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Nutrição clínica II

Desnutrição energético proteica - Dep

É o conjunto das condições patológicas e quanto ao tempo de instalação

deficiência simultânea , em proporções variadas ,


decorrentes da deficiencia de proteína e calorias , Aguda : A criança é desnutrida

que ocorre mais frequentemente em lactentes e


Cronica : A criança foi e é desnutrida

crianças e que geralmente se associaa infecções . Pregressa : A criança foi desnutrida

formas clínicas da dep

fatores de risco
Marasmo
Saneamento básico

Deficiência de energia mais grave que

nível socioeconomico a de proteína .


Baixo peso ao nascer

sinais e sintomas : criança pequena para idade membros , delgados

Processos infecciosos devido a atrofia da massa muscular e da gordura subcutânea , costelas

Nível de escolaridade
proeminentes , a criança sente fome , cabelos escassos e finos , abdome

da mãe
pode ser globoso sem hepatomegalia e ausência de edema .
Desajuste familiar

Abandono do aleitamento materno

Kwashiorkor

Deficiência de proteinas é mais grave .


tipos de dep
Primária : Essencialmente alimentar
sinais e sintomas : Criança chora muito , é sonolenta e se recusa a comer ,
:
Secundária Decorrente de processos patológicos , apatia , tristeza , hepatomegalia decorrente de esteatose hepática ,
como infecções , alergias , neuropatias , face de lua , anasarca , Taquicardia, hipoglicemia , infecções graves e

.
.
distúrbios hidroeletrolíticos

cardiopatias

classificação
Kwashiorkor
quanto à intensidade

marasmático

Leve : Comprometimento pondero - estatural


Deficiência mista (
energético - protéica )
Moderada : Comprometimento do sist . imunológico e

neuropsicomotor
sinais e sintomas : Déficit de tecido muscular e adiposo , perda de peso

, .
:
acentuada e edema além de lesões de pele Criança com retardo na

Grave Desencadeia marasmo e Kwashiorkor


estatura , do desenvolvimentoneuropsicomotor e queda da resistência

imunológica .

G i s e l l y S . A l v e s
Nutrição clínica II

Desnutrição energético proteica - Dep

alterações orgânicas da dep


Compromete o processo absortivo em 40% Ocorre achatamento , perda das vilosidades edas enzimas na borda em

SISTEMA DIGESTÓRIO
escova . Alto risco de infecção . Distúrbios absortivos : reduÇão da secreção gástrica , pancreática e biliar .

Queda do débito cardíaco Insuficiência circulatória periférica Queda da pressão arterial


SISTEMA CARDIOVASCULAR

Degeneração e redução de fibras musculares


SISTEMA MUSCULAR

FÍGADO
Hepatomegalia , esteatose hepática , redução da síntese de proteínas

Diminuição na produção de enzimas


PANCREAS

A TMB de crianças desnutridas estáreduzidaa 70% dos valores normais . Alteração do metabolismo – redução da
METABOLISMO

ingestão e absorção

SISTEMA RENAL Diminui tamanho , peso e capacidade funcional

SISTEMA NERVOSO
Alterações no comportamento e aprendizado

Diminuição da imunidade celular , humoral e

SISTEMA IMUNE
não específica (
Linfócitos T , Citocinas e Interleucina 1). Infecções bacterianas . Hipotrofia ou atrofia do timo

PELE E PELOS
Descamação , despigmentação (
Sinal da bandeira ), rachaduras , queda de cabelo (
perda da tonicidade do folículo

)
piloso

fases para recuperação

T r a t a r / P r e v e n i r h i p o g l i c e m i a

T r a t a r / P r e v e n i r h i p o t e r m i a

Fase de estabilização T r a t a r a d e s i d r a t a ç ã o e o c h o q u e s é p t i c o

C o r r i g i r o s d i s t ú r b i o s h i d r o e l e t r o l í t i c o s

T r a t a r i n f e c ç õ e s

C o r r i g i r a s d e f i c i ê n c i a s d e m i c r o n u t r i e n t e s

Fase de reabilitação
R e i n i c i a r a a l i m e n t a ç ã o c a u t e l o s a m e n t e

R e c o n s t r u i r o s t e c i d o s p e r d i d o s

A f e t i v i d a d e , e s t i m u l a ç ã o , r e c r e a ç ã o e c u i d a d o

P r e p a r a r p a r a a a l t a e o a c o m p a n h a m e n t o a p ó s a a l t a
Fase de acompanhamento

G i s e l l y S . A l v e s
Nutrição clínica II

Desnutrição energético proteica - Dep

Recomendação nutricional Exemplo


quanto ao tempo de instalação

Calcule as fases do preparo energético para uma menina

FASE DE ESTABILIZAÇÃO -1 7
a dias
diagnosticada com dep - com 5 : kg

( 75 = 75
F Kcal /100 mL )
Criança instável pela presença de processos infecciosos /
e ou
1° Passo para calculo do F 75
alterações metabólicas . PESO x VOLUME

Oferta hídrica : 80 130


a mL Kg dia/ / O volume é um valor fixo dado na referencia

Oferta calórica : 80 100


a / /
Kcal Kg dia
Neste caso : 5 130 = 650
X mL

Oferta protéica : 1,0 1,5 / /


a g Kg dia

Lactose : 1,3% 2° Passo

VOLUME x N ° DE REFEIÇÕES

2/ 2
horas ou 3/3
horas – via oral ou sonda nasogástrica

O número de refeições altera no decorrer dos dias

Neste caso : 650 / 12 = 54,16 mL para os 3 primeiros dias

FASE DE REABILITAÇÃO - Após uma semana

( 100 = 100
F Kcal /100 mL ) 3° Passo

Criança estável , o objetivo é a recuperação pondero - estatural e VOLUME DA REFEIÇÃO / PESO

tratar carências nutricionais Este calculo verifica adequação na tabela

Neste caso : 54,16 / 5 = 10,83


Oferta hídrica : 150 200 / /
a ml kg dia

Oferta calórica : 150 220a / /


Kcal Kg dia , no lactente Evoluir conforme recomendação para os 7 dias

1,5 2,0
a x a RDA para idade Para o F 100 o passo a passo é o mesmo . Entretanto , inicia - se a

Oferta protéica : 4,0 5,0 / /


a g Kg dia • Lactose : 3 4%
a oferta com o volume inicial do F 75, evoluindo até alcançar o

volume determinado no F 100.


2/ 2
horas ou 3/3
horas – via oral ou sonda nasogástrica 1° Passo

Iniciando com valor do F 75, evoluindo 10 ml a cada fase PESO x VOLUME

5 200 = 1000
x mL

MONITORAMENTO 2° Passo

Peso diário da criança , no mesmo horário da ofertada VOLUME x N ° DE REFEIÇÕES

preparação . Permite observar o momento em que começa o pico 1


OOO / 6 = 166,66 mL

de crescimento rápido .
Para saber co mo iniciar , faz -se o seguinte calculo :
VOLUME DO F 75 / ° N DE REFEIÇÕES

650 / 6 = 108,33 mL

1° refeição = 108,33
2° refeição = 118,33
3° refeição = 128,33
Evoluindo 10 mL a cada refeição até atingir 166,66

G i s e l l y S . A l v e s

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