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Gráfico 1. Distribuição do cálcio no plasma sanguíneo. Fonte: Guyton. Tratado de fisiologia médica, 2011.
FLUXOGRAMA 1 - FISIOLOGIA
Ingestão de cálcio
diária 1000mg/dia
EXCREÇÃO RENAL
REABSORÇÃO DE 98%
Fluxograma 1. A ingestão diária de cálcio é cerca de 1000mg. Desses, apenas 300mg é absorvido pelas
células intestinais com a ação da vitamina D. 700mg é eliminado nas fezes juntamente com 150mg que
são secretados de volta na luz intestinal. A excreção renal de cálcio é realizada pelo rins, sendo que 98% é
reabsorvido nos túbulos renais. Fonte: Emergências clínicas USP, 2019.
Figura 2. Resumo dos efeitos do PTH no osso, nos rins e no intestino, em resposta
à diminuição da concentração de íons cálcio no meio extracelular. CaSR, receptor
sensível a cálcio presente nas glândulas paratireoides. PTH, paratormônio. Ca, cálcio.
PO4, fosfato. Fonte: Guyton. Tratado de fisiologia médica, 2011
Figura 3. Ativação da vitamina D3 para a formação da 1,25 hidroxicolecalciferol, e o papel do PTH na formação da
Vitamina D. PTH, Paratormônio. Fonte: Guyton. Tratado de Fisiologia médica, 2011.
HORMÔNIOS FUNÇÕES
• Estimula a reabsorção óssea através da ativação e proliferação dos osteoclastos, le-
vando a liberação de cálcio para o líquido extracelular.
Paratormônio • Aumenta a reabsorção de cálcio e diminui a reabsorção de fosfato pelo túbulos renais,
(PTH) levando a diminuição da excreção de cálcio e aumento da excreção de fosfato.
• Estimula a produção da vitamina D ativa (1,25 hidroxicolecalciferol) pelos rins, que por
sua vez aumenta a absorção intestinal de cálcio.
• Diminuição da reabsorção óssea através da redução da atividade e da formação dos
osteoclastos, levando o balanço para deposição de cálcio nos ossos, e consequente
Calcitonina redução plasmática.
• Diminui a reabsorção renal de cálcio e a absorção de cálcio pelos intestinos, porém
esses efeitos são fracos e de pouca importância no metabolismo do cálcio.
• Aumenta a absorção intestinal de cálcio e fosfato
• Aumenta a absorção renal de cálcio e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais
e desta forma, diminui a excreção renal de cálcio e fosfato (efeito fraco).
Vitamina D
• Estimula mineralização óssea através da regulação dos osteoblastos. Em quantidades
extremas, pode provocar a absorção óssea, juntamente com o PTH.
• Supressão da secreção de PTH pelas paratireoides.
Tabela 1. Principais funções dos hormônios envolvidos na fisiologia do cálcio. Adaptado de: Guyton. Tratado de Fisio-
logia médica, 2011.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 9
DRC ou IRA
Alterações no
Agenesia da paratireoide desenvolvimento da Hiperfosfatemia Rabdomiólise
glândula
Hipocalcemia
Isolada Anticonvulsivante
ETIOLOGIA
Autoimunidade Medicações
Associada a doença Drogas antineoplásicas
poliglandular tipo I
Pseudo-hipoparatireoidismo
Hiperventilação
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 13
4. CLÍNICA
SE LIGA! Os sinais de Trosseau e Ch-
As manifestações clínicas da hipocal- vostek são sinais de hiperexcitabilidade
cemia podem variar desde pacientes neuromuscular que podem ser encon-
assintomáticos até pacientes com trados em pacientes com hipocalcemia.
O sinal de Chvostek é testado com a
risco iminente de morte. Os princi-
percussão no nervo facial, quando este
pais sintomas são decorrentes da ir- passa logo em frente a orelha, a resposta
ritabilidade neuromuscular causada encontrada é a contração dos músculos
pelo baixo nível de cálcio. faciais ipsilaterais ao nervo testado que
podem variar desde espasmos labiais a
espasmos de todos os músculos faciais,
a depender da gravidade da hipocalce-
Irritabilidade neuromuscular e mia. Esse sinal acontece em cerca de
tetania 10% dos pacientes com hipocalcemia
(figura 4). O sinal de Trosseau é testado
A marca registrada da hipocal- quando um esfigmomanômetro é insu-
cemia aguda é a tetania. Ela pode flado acima da pressão arterial sistólica
começar se apresentando de forma do paciente, por 3 minutos, a resposta
será o espasmo do carpo, caracterizado
discreta com parestesias peri-orais por adução do polegar, flexão das arti-
e de extremidades, câimbras, po- culações metacarpofalangianas, exten-
dendo evoluir para espasmos mus- são das articulações interfalangeanas
culares e laringoespasmo levando a e flexão do punho (figura 5). O sinal de
Trosseau é mais específico que o sinal de
dificuldade respiratória e cianose. Os Chvostek, porém ambos podem ser ne-
sintomas tendem a acontecer quan- gativos em pacientes com hipocalcemia.
do o cálcio ionizado está abaixo de
4,0mg/dL ou cálcio total< 7,0 mg/
dL. Nos quadros iniciais com pares-
tesias, o paciente pode apresentar
ansiedade e hiperventilar, devido ao
aumento da frequência respiratória.
Essa hiperventilação pode levar ao
surgimento de alcalose respiratória
que agrava ainda mais o quadro de
parestesia. Os achados físicos clássi-
cos em pacientes com tetania são o
sinal de Trosseau e sinal de Chvos-
tek, que são melhores detalhados no
BOX SE LIGA, logo abaixo.
Figura 4. Sinal de Chvostek. Contração dos músculos
faciais ipsilaterais ao percutir o nervo facial anterior-
mente a orelha. Fonte: uptodate, 2019.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 14
HORA DA REVISÃO:
As crises epilépticas são exacerbações
paroxística de uma determinada função
cortical, que pode ser motora, sensitiva,
psíquica ou comportamental. As convul-
sões são exacerbações paroxísticas mo-
toras. Podemos classificar as crises epi-
lépticas em parciais (focais), quando há
descarga elétrica focal em área específi-
ca do córtex cerebral e generalizadas,
quando a descarga elétrica é difusa em
ambos os hemisférios. As crises parciais
podem ser simples ou complexas. Na
crise parcial simples podemos ter sin-
tomas sensitivos (parestesias, sintomas
Figura 5. O sinal de Trosseau. Espasmo do carpo indu- auditivo e olfatório), motores (abalos clô-
zido ao inflar o esfigmomanômetro acima da pressão nicos e crise tônica focal), autonômicos
sistólica por 3 minutos. Fonte: uptodate, 2019 ou psíquicos, sem perda da consciência.
Na parcial complexa há alteração do ní-
vel de consciência seguida de automa-
Convulsões tismo oroalimentar (mastigar, engolir) e
perseveração (movimentos repetitivos).
Convulsões também podem acon- As crises generalizadas podem ser de
vários tipos: ausência, tônico, clônico,
tecer nos quadros de hipocalcemia
tônico-clônico, mioclônicas e atôni-
e algumas vezes pode ser o único cas. Na crise de ausência, também cha-
sintoma apresentado pelo pacien- mada de pequeno mal, há lapsos curtos
te. Podem se apresentar tanto na for- e sucessivos de consciência, que podem
ocorrer várias vezes no dia. Na crise tô-
ma de crise de ausência, focais ou nico-clônica generalizada, chamada de
tônico-clônica generalizadas. Isso grande mal, há perda de consciência
acontece, pois, baixas concentrações desde o início. Na fase tônica há rigidez
de cálcio iônico no líquido cefalorra- do corpo, respiração prejudicada, acú-
mulo de secreções orais e elevação da
quidiano podem ter efeito convulsivo. Pressão arterial e frequência cardíaca.
Alguns distúrbios do movimento se- Na fase clônica há abalos musculares
melhante ao parkinsonismo também intercalados por períodos de relaxamen-
to com cessação gradual. São comuns a
podem acontecer como distonias, he-
salivação e a liberação do esfíncter uri-
mibalismo e coreoatetose que é uma nário. Na crise mioclônica há abalos clô-
sobreposição da atestose à coreia. nicos bilaterais sem perda de consciên-
cia. Na crise atônica há atonia súbita de
todo o corpo, levando a queda imediata,
ou só da cabeça, mantendo a consciên-
cia. Algumas crises podem iniciar de for-
ma parcial e depois generalizar.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 15
Figura 9. Hipocalcemia no ECG. Aumento do intervalo QT às custas do aumento do segmento ST. Fonte: YellowBook,
2019.
Alterações psiquiátricas e
papiledema
Nos casos de hipocalcemia grave, in-
dependente da origem, os pacientes
podem apresentar papiledema, que
é reversível com a correção do cálcio
(Figura 10). Associado ao papilede-
ma, embora raro, pode surgir neurite
óptica, ou seja, inflamação do nervo
óptico que cursa com diminuição da
acuidade visual. Manifestações psi-
quiátricas como ansiedade, depres-
são, confusão, alucinações e psicose
podem ocorrer nesses pacientes, mas
todos são reversíveis com tratamento.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 17
Figura 10. Na imagem da esquerda temos uma fundoscopia normal. Nervo óptico (seta azul), vasos sanguíneos (seta
verde) e mácula (seta vermelha). Na imagem à direita temos o inchaço do nervo óptico ao centro, denotando um Pa-
piledema .Fonte: https://repositorio.hff.min-saude.pt/bitstream/10400.10/855/1/PAPILEDEMA%20final%20Jan%20
2012.pdf
Parestesias peri-orais
e extremidades
Alucinações
Papiledema e
neurite óptica Câimbras
Psicose
Sinal de Chvostek
Achados
Alterações Irritabilidade
Ansiedade clínicos
psiquiátricas Neuromuscular/tetania
Hipocalcemia
Sinal de Trosseau
Confusões
Alterações Laringoespasmo
Convulsões
cardiovasculares
Depressão
Espasmos musculares
Crises focais Arritmias
Crise tônico-clônico
Prolongamento de QT
generalizada
DOSAR P E MG
↓P ↑P Alteração no Mg
Resistência ao PTH
Dieta muito deficiente Hipoparatireoidismo Verificar função renal e diminuição de sua
em fósforo secundário secreção
Dosar vitamina D e
Alterada Normal
metabólitos
Dieta deficiente em ↑
IRC e osteomalácia N ou ↓
Vitamina D
Pseudo-
Hipoparatireoidismo
hipoparatireoidismo
CÁLCIO DURAÇÃO DO
FORMULAÇÃO DILUIÇÃO INFUSÃO
ELEMENTAR EFEITO
Gluconato de Ca 1-2g (10-20ml) +
90mg/10mL 10-20min (infusões
10% SG5% 100ml Transitório (2 a 3
mais rápidas de-
1-2g (10-20ml) + horas)
Cloreto de Ca 10% 270mg/10mL pressão miocárdica)
SG5% 100ml
Obs: Gluconato é preferível ao cloreto de cálcio pelo de necrose tecidual se houver extravasamento.
Se houver hipocalcemia persistente, manter infusão lenta de cálcio; diluir gluconato 10% 110mL em 890mL
de SF 0.9% ou SG 5% (1mg/ml de cálcio elementar); iniciar a 50 mL/h; ajustar para manter calcemia no limite
inferior da normalidade. Geralmente os pacientes precisam de 0,5-1,5mg/kg/h de cálcio elementar.
Tabela 3. Reposição endovenosa de Cálcio. Fonte: Medicina de emergência USP, 2019.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 24
Sulfato de Mg :
TRATAMENTO DA Se hipomagnesemia
2g em 100ml de
HIPOCALCEMIA associada
SF0,9% em 10 min
Sintomáticos, alteração
Assintomático DRC
no ECG ou Ca<7,5
8. COMPLICAÇÕES
Pacientes com hipocalcemia prolon-
gada pode ter como complicações
a calcificação dos gânglios da base,
que podem levar a sintomas extra-
piramidais, como distúrbios do movi-
mento. Convulsões e quadros de in-
suficiência cardíaca podem acontecer
em quadros de hipocalcemia grave,
e em casos eventuais podem ocorrer
parada cardiorrespiratória.
9. INDICAÇÕES DE
INTERNAÇÃO, ADMISSÃO
NA UTI E SEGUIMENTO
Os pacientes com hipocalcemia sin-
tomática grave têm critérios de in-
ternação para que possa ser feita a
reposição de cálcio endovenoso. Ra-
ramente esses pacientes necessitam
de UTI, a não ser com os casos que
cursam com laringoespasmo, arrit-
mias graves e convulsões reentran-
tes. Em relação ao seguimento ambu-
latorial, ele deve ser decidido a partir
da etiologia da hipocalcemia.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 27
Crise tônico-clônico
Hipoparatireoidismo generalizada
Exames
Tratamento Crises focais
Radiação complementares
cálcio pelos rins, por isso chamada hi- • Metástases ósseas osteolíticas:
pocalciúrica. Assim como no hiperpa- as metástases ósseas liberam ci-
ra 1º, a HHF cursa com hipercalcemia tocinas e outros fatores que levam
e hipofosfatemia, e o que diferencia à ativação dos osteoclastos e au-
as duas, é a calciúria, que no hiperpa- mento da reabsorção óssea, com
ra 1º costuma ser >200mg em 24h, e hipercalcemia. É o segundo meca-
na HHF <100mg em 24h. nismo mais comum.
Pacientes usuários crônicos de lítio, • Produção de 1,25-hidroxi vita-
podem desenvolver hipercalcemia mina D pelas células neoplási-
leve, pelo aumento do PTH provoca- cas: esse mecanismo é comum em
do pelo aumento do ponto de ajuste linfomas, que podem levar à pro-
no qual o cálcio suprime a liberação dução de vitamina D pelas células
do PTH. Na maioria dos casos, a hi- linfoides e, consequentemente,
percalcemia melhora com a desconti- levar ao aumento da absorção in-
nuação do uso do medicamento. testinal de cálcio. Representa <1%
dos casos.
Hipercalcemia da malignidade • Produção paraneoplásica de
PTH semelhante ao natural (PTH
A presença de hipercalcemia em pa-
símile): é quando há produção de
cientes com neoplasias, indicam pior
PTH semelhante ao endógeno pe-
prognóstico. São vários os motivos
las células neoplásicas, porém é
que podem causar hipercalcemia nes-
um evento extremamente raro.
ses pacientes, veremos um por um.
• Produção de peptídeo relaciona-
do ao PTH (PTH-rp): esse peptí- Doenças Granulomatosas
deo mimetiza os efeitos do PTH, Doenças granulomatosas, infeccio-
e, portanto, leva a hipercalcemia sas ou não, podem levar ao aumen-
por aumento da reabsorção ós- to da hipercalcemia pela maior pro-
sea, aumento da reabsorção re- dução de 1,25-hidroxi- Vitamina D
nal e produção de vitamina D que e aumento da absorção intestinal de
irá aumenta a absorção intestinal, cálcio. São exemplos de doenças in-
e causa também hipofosfatemia fecciosas tuberculose, hanseníase,
pelo aumento da excreção renal de histoplasmose e outras doenças fún-
fosfato. Esse é o mecanismo mais gicas, e de não infecciosas, sarcoi-
comum nas neoplasias, e acaba le- dose, granulomatose de Wegener e
vando a diminuição do PTH natu- granuloma eosinofílico.
ral endógeno.
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 31
Outros fungos
Produção de Metástases
1,25hidroxi-vit D ósseas líticas Histoplasmose
Tiazídico Infecciosa
Hanseníase
Produção de Produção de
Ganciclovir PTH símile PTH-rp
Tuberculose
Malignidade Granuloma
Não-infecciosa
Teofilina eosinofílico
Granulomatose de
Wegener
Antiestrogênicos Doenças
Medicamentos
GH granulomatosas Sarcoidose
ETIOLOGIAS
Hipercalcemia
Uso excessivo de Causas dependente
Vit D e Vit A Outras causas
de PTH
Adenomas
Doença de Paget
Hiperpara 3º DRC associada
Insuficiência adrenal
Manifestações neuropsiquiátricas
SE LIGA! Quando o nível de cálcio nos
Distúrbios neuropsiquiátricos leves
líquidos corporais se eleva acima do nor-
podem ser encontrados nos pacien- mal, o sistema nervoso fica deprimido e
tes com hipercalcemia, sendo os mais as atividades reflexas do sistema nervo-
comuns: ansiedade, depressão, dis- so central são lentificadas. Além disso,
o aumento da concentração do cálcio
funções cognitivas e alterações de iônico diminui o potencial de ação do
concentração e memória. Quadros miocárdio levado a um intervalo QT di-
mais graves tais como letargia, confu- minuído (figura 12).
são, estupor e coma podem acontecer
em pacientes com hipercalcemia gra-
ve (cálcio >14mg/dL) e com aumento
rápido das concentrações de cálcio.
Crise hipercalcêmica
A crise hipercalcêmica é a apresenta-
ção clínica de maior gravidade, sen-
do a desidratação intensa o achado
mais comum. Quando associados a
Figura 14: A radiografia do crânio mostra a
anorexia, náuseas e vômitos e con-
aparência típica de “sal e pimenta” causada pela fusão mental ou sonolência, indicam
osteíte fibrose cística (A). Radiografia de crânio
do mesmo paciente seis meses após a remo- maior gravidade. A medida da pres-
ção do adenoma da paratireoide (B). Os ossos são arterial não é um bom sinal de
voltaram ao normal.
desidratação nesses casos, ela pode
estar normal, pois o cálcio aumento
do tônus vascular, mascarando uma
possível hipotensão arterial. Deve-se
atentar para a presença de bradiarrit-
mias, bloqueios atrioventriculares ou
de ramos e parada cardiorrespiratória.
• Poliúria e polidipsia
• Diabetes insipidus nefrogênico
• Fraqueza muscular
• Nefrolitíase
• Osteíte fibrosa cística
• Nefrocalcinose
• Osteoporose
• Insuficiência Renal Aguda
• Miopatia grave (rara, ocorre
• Insuficiência Renal Crônica
no hiperparatireoidismo 1º)
• Acidose Tubular Renal
distal (raro)
• Constipação
• Encurtamento de QT
• Anorexia
• Arritmias • Ansiedade • Náuseas
• Bradicardia • Depressão • Vômitos
• Desidratação • Déficit cognitivo • Úlcera péptica
• Hipertensão (raro) • Alteração de concentração • Pancreatite
e memória
• Confusão
• Sonolência
• Estupor e coma
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 38
Figura 16. ECG de hipercalcemia. Segmento ST curto e intervalo QT curto. Fonte: https://pt.my-ekg.com/metabolicas-
-drogas/hipercalcemia-ecg.html
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 40
CÁLCIO
Hipercalcemia
SÉRICO Confirmar o diagnóstico
confirmada
ELEVADO
Hipercalcemia da
Hiperparatireoidismo PTH-rp elevado? SIM
malignidade
NÃO
Função renal normal Função renal alterada
Hipertireoidismo Linfoma
Mieloma Sarcoidose
Ingestão excessiva
Doença de Paget Doenças granulomatosas
de vitamina D
Intoxicação por Ingestão exagerada
vitamina A de calcitriol
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 41
TRATAMENTO DA
HIPERCALCEMIA
Bifosfonatos (opções):
• Pamidronato 60-90
mg, IV em 2h
• Ácido zolendrônico
4mg IV em 15min
OPCIONAL: Associar
a calcitonina 4UI/kg
IM ou SC (dosar cálcio
após algumas horas,
se responsivo, pode-
se repetir 4-8UI/kg de
6/6h ou de 12/12h.
Casos refratários:
• Denosumanb 60mg SC
• Hemodiálise
Hiperparatireoidismo
Leve: cálcio
total <12 mg/L
Neoplasias
Concentração total
de cálcio > 10,2 mg/ Moderada: cálcio
dL ou de cálcio iônico total 12-14 mg/L Hipercalcemia hipocalciúrica familiar
plasmático >1,3 mmol/L
Dosagem de PTH-rp Grave: cálcio Hipervitaminose D
total >14 mg/L
Dosagem do cálcio iônico Definição Hipertireoidismo
Intervalo QT encurtado
Bifosfonados Corticoide Náuseas
Ansiedade/depressão Poliúria
Constipação
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO 49
Hiperpara 1º e 3º
Outros...
Clínica Neoplasias
Arritmias
Pseudo-
hipoparatireoidismo Medicamentos
Parestesias peri-
Convulsões
orais e extremidades
Hipoparatireoidismo Cálcio iônico
Alterações Espasmos Outros
psiquiátricas musculares
DRC ou IRA Doenças PTH
Sinal de Trosseau e granulomatosas
Papiledema
sinal de Chvostek
Deficiência de VI. D PTH-rp
Doenças endócrinas
Vit. D e seus
Medicações Etiologia HIPOCALCEMIA ↓
metabólitos
Etiologia
Função renal
Cálcio iônico Diagnóstico
Diagnóstico ECG: QT curto
PTH
Tratamento
Vitamina D e seus Hidratação, associada
HIPERCALCEMIA ↑ Tratamento ou não a diuréticos
metabólitos
Sintomático:
Fosfato e Magnésio Gluconato de cálcio Bifosfonados
Opção: Constipação Náuseas e vômitos
ECG: QT alongado Cloreto de cálcio Calcitonina
Crônico: Fraqueza muscular Confusão mental
Carbonato de cálcio Denosumanb
Poliúria e polidipsia Arritmias
Calcitriol
Corticoide
Assintomático: Nefrolitíase
Clínica
Carbonato de cálcio Hemodiálise
Opção:
Citrato de cálcio