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BACHARAREL EM ENFERMAGEM

ROSIVANE GONÇALVES IGREJA

PATOLOGIAS DOS SISTEMAS REPRODUTOR MASCULINO E


FEMININO
Infecção Sexualmente Transmissível (IST)

TUCURUÍ
2022
ALUNOS:

PATOLOGIAS DOS SISTEMAS REPRODUTOR MASCULINO E


FEMININO
Infecção Sexualmente Transmissível (IST)

Trabalho apresentado a faculdade


Uniplan na disciplina de Patologias dos
Sistemas, sob orientação do professor
Ronisson Ribeiro, como requisito para a
obtenção parcial de nota na referida
disciplina.

TUCURUÍ
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 5

2 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS REPRODUTOR MASCULINO E


FEMININO ........................................................................................................ 6

2.1 Clamídia ............................................................................................... 6

2.1.1 Causa ................................................................................................... 6

2.1.2 Sintomas .............................................................................................. 7

2.1.3 Riscos na gravidez ............................................................................... 7

2.1.4 Diagnóstico........................................................................................... 8

2.1.5 Tratamento ........................................................................................... 8

2.1.6 Clamídia tem cura? .............................................................................. 9

2.2 GONORREIA........................................................................................ 9

2.2.1 Transmissão ......................................................................................... 9

2.2.2 Sintomas ............................................................................................ 10

2.2.3 Diagnóstico......................................................................................... 11

2.2.4 Tratamento ......................................................................................... 11

2.2.5 Prevenção .......................................................................................... 11

2.3 SIFILIS ................................................................................................ 12

2.3.1 Sinais e sintomas ................................................................................ 12

Sífilis primária ...................................................................................... 13

Sífilis secundária ................................................................................. 13

Sífilis latente – fase assintomática ...................................................... 13

Sífilis terciária ...................................................................................... 14

2.3.2 Prevenção ........................................................................................... 14

2.3.3 Diagnóstico.......................................................................................... 14

2.3.4 Tratamento .......................................................................................... 15


2.4 HERPES GENITAIS .......................................................................... 15

2.4.1 Sintomas ............................................................................................ 16

2.4.2 Tratamento ......................................................................................... 17

2.4.3 Prevenção .......................................................................................... 18

2.5 PAPILOMA VIRUS HUMANO-HPV..................................................... 18

2.5.1 Sintomas ............................................................................................. 19

2.5.2 Diagnóstico.......................................................................................... 19

2.5.3 Tratamento .......................................................................................... 19

2.5.4 Prevenção .......................................................................................... 20

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ...................................................... 25


5

1 INTRODUÇÃO

O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável


por proporcionar as condições adequadas para a nossa reprodução. O sistema
reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a transferência
desses gametas para o corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos externos e
internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos reprodutivos
externos do homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os ductos
deferentes, os ductos ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e
as glândulas bulbouretrais são órgãos reprodutivos internos.
O sistema reprodutor feminino, por sua vez, servirá de local para a
fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, além de ser responsável
pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino,
o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos
externos recebem a denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores,
lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos
incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.
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2 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS REPRODUTOR MASCULINO E


FEMININO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus,


bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por
meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina
ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST
pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a
amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser
transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra
com secreções corporais contaminadas.

2.1 Clamídia

A clamídia é causada por uma bactéria, a Chlamydia trachomatis, e afeta


homens e mulheres que sejam sexualmente ativos e que não façam o uso de
preservativos. A doença também pode ser transmitida de mãe para bebê,
durante o nascimento via canal do parto.
A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode
acometer a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. A
clamídia é uma das causas da infertilidade masculina e feminina.

2.1.1 Causa

A clamídia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Chlamydia


trachomatis, que pode ser transmitida através da relação sexual sem camisinha,
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seja ela oral, vaginal ou retal. Dessa forma, pessoas que têm vários parceiros
sexuais, apresentam maior risco de ter a doença.
Além disso, a clamídia também pode passar de mãe para filho durante o
parto, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado.

2.1.2 Sintomas

Os sintomas podem surgir 1 a 3 semanas após a relação sexual


desprotegida, no entanto mesmo que não existam sinais e sintomas aparentes,
a pessoa pode transmitir a bactéria. Os principais sinais e sintomas de clamídia
na mulher são: Dor ou ardor ao urinar, corrimento vaginal, semelhante a pus, dor
ou sangramento durante o contato íntimo, dor pélvica e sangramento fora do
período menstrual.
No caso da infecção por clamídia na mulher não ser identificada, é
possível que a bactéria se espalhe pelo útero e cause a Doença Inflamatória
Pélvica (DIP), que é uma das principais causas de infertilidade e aborto na
mulher.
Os sintomas de infecção no homem são semelhantes, podendo haver dor
ou ardor ao urinar, saída de corrimento pelo pênis, dor e inchaço nos testículos
e inflamação da uretra. Além disso, caso não seja tratada, a bactéria pode
provocar orquite, que é a inflamação dos testículos, podendo interferir na
produção de espermatozoides.

2.1.3 Riscos na gravidez

A infecção durante a gravidez pode levar ao parto prematuro, baixo peso


ao nascer, morte do feto e endometrite. Como esta doença pode passar para o
bebê durante o parto normal é importante realizar exames que possam
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diagnosticar essa doença durante o pré-natal e seguir o tratamento indicado pelo


obstetra.
O bebê afetado durante o parto pode ter complicações como conjuntivite
ou pneumonia por clamídia e estas doenças também podem ser tratadas com
antibióticos indicados pelo pediatra.

2.1.4 Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo urologista ou ginecologista a partir da


observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. No entanto, para
confirmar a infecção, são normalmente solicitados exames laboratoriais,
principalmente a análise da secreção vaginal ou peniana e o exame de urina,
para identificar a presença da bactéria.
Uma vez que a clamídia não causa sintomas em alguns casos, é
aconselhado que pessoas com mais de 25 anos, com uma vida sexual ativa e
com mais de 1 parceiro façam exame para IST regularmente e que as mulheres
façam o exame preventivo pelo menos 1 vez ao ano ou de acordo com a
orientação do ginecologista.
Após engravidar, também é aconselhado fazer o exame para a clamídia
e outras infecções, para verificar se há alguma infecção no momento e, assim,
ser possível iniciar o tratamento logo em seguida para diminuir a chance de
transmitir para o bebê durante a gestação ou parto.

2.1.5 Tratamento

O tratamento é feito com o uso de antibióticos receitados pelo médico,


como a Azitromicina em dose única ou Doxiciclina durante 7 dias, ou conforme
indicado pelo médico. É recomendado manter o tratamento mesmo que não
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existam mais sinais e sintomas aparentes, pois assim é possível garantir que
houve a eliminação da bactéria.
É importante que o tratamento seja feito tanto pela pessoa portadora da
bactéria quanto pelo parceiro sexual, mesmo que o contato sexual tenha sido
feito com preservativo. Além disso, é recomendado que não se tenha relação
sexual durante o tratamento para evitar reincidência da infecção. Com o
tratamento adequado é possível erradicar completamente a bactéria, mas se
surgirem outras complicações como a doença inflamatória pélvica
ou infertilidade, elas podem ser permanentes.

2.1.6 Clamídia tem cura?

A clamídia pode ser facilmente curada com o uso de antibióticos por 7


dias. No entanto, para garantir a cura, durante esse período é aconselhado que
se evite o contato íntimo desprotegido.
Mesmo em pessoas com HIV, a infecção pode ser curada da mesma
forma, não existindo necessidade de outro tipo de tratamento ou internamento.

2.2 GONORREIA

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) provocada


pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.

2.2.1 Transmissão

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível, o que significa


que a bactéria causadora da doença pode ser transmitida de um indivíduo para
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outro durante a relação sexual sem o uso de preservativos. A transmissão, no


entanto, não se resume ao modo sexual, podendo ocorrer
também durante gravidez e parto.

2.2.2 Sintomas

A gonorreia é uma doença que pode ser assintomática ou desencadear


sintomas. Nas mulheres, a infecção é, geralmente, assintomática, uma questão
que pode dificultar a realização de um diagnóstico precoce.
Nas mulheres pode surgir uma secreção purulenta endocervical, o que
pode ser confundido com um corrimento vaginal sem muita importância. Elas
podem apresentar também sangramento intermenstrual, uretrite e disúria
(sensação de dor ou desconforto ao urinar).
O não reconhecimento da doença e o tratamento tardio podem levar a
complicações, como doença inflamatória pélvica, aborto, gravidez ectópica,
infertilidade e oftalmia neonatal.
Nos homens, a gonorreia provoca, principalmente, uretrite aguda,
desencadeando corrimento uretral e disúria. O corrimento uretral inicia-se
mucoide, mas, após cerca de dois dias, torna-se purulento.
Uma complicação da uretrite causada pela gonorreia é a epididimite
(inflamação do epidídimo) aguda. Outras complicações são: o edema peniano,
prostatite (inflamação da próstata), orquite (inflamação dos testículos), e
balanopostite (inflamação da glande).
Vale salientar que a gonorreia pode atingir regiões não genitais,
provocando, por exemplo, faringite gonocócica, peri-hepatite, infecção ocular e
infecção gonocócica disseminada, a qual leva ao envolvimento articular e
cutâneo. Há também a gonorreia anorretal, que pode provocar proctite
(inflamação da mucosa do reto), dor, coceira, sangramento retal, e descarga
purulenta.
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2.2.3 Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio da análise dos sintomas do paciente e do


resultado de exames laboratoriais. O diagnóstico é confirmado pela identificação
da bactéria causadora da doença em secreções genitais e extragenitais.
Entre os métodos diagnósticos disponíveis, estão: microscopia, cultura e
NAAT (NAAT, do inglês, nucleic acid amplification test, “teste de amplificação de
ácido nucleico”). O único método que permite a realização do teste de
susceptibilidade antimicrobiana é a cultura, portanto, trata-se de um teste que
deve ser realizado a fim de identificar o melhor tratamento.

2.2.4 Tratamento

A gonorreia é uma doença tratada com o uso de antibióticos, os quais


devem ser prescritos exclusivamente por um médico. Um grande problema
relacionado ao tratamento da gonorreia é o aumento crescente e veloz
da resistência bacteriana aos antibióticos. Algumas das causas desse problema
são a escolha inadequada de antibióticos e a falta de controle de acesso a eles.
Além disso, a Neisseria gonorrhoeae apresenta habilidade de alterar o
seu genoma, que também pode ser alterado por mutações e adquirir plasmídeos
por meio da conjugação, fatores que podem resultar na resistência a
antimicrobianos.

2.2.5 Prevenção

A gonorreia, por ser uma infecção sexualmente transmissível, pode ser


prevenida com medidas simples, como a utilização de preservativo em todas as
relações sexuais. Além disso, é importante que as gestantes façam
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um acompanhamento pré-natal adequado para que as IST possam ser


identificadas e os riscos de transmitir infecções, como a gonorreia, para o bebê
diminuam.

2.3 SIFILIS

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e


exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária,
secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de
transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem
camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou
parto.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto,
como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O
acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne
a sífilis congênita e é fundamental.
Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se
não houver o tratamento adequado pode causar complicações graves como
lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à
morte.

2.3.1 Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da


doença, que se divide em:
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Sífilis primária

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva,


vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10
e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de
“cancro duro”.
Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo
estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.

Sífilis secundária

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do


aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo
palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de
tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.

Sífilis latente – fase assintomática

Não aparecem sinais ou sintomas.


É dividida em: latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia
(mais de um ano de infecção).
A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo
surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
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Sífilis terciária

Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção. Costuma


apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode
aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é
importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da
maneira correta.

2.3.2 Prevenção

O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida


mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção
Sexualmente Transmissível.
A testagem e acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais
durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita. Acesse o
conteúdo específico de sífilis congênita.

2.3.3 Diagnóstico

O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do


SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo,
30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma
de diagnóstico da sífilis.
O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das
Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde
(DIAHV/SVS/MS) como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica
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da doença. Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue


deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não
treponêmico) para confirmação do diagnóstico.
Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico
da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e
laboratoriais, para se chegar a um diagnóstico seguro e correto de sífilis
congênita.
Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento
deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar
aguardar o resultado do segundo teste.

2.3.4 Tratamento

O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá


ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.
Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a
bactéria causadora da doença.
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o
mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Este é o único
medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a
doença para o bebê.
A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a
reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:
administração de penicilina benzatina, início do tratamento até 30 dias antes do
parto, esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis, respeito ao
intervalo recomendado das doses.

2.4 HERPES GENITAIS


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Herpes genital é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus


herpes simples (HSV). Existem duas cepas diferentes desse vírus capazes de
provocar herpes genital, o HSV-1 e o HSV-2. Apesar de os dois poderem causar
a doença, o herpes genital está mais relacionado com o HSV-2. Podemos dividir
suas manifestações clínicas em primoinfecção herpética e surtos recidivantes. A
primoinfecção, em geral, tende a ser mais severa do que os surtos recidivantes.
Após ela, o vírus ascende pelos nervos periféricos sensoriais e se aloja em
células dos gânglios sensitivos, onde permanece em latência.
O tratamento baseia-se no uso de antivirais, os quais diminuirão o tempo
da doença, evitarão erupções e reduzirão a chance de transmissão. O
tratamento, portanto, não apresenta capacidade de cura. O uso de preservativos
é uma forma de se prevenir da doença.

2.4.1 Sintomas

Podemos dividir as manifestações clínicas do herpes genital em


primoinfecção herpética e surtos recidivantes. Primoinfecção herpética é o
primeiro episódio de infecção, o qual costuma ser assintomático em cerca de
75% dos casos.

Em geral, quando os sintomas surgem, a primoinfecção herpética possui


um período de incubação médio de seis dias e leva ao desenvolvimento de
lesões, as quais se iniciam como pequenas bolhas dolorosas e avermelhadas,
evoluindo para pequenas úlceras arredondadas. Elas podem surgir em
diferentes partes da região genital. Em pacientes com imunodepressão, as
lesões podem apresentar grandes dimensões e não regredir com o tratamento.
Antes do surgimento das lesões, o paciente com herpes genital pode
apresentar sintomas como febre, mal-estar, dor muscular e fraqueza muscular.
Em metade dos casos, observa-se também a linfadenomegalia (aumento dos
gânglios linfáticos) inguinal dolorosa bilateral. A dor e o ardor para urinar também
são sintomas presentes. As mulheres, quando têm o colo do útero acometido
pela doença, podem apresentar corrimento vaginal, o qual pode ser abundante.
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O corrimento uretral em homens pode ocorrer quando há o acometimento da


uretra.
Após o fim dos sintomas, a pessoa permanece com o vírus em seu corpo.
Isso acontece, pois o vírus ascende pelos nervos periféricos sensoriais e
permanece em latência nos núcleos das células dos gânglios sensitivos. É
comum que, após a infecção primária, os pacientes desenvolvam um novo
quadro de herpes genital devido à reativação do vírus no primeiro ano. Essa
reativação está relacionada com diferentes fatores, como estresse, quadros
infecciosos, imunodeficiência e uso de antibióticos.
Vale destacar que os quadros de recorrência da doença tendem a ser
menos intensos do que o observado na primoinfecção, podendo até mesmo não
desencadear sintomas. Além disso, tendem a ser menos frequentes à medida
que o tempo passa. Antes do surgimento das lesões, a pessoa pode sentir dor
muscular, sensação de queimação, coceira leve, e sensação de fisgada nos
quadris, pernas e região anogenital."

2.4.2 Tratamento

Até o momento, não existem medicamentos que conseguem curar a


doença, entretanto, os medicamentos hoje disponíveis podem diminuir o tempo
dela, prevenir o surgimento das erupções e reduzir a probabilidade de
transmissão. Os medicamentos utilizados são antivirais, os quais atuam
diminuindo a taxa de replicação do vírus. As três principais drogas utilizadas são:
o aciclovir, valaciclovir e fanciclovir. O tempo de tratamento bem como as doses
a serem administradas deverão ser prescritos por um médico.
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2.4.3 Prevenção

Para se prevenir do herpes genital, uma das medidas mais importantes é


utilizar camisinha em toda relação sexual. Entretanto, é importante salientar que,
em algumas situações, as lesões podem não ser cobertas pelo preservativo, o
que poderá levar ao contágio.

2.5 PAPILOMA VIRUS HUMANO-HPV

É um vírus que se adquire durante relações sexuais. Como é muito


comum, a maioria das pessoas que tiveram relações sexuais (estima-se cerca
de 80%) se contamina durante a vida. Como é muito comum, isso costuma
acontecer logo no início da vida sexual. Ele é encontrado mais frequentemente
na região genital de homens e mulheres, mas existem mais de 100 tipos
conhecidos e alguns podem ser encontrados na pele e outras regiões do corpo.
Aqui vamos falar apenas das questões relacionadas à infecção genital e seu
aspecto mais relevante, que é sua relação com o câncer do colo do útero.
Na maioria das pessoas não causa nada. Nossas defesas naturais
costumam impedir que ele produza alguma doença, mas um pequeno percentual
(cerca de 5%) vai ter alguma manifestação da infecção. Destas, a maioria terá
uma manifestação transitória e benigna da infecção, que pode ser um preventivo
levemente alterado ou verrugas genitais (ou condilomas acumindados). Cerca
de 1% terá uma manifestação relevante, representada por uma lesão precursora
do câncer do colo: as lesões de alto grau ou neoplasias intraepiteliais cervicais
(NIC II e III). Estas são as lesões mais importantes, pois, se não detectadas e
tratadas, podem progredir até o câncer do colo do útero em alguns anos.
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2.5.1 Sintomas

A infecção pelo HPV, normalmente, não causa sintomas. A manifestação


visível (verrugas) pode causar algum desconforto, mas as lesões internas (em
vagina e colo do útero) são completamente assintomáticas. Por isso as mulheres
devem se submeter ao exame preventivo para rastreio das lesões precursoras
(que antecedem) o câncer do colo mesmo quando estão se sentindo bem.

2.5.2 Diagnóstico

As verrugas são facilmente percebidas pelas pacientes e diagnosticadas


por um médico durante o exame clínico. Já o diagnóstico da infecção pelo HPV
quando não há verrugas não tem qualquer utilidade, já que não há tratamento.
O foco do diagnóstico está nas lesões precursoras do câncer do colo, pois há
tratamento para preveni-lo. Isso pode ser feito de forma muito simples através
do preventivo e outros exames quando estes sugerem uma lesão desse tipo. O
preventivo deve ser realizado a cada três anos, após dois resultados normais
com intervalo de um ano, a partir dos 25 e até os 64 anos. Quando há uma
suspeita no preventivo de uma lesão precursora, a mulher deve submeter-se a
uma colposcopia. Esse exame é igual ao exame ginecológico comum, mas o
médico irá examinar o colo do útero através de uma lente de aumento. Se ele
encontrar uma lesão precursora, poderá realizar o tratamento na hora. Se tiver
alguma dificuldade, poderá solicitar novos exames para esclarecer.

2.5.3 Tratamento

Não existe tratamento com comprovação científica de eficácia para a


infecção pelo HPV quando não há lesão precursora ou verrugas. Nesta situação,
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fazemos o esclarecimento e recomendamos que a mulher mantenha seu exame


preventivo em dia, como recomendado acima. Caso surja uma verruga ou seu
preventivo apresente alguma suspeita de lesão precursora, o que não é o mais
frequente, ela deverá seguir a orientação de seu médico.
O tratamento das verrugas é variado e deve ser escolhido conforme a
vontade da mulher e experiência do médico. Estes podem ser a aplicação de
uma substância ácida no próprio consultório, aplicação de medicamentos sob a
forma de creme pela própria paciente ou até a retirada cirúrgica ou cauterização
elétrica, em casos especiais (múltiplas e extensas lesões).
Já as lesões precursoras podem ser tratadas destrutivamente (por várias
formas) ou retiradas cirurgicamente. A maioria dessas lesões em mulheres
jovens (até 40 anos) é retirada sob anestesia local durante a colposcopia. Em
algumas situações, mais comuns em mulheres mais maduras, pode ser
necessária uma cirurgia um pouco mais profunda, que deve ser feita em centro
cirúrgico: a conização do colo do útero. Ambas são realizadas pela vagina e com
baixo risco de complicações.

2.5.4 Prevenção

A infecção pelo HPV é de difícil prevenção, pois depende do contato de


pele doente com pela sadia e não depende da ejaculação. Assim, a camisinha
deve ser usada durante toda a relação sexual. Ter um número reduzido de
parceiros sexuais também pode contribuir para a redução do risco dessa
infecção. Já a prevenção do câncer de colo deve ser feita pela realização regular
do preventivo conforme descrito acima. Mais recentemente estão disponíveis
vacinas contra os tipos mais comuns de HPV que contaminam a região genital.
São dois produtos: um com os dois tipos mais comumente relacionados ao
câncer do colo do útero e outro com esses tipos e mais dois tipos, mais
comumente relacionados às verrugas genitais. Estima-se que mulheres que
tomaram uma dessas vacinas antes de se contaminarem pelo HPV têm redução
de até 70% na probabilidade de desenvolverem o câncer do colo do útero.
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Entretanto, como ainda permanece algum risco, mulheres vacinadas também


devem manter a prática do exame preventivo.
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3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA

https://brasilescola.uol.com.br/doencas/herpes-genital.htm
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hpv-papilomavirus-
humano/

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