calórica, devem atender ao padrão alimentar e nutricional
considerado adequado.
Além disso, deve ser uma oportunidade de aprender e exercitar a
reeducação alimentar, atendendo aos quesitos da adequação em
quantidade e qualidade, prazer e saciedade.
A formação dos hábitos alimentares se processa de modo gradual,
principalmente durante a primeira infância; é necessário que as mudanças
de hábitos inadequados sejam alcançadas no tempo adequado, sob
orientação correta.
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BEBIDAS ALCOÓLICAS
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NUTRIÇÃO PARA TERCEIRA IDADE
ALIMENTAÇÃO DIFERENCIADA
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Os idosos sofrem perda progressiva de massa muscular e, portanto, de
massa magra. Essa perda de massa muscular é causada por vários fatores.
Dentre eles, destacamos a inatividade física e a progressiva redução da
ingestão alimentar.
Nesses casos, somente idosos em programas de recuperação muscular,
que praticam atividades físicas, conseguem reduzir a perda de massa
magra.
As necessidades de hidratação dos idosos são semelhantes às dos adultos
jovens, ou seja, 30 ml/kg/dia.
A hidratação é muito importante para pacientes cronicamente enfermos, com
dificuldade de acesso à água, principalmente aos com perdas extras de
líquido pelo uso de diuréticos e laxantes.
Muitos estudos mostram a alta incidência de hospitalização de idosos, em
consequência de desidratação.
O idoso, geralmente, tem maior necessidade de micronutrientes e de
algumas vitaminas, como é o caso do cálcio e da vitamina D.
A falta desses afeta a densidade mineral óssea e aumenta o risco de
osteoporose e fraturas.
Outra vitamina que deve ser dosada em idosos é a B12, pois não é raro
encontrarmos pacientes com baixa concentração dela no organismo. Isso é
causado pela ingestão insuficiente da vitamina ou pela má absorção dela
pelo organismo.
A dosagem de vitamina B12 deve fazer parte da investigação de idosos com
dificuldade de memorização, organização de ideias e aquisição de
conhecimentos e do diagnóstico diferencial das demências, pois a carência
dessa vitamina leva a um quadro de alterações comportamentais sugestivas
da doença de Alzheimer.
A MELHOR DIETA
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CUIDADOS AO ELABORAR UM PLANO ALIMENTAR
CUIDADOS NECESSÁRIOS
1ª.Etapa
4. Não faça nada diferente enquanto come (ver TV ou ler jornal, por
exemplo);
11. Coma uma porção de cada vez e saia da mesa após alimentar-se;
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13. Prepare-se com antecedência para eventos especiais e situações
que podem colocar seu emagrecimento em risco.
2ª. ETAPA
3ª. ETAPA
4ª. ETAPA
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5ª. ETAPA
3. Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita
gordura: novamente, preste atenção no rótulo;
11. Sempre que der vontade de comer algo, tomar líquidos antes.
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CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO NO DIABETES
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EXEMPLO DE UM REGIME ALIMENTAR SAUDÁVEL
PEQUENO ALMOÇO
Copo de leite magro;
Fatia de pão de mistura ou integral (50 gr.) com azeite ou queijo fresco
pasteurizado ou fiambre de peru.
MEIO DA MANHÃ
1 peça de fruta da época (kiwi, laranja, maçã, pêra) crua;
1 carcaça integral ou de mistura com fiambre de peru.
ALMOÇO
Sopa de legumes: rica em legumes de folha verde (couves, nabiças,
espinafres) e temperada com azeite. Pode juntar leguminosas secas ou
frescas (feijão/ervilhas).
Só cozidos, assados e grelhados. ± 100gr de carne magra ou peixe. Arroz
ou massa integral ou feijão, ou grão, ou ervilhas, ou favas, ou batatas
médias cozidas com pele (se necessário temperar com azeite e sumo limão
+ ervas aromáticas).
Salada de alface (pode juntar ervas aromáticas). Temperar com azeite
virgem extra e sumo de limão ou vinagre.
LANCHE
2 peças de fruta da época;
1 iogurte natural ou de aromas sem açúcar + meia fatia de pão simples.
JANTAR
Sopa de legumes;
Prato: semelhante ao almoço em quantidade, tendo o cuidado de variar o
mais possível os alimentos escolhidos.
CEIA
1 copo de leite sem açúcar;
3‐ 4 bolachas tipo Maria ou Chá de limão + 1 torrada de pão integral ou de
mistura.
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ENTREVISTA – ALIMENTAÇÃO BALANCEADA (ADAPTADO DA
REVISTA BOA FORMA)
Alguns truques na hora de sentar à mesa são capazes de evitar o mal estar
após a comilança. Comer sem pressa é uma boa tática. As refeições
principais devem durar, no mínimo, 30 minutos. Controlar a quantidade de
líquidos durante as refeições (não ultrapasse os 200 ml) e evitar alimentos
ricos em gordura é outra investida contra a má digestão. Vale lembrar que,
se o mal estar for crônico, é fundamental consultar um gastroenterologista.
Ele vai investigar as possíveis alterações no sistema digestório.
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Quais alimentos são benéficos na luta contra o alto colesterol?
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Por que é recomendável trocar o leite integral pelo desnatado?
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Depois de aquecido, o óleo é mais prejudicial à saúde?
Pelo contrário, os adoçantes são úteis para reduzir o valor calórico que seria
obtido se o açúcar refinado fosse utilizado.
Uma dieta variada tem uma maior oferta de nutrientes. Ao ingerir diversos
tipos de frutas, por exemplo, você consegue obter diferentes tipos de
vitaminas e minerais.
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Sal de potássio é melhor do que o de sódio?
Sim, quem faz exercícios frequentemente (no mínimo, três vezes por
semana) pode se dar ao luxo de expandir as calorias do cardápio.
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