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câncer do colo do útero

(*)
Acadêmicos: Autor: TAUAN DOS SANTOS SILVA

Nome do Orientador (**)


Introdução: O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é
causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV
(chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito
frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem
alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são
descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como
Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a
realização periódica do exame preventivo. Excetuando-se o câncer de pele não
melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás
do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por
câncer no Brasil. O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um
médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a
quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento
(estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade
da paciente e desejo de ter filhos. Se confirmada a presença de lesão precursora,
ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.
Objetivo geral: O principal objetivo dessa pesquisa está voltado a o esclarecimento
de dividas e disseminar o conhecimento para a população local ponde em pauta a
existência desse mal (câncer do colo do útero) que é pouco falado, porém é um
grande perigo para a sociedade. Graças a tecnologia da nova era, fica fácil ter
acesso a boa informação e ficar por dentro de todas as informações e atualizações
voltadas a temática.
O que é câncer do colo do útero?
É um tumor (multiplicação anormal das células) que se desenvolve na parte inferior do útero,
chamada “colo”, que fica no fundo da vagina.

O que causa essa doença?


A infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), transmitido na relação sexual. A maioria das
pessoas tem contato com este vírus ao longo da vida, mas quase sempre ele é eliminado
naturalmente. Se isso não acontecer pode, após vários anos, provocar lesões que, se não tratadas,
causam o câncer.

E o que as mulheres podem sentir?


No início, as mulheres não sentem nada. Mais tarde podem aparecer sangramentos fora do
período menstrual, dor e corrimentos.
Esses sinais e sintomas são também comuns a outras doenças. Para obter um diagnóstico, procure
o serviço de saúde.
É possível prevenir o câncer do colo do útero?
Sim! Por meio da vacinação contra o HPV (antes do início da vida sexual) e do exame preventivo
(Papanicolau).

Quem deve tomar a vacina contra o HPV?


Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pois a proteção nesses grupos é maior do
que em adultos.

O que é o exame preventivo?


É o exame do colo do útero para identificar possíveis lesões causadas pelo HPV. É colhido
material do colo e enviado para análise no laboratório. O exame é simples e rápido. Em alguns
casos, pode causar algum incômodo ou sangramento.

Quem deve fazer o exame preventivo?


Mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual.

De quanto em quanto tempo o exame deve ser feito?


Como a evolução da lesão até o câncer é lenta, o exame pode ser feito a cada três anos.

Por que antes de 25 anos as mulheres não precisam


fazer o exame?
Até essa idade, o câncer do colo do útero é raro, e as lesões mais frequentes
causadas pelo HPV são as que se curam sem tratamento.
E após os 64 anos?
Se as mulheres fizeram exames Papanicolau recentemente e os últimos resultados
foram normais, elas devem ser avaliadas por um profissional de saúde quanto à
necessidade de continuar fazendo o exame preventivo. Entretanto, a
consulta ginecológica continuará sendo importante para avaliação de outras
doenças.

Quais as orientações para as mulheres que vão fazer o


exame?
Preferencialmente, elas não devem estar menstruadas nem devem ter tido
relação sexual ou feito uso de duchas ou lubrificantes vaginais, nas 24 horas
anteriores ao exame.

A vacina e o exame preventivo estão disponíveis na unidade básica de saúde


(UBS) próxima de sua casa. Tão importante quanto fazer o exame é buscar o
resultado

Palavras-chave: colo do útero. Exame. Papanicolau. HPV. Mulheres.

As estratégias para a detecção precoce do câncer são o diagnóstico precoce


(examinar pessoas com sinais e/ou sintomas da doença) e o rastreamento
(aplicação de exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com
objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhá-la para investigação
e tratamento) (WHO, 2007).

Rastreamento
O rastreamento do câncer é uma estratégia dirigida a um grupo populacional
específico no qual o balanço entre benefícios e riscos dessa prática é mais
favorável, com impacto na redução da mortalidade. Os benefícios são o melhor
prognóstico da doença, com tratamento mais efetivo e menor morbidade associada.
Os riscos ou malefícios incluem os resultados falso-positivos, que geram ansiedade
e excesso de exames; os resultados falso-negativos, que têm como consequência a
falsa tranquilidade do paciente; o sobrediagnóstico e o sobretratamento,
relacionados à identificação de tumores de comportamento indolente
(diagnosticados e tratados sem que representassem ameaça à vida) e os possíveis
riscos dos testes para rastrear os diferentes tipos de câncer (BRASIL, 2010; INCA,
2021).O rastreamento do câncer do colo do útero se baseia na história natural da
doença e no reconhecimento de que o câncer invasivo evolui a partir de lesões
precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e adenocarcinoma in
situ), que podem ser detectadas e tratadas adequadamente, impedindo a
progressão para o câncer.O método principal e mais amplamente utilizado para
rastreamento do câncer do colo do útero é o teste de Papanicolaou (exame
citopatológico do colo do útero). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
com a cobertura de, no mínimo, 80% da população-alvo, e a garantia de diagnóstico
e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a
90% a incidência do câncer cervical invasivo (WHO, 2002, OPAS, 2016).

Diretrizes do rastreamento
O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame
citopatológico (exame de Papanicolaou), que deve ser oferecido às mulheres na
faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual (BRASIL, 2010, INCA,
2016).A priorização dessa faixa etária como população-alvo justifica-se por ser a de
maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente
para não evoluírem para o câncer. Segundo a OMS, a incidência desse câncer
aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos, e atinge seu pico na quinta ou sexta
década de vida. Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de
baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos e, portanto,
podem ser apenas acompanhadas conforme recomendações clínicas. Após os 65
anos, por outro lado, se a mulher tiver feito os exames preventivos regularmente,
com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é reduzido
dada à sua lenta evolução (INCA, 2016).A rotina recomendada para o rastreamento
no Brasil é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois exames
normais consecutivos realizados com intervalo de um ano. A repetição em um ano
após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado
falso-negativo na primeira rodada do rastreamento. A periodicidade de três anos tem
como base a recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com
programa de rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de
evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do que
se realizado em intervalos de três anos (INCA, 2016).O rastreamento de mulheres
portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas constitui uma situação especial, pois,
em função da defesa imunológica reduzida e, consequentemente, da maior
vulnerabilidade para as lesões precursoras do câncer do colo do útero, o exame
deve ser realizado logo após o início da atividade sexual, com periodicidade anual
após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral. Por
outro lado, não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de
atividade sexual ou submetidas à histerectomia total por outras razões que não o
câncer do colo do útero (BRASIL, 2016).É importante destacar que a priorização de
uma faixa etária não significa a impossibilidade da oferta do exame para as
mulheres mais jovens ou mais velhas. Na prática assistencial, a anamnese bem
realizada e a escuta atenta para reconhecimento dos fatores de risco envolvidos e
do histórico assistencial da mulher são fundamentais para a indicação do exame de
rastreamento.As mulheres diagnosticadas com lesões intraepiteliais do colo do útero
no rastreamento devem ser encaminhadas à unidade secundária para confirmação
diagnóstica e tratamento, segundo as diretrizes clínicas estabelecidas (BRASIL,
2016).
Diagnóstico Precoce
A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de
apresentação do câncer (WHO, 2017). Nessa estratégia, é importante que a
população e os profissionais estejam aptos para o reconhecimento dos sinais e
sintomas suspeitos de câncer, bem como o acesso rápido e facilitado aos serviços
de saúde.

Por apresentar sinais e sintomas apenas em fases mais avançadas, o diagnóstico


precoce desse tipo de câncer é de difícil realização, mas deve ser buscado por meio
da investigação de sinais e sintomas mais comuns como (BRASIL, 2016; OPAS,
2016):

 Corrimento vaginal, às vezes fétido


 Sangramento irregular em mulheres em idade reprodutiva.

Palavras-chave: colo do útero. Exame. Papanicolaou. HPV. Mulheres.


Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Rastreamento. Cadernos de Atenção Primária, n. 29. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastr
eamento.pdf.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA.


Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à
Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do
colo do útero. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. Disponível
em: https://antigo.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//
diretrizesparao...

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA


SILVA. Detecção precoce do câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2021. Disponível
em: https://antigo.inca.gov.br/publicacoes/livros/deteccao-precoce-do-cancer Acesso
em: 19 jul. 2021.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Controle integral do câncer do


colo do útero. Guia de práticas essenciais. Washington, DC: OPAS, 2016.
Disponível em: https://www.who.int/reproductivehealth/publications/cancers/cervical-
cancer-guide/pt/

WORLD HEALTH ORGANIZATION. National cancer control programmes:


policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002. Disponível
em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/37815?show=full

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Early detection. Geneva: WHO, 2007. (Cancer


control: knowledge into action: WHO guide for effective programmes, module 3).
Disponível
em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43743/9241547338_eng.pd....
Acesso em: 15 jun. 2021.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guide to cancer early diagnosis.


Geneva: World Health Organization; 2017. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.
Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/254500

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