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Trabalho sobre
Paratormônio
Taubaté
2022
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO
CURSO DE NUTRIÇÃO
Trabalho sobre
Paratormônio
Taubaté
2022
Paratormônio
Níveis de Resposta
O efeito do PTH sobre o controle do cálcio sanguíneo é exercido em dois níveis: (1)
um primeiro nível de resposta rápida implica o “bombeamento” de cálcio osteócito-
osteoblasto, que resulta no fluxo incrementado de cálcio do mais profundo do osso
para a superfície óssea, mediante a ação coordenada de osteócitos e osteoblastos
inativos; este primeiro nível também inclui a resposta sobre a reabsorção de cálcio nos
túbulos renais; (2) no segundo nível, mais lento, porém de maior potencial, ocorre
osteólise osteoclástica e indiretamente, através do incremento do 1,25-DHCC,
aumento da absorção intestinal de cálcio. O controle da secreção do PTH está regulado
pelos níveis plasmáticos de cálcio mediante feedback negativo, ou seja, um aumento
na concentração de cálcio sanguíneo inibe a adenilciclase na membrana da célula
paratireoidiana, o que diminui a secreção de PTH, enquanto que uma diminuição nos
níveis de cálcio sanguíneo está associada com elevação da concentração de cAMP
nessas células, o que promove a liberação de PTH. Altos níveis de 1,25-DHCC
também exercem um efeito inibitório sobre a secreção de PTH.
Ação celular
Então qualquer tendência à queda é percebida pelas paratireóides, provocando a
liberação imediata de PTH e o desencadeamento de uma cascata de reações com o
objetivo de elevar a calcemia. Nos rins, o PTH atua aumentando a síntese de
1,25(OH)2D através do estímulo da 1 hidroxilase, reduzindo a excreção urinária de
cálcio e favorecendo a eliminação do fósforo. O efeito fosfatúrico é importante, já que
o fósforo leva à formação de complexos cálcio-fósforo, diminuindo a disponibilidade
de cálcio livre. No osso, a 1,25(OH)2D age em sinergismo com o PTH, mobilizando
cálcio e fósforo, mediante a indução da diferenciação de células precursoras em
osteoclastos, responsáveis pela reabsorção óssea. Além disso, a 1,25(OH)2D parece
atuar também nos osteoblastos maduros, aumentando a expressão da fosfatase alcalina,
da osteocalcina e da osteopontina (11). No intestino, a 1,25(OH)2D favorece a
absorção de cálcio no duodeno e de fósforo no jejuno e íleo. A normalização da
calcemia e a própria 1,25(OH)2D, agindo em seus receptores nas paratireóides, inibem
a secreção de PTH.
A calcitonina é produzida pelas células parafoliculares, na tireoide, e essas células
elas produzem a calcitonina que faz uma ação antagônica em relação ao paratormônio
que leva a hipercalcemia, que causa maior concentração de cálcio no sangue, sendo
assim, a calcitonina faz ao contrário, levando a hiporcalcêmica, que significa uma
baixa concentração de cálcio no sangue. Quando há uma hipercalcemia então a
calcitonina vai ser liberada pelas células parafoliculares na tireoide, que vão inibir a
ação dos osteoclastos que fazem a reabsorção óssea, ou seja, a calcitonina ativa
também os osteoblastos que fazem a formação óssea que vão colocar o cálcio no osso.
A concentração de fósforo sanguíneo não tem influência reguladora direta sobre a
síntese e secreção de PTH. Entretanto, uma hiperfosfatemia pode estimular
indiretamente a paratireoide devido a seu efeito redutor do cálcio sanguíneo. O íon
Mg+ tem um efeito similar ao do Ca2+ sobre a secreção de PTH, embora de forma
muito menos potente, pelo qual se considera que o magnésio tem uma função
secundária no controle paratireoidiano.
A vitamina D é um hormônio esteroide cuja principal função é a regulação do
metabolismo ósseo. É produzida, de forma endógena, nos tecidos cutâneos após a
exposição solar, e também obtida pela ingestão de alimentos específicos ou por
suplementação. Os receptores de vitamina D estão presentes em vários tipos celulares
A vitamina D é essencial para a boa realização de diversas funções do organismo e,
por isso, as recomendações de exposição ao sol devem ser levadas com bastante
seriedade.
Quando os raios solares atingem a pele, uma parte específica da luz transforma uma
pró-vitamina (7-dehidrocolesterol) na pré-vitamina D3 e, posteriormente, na vitamina
D3. Depois, a vitamina sintetizada parte para o fígado, onde é convertida em um outro
elemento, o calcidiol. Esta substância funciona como indicador dos níveis de vitamina
D no organismo. Por fim, chega-se ao rim, onde a forma ativa da vitamina D
(calcitriol) é obtida.
Cerca de 80% da vitamina D é produzida na pele após exposição à radiação
ultravioleta B. Em caso de exposição prolongada à radiação, existe mecanismo
intrínseco de regulação da produção cutânea, que previne a superprodução e
consequente intoxicação pela vitamina D endógena.
Deficiencia de PTH e Calcio
Causas do hipoparatireoidismo
O hipoparatireoidismo é uma condição rara, com prevalência estimada de 0,25
por 1.000 indivíduos. Estima-se que cerca de 75% de todos os casos de
hipoparatieroidismo sejam pós-cirúrgicos. O hipoparatireoidismo no Brasil é
principalmente causado pela destruição das glândulas durante cirurgias de
retirada de toda tireoide, cirurgias de garganta ou pescoço. O
hipoparatireoidismo transitório após a cirurgia é comum, e há recuperação da
função das glândulas em 6 meses. Após esse período, o hipoparatireoidismo é
considerado definitivo. A prevalência de hipoparatireoidismo transitório varia
de 3% a 52%, enquanto do hipoparatireoidismo definitivo, varia de 0,4% a 13%.
Esses dados são possivelmente subestimados.
Diagnóstico
O hipoparatireoidismo deve ser suspeitado na presença de sintomas
sugestivos e história de cirurgia ou irradiação cervical prévia. O diagnóstico é
feito pelos exames de sangue, pelo achado de níveis inapropriadamente baixos
de PTH, associados a baixos níveis de cálcio no sangue. O termo inapropriado
quer dizer que esperávamos um PTH alto para um determinado nível de cálcio
baixo. É possível que se tenha níveis de PTH dentro da referência do método
laboratorial. No gráfico abaixo, se tivermos um cálcio iônico de 1,0nM, seria
esperado a secreção máxima de PTH, o que não ocorre no
hipoparatireoidismo.
Tratamento
O tratamento da hipocalcemia com manifestações agudas (crise
hipocalcêmica) é feito com formulações de cálcio na veia no pronto socorro. O
tratamento do hipoparatireoidismo no consultório é realizado através da
suplementação de cálcio e vitamina D ativa (calcitriol), tanto para
hipoparatireoidismo transitório como permanente. Na grande maioria dos
casos, essa terapêutica é eficaz. O objetivo do tratamento é manter o cálcio
sérico próximo ao limite inferior do normal e reduzir o fósforo para o limite
superior da normalidade. O uso de medicações que se ligam ao fósforo e não
deixam ele ser absorvido (quelantes) podem ser necessários. Dieta pobre em
fósforo também pode ser considerada para reduzir os níveis de fósforo no
sangue. Infelizmente, a vitamina D não substitui plenamente a função do PTH.
O PTH estimula a reabsorção de cálcio no rim, reduzido o cálcio na urina
(hipercalciúria) e aumentando no sangue. Já a vitamina D não tem essa ação e
a quantidade de cálcio aumenta na urina, podendo causar calcificação no rim,
cálculo renal e insuficiência renal como complicações tardias. Para corrigir a
hipercalciúria durante o tratamento do hipoparatireoidismo, uso de diuréticos
tiazídicos podem ser utilizados (hidroclorotiazida 25 a 50mg). A hipercalciúria
é definida como cálcio em urina de 24h > 300mg ou 4mg/kg/dia. Os níveis de
magnésio podem reduzir na hipocalcemia e a reposição de magnésio pode ser
necessária para ajudar na correção do cálcio.Nos casos mais graves de
hipoparatireoidismo definitivo, em que o tratamento com cálcio e vitamina D
não são suficientes, a administração injetável por via subcutânea de uma nova
forma de PTH recombinante (PHT-RT) foi eficaz em normalizar os níveis de
cálcio. Essa nova formulação foi aprovada nos Estados Unidos pela agência
reguladora (FDA). Ela é idêntica ao PTH produzido no organismo, com 84
aminoácidos na sua estrutura.
Os sintomas da deficiência de cálcio não são visíveis durante o estágio inicial. Mas à
medida que a condição progride, os seguintes sintomas podem ser observados:
1. Cãibras musculares: Cãibras são um sintoma inicial. A dor muscular ocorre
principalmente nas coxas, braços e axilas durante o esforço físico e durante a noite.
2. Pele seca e unhas frágeis: A falta de cálcio torna a pele seca e as unhas fracas e
quebradiças.
3. Puberdade Tardia: A puberdade tardia em mulheres adolescentes também é um
sintoma da deficiência de cálcio. Também pode-se observar outros problemas
menstruais, como cólicas ou mudanças no fluxo menstrual.
4. Deterioração dos dentes: Os dentes podem começar a ficar amarelos. A perda
dos dentes é outro sintoma comum. Além disso, a falta de cálcio na infância pode
levar ao atraso na formação dos dentes.
5. Fraturas frequentes: Como mencionado anteriormente, o cálcio é necessário para
construir os ossos e torná-los mais fortes. A falta de cálcio pode enfraquecer os
ossos, causando fraturas e quebras frequentes.
6. Insônia: Pessoas que não consomem cálcio suficiente em sua dieta sofrem
insônias e não conseguem ter um sono satisfatório e profundo.
Hipercalcemia
Na hipercalcemia, os níveis de cálcio no sangue estão excessivamente altos. A
presença de níveis elevados de cálcio pode ser causada por um problema nas
glândulas paratireoides ou na dieta, câncer ou distúrbios que afetam os ossos. No
início, a pessoa tem problemas digestivos, sente sede e pode urinar muito, mas se for
grave, a hipercalcemia dá origem à confusão e acaba levando ao coma. Se não for
reconhecido e tratado, o distúrbio pode ser fatal. Geralmente, a hipercalcemia é
detectada durante exames de sangue de rotina. Beber uma grande quantidade de
líquido pode ser suficiente, mas os diuréticos podem aumentar a excreção de cálcio e
medicamentos podem ser usados para retardar a liberação de cálcio dos ossos, se
necessário.
Causas da hipercalcemia
Hiperparatireoidismo
Adenoma da paratireoide
Sintomas da hipercalcemia
Diagnóstico da hipercalcemia
Tratamento da hipercalcemia
Hidratação e medicamentos para aumentar a excreção de cálcio
Caso a hipercalcemia não seja grave, corrigir a causa é, muitas vezes, o
suficiente. Se a pessoa tiver hipercalcemia leve ou quadros clínicos que possam
causar hipercalcemia, e se a sua função renal for normal, ela geralmente é
aconselhada a beber bastante líquido. A hidratação estimula os rins a
excretarem cálcio e ajuda a evitar a desidratação.
É possível que o médico aconselhe à pessoa que tome suplementos minerais
que contenham fosfato, pois eles ajudam a prevenir a absorção do cálcio.
Se os níveis de cálcio estiverem excessivamente altos ou se surgirem sintomas
de disfunção cerebral ou fraqueza muscular, hidratação e diuréticos são
administrados pela veia (via intravenosa), desde que a função renal seja
normal. A diálise é um tratamento altamente eficaz, seguro e confiável, mas é
normalmente usada somente em pessoas com hipercalcemia grave que não
possa ser tratada por outros métodos. Vários outros medicamentos (inclusive
bifosfonatos, calcitonina, corticosteroides e, raramente, plicamicina) podem ser
utilizados para tratar a hipercalcemia. Esses medicamentos atuam
principalmente pela desaceleração da liberação de cálcio dos ossos.
A hipercalcemia causada por câncer é especialmente difícil de tratar. Às vezes,
um medicamento chamado denosumabe é útil. Se o câncer não puder ser
controlado, a hipercalcemia geralmente retorna, apesar do melhor tratamento.
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%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%B3sforo%20pela%20urina.
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