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Em rastreamento gente, nós vamos falar muita coisa diferente do status quo
usual. E muitas das coisas que eu falo aqui para vocês e que são diferentes do
que deve ser feito, não é da minha cabeça que eu tiro não. É baseado nisso
aqui! É coisa de 1994... 1995! As coisas antigamente eram muito baseadas
simplesmente em achismo... e em 1994 as pessoas começaram a entender
que isso não era coisa da realidade. Apenas pouca coisa da medicina... 5%...
era realmente baseada em evidencia. Metade do que eu aprendi em medicina,
era baseado em opinião... achismo. Agora não é mais assim... Achar não é
permitido ao médico! Ele tem que fazer alguma coisa que realmente tem
base... E é isso que a gente vai tentar mostrar para vocês!
Segundo a OMS, a gente tem que fazer três coisas numa consulta
ginecológica: Resolver o problema da paciente; fazer planejamento familiar,
que vai dar qualidade de vida para ela; e realizar medidas de rastreios, que
serão medidas que irei realizar numa paciente, com ela não sentindo
absolutamente nada.
E a OMS colocou alguns quesitos que devem ser observados todas as vezes
para que você possa indicar uma medida de rastreio para alguém. O primeiro
são as patologias que devem ser consideradas um problema de saúde pública,
quer dizer, você só rastreia algo que seja prevalente, sendo que isso não
significa que vai ser prevalente para todas as populações... assim como
também não vai ser prevalente para todas as fases da vida. A segunda coisa
gente, é que tem que ter programas de tratamento para todos os casos que
sejam detectados. Não é ético chegar par alguém, dar um diagnóstico e depois
dizer que não tem como tratar. Já que eu não vou tratar o paciente, eu não
devo falar para ele que está doente não! No rastreio, você tem que dar
seguimento ao seu paciente!!! Terceiro é que eu tenho que ser capaz de
identificar essa patologia em estado latente... Quando é sintomática, ela não é
mais rastreio! Quarto é que deve ser reproduzível e aceitável pela população. A
gente tem que saber a história natural da doença... a gente não aborda todo
mundo igual, e acha normal. Quando eu era estudante, era extremamente
comum alguém morrer de quimioterapia, e as pessoas achavam isso normal...
Isso acontecia, e falavam que foi porque Deus quis. Não é não gente.
Tratamento não pode ter mais risco de morte que a própria doença! Isso é
inadmissível!!! O último gente, é que eu só vou chamar de rastreio se eu
conseguir fazer com que a pessoa sobreviva. Só se eu for levar à uma repulsão
da mortalidade! Se isso não acontecer, isso não é rastreio!!! Então é aí que
estão as grandes diferenças entre rastreio e diagnostico. O rastreio tem todas
aquelas evidencias, e além disso, eu não vou encontrar uma coisa que eu só
faço o diagnóstico precoce. No diagnóstico precoce, eu vou aumentar a
sobrevida, vou fazer com que ela viva mais anos, mas não vou evitar a morte.
Não vou diminuir a mortalidade!!!
Quando eu estou vendo essas duas coisas aqui, eu preciso conhecer... eu
preciso saber, quando realizar... quando iniciar... a solicitação desses exames.
Se eu tenho uma patologia que é prevalente, eu tenho que saber a partir de
quando ela é prevalente para eu poder instituir um exame naquela paciente. A
partir do momento que eu conheço a história natural da doença, eu vou sabe
quanto tempo o exame hoje negativo, me dá uma segurança, para eu poder
repetir esse exame de tanto em tanto tempo! Eu preciso saber se aquela é uma
Camille Alves Amaral