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Alteração em:
Neurônios;
Cardiomiócitos;
Células β-pancreáticas;
Células musculares esqueléticas.
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Atividade HHA (Hipotálamo-hipófise-adrenal) Intolerância à glicose
alteração da regulação da fome/saciedade e set points Diminuição da Taxa de Filtração Glomerular
GH/IGF Aumento do volume intravascular
Aumento da reatividade vascular
Aumento do suprimento de substratos em períodos Hipertensão arterial
neonatal, pós-natal e vida adulta: Hipertrofia cardíaca
Aumento da atividade insulínica em adipócitos Risco de doença cardiovascular
Aumento do apetite
Obesidade visceral
Aumento dos AGL circulantes
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uma dúzia de outros hormônios – coletivamente
conhecidos como adipocinas.
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Desequilíbrios funcionais do excesso de peso Defeito na sinalização intracelular de insulina – produção
- Insulina de citoquinas pró-inflamatórias
- Cortisol
Indivíduos obesos apresentaram duas vezes mais TNF e
Causas de resistência à insulina: RNAm nos adipócitos que indivíduos magros, sendo esta
Fatores nutricionais que impedem a ligação da correlação positiva com o aumento do IMC. Os níveis de
insulina ao seu receptor; IL-6 e IL-1 também estão aumentados em obesos.
Defeitos de sinalização intracelular nos tecidos-alvo
(genética); • TNF-α contribui para a redução da sensibilidade à
Aumento da produção de citocinas inflamatórias. ação da insulina. Suprime a fosforilação e a atividade do
receptor tirosina quinase (IR) e do substrato 1 do receptor
de insulina (IRS-1) nos músculos e no tecido adiposo, o
que reduz a síntese e a translocação do transportador de
glicose GLUT-4 para a membrana, comprometendo a
captação de glicose via ação de insulina. A redução da
sensibilidade periférica à insulina favorece o aumento da
gliconeogênese hepática e a redução do clearence de
glicose pelos músculos esqueléticos e pelo tecido adiposo,
induzindo hiperinsulinemia.
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PEREIRA ET AL (2002) dietas com 55% CHO (de baixo DE LUCCA: 1 a 3g/dia de GLA Diminuição do potencial
IG) podem diminuir em 10% os níveis de insulina de jejum inflamatório associado à obesidade.
e em 13% a resistência à insulina comparadas às dietas
ricas em CHO refinados. Introdução de W3 à dieta Diminuição da síntese de
PGI2 em 60% e de LTB4 em 75%. Redução de citocinas
Uso de ácidos graxos poli-insaturados para melhora de pró-inflamatórias (IL-1, IL-6 e TNF-α).
controle glicêmico uso de W3 e W6-GLA.
RICCARDI (2000) 3 a 4g/dia de W3.
CALDER ET AL (2004) W6-GLA (gama linolênico),
presente em prímula e girassol (~10% dos AG do óleo) Vitamina D e cálcio Estudos apontam que a deficiência
não se acumula na membrana plasmático e é utilizado na de cálcio e alterações séricas de vitamina D poderiam
síntese de eicosanóides antiinflamatórios. contribuir para lipogênese.
Inclusão de prímula / girassol à dieta Diminuição de A membrana nuclear do adipócito possui receptor de
eicosanóides pró-inflamatórios, redução de citocinas pró- vitamina D (VDR) tecido adiposo é responsivo à
inflamatórias (IL-1, IL-6 e TNF-α). atividade desta vitamina.
Vitamina D (+) secreção de insulina. Deficiência de porém existem vertentes que tentam explicar esse
Vitamina D resistência à insulina: fenômeno.
Risco de DM2
Risco de excesso de peso (?)
A vitamina D é lipossolúvel, por isso é sequestrada e fica
A vitamina D possui efeito anti-PPAR-gama (adipócito). armazenada nos adipócitos.
O fator de transcrição do PPAR-gama foi classicamente Isso reduz a biodisponibilidade dela e aciona o hipotálamo
associados com funções de lipogênese e homeostase para gerar uma cascata de reações que leva ao aumento
metabólica. da sensação de fome e redução do gasto energético, de
modo a compensar a falta da mesma.
PPAR-γ necessário para diferenciar adipócitos.
Entre essas reações está o aumento do hormônio da
Adipócitos PPAR-γ regula a expressão de numerosos paratireoide (PTH), que promove lipogênese e pode
genes envolvidos no metabolismo de lipídeos Acil-CoA modular a adipogênese por meio da supressão do receptor
sintetase e lipase lipoprotéica (LPL). de vitamina D.
O mecanismo pelo qual a vitamina D influencia a O aumento da gordura corporal pode agravar a deficiência
adiposidade corporal não está completamente elucidado, de vitamina D que, por sua vez, pode aumentar ainda mais
o acúmulo de gordura e gerar um ciclo.
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Cortisol A obesidade central é associada com aumento O filo Bacteria é o predominante e é subdivido em 4
do cortisol sérico, estimulando o consumo calórico (lipídico divisões:
e glicídico). Os receptores hipotalâmicos estimuladores de Firmicutes (64%; gram +);
neuropeptídeo Y são mediados por cortisol. Bacteriodetes (23%; gram -),
Protobacteria (8%; gram -) e a
Alteração no metabolismo de cortisol: Actinobacteria (3%; gram +).
Aumento do clearence
Turnover anormal do cortisol
Alteração no metabolismo no tecido adiposo
Aumento da produção de cortisol, via sistema
hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA)
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A ingestão de dietas ricas em fibras de polissacarídeos
promove aumento na relação Bacteriodetes/Firmicutes, Fiaf desempenha papel na adaptação metabólica de
acompanhado de aumento de AGCC. jejum
O FIAF inibe a atividade da LPL
Já com a ingestão de dieta rica em proteína e gordura e Alteração de microbiota ↓ Fiaf
pobre em fibras aumenta a Proteobacteria.
Microbiota intestinal Absorção de subprodutos de
Disbiose Microorganismos de baixa virulência se tornam digestão que induzem lipogênese hepática (+) ChREBP
patogênicos Desequilíbrio quantitativo e qualitativo (+) SREBP-1 ↑ absorção intestinal de glicose, ↑na
instalado Afetando negativamente a saúde do indivíduo. extração energética a partir dos componentes de alimentos
não digeridos, ↑ glicemia e ↑ insulinemia.
Obesidade Doença complexa, multifatorial,
caracterizada por acumulação de tecido adiposo
Desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico + Fatores
psicológicos e ambientais podem contribuir para
predisposição para a adipogenicidade.
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Kadooka et al (2010) Lactobacillus gasseri SBT 2055
(LG2055) Efeito positivo na redução de gordura
abdominal e efeito benéfico no tratamento de desordens
metabólicas.
Recomendada a:
pacientes obesos com índice de massa corporal (IMC)
maior ou igual a 30 kg/m²; ou
pacientes com sobrepeso (IMC maior ou igual a 27
kg/m²) que tenham comorbidades associadas
(hipertensão arterial, DM tipo 2, dislipidemia e
obesidade central).
Indicações:
-perda de peso; e
-manutenção da perda de peso (quando a medicação é
usada em conjunto com modificações na dieta e a prática Percentual de gordura corporal
regular de exercícios físicos). Análise por dobras cutâneas (?)
Análise por bioimpedância (?)
Categorias de medicamentos: Estimativa com circunferência de cintura (?)
Atuam sobre o SNC modificando o apetite;
Aumentam a termogênese Bioimpedância elétrica (BIA) método não invasivo,
Atuam sobre o sistema gastrointestinal inibindo a absorção rápido, com boa sensibilidade, indolor.
de gorduras.
Para realizar o exame, é necessário tomar algumas
Nos Estados Unidos, a agência de controle de remédios medidas para evitar erros de análise:
(Food and Drug Administration – FDA) aprova, atualmente,
Suspender o uso de medicamentos diuréticos de 24
apenas dois medicamentos para ajudar o paciente a
horas a 48h antes do teste;
perder peso: sibutramina e orlistat.
Estar em jejum de pelo menos 4 horas;
TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO CONDUTA Estar em abstinência alcoólica por 24 a 48 horas;
DIETÉTICA Evitar o consumo de cafeína 24 horas antes do teste.
Estar fora do período pré menstrual;
Avaliação nutricional Levar em consideração os Não ter praticado atividade física intensa nas últimas
antecedentes pessoais, familiares, socioculturais. 24 horas;
Urinar pelo menos 30 minutos antes da medida;
Abordar possíveis fatores desencadeadores e Permanecer pelo menos 5 -10 minutos de repouso
mantenedores do excesso de peso. absoluto em posição de decúbito dorsal antes de
efetuar a medida.
Observar hábitos alimentares, atividade física, estilo de
vida e aspectos psicológicos. Contraindicação absoluta para a realização do teste:
Portadores de marcapasso e gestantes
Antropometria:
Peso Recomenda-se beber 2 litros de água no dia anterior: o
Altura nível de desidratação e a temperatura ambiente também
História de ganho de peso podem apresentar alguma influência na qualidade das
Circunferência de cintura informações.
Circunferência de quadril
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Critérios para seleção das estratégias de tratamento da obesidade:
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Dietas desbalanceadas em calorias: Termogênese Facultativa mediado pela ingestão
dietética e ativação do Sistema Nervoso Simpático
Podem ser subdivididas em: (SNS). Estimulação de receptores beta-adrenérgicos.
Dietas ricas em PTN: 40 – 45% VET; Acredita-se que corresponda a cerca de 40% da
Dietas de baixa gordura: 30 – 35% VET; Termogênese Induzida pela Dieta.
Dietas de baixo CHO : 20 – 25% VET.
Dietas pobres em calorias. Gasto energético basal diminui em resposta a restrição
calórica Pacientes com excesso de peso Diminuição
Induzem sucesso e perda de peso apenas com no GEB e diminuição da taxa de perda de peso em dietas
acompanhamento de um profissional nutricionista ou de menor valor calórico.
médico.
Recentemente tem-se aumentado o interesse em produtos
Fornecem de 800 a 1200 calorias (mulheres) ou 800 a que auxiliem a perda de peso Ingredientes bioativos não
1500 calorias (homens). calóricos. Balanço Energético: alterando o gasto
energético e (+) a oxidação de substratos (em especial
Necessitam de suplementação vitamínica e minerálica. tecido adiposo), promovendo sensação de apetite.
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Fitoterápicos de ação termogênica CHÁ VERDE (Camellia sinensis) – parte utilizada: folhas.
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2. Pimenta doce
Indicações/Ações terapêuticas por via oral: Ativação de
Capsicum annuum é uma espécie de planta do gênero receptores vaniloides tipo 1 (intestino). Parece interferir no
Capsicum, nativa do México. A variedade mais comum gasto energético (aumento), oxidação de gorduras
desta espécie é o pimentão. (aumento) e no apetite (diminuição).
Outras variedade são algumas das mais conhecidas Posologia: ESP 40% de capsinoides totais; 15mg; 1-2x ao
pimentas mexicanas, por exemplo: o jalapenho, o poblano dia.
e o ancho. É desta espécie que derivam as especiarias
pimenta-caiena e páprica.
Obs.: Pode alterar pressão arterial. Por ser expresso em
PIMENTA DOCE (Capsicum annuum) – parte utilizada: capsinoides totais, pode-se ter resposta secretória de
frutos. gastrina e consequente hipercloridria / irritação gástrica.
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3. Laranja amarga A erva-mate (Ilex paraguariensis), também chamada mate
ou congonha, é uma árvore da família das aquifoliáceas,
A laranja-azeda ou laranja-amarga (Citrus aurantium) é originária da região subtropical da América do Sul.
uma espécie de citrino da família Rutaceae.
É consumida como chá (quente ou gelado), chimarrão ou
Estudos clínicos mostram que componentes do citrus tereré no Brasil, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai, na
aceleram o metabolismo, promovendo um maior gasto de Bolívia e no Chile.
calorias e, consequentemente, a queima de estoques de
gordura. ERVA MATE (Ilex paraguaiensis) – parte utilizada: folhas.
LARANJA AMARGA (Citrus aurantium) – parte utilizada: Compostos bioativos: Flavonoides, terpenóides, xantinas
frutos. (cafeína, teofilina, teobromina), saponinas e taninos.
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Fitoterápicos de ação na modulação metabólica Indicações/Ações terapêuticas por via oral: modulação
metabólica.
1. Garcínia
Posologia: ESP 50% ácido hidroxicítrico (HCA); 500mg; 3-
A Garcinia cambogia é uma planta originária das florestas 6x/dia.
do Camboja, sul da África e Polinésia.
O HCA é inibidor da citrato liase (conversão de CHO em
Essa fruta contém, em sua casca, ácido hidroxicítrico LIP) saciedade.
(HCA), de composição similar ao ácido cítrico, ao qual se
tem atribuído papel importante no metabolismo dos ácidos Contraindicações: pode interagir com hipoglicemiantes e
graxos, carboidratos e inibição do apetite. agentes hipolipidemiantes.
O HCA inibe a ação da ATP citrato-liase, inibindo Árvore natural da África e do Sudeste Asiático. O fruto é
lipogênese. uma grande drupa com polpa fibrosa.
O mecanismo de ação pelo qual o HCA promove a A composição de ácidos graxos das sementes o ácido
diminuição da lipogênese, está relacionado com a inibição mirístico (33-70%), ácido láurico (20-59%), ácido oleico (1-
da clivagem do citrato, pela enzima ATPcitrato 11%), ácido palmitico (2%) e ácido esteárico (1%).
desidrogenase.
MANGA AFRICANA (Irvingia gabonenses) – parte
Ao inibir a clivagem o HCA impede a liberação de acetil- utilizada: sementes.
CoA, substrato necessário para a síntese dos ácidos
graxos, gerando um aumento do glicogênio hepático, Componentes principais:
diminuindo assim o apetite e o ganho de peso. Ácido elágico, mono-, di-, e tri-O-metil-elágico e alguns
glicosídeos de cadeia longa.
Quando as taxas de glicogênio hepáticas estão elevadas,
diminui-se a expressão de receptores de glicose em O uso de um extrato de sementes de I. gabonensis tem
fígado, promovendo sinais cerebrais de saciedade. sido estudado como fonte de fibra dietética útil para
diminuir as concentrações de colesterol e glicose em
O HCA estimula a liberação de serotonina, que aumenta a diversas patologias, incluindo diabetes e obesidade.
sensação de bem estar e reduz o apetite.
O uso de um extrato de sementes de I. gabonensis tem
Estudos indicam que o HCA reduz a síntese hepática de sido estudado como fonte de fibra dietética útil para
colesterol e de ácidos graxos, com redução dos níveis diminuir as concentrações de colesterol e glicose em
séricos de triglicerídeos e colesterol (modelo animal). diversas patologias, incluindo diabetes e obesidade.
GARCINIA (Garcínia cambogia) – parte utilizada: frutos. O esvaziamento gástrico é retardado e a absorção de
glicose em nível intestinal é reduzida, conduzindo a uma
Compostos bioativos: melhor sensibilidade à insulina nos tecidos.
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Atenção: Ausência de estudos em humanos e de
O esvaziamento gástrico é retardado e a absorção de segurança:
glicose em nível intestinal é reduzida, conduzindo a uma
melhor sensibilidade à insulina nos tecidos. Coleus forskohlii (Coleus®)
Cereus sp. (Koubo®)
Este extrato também foi demonstrada em modificar a Hibiscus sabdariffa (Hibisco)
distribuição de fosfolipídios, o que reduz as concentrações Persea americana (Abacateiro)
plasmáticas de colesterol e os triglicerídeos totais.
Fitoterápicos de ação na inibição da digestão
Através da modulação do fator PPAR-γ, Irvingia
Gabonensis atua no metabolismo de carboidratos, melhora Os agentes inibidores de amilase e lipase pancreática são
a sensibilidade à insulina. os agentes de escolha, dado impacto dos mesmos na taxa
de absorção de carboidratos, lipídios e consequente apoio
Melhora a sensibilidade à leptina, reduz proteína C reativa no controle glicêmico e lipêmico.
e inibe amilase pancreática.
Fitoterápicos comumente relatados em literatura são:
NGONDI et al (2005) ECR duplo-cego em 40 indivíduos Feijão branco (Phaseolus vulgaris);
obesos I. gabonensis ou placebo na dose de 1,05g três Cissus (Cissus quadrangulares) e
vezes/dia por 1 mês Redução de 5,25 kg de peso Manga africana (Irvingia gabonenses)
corporal total (P <0,001), redução de colesterol total, LDL-
C e triglicérides e aumento do HDL-C. 1. Feijão branco
Posologia: Três espécies de feijão são muito cultivadas no Brasil:
Phaseolus vulgaris, o feijão comum.
Não há padronizações do uso de Irvingia gabonensis.
Vigna unguiculata, vulgarmente chamado de feijão de
corda, predominante na região Nordeste e na
No Brasil há a venda do extrato seco patenteado na forma
Amazônia
de Ayslim®, com posologia de100mg, duas vezes ao dia,
antes das principais refeições. Cajanus cajan, feijão-guandu ou andu, comum no
Nordeste
Contraindicações: não utilizar em pacientes com diabetes.
Feijão branco (Phaseolus vulgaris) – parte utilizada: frutos.
3. Café verde
Compostos bioativos:
Coffea canephora (Café Robusta; sin. Coffea robusta) é Inibidores de enzimas, lectinas, fitatos, oligossacarídeos, e
uma espécie de café originária da África Ocidental. polifenóis.
É cultivado principalmente na África e no Brasil onde é Quercetina, campferol, ácido p-cumárico, ácido ferúlico,
chamado às vezes de Conillon. ácido p-hidroxibenzóico e ácido vanílico, rafinose,
estaquiose, verbascose e ácido fítico.
Possui duas vezes mais cafeína que o Coffea arabica.
Celleno et al. (2007)
CAFÉ VERDE (Coffea canephora) – parte utilizada: folhas.
- Suplemento dietético contendo 445mg de extrato seco
Componentes principais: padronizado de P. vulgaris a 56% de faseolamina, por 30
ácido clorogênico e cafeína. dias de tratamento
- Dieta de 2000 a 2200 calorias
Estudos in vitro demonstraram que o acido clorogenico,
em particular o acido 5-cafeionilquinico reduziu a absorção Reduções significativas de peso corporal (4%), massa
intestinal de glicose e inibiu a atividade da glicose-6- gorda (10%), e circunferências da cintura / quadril (3% e
fosfatase. 1,3%, respectivamente).
Contraindicações: não utilizar em pacientes com No final do estudo, o grupo que recebeu P. vulgaris
hipertensos ou que utilizam inibidores da MAO. perderam uma média de 2,91 ± 2,63 kg em peso corporal,
em comparação com 0,92 ± 2,00 kg no grupo de placebo
Toxicidade/Contraindicações: (p <0,001).
Verificam-se interações entre o café e alguns fármacos Durante a fase de manutenção de peso, 36 de 49
antidepressivos inibidores da MAO e a tiramina, presente pacientes (73,5%) foram capazes de manter o seu peso,
no café, o que pode conduzir a crises de hipertensão; mesmo sem restrições dietéticas.
Interações entre a teofilina, utilizada como broncodilatador Nenhum evento adverso grave ou relacionados foram
e broncoas relatados ao longo do período combinado de 36 semanas.
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Os resultados indicam que a P. vulgaris é segura e eficaz Konjac (Amorphophallus konjac ) – parte utilizada: raiz.
tanto para perda de peso quanto manutenção do peso
perdido. Compostos bioativos:
A raiz de konjac é muito rica em vitaminas, minerais e
Posologia: Pó: 250 a 500mg; 1-2x ao dia, 30 minutos antes fibras. Ele também contém selênio, ferro, fósforo, potássio
das refeições ricas em amido. e cálcio. A raiz também contém muitos tipos de
aminoácidos essenciais e ácidos graxos poliinsaturados.
Contraindicações: mulheres grávidas, diabéticos insulina
dependente e indivíduos insulina dependente. Das fibras, destaca-se a glucomanana, que retém água,
forma gel, promove saciedade e retarda a absorção de
Efeitos colaterais: distensão abdominal, gases e diarreia. glicose.
Originária do Sudeste Asiático e também da África, é muito Não administrar por via oral, na forma de pó, em doses
popular na Índia, onde tem sido aplicada há muito séculos superiores a 500mg, pois, devido ao efeito higroscópico,
na tradicional medicina ayurvédica. pode causar asfixia.
Posologia: ES (20:1) 150mg 2 vezes ao dia; 30 minutos GUAR (Cyamopsis tetragonolobus) – parte utilizada:
antes das refeições. sementes.
Atenção: Ausência de estudos em humanos e de Posologia: 1 a 2g, 3 vezes ao dia, um pouco antes ou
segurança! durante as refeições.
Cassia noname (Cassiolamina®)
Opuntia fícus-indica (Neopuntia®) Cada dose da Goma Guar, deve ser dispersa em 150 ml
de água gelada.
Fitoterápicos de ação no aumento da saciedade
3. Griffonia
1. Konjac
A Griffonia simplicifolia é uma planta nativa de países
Konjac, também conhecido como Amorphophallus konjac, como Gana e Tongo, no Oeste da África.
é uma planta perene, nativa do Japão, China e Indonésia.
Suas sementes são utilizadas como suplemento natural
Konjac parece ser benéfica para certas condições de por serem fonte de 5- hidroxitriptofano (5-HTP), um
saúde, tais como colesterol elevado, constipação e precursor direto de serotonina.
obesidade.
Griffonia (Griffonia simplicifolia) – parte utilizada:
Amorphophallus konjac toma uma forma de massa sementes.
gelatinosa quando misturado com água.
Compostos bioativos:
5-HTP.
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O extrato seco padronizado apresenta no mínimo 95% de
5-HTP. É uma planta nativa do Brasil sendo comumente
encontrada nos estados de Minas Gerais, Bahia, Acre e
Indicações/Ações terapêuticas: auxilio no processos de Goiás.
depressão e compulsão alimentar, por estímulo às vias
serotoninérgicas. As propriedades terapêuticas dessa planta podem estar
atribuídas à presença de ativos como a cafeína, potássio,
Posologia: taninos, alantoína e ácidos graxos.
ESP 95% 5HTP; 50mg; 6/6h.
PORANGABA (Cordia ecalyculata) – parte utilizada: planta
Contraindicações: pacientes em uso de antidepressivos, inteira.
medicamentos ISRS ou ISRSN e pacientes em uso de
bebidas alcoólicas. Compostos bioativos:
Alantoína, ácido alantóico
Acima de 70mg por dose promove epigastralgia. (dose
máxima de 300mg/dia). Indicações/Ações terapêuticas: sacietógeno, redução da
gordura visceral e diurética.
4. Gymnema
Posologia:
A Gymnema sylvestre é uma planta da família Não há padronizações do uso de Cordia eucalyculata. No
Asclepiadaceae, natural das florestas tropicais das áreas Brasil, Seu extrato super concentrado (20:1) foi registrado
central e sul da Índia e também na África. sob a marca PholiaMagra ® ou Lipoless®, com dose diária
de 150 a 300mg antes das principais refeições (30 minutos
Seu uso já fora descrito, como diurético adstringente, antes das principais refeições).
tônica, estimulante cardíaca, circulatório e urinário, entre
outras. Efeitos colaterais: aumento de pressão arterial e insônia.
A Gymnema é capaz de reduzir a concentração de glicose, Ricas em ácido pinoléico, suas cascas são objeto de
mediada por estímulo direto à liberação de Insulina, ou estudo para desenvolvimento de agente antiobesidade
estímulo de um ou mais hormônios entéricos, estimulador de peptídeos anorexigênicos.
responsáveis pelos sinais lnsulinogênicos, promovendo
assim, consequente liberação de insulina. Posologia: Não há padronizações do uso de Pinus
koraiensis.
GYMNEMA (Gymnema sylvestre) – parte utilizada: folhas.
No Brasil há a venda de pó patenteado como PinnoThin®,
Compostos bioativos: com dose usual de 3,0g, duas vezes ao dia, antes das
Ácidos gimnêmicos. principais refeições Ausência de estudos de segurança!
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Banda gástrica ajustável
Complicações nutricionais:
Ferro: ingestão reduzida e a diminuição de suco
gástrico. Déficit 25-52%. Mínima suplementação de
50mg ferro elementar/dia.
Nenhuma complicação nutricional
Cálcio e Vitamina D: ingestão reduzida e diminuição
de suco gástrico. Déficit 10-50%. Mínima
suplementação de 1000-1500mg cálcio /dia.
Sleeve
Vitamina B12: ingestão reduzida, diminuição de suco
Gastrectomia tubular ou cirurgia da manga gástrica.
gástrico e ausência fator intrínseco. Déficit 37%.
Por videolaparoscopia.
Grampeamento em tubo. Bypass em Y-Roux
Este tubo gástrico têm em média de 150 a 200 ml.
Ressecção do fundo gástrico (↓ grelina).
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VANTAGENS Operação de grande porte
Segura Alterações metabólicas e eletrolíticas importantes
Eficiente Controle clínico permanente
Longa avaliação disponível Exclusão de duodeno
Gastrorestritiva e disabsortiva DEP importante
DESVANTAGENS
Operação de grande porte
Controle clínico permanente
Exclusão gastroduodenal
Vômitos (FobiCapella)
Estenose (Higa)
Implicações nutricionais:
Deficiência de vitaminas lipossolúveis ( ↓ 50%
absorção de vitamina A, D e K, mesmo recebendo
suplementação);
Desnutrição protéico-calórica (18% cursam com
hipoalbuminemia);
Técnicas mistas disabsortivas 25% cursam com hipocalcemia;
32% cursam com anemia carencial
Diarréia e desidratação.
VANTAGENS
Segura
Evolução da dieta no pós-operatório
Eficiência em grandes obesos
Longa avaliação disponível
Maior conforto na ingestão
DESVANTAGENS
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- Vitaminas lipossolúveis;
- Metabolismo ósseo
PTH intacto;
Cálcio em urina de 24h;
Osteocalcina.
Anualmente:
- Zinco;
- Selênio.
SUPLEMENTAÇÃO PÓS-INTERVENÇÃO
ROTINAS LABORATORIAIS PÓS-OPERATÓRIAS
1. Bypass em Y-Roux
1. Bypass gástrico em Y-Roux
Estômago:
A cada 3-6 meses:
Menor produção de ácido comprometendo a absorção
- Hemograma completo / plaquetas;
ferro, ácido fólico e vitamina B12.
- Eletrólitos;
- Glicose;
Jejuno proximal:
- Status de ferro / ferritina;
Alteração enzimática interferindo absorção de vitaminas
- Status de Vitamina B12 (Ácido metilmalônico);
complexo B (em especial ácido fólico), Vitaminas A, D e E,
- Homocisteína;
ferro, cálcio, fósforo, zinco e magnésio.
- Provas de função hepática (GGT opcional);
- Perfil lipídico;
Duodeno excluso:
- Status de vitamina D (25-hidroxivitamina D).
Comprometimento da absorção de micronutrientes
principalmente as vitaminas lipossolúveis, cálcio, ferro,
magnésio, zinco, tiamina e vitamina B12.
Opcional:
- PTH intacto;
2. Sleeve
- Tiamina;
- Status de folato (folato eritrocitário).
Menor produção de ácido que interfere na absorção de
ferro, ácido fólico, cálcio e vitamina B12.
2. Derivação biliodigestiva:
Trânsito duodeno-jejunal mais acelerado.
A cada 3-6 meses:
- Hemograma completo / plaquetas;
Prejuízo na absorção de zinco, ferro e selênio.
- Eletrólitos;
- Glicose;
3. Disabsortivas
- Status de ferro / ferritina;
- Status de Vitamina B12 (Ácido metilmalônico);
Deficiência de vitaminas lipossolúveis (↓50% absorção de
- Homocisteína;
vitamina A, D e K);
- Provas de função hepática (GGT opcional);
- Perfil lipídico;
Desnutrição protéico-calórica;
- Albumina e pré-albumina;
- Status de folato (folato eritrocitário).
Diarréia e desidratação.
A cada 6-12 meses:
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Cálcio: Deficiência menos comum - absorção em todo TGI.
Observar possíveis anemias não associadas à ferro: Prevenção: feita com multivitamínico de rotina.
Vitamina B12, folato, zinco, selênio, cobre e proteína. Tratamento: 10.000UI/dia
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A deficiência de zinco deve ser considerada em pacientes Prioridade deve ser dada ao perfil de aminoácidos
com relato de disgeusia, picamalácia, alopecia e disfunção presentes quando o suplemento for a única fonte proteica
erétil. da dieta.
Porém, fatores como sabor, textura, solubilização, Hursel R, Westerterp-Plantenga MS. Thermogenic
absorção e custo são considerados importantes na ingredients and body weight regulation. Int J Obes (Lond).
escolha desses suplementos. 2010 Apr;34(4):659-69.
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