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Prof.

José Aroldo Filho


RASTREAMENTO NUTRICIONAL goncalvesfilho@nutmed.com.br

RATREAMENTO NUTRICIONAL (DAN 2009)


Triagem (até 72h após admissão) detecta o Risco
O risco aumentado de morbidade e mortalidade é medido Nutricional  cuidados nutricionais adequados e
pelo risco nutricional, que é avaliado por questionário acompanhamento nutricional pelo nutricionista impedem a
incluindo perguntas sobre o estado nutricional atual e desnutrição.
gravidade de doença.
Para escolha da ferramenta de triagem deve-se
Variáveis avaliadas: IMC, percentual de perda de peso considerar:
(ocorrido nos últimos 3 e 6 meses) e ingestão de alimentos Se houve validação previa na população a que se
na semana anterior à admissão do hospital. destina;
Escolha da ferramenta que se destina ao publico em que
O IMC não detecta o percentual de perda de peso corporal será aplicada;
e não prediz isoladamente risco nutricional. Treinamento da equipe multiprofissional;
Preferência por ferramenta de triagem de baixo custo e
Perda de peso maior que 2% em uma semana pode ser
considerada grave, mesmo em indivíduos com IMC normal de rápida aplicação;
ou em excesso de peso. Capacidade em detectar percentual de perda de peso,
baixo peso corpóreo e sobrepeso, inclusão de doentes
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA DE PESO PONDERAL com distúrbios de fluidos e que não possam ser
CONFORME O PERÍODO, segundo DAN (2009) pesados ou medidos.
PERÍODO PERDA MODERADA (%) PERDA GRAVE (%)
A triagem permite selecionar indivíduos a serem
1 semana <2% >2%
submetidos a avaliação nutricional (completa e detalhada).
1 mês <5% >5%
3 meses <7,5% >7,5% FERRAMENTAS DE TRIAGEM NUTRICIONAL
6 meses <10% >10%
a.MUST (FERRAMENTA UNIVERSAL DE TRIAGEM DE
HISTÓRICO DE RASTREAMENTO NUTRICIONAL DESNUTRIÇÃO)
Em 1993, a BAPEN formou um conselho composto por
Pode ser aplicada em diferentes pacientes adultos, como
nutricionista e enfermagem, com o objetivo de prevenir a
idosos, cirúrgicos, ortopédicos, em cuidados intensivos,
incidência de úlceras de pressão em pacientes
podendo ser adaptada até mesmo em gestantes e
hospitalizados. Conforme pontuação, o paciente receberia
lactantes.
suplementos alimentares a fim de impedir o risco de
desnutrição.
Recomendada para uso na nutrição clínica e em saúde
pública.
A definição de rastreamento nutricional ou triagem baseia-
se na seleção prévia e encaminhamento do paciente em
Variáveis: IMC; percentual de perda de peso de 3 a 6
risco nutricional para avaliações nutricionais mais
meses e interrupção da ingestão alimentar. Não leva em
sensíveis que possam classificar seu estado nutricional e
conta o estresse metabólico.
direcionar o planejamento da terapia nutricional.
Vantagem: rápida e engloba todos os pacientes.
Dados objetivos de triagem: altura, peso corporal atual e
habitual, alteração de peso nos últimos 3 a 6 meses,
doença e presença de comorbidade.

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b.NRS 2002 (TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL) ingestão e absorção de alimentos e doença. Idade acima
de 70 anos é risco adicional.
Foi desenvolvida para uso hospitalar. Utiliza as variáveis:
IMC, percentual de perda de peso, apetite, habilidade na

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c.MNA-SF (MINI AVALIAÇÀO NUTRICIONAL REDUZIDA) triagem e avaliação nutricional, fornecendo informações
necessárias à terapia nutricional.
Desenvolvida inicialmente para idosos, mas atualmente é
amplamente utilizada em adultos. Preenche critérios de Assim como a MUST, considera o IMC isoladamente como
fator de risco nutricional.

d.MST (FERRAMENTA DE TRIAGEM DE medidas objetivas. Pode ser respondida pelo paciente ou
DESNUTRIÇÃO) pelo seu acompanhante, se torna inespecífica e pouco
abrangente quanto ã doença e estado geral do paciente.
Foi desenvolvida para adultos em sua admissão hospitalar.
Utiliza dados subjetivos de perda de peso, alteração na
ingestão alimentar e apetite, não sendo necessárias

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e.URS (ÍNDICE DE RISCO DE DESNUTRIÇÃO) exames que talvez não estejam disponíveis no prontuário
do paciente ou de difícil realização pela necessidade de
Objetiva identificar pacientes cirúrgicos em risco de recursos específicos.
desnutrição no momento de sua admissão. Conta com

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f.NRS (PONTUAÇÃO DE RISCO NUTRICIONAL) dos últimos 3 meses, IMC, ingestão alimentar (apetite e
capacidade de se alimentar) e estresse metabólico de
Foi desenvolvida para determinar o risco nutricional de doença.
pacientes hospitalizados. Utiliza critérios de perda de peso

g.NSI DETERMINE – IDOSOS


Não envolve dados laboratoriais ou antropométricos.
Desenvolvida com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida e promover saúde.

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h.NRI (ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL) – PACIENTES 100 – 97,5 = limite;
CIRÚRGICOS E CLINICOS 97,5 – 83,5 = risco leve;
<83,5 = risco grave
Aplica valores de albumina sérica e percentual de perda de
peso em uma equação de risco nutricional. Validada para i.NNST (FERRAMENTA DE TRIAGEM NUTRICIONAL DE
pacientes idosos cirúrgicos, e pacientes clínicos e ENFERMAGEM) – IDOSOS
cirúrgicos em geral.
Foi desenvolvida para ser aplicada por enfermeiros na
NRI = 1,519 x albumina + 0,417 x (peso atual/peso usual) primeira semana de internação de idosos.
x 100
Considera variáveis de peso, apetite, ingestão de
Escore NRI: alimentos e líquidos e condição clinica.
>100 = sem risco;

Facilmente aplicado e menos propenso a erro quando


j.NRAS (ESCALA DE AVALIAÇÃO DO RISCO comparada com a Mini Avaliação Nutricional original.
NUTRICIONAL) – IDOSOS
SRM = IMC + 15 x Perda de peso – 10 x cirurgia – 6 x
A escala consiste de avaliação de desordens GI, doença perda de apetite
crônicas, mobilidade, alterações de peso corporal, apetite,
dificuldade de alimentação, problemas cognitivos ou Valores para cada situação:
emocionais, medicações, habito de fumar ou bebida Perda de peso (sim = 0; não = 1)
alcoólica e situação social. Cirurgia recente (sim = 1; não = 2)
Perda de apetite (sim = 1; não = 2)
k.SRM (MODELO SIMPLIFICADO DE DESNUTRIÇÃO) SRM <35  risco de desnutrição

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br

A.INQUÉRITOS ALIMENTARES especial de lanches e bebidas. Fatores que se


apresentam associados com sub-relato de consumo:
Os inquéritos dietéticos podem ser destinados a todos os massa corporal, sexo, qualidade social desejada, restrição
estágios de vida, devendo ser consideradas as alimentar, nível educacional, percepção do estado de
especificidades de cada paciente. Dentre os principais saúde, raça e etnia.
empecilhos encontrados para a avaliação do consumo
alimentar, destacam-se: A.2 QUESTIONÁRIO DE FREQÜÊNCIA DE CONSUMO
ALIMENTAR (QFCA)
- falta de conhecimento sobre os alimentos e as medidas
normalmente utilizadas para o consumo desses; Permite obter estimativas de ingestão usual. Consistem em
- inexperiência com o preparo de alimentos; listas de alimentos (100 a 150 ítens) ou grupos para os
- pouca familiaridade com os ingredientes de preparações quais o entrevistado (auto-administrado) ou o entrevistador
que incluem diversos alimentos; deve anotar a freqüência com que o alimento é consumido
- desinteresse pelos aspectos da própria alimentação; em unidades de tempo,(diário, semanal, mensal, quinzenal
- falta de tempo e atenção ao responder o inquérito; ou anual).
- baixa escolaridade.
A porção do alimento utilizada pode ser padronizada (mais
A escolha de determinado inquérito alimentar deve levar comum) ou em aberto. A porção e a freqüência permitem a
em consideração os seguintes aspectos: estimativa da ingestão de nutrientes ou o consumo de
- gênero e idade do paciente; alimentos específicos. Ë um método de baixo custo e
- nível socioeconômico; rápido.
- tempo disponível para aplicação do método;
- estado clínico do paciente (ambulatorial, consultório ou É um excelente método para obtenção de padrões de
internação); ingestão ou para identificação de consumo de nutrientes
- variabilidade do consumo alimentar. ou alimento específico além de fornecer resultados
padronizados. Pode ocorrer superestimação de consumo
Objetivo da avaliação do consumo alimentar  avaliação ou tédio (listas muito grandes > 100 alimentos) ou
de consumo habitual ou atual. subestimação (se os alimentos de consumo habitual não
Consumo habitual  questionário de frequência de estiverem na lista ou se a lista for muito pequena <50
consumo ou diário habitual; alimentos).
A precisão do método é maior quando:
Consumo atual  recordatório de 24h ou registro
 perguntas foram feitas separadas de cada alimento
alimentar de 3 dias; selecionado;
Observar a relação entre dieta e doença  questionário  alimentos do mesmo tipo forem agrupados;
de frequência de consumo alimentar.  nenhuma das formas sobre adição mostrou maior
precisão (adição de açúcar ao café, por exemplo).
Métodos quantitativos: como o nome sugere se prestam
a avaliar a QUANTIDADE de calorias, macro e ATENÇÃO: Seu uso não é recomendado para avaliar a
micronutrientes (recordatório de 24h e registro alimentar) adequação de ingestão de NUTRIENTES de indivíduos ou
grupos, já que a lista por ser pré-definida, pode não
Métodos qualitativos: objetivam avaliar não a quantidade contemplar todos os alimentos ingeridos pelo
especificamente, mas a qualidade e freqüência dos indivíduo/grupo.
alimentos consumidos (freqüência alimentar e anamnese)
A.3 HISTÓRICO DIETÉTICO
MÉTODOS RETROSPECTIVOS
Associa vários métodos incluindo recordatório de 24h e
A.1 RECORDATÓRIO ALIMENTAR DE 24H QFCA associado a outras informações como preferências,
hábitos, aversões, intolerâncias, crenças e tabus, apetite,
Método rápido, fácil de ser administrado e de baixo custo. padrão das refeições e hábitos de atividade física,
Objetiva quantificar o consumo de todos os ALIMENTOS E condição socioeconômica, mudanças recentes de peso,
BEBIDAS nas últimas 24h. uso de medicamentos/suplementos, sintomas no TGI e
saúde oral e dental.
Não reflete a ingestão habitual ou as diferenças entre dias
de semana e dias de final de semana se realizado apenas MÉTODOS PROSPECTIVOS
1 vez. Para se obter um consumo habitual recomenda-se:
A.4 REGISTRO ALIMENTAR
Para indivíduos: pelo menos 2 recordatórios 24h
(incluindo 1 dia de final de semana) Consiste no registro diário de todos os ALIMENTOS E
Para grupos: 2 vezes em um período de 6 meses a 1 BEBIDAS ao longo do dia, realizado pelo próprio avaliado
ano. ou representante por 1 a 7 dias. Recomenda-se a
utilização de 3 dias alternados incluindo um dia de final de
Recomenda-se iniciar o questionário da última refeição semana.
para primeira.
Desde que aplicado várias vezes é o método de escolha
Um único recordatório pode ser utilizado para estimativa para estimar a ingestão inadequada de nutrientes por
média da ingestão de nutrientes de grupos, mas não de indivíduos ou grupos. Requer a participação ativa do
indivíduos. entrevistado que, obrigatoriamente deve saber ler e
escrever.
Depende da memória do entrevistado (DAN e
CHEMIN&MURA), ocorrendo sub-relatos de ingestão, em

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Requer tempo e treinamento do entrevistado, A.5 REGISTRO ALIMENTAR PESADO
principalmente sobre o modo de preparo dos alimentos e Semelhante ao registro alimentar, entretanto tem-se a
medidas caseiras utilizadas. pesagem direta dos alimentos e gêneros. Fornece
informações bastante precisas.

Fig. 1: VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS INQUÉRITOS (DAN WAITZBERG 2009)

B.ANTROPOMETRIA A partir dos índices antropométricos são construídos


indicadores, definindo-se níveis de corte que permitam
Método diagnóstico que se fundamenta na investigação situar o indivíduo dentro de uma faixa aceita como normal,
das variações nas dimensões físicas e na composição do de acordo com a referência de crescimento utilizada.
corpo humano, visando à predição do estado nutricional
e/ou doenças nutricionais, de acordo com a natureza e Classificação proposta pelo Ministério da Saúde para
gravidade. crianças até 6 anos de idade  Peso/Idade onde tem-se a
distribuição da curva nos percentis que seguem:
Vantagens: •<p0,1 = muito baixo peso para idade;
- simplicidades do uso de instrumentos; •p0,1 |– 3 = baixo peso para idade;
- facilidade e rapidez da coleta e interpretação dos dados; •p3 |– 10 = situação de risco ou alerta nutricional;
- facilidade de padronização da técnica; •p10 |– p97 = peso adequado para idade;
- não-invasiva; •p≥97 = risco para sobrepeso.
- boa aceitabilidade;
- aplicabilidade nos ciclos de vida; Índice estatura para a idade  percentil 3 como limite
- baixo custo; abaixo do qual a criança pode ser considerada como de
- maior cobertura populacional e reprodutibilidade; baixa estatura (stunting/nanismo).
- níveis adequados de sensibilidade e especificidade.
O índice peso para a estatura é importante na detecção de
Medidas mais utilizadas: peso, estatura (comprimento ou desnutrição aguda ou wasting/emaciação (< p3) e
altura), perímetro cefálico, perímetro braquial e medidas de sobrepeso (>p97). Expressa a proporcionalidade ou
segmentos corporais (em indivíduos com limitações harmonia das dimensões do corpo ou a harmonia do
físicas). processo de crescimento. A limitação reside no fato de
classificar como eutrófico o indivíduo de baixo peso,
Essas medidas permitem a construção de índices mas que teve anormalidade de crescimento em altura.
antropométricos:
- estatura para idade (E/I); CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PELA OMS – ESCORE Z
- peso para a idade (P/I);
- peso para a estatura (P/E ou P/A); Por essa classificação, são consideradas desnutridas ou
- perímetro cefálico para a idade; e obesas as crianças que estiverem dois desvios-padrão
-perímetro braquial para a idade. acima ou abaixo do percentil 50 (mediana) para o índice
peso para a estatura, sendo consideradas desnutridas

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graves aquelas situadas três desvios-padrão abaixo do Outro método para determinar a porcentagem de perda de
percentil 50. peso é determinar o peso atual do indivíduo como a
porcentagem de peso habitual. O peso mínimo para
sobrevivência é 48 a 55% do peso habitual.

Pacientes com peso de 85 a 90% do peso habitual


possuem desnutrição leve; com peso entre 75 e 84%
Essa medida é mais precisa, pois leva em consideração desnutrição moderada e pacientes com peso <74%
medidas de tendência central e de dispersão das possuem desnutrição grave.
população.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
B.1 PESO
Existem situações especiais onde deve ser realizado o
- medida facilmente obtida; ajuste de peso. Um exemplo é para indivíduos amputados,
- muito eficaz; que devemos considerar a parte amputada (% amputação)
- medida de adequação nutricional mais sensível que a no cálculo do peso corpóreo corrigido, conforme figura
altura; abaixo:
- reflete a ingestão nutricional recente.

Tipos de Peso em avaliação nutricional:

 Peso atual (PA)  encontrado no momento da


avaliação; Deve ser avaliado em uma balança
antropométrica, em geral pela manhã após esvaziamento
da bexiga. Deve ser realizado com roupas de hospital ou
comuns, nesse caso desconta-se o peso delas.

 Peso Usual (PU)  considerado normal, quando o


indivíduo está hígido e mantendo suas atividades usuais;
Deve ser considerado como referência na impossibilidade
de medir o atual.

 Peso Ideal (PI)  calculado de acordo com o sexo,


altura e estrutura óssea do indivíduo e obtido através de
tabelas. Ou pela fórmula abaixo:

PI = IMC médio x estatura²

Peso ajustado (PA) usado quando a adequação do


peso for < 95% ou > 115% Fig. 2:Percentual de amputação

PA = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual Para pacientes acamados, na impossibilidade de
verificação do peso e na ausência de cama-balança,
GRAVIDADE DE PERDA DE PESO estima-se o peso corpóreo de acordo com o preconizado
por Chumlea (1985):
A gravidade da perda de peso pode ser avaliada de acordo
com Blackburn et al. (1977) em que o percentual de perda
de peso é comparado ao tempo em que ocorreu essa
alteração ponderal.

Classificação da gravidade da perda de


peso relativa ao tempo.
Tempo Perda significativa Perda de peso
de peso % grave %
1 semana 1-2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10

O peso mínimo para sobrevivência é 48 a 55% do peso


habitual. Fig. 3: Peso corpóreo de acordo com o preconizado
por Chumlea
Pacientes com peso de 85 a 90% do peso habitual
possuem desnutrição leve; com peso entre 75 e 84% Em pacientes edemaciados, deve-se descontar do peso
desnutrição moderada e pacientes com peso <74% atual valor referente a água acumulada de acordo com o
possuem desnutrição grave. grau a localização do edema, conforme a tabela abaixo:

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MEDIDA DO ESTATURA ESTIMADA DP (cm)
SEGMENTO (cm)
CSB E = (4,35 X CSB) + 21,8 +1,7
CT E = (3,26 X CT) + 30,8 +1,4
CJ E = (2,69 X CJ) + 24,2 +1,1

B. 3 IMC

Nos últimos anos tem sido bastante utilizado o IMC como


critério de diagnóstico nutricional. Seu uso tem sido
observado em todas as faixas etárias dos distintos ciclos
Fig. 4: Desconto em kg de massa corpórea por de vida, da infância à senilidade, com exceção nos
retenção hídrica (DAN WAITZBERG 2009). menores de 2 anos. È um indicador de estado nutricional
atual.
MÉTODOS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO DE
MASSA CORPÓREA TOTAL Vantagens:
- não-invasivo;
- Pesagem hidrostática (princípio de Arquimedes) ou - fácil obtenção;
hidrodensitometria: - boa precisão e confiabilidade;
- alta correlação com estatura, DCT, DCSE, DCSI e
É baseada na força do empuxo e considera padrão-ouro somatório das dobras, área de gordura braquial e CB.
para pesagem. Está relacionada à diferença entre o peso
corporal fora e submerso. Deve ser colocado cinto de IMC = Peso corporal (kg)
mergulhador em pessoas muito obesas para evitar Altura2 (m2)
flutuação. Temperatura da água de 27 a 32ºC. Anota-se a
temperatura da água. Após submersão interrompe-se a O IMC ou índice de Quetelet será classificado da seguinte
respiração por 5 a 10 segundos em expiração máxima forma:
forçada. Repete-se de 8 a 12 vezes o procedimento, com  Desnutrição Grave = IMC< 16;
média das três pesagens semelhantes.  Desnutrição Moderada = IMC entre 16|– 16,99;
 Desnutrição Leve = IMC entre 17|– 18,49.
Desvantagens: erros no procedimento, alterações na
 Adequado = IMC entre 18,5 |– 24,99;
hidratação e peso corporal, como no período pré-
 Sobrepeso = IMC entre 25,0 |– 29,99;
menstrual, horário do dia, prática de atividade física,
doenças e medicamento sem uso, aversão à imersão em  Obesidade leve = IMC entre 30,0 |– 34,99;
água e alterações de densidade.  Obesidade moderada = IMC entre 35,0 |– 39,99;
 Obesidade grave = IMC ≥40,0.
- Pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD):
B. 4 ÍNDICES DERIVADOS DE CIRCUNFERÊNCIAS
Considera mais acessível que a hidrodensitometria. Estão
relacionados ao volume e pressão na câmara, antes e Circunferência braquial (CB)
depois da entrada do indivíduo. Sua validação ainda
apresenta contradições. Bom indicador de desnutrição atual, por expressar a
massa muscular do braço e que está relacionada com a
B.2 ALTURA massa muscular total.

Métodos de verificação: Grande limitação do uso da CB  padrões de referência e


- direto o indivíduo deve ficar de pé, descalço, com pontos de corte específicos e sensíveis para os distintos
calcanhares juntos, costas retas e braços estendidos ao grupos etários e sexos.
longo do corpo. Deve inspirar profundamente e neste
momento o examinador baixar a haste do estadiômetro. Guia para interpretação dos parâmetros do braço
- indiretos  envergadura do braço, altura deitado Percentil Tecido adiposo Tecido muscular
(recumbente), altura do joelho são opções para aqueles <5 Magro/baixa reserva
que não conseguem ficar de pé, como indivíduos com 5 a 15 Abaixo da média
escoliose, paralisia cerebral, distrofia muscular, contraturas 16 a 85 Média
ou paralisias. 86 a 95 Acima da média
≥95 Excesso de gordura Boa nutrição
Fórmula para estimar a altura a partir da altura do joelho
Circunferência muscular do braço (CMB)
Homem Mulher
64,19 - (0,04 x idade) + 84,88 - (0,24 x idade) + É um índice antropométrico derivado das medidas
(2,02 x altura do joelho) (1,83 x altura do joelho) corporais CB e dobra cutânea tricipital (DCT). Expressa a
quantidade de massa muscular do braço e uma
ESTIMATIVA DA ESTATURA EM CRIANÇAS E aproximação a massa muscular total. A OMS recomenda
ADOLESCENTES COM LIMITAÇÕES FÍSICAS seu uso apenas para adultos.

Existe a estimativa de altura de crianças e adolescentes Outros índices seriam a área muscular do braço e área
com limitações físicas  uso das medidas de membros adiposa do braço, embora seu uso seja considerado
superiores (CSB), do membro inferior a partir do joelho apenas para avaliar desnutrição entre adultos.
(CJ) e do comprimento tibial (CT).
CMB = CB – (DCT x 0,314)

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Circunferência de cintura (CC) e relação cintura-quadril Aplicabilidade Dobras
(RCQ) Usada em equações de
predição de gordura DCC, DCB, DCP
Essas medidas possibilitam estimativas do acúmulo de corporal
gordura abdominal, a qual está relacionada à quantidade Indicador de % gordura
de tecido adiposo visceral e intra-abdominal. Está corporal DCT, DCSE, DCSI
associada ao aumento do risco de doenças associadas à Acompanhamento de perda
obesidade (DCV, dislipidemias, HAS, DM2 etc). de peso DCA

OMS  RCQ ≥1,0 para homens e RCQ ≥0,85 para B.7 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA)
mulheres  risco de DCV.
Definições:
Em relação à circunferência de cintura, a OMS recomenda - BIA – mede passagem de corrente elétrica de baixa
os seguintes pontos de corte: intensidade (800NA), freqüência fixa (50kHz) determinando
Risco aumentado  CC ≥94cm para homens e CC valores de resistência (R), reactância (Xc) e impedância
≥80cm para mulheres. (Z).
Risco muito aumentado  CC >102cm para homens e
CC >88cm para mulheres. - Resistência: sofre influência da água corporal total,
gordura corporal e massa magra.
- Reactância: é a fonte de oposição ao fluxo elétrico.
Circunferência de panturrilha (CP)
Ângulo de fase = Arco tangente [Xc /R] x [180/π]
É uma medida corporal recomendada pela OMS para o
diagnóstico nutricional de desnutrição entre gestantes e
Varia de 5º. a 15º. Quando aumentado é sinal de boa
idosos.
saúde e a Xc é alta, quando diminuído associa-se a
existência ou agravamento de doença e a Xc é baixa
As vantagens estão associadas às condições onde não é
(ASSOCIA-SE COM MORTE CELULAR).
possível a obtenção das variáveis peso e altura.
Principais fatores que alteram os valores de resistência e
Área Muscular do Braço (AMB)
reactância
Apresenta maiores mudanças com a idade do que CMB  Resistência (R):
 Grau de hidratação (quanto maior, menor a resistência);
 Gordura corporal (quanto maior, maior a resistência);
AMB = [CB (mm) -  DCT (mm)]²
 Tecido muscular (quanto maior, menor a resistência).
4
 = 3,14
 Reactância (Xc):
 Celularidade e integridade de membrana celular (quanto
Área adiposa do braço (AAB)
maior a integridade celular, maior a reactância). Indica a
quantidade de massa intracelular ou celular corporal.
AB (mm²) = /4 x d²  d = CB (mm)/ 
CONDIÇÕES R CONDIÇÕES Xc
AAB (mm²) = AB - AMB Atrofia muscular Crescimento celular
↑ ↑
B.5 DOBRAS CUTÂNEAS Hipertrofia muscular ↓ Gestação ↑
Obesidade ↑ Inflamação ↓
Dobra triciptal (DCT)  mais usada na prática clínica, Edema Lesão celular
pois a região do tríceps é a mais representativa da
↓ ↓
Desidratação ↑ Sepse ↓
gordura corporal subcutânea. Deve ser medida no
ponto médio entre o acrômio e olecrano, na parte Caquexia ↑ Infecção ↓
posterior do braço. Fig. 5: Alterações em variáveis de BIA.
Dobra biciptal (DCT)  Deve ser medida 1 cm acima do
local marcado para DCT, na parte anterior do braço. Aplicabilidade: o método não é indicado para avaliar
composição corporal nas seguintes situações:
Dobra do peitoral (DCP)  Deve ser medido 1 cm abaixo - vigência de alterações metabólicas e estados críticos;
da dobra axilar. - presença de doença degenerativa;
Dobra abdominal (DCA)  medida 3cm lateral e 1cm - presença de quadro inflamatório;
inferior à cicatriz umbilical - indivíduos em crescimento.
Dobra subescapular (DCSE)  É medida logo abaixo do
ângulo inferior da escápula. Realização da BIA:
Dobra supra-ilíaca (DCSI)  logo acima da crista ilíaca
em diagonal - evitar ingestão de alimentos e bebidas 4h antes
Dobra coxa (DCC)  medida na parte anterior da coxa, - não fazer exercício físico 12h antes
no ponto médio entre linha inguinal e borda proximal - urinar 30min antes
da patela, com a perna levemente flexionada e - não consumir álcool 24h ante
relaxada. - não usar diuréticos por 7 dias antes.

A precisão das dobras diminui com o aumento da Condições ideais para avaliação de BIA:
obesidade. - Jejum absoluto >8h;
- Esvaziar a bexiga antes do exame;
- ausência de atividade física por pelo menos 8h;
Aplicabilidade das dobras cutâneas - anotar horário de avaliação;
- anotar ciclo menstrual;

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- temperatura ambiente; - Alteração na ingestão alimentar: avalia-se tanto a
- higienização de pelo com álcool. duração quanto o tipo de modificação, que pode ser
qualitativa ou quantitativa;
OBS.: eletrodos colocados nos mesmos lados e sempre - Presença de sintomas gastrointestinais: anorexia,
nos mesmos pontos náusea, vômitos, diarréia, que somente serão significativos
caso ocorram por mais de 2 semanas;
Existem condições clínicas que algumas considerações - Capacidade funcional: relata alterações nas atividades
devem ser observadas: diárias, que devem ser avaliadas por sua duração e pelo
- Insuficiência cardíaca: edema interfere na avaliação; grau de comprometimento da atividade física;
- Insuficiência hepática: ascite/edema interferem na - Demandas metabólicas: doenças de alto estresse
avaliação; (queimaduras, sepse e neoplasias)
- Insuficiência renal: edema/alterações hidroeletrolíticas - No exame físico: avaliar perda de gordura subcutânea,
interferem na avaliação – a avaliação deve ser realizada perda de massa muscular, presença de edema e ascite,
20 – 30min após diálise. dor óssea e fraturas e alterações da pele.

C.1 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG) De posse destas informações na história e no exame
físico, os pacientes são classificados como: (A) – bem
Método simples, de baixo custo e com boa nutrido, (B) – desnutrido moderadamente ou com suspeita
reprodutibilidade e confiabilidade, inicialmente e (C)- gravemente desnutrido.
desenvolvido para avaliação do estado nutricional de
paciente hospitalizado no pré-operatório e que vem sendo Segundo Detsky, a ASG no pré-operatório foi o melhor
utilizado em diversas condições clínicas. índice de prognóstico para complicações infecciosas pós-
operatórias.
Considera-se a história clínica e o exame físico,
contemplando: Assim, a ASG seria um instrumento tanto para o
prognóstico quanto para o diagnóstico, através do qual
- Alteração no peso corporal: o percentual de perda de demonstrou-se maior número de complicações e
peso nos 6 meses precedentes é caracterizado como mortalidade e custos hospitalares associados aos
suave (<5%), moderado (5-10%) e grave (>10%). pacientes identificados como desnutridos graves.
Questiona-se também a perda de peso nas últimas 2
semanas;

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D.AVALIAÇÃO DO ESTADO IMUNOLÓGICO nutricional, como função hepática, perda de proteínas,
hidratação prejudicada com grande troca de fluídos, infecção
D.1Linfocitometria global ou contagem total de linfócitos e inflamação. Porém, a albumina sérica é um excelente fator
periféricos (CTLP) - indicador de mecanismo de defesa prognóstico em várias situações clínicas, pois a baixa
celular concentração de albumina sérica está relacionada com
aumento da morbimortalidade em várias condições clínicas
como doença crítica, renais, linfoma, HIV entre outras.
Contra-indicado para pacientes em uso de esteróides, RT,
QT ou doença autoimune.
 O uso da albumina na avaliação nutricional baseia-se na
CTL = leucócitos x % linfócitos sua correlação com mudanças na circunferência muscular
100 braquial, na facilidade de dosagem e no baixo custo.

800 a 1199/ mm³: depleção moderada  Baixas concentrações de albumina não estão envolvidas a
< 800/ mm³: depleção grave gênese da desnutrição protéico-calórica, podendo apenas
indicar que a ingestão dietética de proteínas não adequada
Valor mínimo aceitável (CHEMIN & MURA): 1200/mm³ para manter a síntese protéica.

D.2 Testes de hipersensibilidade cutânea tardia (HCT ou  Transferrina


RHR)
 Proteína de síntese hepática relacionada com o
- Injeção de antígenos de memória - tuberculina (PPD), transporte sérico de ferro;
estreptoquinase-estreptodornase (SK/ SD), tricofitina e  Vida média  7-8 dias;
candidina e leitura em 24-48 horas  Mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no
controle de intervenções dietoterápicas do que a
Interpretação albumina;
>5mm de enduração- RESPOSTA POSITIVA  Aumenta: carência de ferro, gravidez, fase precoce das
< 5mm de enduração- depleção grave hepatites agudas e por perdas hemáticas crônicas;
 Reduz: várias anemias, nas infecções crônicas,
Obs.: como sofre influencia da doença de base, constitui doenças hepáticas crônicas, nas neoplasias e na
parâmetro questionável para a avaliação do estado sobrecarga de ferro. Nestes casos, não deve ser
nutricional. utilizada para avaliação nutricional.

- Anergia cutânea total = sem resposta imunológica,  Transtiretina ou Pré-albumina
freqüente em desnutridos grave.
 Transporta a tiroxina;
E.EXAMES LABORATORIAIS EMPREGADOS NA  Vida média  2-3 dias;
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL  Sintetizada no fígado e com níveis de reserva muito
pequenas no organismo
 Diminui rapidamente quando a ingestão de calorias e/ou
Proteínas do Plasma - a avaliação da síntese protéica ou
proteínas é insuficiente. É um indicador sensível de
da “reserva” protéica visceral é realizada através desta
deficiência proteéica e retorna rapidamente seus níveis
dosagem.
quando a terapia nutricional é adequada.
 Infecções, traumatismo - quando há demanda súbita de
 Albumina
síntese protéica, deprimem-se os níveis séricos pré-
albumina;
 Síntese hepática e meia-vida de 18-20 dias
 É melhor indicador de estado de proteína visceral e
balanço nitrogenado positivo do que a albumina ou a
 O uso da albumina total na avaliação do estado nutricional
transferrina
é questionável, pois sua produção hepática pode ser
influenciada por inúmeros fatores adicionais ao estado

13
 Proteína transportadora de retinol  Baixas concentrações: pacientes com fibrose cística,
desordens hepáticas, hipertireoidismo e deficiência de
 Proteína específica para o transporte da vitamina A do zinco.
tecido hepático para outros tecidos-alvo de seu papel  Vida média = 10 a 12 horas - reflete melhor as
fisiológico alterações agudas na desnutrição protéica.
 Metabolizada pelo rim;
 Elevada nas nefropatias;

Fig. 6: Características e pontos de corte e proteínas plasmáticas segundo CHEMINA & MURA.

Avaliação do Compartimento Protéico Somático


- Pode avaliar a necessidade de aumento de oferta
a. Índice creatinina-altura energética e avaliar a conduta nutricional empregada

- Utilizada para medir a massa magra corporal ou tecido - Convém avaliar se o paciente não tem doença renal nem
metabolicamente ativo dos pacientes, acreditando-se que a perdas anormais de nitrogênio como nos quadros de
excreção urinária queimaduras e fístula.

- Maior parte da creatinina está armazenada no músculo sob BN= g proteína ingerida/ 6,25 - (Uréia Urinária +4)/2,14
a forma de creatina-fosfato, constituindo um depósito
energético solicitado durante a gliconeogênese e cujo
produto de degredação é a creatinina - Classificação do BN e sua associação metabólica:
Positivo  anabolismo
- Considerando-se que a creatinina é 100% excretada na Igual a zero  equilíbrio
urina, a medição de creatinina excretada na urina de 24h (de Negativo  catabolismo
3 dias consecutivos) reflete diretamente a concentração de
creatinina corporal total e, indiretamente a massa muscular - Limitações do BN:
total
Poderá ocorrer coleta de urina de 24h incompleta
- Atenção: esta medida só é válida se a função renal estiver subestimando o nitrogênio urinário e o catabolismo e o
preservada catabolismo protéico, por isso, torna-se necessária a coleta
de 3 dias consecutivos, fazendo a média dos valores a fim
- Excreção média para o sexo feminino me 18 mg/kg e para de minimizar o problema.
o sexo masculino 23 mg/kg
Doenças – a IR pode promover retenção de uréia e
ICA = Volume urinário 24h x [Creatinina urinária] subestimar o nitrogênio urinário e o catabolismo protéico; as
Excreção de creatinina esperada na urina 24h hepatopatias graves podem promover prejuízo na
transformação de amônia em uréia, subestimando as perdas
Valor Interpretação de nitrogênio; a doenças intestinais inflamatórias podem
Normal >80% provocar perdas intestinais de nitrogênio por mal absorção,
Depleção leve 60 – 80% presença de fístulas intestinais e/ou enteropatia provocam
Depleção moderada 40 – 60% perda de proteína; os casos de acidose metabólica a medida
Depleção grave <40% que provocam aumento da excreção de amônia, com
conseqüente diminuição do percentual de nitrogênio urinário,
Valores menores de 60% apontam depleção grave de produzem subestimação do BN.
massa muscular.

b.Balanço Nitrogenado (BN)

14
EXERCÍCIOS DE RASTREAMENTO E AVALIAÇÃO correta, correspondente ao método de avaliação citado na
NUTRICIONAL descrição acima.
(A) Exame físico.
1) A avaliação subjetiva global é feita por meio da (B) Avaliação global subjetiva.
aplicação de um questionário em que contam anamnese e (C) Composição corporal.
exame físico. A anamnese contempla o seguinte dado: (D) Antropometria.
(Residência HUPE)
(A) porcentagem de perda de peso 9)Na Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG)
(B) registro alimentar de 24h adaptada de Detsky e cols.(1987), bastante utilizada no
(C) IMC Brasil, a perda de peso investigada é considerada
(D) balanço nitrogenado significativa quando for, nos últimos 6 meses, maior que:
(E) relação peso-altura (NutMed)
(A) 2%
2) A avaliação retrospectiva do consumo de alimentos (B) 5%
através do questionário de freqüência de consumo (C) 8%
alimentar tem como principal desvantagem: (Residência (D) 10%
HUPE - 2004)
(A) gerar resultados padronizados 10)(Residência HUPE 2011) Em rotina de avaliação
(B) requer nutricionista treinado nutricional em pré-operatório pode ser utilizada a BIA e
(C) depender da memória do entrevistado sabe-se que neste método de avaliação, existe associação
(D) não fornecer informações quantitativas entre valores das medidas de reactância com o
comprometimento da função celular e que a medida de
3) A avaliação bioquímica pode ser utilizada na resistência varia inversamente com a quantidade de:
determinação da reserva protéica corporal. Meia vida de (A)Massa celular e gordura
dois dias são características de seguinte proteína visceral: (B)Gordura e eletrólitos
(Residência HUPE - 2003) (C)Tecido ósseo e água
(A) albumina (D)Água e eletrólitos
(B) transferrina
(C) pré-albumina 11) Qual a proteína a seguir tem menor tempo de vida
(D) proteína ligada ao retinol média ? (Nutmed)
(A) albumina
4) A circunferência muscular do braço é a medida do (B) pré-albumina
seguinte compartimento corporal (CEPERJ 2011): (C) proteína transportadora de retinol
(A) adiposo (D) transferrina
(B) proteico somático
(C) proteico visceral 12) Considera-se para a realização da ANSG (Avaliação
(D) proteico adiposo Nutricional Subjetiva Global) (NutMed)
(A) alteração no peso do paciente e dobras cutâneas
5) A ASG é feita por meio da aplicação de um questionário (B) alteração na ingestão alimentar e balanço nitrogenado
em que consta anamnese clínica, alimentar e exame físico. (C) capacidade funcional física e sintomas gastrointestinais
Considera-se fator de risco para desnutrição perda (D) exame físico e balanço nitrogenado
ponderal involuntária na seguinte situação: (Residência
HUPE) 13) A perda de peso considerada como significância clínica
(A) >5% PI, com ganho nas últimas duas semanas corresponde a: (Nutmed)
(B) >10% do peso habitual em 6 meses (A) 5% em 1 mês
(C) <5% do peso habitual em 6 meses (B) >7% em 6 meses
(D) >10% do peso ideal em 24 meses (C) 10% em 1 ano
(E) <5% do peso ideal em 6 meses (D) 5% em 3 meses

6) Na avaliação nutricional por impedância bioelétrica, os 14) Deficiências calóricas e protéicas podem levar à perda
valores de reactância são indicadores: (Residência HUPE - de peso, refletindo mudanças na massa corporal magra e
2004) gorda. Para discriminar mudanças nestes dois
(A) massa corporal total compartimentos são utilizadas, respectivamente, as
(B) tecido adiposo seguintes medidas: (Nutmed)
(C) massa magra (A) peso e altura
(D) tecido ósseo (B) peso e circunferência muscular do braço
(C) peso e índice creatinina-altura
7)Dentre as medidas de prega cutânea, as que podem (D) índice creatinina-altura e pregas cutâneas
conjuntamente definir gordura corporal são: (NutMed)
(A) Biciptal, triciptal, subescapular, supra-ilíaca 15) A precisão das medidas de espessura e pregas
(B) Panturilha, subescapular, supra-ilíaca, supra-umbilical cutâneas: (NutMed)
(C) Biciptal, supra-umbilical, panturilha, coxa (A) diminui com diminuição da obesidade
(D) Subescapular, supra-umbilical, biciptal, coxa (B) aumenta com a diminuição da obesidade
(C) aumenta com o aumento da obesidade
8) (EAOT 2010) É a medida do tamanho corporal e de (D) diminui com o aumento da obesidade
suas proporções. Trata-se de um dos indicadores diretos
do estado nutricional, sendo as medidas mais utilizadas 16) (IABAS 2010) O ICA reflete a massa muscular
nesta avaliação: o peso, a estatura, as pregas cutâneas corporal, sendo usado com marcador de depleção:
(bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca) e as (A)Leve, entre 60-80%
circunferências (braço, cintura e quadril). Considerando a (B)Leve, entre 45-65%
avaliação do estado nutricional, assinale a única alternativa (C)Moderada, entre 30-55%
(D)Moderada, entre 60-80%

15
17) Classifique, em ordem decrescente, os indicadores 23)Coloque V ou F nas afirmativas abaixo, em relação aos
para análise de proteína visceral, considerando os de métodos de Avaliação Nutricional, assinalando a seguir
maior precisão (EAOT 2002). a opção correta (CSM 2004).
(A) Pré-albumina, albumina, transferrina. ( ) DC podem ser úteis para avaliar mudanças a longo
(B) Albumina, fibronectina, pré-albumina. prazo nas reservas de tecido adiposo subcutâneo em
(C) Proteína carreadora de retinol, transferrina, albumina. pacientes que recebem Terapia Nutricional.
(D) Transferrina, proteína carreadora do retinol, ( ) a utilização de DC é bastante confiável como método
somatomedina. de Avaliação Nutricional em pacientes graves internados
em CTI.
18) Assinale a alternativa que apresenta o método ( ) a albumina sérica é padrão-ouro em pacientes
antropométrico utilizado para obter uma mensuração politrauma (na primeira semana do trauma) uma vez que
da quantidade e da taxa de variação da proteína possui meia vida de 20 dias.
muscular esquelética (EAOT 2003) ( ) os testes cutâneos permitem avaliar a imunidade
(A) Medida de pregas cutâneas. celular por meio da hipersensibildade cutânea tardia à
(B) Medidas musculares dos membros. antígenos específicos.
(C) Índice de massa corporal.
(D) Peso e altura. (A)V; F; F; V
(B)V; V; F; V
19) O Índice de Quetelet, ou Índice de Massa Corporal (C)F; V; V; V
(IMC), é um método simples de se mensurar e se (D)F; F; V; V
classificar a obesidade. Considerando-se o estado (E)F; F; F; V
nutricional de um indivíduo adulto com IMC de 29 kg/m2, é
CORRETO afirmar que seu estado nutricional é de (EAOT 24)Assinale a opção que apresenta o parâmetro
2006) antropométrico mais utilizado para avaliação da
(A) desnutrição moderada. depleção de massa magra. (CSM 2005).
(B) eutrofia. (A)DCT
(C) obesidade mórbida. (B)BN
(D) sobrepeso, ou pré-obesidade. (C)Proteínas totais e frações
(D)CB
(E)CMB
20)As medidas mais utilizados na avaliação antropométrica
de adultos são: (UFRJ 2009) 25) O principal fator que altera o valor da reactância no
(A) Peso, dobras cutâneas e Relação Cintura Quadril método de bioimpedância elétrica (BIA) é o (a)
(RCQ); (Residência HUPE 2009):
(B) Índice de Massa Corporal (IMC) e Dobra Cutânea
Suprailíaca; (A) tipo de tecido muscular
(C) Dobra Cutânea Tricipital, circunferência do braço e (B) nível de hidratação e eletrólitos
circunferência da cintura; (C) localização da gordura corporal
(D) Índice de Massa Corporal (IMC); Circunferência da (D) integridade das membranas celulares
Cintura

21)A proteína sérica de vida média curta que é um bom 1–A 2–D 3–C 4–B 5–B
indicador de restrição protéica ou energética é a 6–C 7–A 8–D 9–D 10 – D
(INCA 2009): 11 – C 12 – C 13 – A 14 – D 15 - D
(A)Pré-albumina 16 – A 17 – C 18 – B 19 – D 20 – D
(B)Albumina 21 - A 22 - C 23 – A 24 – E 25 – D
(C)Caseína
(D)Transferrina

22)Considerando os parâmetros bioquímicos na Avaliação


Nutricional, assinale verdadeiro (V) ou falso(F) para as
assertivas abaixo (INCA 2009):

( )A pré-albumina que possui vida média curta é um


índice bastante sensível para identificação da restrição
proteica ou energética
( )A dosagem da creatinina urinária de 24 horas identifica
as concentrações da massa muscular do organismo
( ) A albuminemia com valores entre 3-3,5g/dl indica
depleção moderada
( ) A contagem total de linfócitos auxilia a identificação de
alterações nutricionais

Assinale a alternativa CORRETA:


(A)V, F, V, F
(B)F, V, V, F
(C)V, V, F, V
(D)F, F, F, V

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