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Eletrolíticos
e Alterações
medicamentosas
SUMÁRIO
1. Revisão........................................................................................................................... 3
2. Introdução...................................................................................................................... 4
3. Distúrbios do potássio................................................................................................. 5
3.1. Hipocalemia............................................................................................................ 5
3.2. Hipercalemia.......................................................................................................... 7
4. Distúrbios do cálcio.................................................................................................... 12
4.1. Hipercalcemia...................................................................................................... 12
4.2. Hipocalcemia........................................................................................................ 14
5. Alterações medicamentosas..................................................................................... 17
5.1. Digitálicos............................................................................................................. 17
Referências bibliográficas.............................................................................................. 21
Bibliografia consultada................................................................................................... 22
1. REVISÃO
Fase 0 Fase 3
Fase 4
2. INTRODUÇÃO
3.1. Hipocalemia
A hipocalemia ou hipopotassemia é definida como valor sérico de potássio abaixo de
3,5 mEq/L, tendo como etiologia principal aumento da excreção renal desse íon, devido
ao uso de diuréticos, além da perda gastrointestinal por meio de vômitos e diarreia.
Essa alteração sérica geralmente é associada à hipomagnesemia.
Geralmente a hipocalemia é sintomática somente com o nível de potássio < 3 mE-
q/L. Como são sintomas inespecíficos, é difícil pensar neste distúrbio como causa de
sinais e sintomas. Estes, por sua vez, estão relacionados com a crescente resistência
de repolarização, ou seja, a hiperpolarização celular, devido à redução da concentração
de potássio no espaço extracelular. Portanto, o conjunto de achados está geralmente
ligado a alterações de função neuromuscular, sendo elas:
Alterações
eletrocardiográficas
da hipocalemia
Apiculamento da onda P
Torsades de Pointes ou
e aumento da duração do
torção das pontas
complexo QRS (menos
(arritmia complexa)
frequente em casos graves)
Onda T Onda U
Hipocalemia
Onda U de amplitude aumentada
3.2. Hipercalemia
A hipercalemia é definida como potássio sérico maior que 5 mEq/L, sendo importante
lembrar que há uma distribuição assimétrica no líquido intracelular (98%) e extracelular
(2%), devido a presença do transporte ativo da bomba de sódio e potássio.
Alterações
eletrocardiográficas
da hipercalemia
HIPOCALEMIA
HIPERCALEMIA
Este eletrólito encontra-se na corrente sanguínea de duas formas: uma parte ligada
às proteínas plasmáticas, principalmente a albumina e a outra em sua forma livre. Esta
última, conhecida como cálcio iônico, não sofre influência em sua concentração quando
há variações do nível sérico de proteínas e por isso é preferível.
Importante lembrar que a homeostase do cálcio é fundamental para manter o fun-
cionamento adequado das atividades intracelulares. Por esse motivo, as concentrações
séricas do cálcio devem manter-se em uma faixa estreita de controle, dentro da qual
os diversos processos bioquímicos podem ser devidamente executados.
4.1. Hipercalcemia
A hipercalcemia corresponde a um valor iônico sérico maior que 1,3 mmol/L em
adultos. O paciente pode se apresentar com constipação, fadiga, depressão, poliúria,
anorexia, fraqueza muscular, déficit de concentração, confusão, torpor e coma.
Eletrofisiologicamente, a hipercalcemia diminui a velocidade de inscrição da fase 2 do
potencial de ação, de modo que promove as seguintes alterações eletrocardiográficas:
• Intervalo PR alargado;
• Complexo QRS alargado e aumentado;
• Presença de BAV, arritmias e Parada cardiorrespiratória (PCR).
Alterações
eletrocardiográficas
da hipercalcemia
4.2. Hipocalcemia
Este distúrbio ocorre quando o nível sérico de cálcio iônico se torna inferior a 1,15
mmol/L, sendo causado principalmente por afecções que diminuem a produção do pa-
ratormônio (PTH) por comprometimento da paratireoide, por deficiência ou resistência
da vitamina D, por sequestro de cálcio, entre outras.
O primeiro passo na avaliação de um paciente com suspeita de hipocalcemia é a
confirmação laboratorial dos valores de cálcio sérico.
A hipocalcemia aumenta da permeabilidade da membrana celular ao sódio tornando
os tecidos hiperexcitáveis, responsável por sinais e sintomas como: câimbras, pares-
tesia periférica, laringoespasmos, convulsões e crises de tetania.
Alterações eletrocardiográficas
da hipocalcemia
DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS
NORMAL
Onda U
proeminente
HIPOCALEMIA
Onda T
apiculada
HIPERCALEMIA
QT prolongado
HIPOCALCEMIA
Segmento ST
encurtado
HIPERCALCEMIA
5.1. Digitálicos
Os digitálicos são utilizados na cardiologia há muito tempo, de modo que promovem
uma melhora da força de contração, sem reduzir mortalidade.
Logo, suas principais indicações são: pacientes com fração de ejeção menor que
45% com sintomas provocados por esta redução e para controle da frequência cardíaca
em pacientes com fibrilação atrial.
Em contrapartida, o uso exacerbado desta medicação ou até mesmo o uso sem
intoxicação digitálica, pode gerar as seguintes alterações eletrocardiográficas:
• Náuseas e vômitos;
• Hipoxemia;
• Hipo/anorexia;
• Alterações visuais: escotomas coloridos;
• Vertigem;
• Insônia;
• Confusão mental.
A correção dessa situação é feita através de:
Alterações
eletrocardiográficas
por uso de digitálicos
Distúrbios eletrolíticos
Cálcio
Tratamento
Potássio
Intervalo QT aumentado
Digitálicos
Colher de pedreiro
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Sanar
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