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Sumário
Introdução ....................................................................................... Página 3
Adenomas Hipofisários ................................................................... Página 4
Hiperprolactinemia ......................................................................... Página 8
Acromegalia e Gigantismo ............................................................ Página 10
Adenomas não funcionantes e produtores de Gonadotrofinas .... Página 12
Adenomas secretores de TSH ....................................................... Página 13
Hipopituitarismo ........................................................................... Página 14
Diabetes Insípidus ......................................................................... Página 16
Síndrome de Cushing .................................................................... Página 18
Insuficiência Adrenal ..................................................................... Página 21
Hipotireoidismo ............................................................................ Página 23
Hipertireoidismo ........................................................................... Página 30
Tireoidites ..................................................................................... Página 36
Doenças da Paratireoide ............................................................... Página 39
Síndrome Metabólica .................................................................... Página 45
Obesidade ..................................................................................... Página 47
Diabetes Mellitus .......................................................................... Página 49
Complicações de Diabetes Mellitus .............................................. Página 60
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João Arthur Pelegrinelli
Introdução
Siglas importantes:
Adenohipófise = Hipófise anterior
ACTH = Adrenocorticotrópico/ Adrenocorticotrófico
GH = Hormônio do crescimento
LH = Hormônio Luteinizante
FSH = Hormônio Folículo-estimulante
PRL = Prolactina
Controle Hipofisário:
Observações:
Somatostatina inibe GH
PIF (Dopamina) inibe PRL
O braço de estímulo do TRH à PRL não é fisiológico, é patológico
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Adenomas
Hipofisários
Introdução:
Adenoma = proliferação de células Glandulares
Adenomas são a causa mais comum de síndrome de hipersecreção
e hiposecreção hormonal em adultos.
Predominância = 30 a 50 anos
Classificação:
Microadenomas (<10 mm)
Macroadenomas (>10 mm)
Funcionantes
Não funcionantes
Sinais e sintomas:
Depende do tipo celular derivado (Lactotróficas, Somatotróficas,
Corticotróficas, Tireotróficas, Gonadotróficas).
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Quadro Clínico:
Hiperfunção Tumoral:
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Diagnóstico:
Exames de imagem: RNM e avaliação oftalmológica
Investigação laboratorial:
1. PRL basal (falta ou excesso)
2. IGF-1 (usado para diagnosticar as células somatotróficas, pois GH
é muito instável)
3. Cortisol às 8H (só é utilizado para avaliar falta), Cortisol salivar às
23H, Cortisol livre na urina de 24H e/ou teste de supressão com
dexametasona.
4. FSH, LH e subunidades α; Testosterona ou Estradiol/
Progesterona
5. TSH e T4 livre (provas de função tireoidiana)
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Tratamento:
Normalizar os níveis hormonais e aliviar compressão de estruturas
Clínico: específico e dependente do tumor
Cirúrgico: ressecção transesfenoidal
Radiação: complementar clínico ou cirúrgico ou tentar retardar o
crescimento das células
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Hiperprolactinemia
Prolactina (PRL):
Produzida pelas células lactotróficas na hipófise anterior
Induz e mantém a lactação
Suprime o GnRH, LH, FSH, estrógeno e progesterona para diminuir a
fertilidade durante a amamentação
PIF (dopamina) inibe a PRL (fisiológico)
VIP estimula a PRL (fisiológico)
TRH estimula a PRL (patológico)
Níveis de PRL:
Até 25 = normal
Maior que 100 = adenoma secretor de PRL, geralmente
macroadenomas
Entre 25 e 100 = compressão da haste hipofísaria, fármacos,
hipotireoidismo primário, insuficiência renal crônica
Quadro clínico:
Mulheres: hipogonadismo, amenorreia, galactorreia, infertilidade,
aumento de mamas
Homens: impotência sexual, perda de libido, infertilidade,
oligospermia, perda de acuidade visual
Diagnóstico:
Dosagem de PRL basal, matinal em jejum
Pool de PRL = 3 amostras com intervalo de 20 minutos
TSH e T4 livre para investigar hipotireoidismo primário
Função renal (DRC diminui depuração de PRL)
IGF-1 em caso de suspeita de tumor misto de célula tronco acidófila
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Tratamento:
1/3 tem resolução espontânea
Agonistas dopaminérgicos (Cabergolina ou Bromocriptina) →
diminuem a PRL e o tamanho do tumor
Se a causa for fármaco, tirar ou associar com agonista
dopaminérgico
Se for hipotireoidismo, tratar o hipotireoidismo
IRC = diálise ou transplante
Tratamento cirúrgico em casos intolerância aos agentes
dopaminérgicos ou em casos de macroadenoma invasivo com
comprometimento da visão sem melhora com os agonistas
dopaminérgicos
Radiação em casos de tumores agressivos que não respondem aos
agonistas e/ou cirurgia
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Acromegalia e
Gigantismo
Introdução:
GH = síntese proteica, lipólise, aumento de massa magra e
diminuição de massa gorda
Um peptídeo hipotalâmico chamado GHRH faz o controle secretório
de GH
GH por sua vez estimula a produção de IGF-1
IGF-1 = crescimento ósseo linear, principalmente de epífises
Grelina estimula a produção de GHRH
Somatostatina inibe a produção de GH
IGF-1 causa uma retroalimentação negativa, ou seja, inibe a
produção de mais GH
Sono, exercício, estresse físico, traumatismos e sepse aumentam o
GH
Glicose suprime GH
Desnutrição crônica e jejum prolongado aumentam e frequência e a
amplitude do GH
Etiologia:
Adenomas hipofisários hipersecretores de GH ou mistos (PRL) são a
principal causa
Secreção ectópica de GH ou GHRH por tumores torácicos ou
abdominais (raro)
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Quadro Clínico:
Supercresimento ósseo acral: protuberância frontal, aumento do
tamanho de mãos e pés, prognatismo, ampliação do espaço entre
os incisivos inferiores
Crianças sem fechamento de epífises = gigantismo
Tumefação de partes moles: aumento do coxim do calcanhar, nariz
carnudo, macroglossia
Outras: hiperidrose, cifose, problemas cardiovasculares, apneia do
sono, DM, câncer colorretal
Diagnóstico:
IGF-1 e supressão de GH com glicose (na acromegalia o GH
mantém-se elevado com a sobrecarga de glicose)
PRL (suspeita de adenomas mistos)
RNM
Tratamento:
Ressecção cirúrgica transesfenoidal do adenoma
Tratamento adjuvante:
Análogos da somatostatina (Lanreotide e Ocreotide) =
diminuem o GH, mas têm pouco impacto no tamanho do
tumor
Agonistas da dopamina (Bromocriptina e Cabergolina), porém
é pouco efetivo
Pegvisomant = antagonista do receptor do GH = diminui IGF-
1, mas não diminui GH ou o tamanho do tumor
Radiação = complicação do hipopituitarismo
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Adenomas não
funcionantes e
produtores de
Gonadotrofinas
Introdução:
É o tipo mais comum de adenoma hipofisário
Não geram síndromes clínicas específicas, ou seja, costumam gerar
diagnósticos tardios, o que costuma resultar em macroadenomas
A maioria tem origem nas células gonadotróficas
Quadro Clínico:
Hipopituitarismo
Hipogonadismo com aumento de PRL (por compressão da haste
hipofisária)
Tratamento:
Ressecção cirúrgica
Adjuvante: radioterapia
Diagnóstico:
Imunoistoquímica após ressecção cirúrgica
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Adenomas secretores
de TSH
Introdução:
Raros
Grandes e localmente invasivos
Cursam com hipertireoidismo (secundário a um excesso de TSH)
Quadro clínico:
Bócio
Hipertireoidismo (taquicardia, sudorese, perda de peso, agitação,
etc.)
Diagnóstico:
T4 livre alto
TSH elevado ou “normal inapropriado” (o certo seria a hipófise
suprimir o TSH, mas no caso do tumor, não tem esse feedback
negativo)
RNM
Tratamento:
Ressecção cirúrgica
Drogas antitireoidenas (Somatostatina em impossibilidade cirúrgica
ou incompleta. Associar Levotiroxina para evitar hipotireoidismo
central.)
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Hipopituitarismo
Introdução:
Causa mais frequente: Tumor comprime tanto a hipófise que gera a
falta de hormônios
Conceito: Diminuição na produção dos hormônios hipofisários
associado à uma diminuição dos hormônios da glândula alvo.
Causas:
1. Compressão da haste hipofisária
2. Tumor intrasselar que comprime a hipófise
3. Diabetes Mellitus
4. Síndrome de Sheehan
5. Traumatismo crânioencefálico
Quadro Clínico:
Falta de ACTH → insuficiência suprarrenal → hipocortisolismo
Falta de GH → crianças com baixa estatura e adultos com composição
corporal anormal
Falta de PRL → incapacidade de amamentação
Falta de Gonadotrofinas:
1. Mulheres → distúrbios menstruais e infertilidade
2. Homens → disfunção sexual, infertilidade, rarefação de pelos
Falta de TSH → hipotireoidismo secundário à falta de TSH, atraso de
desenvolvimento psicomotor em crianças
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Diagnóstico:
Dosagem de todos os hormônios basais (hipofisários e das glândulas
alvo):
1. TSH, T4 livre
2. LH, FSH ; testosterona nos homens e E+P nas mulheres
3. GH, IGF-1
4. PRL
5. ACTH, cortisol às 8h
Tratamento:
Déficit de ACTH: Hidrocortisona ou Prednisona
Déficit de TSH: Levotiroxina, porém, se também tiver déficit de
ACTH, é preciso corrigir primeiro o ACTH (iniciar com cortisol
primeiro), pois se isso não for feito, o paciente tem crise adrenal!
Ou seja, na seguinte ordem:
1. Tratar deficiência de ACTH com Hidrocortisona ou Prednisona
2. Tratar TSH com Levotiroxina
Gonadotrofinas:
1. Homens: Testosterona
2. Mulheres: Estradiol e Progesterona
GH: o próprio GH
PRL: não repõe
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Diabetes Insípidus
Introdução:
Neurohipófise (hipófise posterior) armazena ADH e Ocitocina
ADH = hormônio antidiurético = vasopressina
ADH: atua no túbulo contorcido distal e no ducto coletor para
aumentar a reabsorção de água → translocação de aquaporina :
urina concentra
Falta de ADH: paciente elimina grande parte da água do filtrado →
grande volume de urina, pouco concentrada
Sintomas:
Poliúria
Polidipsia
Nictúria
Enurese noturna (Xixi na cama)
Fadiga
Sonolência
Causas/tipos:
1. Diabetes insípidus nefrogênico: problema no receptor de ADH a
nível renal ou falta de aquaporinas. É mais comum em crianças. No
adulto, fármacos como o lítio que interfere com a produção do
AMPciclico que é necessário para a sinalização renal do ADH
2. Diabetes insípidus central: adenoma hipofisário crescendo
posteriormente → compressão da neurohipófise → não libera o
ADH
3. Diabetes insípidus psicogênico/ Polidipsia primária: compulsão por
água
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Diagnóstico:
Analisar o contexto do paciente
Mensurar o volume urinário eliminado ( > 50 ml/kg em 24 horas)
Avaliação da osmolaridade da urina
Dosar ADH (*variação ampla entre limite inferior e superior gera
dúvidas)
Teste de privação hídrica (suspeita de psicogênico)
Diferenciação entre central e nefrogênico: dosar ADH basal →
administrar DDAVP (ADH sintético) → colher urina:
1. Resposta normal (urina concentrar) = Central
2. Resposta anormal (urina não concentrar) = Nefrogênico
RNM: Neurohipófise saudável emite um sinal hiperintenso (ponto
brilhante = ADH), ausente em pacientes com DI central
Tratamento:
Central: DDAVP crônico (Desmopressina)
Nefrogênico: Clorpropamida + diurético tiazídico e/ou amilorida. Se
causado por fármacos como o lítio, suspender o fármaco.
Psicogênico: tratar psicopatia
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Síndrome de
Cushing
Introdução:
CRH → Estimula produção de ACTH → Estimula produção de
Cortisol
Cortisol faz papel inibitório, ou seja, se há aumento de Cortisol, há
uma diminuição de ACTH e CRH (feedback negativo)
O aumento de Cortisol pode ser primário ou secundário:
1. Primário: quando o problema é no córtex da adrenal
(aumento de Cortisol e baixa de ACTH)
2. Secundário: problema no hipotálamo ou hipófise (aumento
de Cortisol e provocado pelo aumento de ACTH)
Diferenciando síndrome de Cushing e doença de Cushing:
1. Síndrome de Cushing: sinais e sintomas relacionados a um
excesso de Cortisol por tempo prolongado, causando
problemas no retro controle inibitório e no ritmo circadiano.
2. Doença de Cushing: causado por um tumor hipofisário
hipersecretor de ACTH com hiperplasia bilateral das adrenais
(70% dos casos)
Principal causa: uso exógeno de corticoides
Outras causas: Hiperplasia suprarrenal secundária a tumor
hipofisário secretor de ACTH (causa mais frequente de Cushing
endógeno), neoplasia suprarrenal, hiperplasia suprarrenal
macronodular, displasia suprarrenal micronodular, iatrogenia
Sintomas:
Obesidade centrípeta
Hipertensão
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Amenorréia
Hirsutismo
Estrias violáceas
Pletora fácial
Fáscies em lua cheia (cushingóide)
Equimoses
Acne
Giba de búfalo
Braços e pernas finos
Diagnóstico:
Confirmar Hipercortisolismo:
1. Teste de supressão com 1 Mg de Dexametasona (Cortisol às
8h com resultado maior que 1,8 = suspeita de Cushing)
2. Cortisol salivar às 23H
3. Cortisol livre na urina de 24 horas (2X acima do limite
superior de normalidade = suspeita de Cushing)
Obs.: Não se faz dosagem de Cortisol às 8H da manhã para
hipercortisolismo, pois já é alto fisiologicamente.
Assim que confirmado o Hipercortisolismo, deve-se pesquisar a
etiologia
Dosagem de ACTH:
1. Menor que 10: Cushing independente de ACTH → possível
tumor nas adrenais → exame de imagem (TC ou USG de
abdômen) das adrenais
2. Entre 10 e 20: Repetir ACTH e considerar teste de CRH (Teste
de CRH = injeção endovenosa de CRH após dosagem basal. Se
aumentar ACTH e Cortisol, é Cushing de origem central. Se
não aumentar, é tumor ectópico.)
3. Maior que 20: Cushing ACTH dependente → RNM de cela
túrcica
Supressão com altas doses de Dexametasona
Cateterismo do seio petroso (comparar sangue do seio petroso X
sangue periférico). Se for de origem central, espera-se diferença dos
níveis de ACTH nas duas amostras (maior no seio)
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Tratamento:
Tumor hipofisário: remoção cirúrgica, mas se não conseguir localizar
o tumor, em último caso, hipofisectomia total, mas causa pan-
hipopituitarismo
Tumor de suprarrenal: excisão do tumor ou adrenalectomia
bilateral se não consegui localizar o tumor
*Adrenalectomia bilateral/total pode causar síndrome de Nelson
*Síndrome de Nelson: Havia um tumor desconhecido na hipófise, e
com a retirada das suprarrenais, esse tumor aumentará a produção de
ACTH para compensar (hiperpigmentação é um dos principais
sintomas)
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Insuficiência Adrenal
Introdução:
Falta de cortisol por diferentes etiologias
Etiologias:
1. Primária: Problema na Adrenal, incapacidade das adrenais de
produzir quantidades adequadas de seus hormônios → gera
síndrome de Addison
Causas: doenças granulomatosas crônicas (tuberculose, atrofia
idiopática), autoimune, hemorragia bilateral, metástases tumorais,
infecções.
Síndrome de Addison: cansaço, fraqueza, apatia, diminuição do
apetite, náuseas, vômitos, hiperpigmentação cutânea (aumento de
ACTH por compensação), principalmente em cotovelos e dobras,
hipoglicemia, hipotensão, avidez por sal, hipercalemia, diminuição
de libido e pelos em mulheres jovens.
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Diagnóstico:
Dosagem de ACTH para diferenciar primário de secundário. No
secundário, pode estar diminuído ou normal inapropriado
Teste de cortrosina: dosagem de Cortisol basal → aplica ACTH
artificial → avalia resposta das adrenais (Cortisol não aumenta
proporcionalmente, é primário)
Dosagem de Aldosterona
Dosagem de Cortisol às 8H da manhã
Tratamento:
Reposição de glicocorticoides e mineralocorticoides e, em mulheres
de idade jovem, reposição de andrógenos
No secundário repõe apenas glicocorticoides
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Hipotireoidismo
Introdução:
Avaliação laboratorial da Tireoide: Dosagem de TSH ultrassensível,
T4 livre, Anticorpos (Anti-TPO, Anti-Tg, Trab), Tireoglobulinas (TG)
Com raras exceções, TSH normal exclui anormalidades primárias da
tireóide
TSH suprimido (baixo) = grande probabilidade de hipertireoidismo
Retrocontrole inibitório diminui o TSH (feedback negativo)
TSH elevado = grande chance de hipotireoidismo/ doença primária
da tireóide
Retrocontrole positivo aumenta o TSH (feedback positivo)
Não é interessante dosar T4 e T3 total
T4 livre é importante dosar
Em algumas situações raras (2.5% dos pacientes), dosa-se T3,
quando TSH está suprimido e T4 livre normal
Avaliação da etiologia da disfunção tireoidiana (anticorpos): Anti-
TPO, Anti-Tg e Trab
Anti-TPO, Anti-Tg = Tireoidites auto-imunes (Hashimoto)
TRab = Doença de Graves
Dosar também Tg-tireoglobulina:
Situações de excesso de homônio tireoideano circulante =
mais tireoglobulina circulante
Tireotoxicoses = aumenta tireoglobulinas, menos nas
tireotoxicoses factícias (ingesta de hormônio tireoideano =
tireoglobulina normal)
Tireoidites = destruição do tecido tireoideano = inflama =
mais tireoglobulinas circulantes
Muito útil em pacientes com câncer = ressecamento total do
tecido tireoideano = Tireoglobulina muito baixa
Técnicas de imagem: Cintilografia e captação de Iodo Radioativo
Nódulos frios (pouco hormônio captado) e quentes (muito
hormônio captado)
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Etiologia:
Central/ Secundário = Falta de produção do hormônio tireoideano
Tireoide não recebe estímulos
Causado por: lesão hipotalâmica com diminuição da produção
de TRH ou por uma lesão hipofisária com diminuição da
produção de TSH
TSH baixo ou inapropriado para a situação de hipotireoidismo
Primário = Lesão na própria tireóide
Causado por: alteração orgânica/ funcional da própria
glândula tireóidea
O primário predomina como etiologia
Carência de iodo é a principal causa universal
Em países que tem suplementação de iodo, como o Brasil, a
principal causa passa a ser Tireoidite autoimune (Hashimoto),
seguido de tireoidectomia/ tratamento com radioiodo
Outras causas: Uso de substâncias/ fármacos, doenças
infiltrativas (sarcoidose, amiloidose)
O Central costuma ocorrer por pan-hipopituiarismo, devido a um
tumor, como um adenoma hipofisário ou um craniofaringioma
Outras causas: traumas, vascular (sheehan), infecções, lesões
inflamatórias ou infiltrativas, lesões hipotalâmicas, lesões
congênitas, mutações dos genes do receptor de TSH e TRH e
drogas
Ainda existem alguns casos de hipotireoidismo transitório
Tireoidite silenciosa, tireoidite pós-parto, tireoidite subaguda
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Quadro Clínico:
Insidioso
No estágio inicial pode haver bócio, indolor e pequeno
Sinais e sintomas causados por menor quantidade de T4 circulante
Redução dos processos metabólicos
Sintomas:
Cansaço
Fraqueza
Dificuldade de concentração
Diminuição da memória
Intolerância a situações de frio
Queda de cabelo e pelos
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Alterações intestinais
Ganho de peso
Diminuição de apetite
Dispneia
Alterações em ciclo menstrual
Infertilidade
Pele seca
Diminuição de audição
Voz rouca
Parestesia
Depressão
Sinais:
Extremidades frias
Rarefação de pelos
Diminuição de frequência cardíaca
Retardo no relaxamento dos reflexos
Pele espessa e áspera
Edema generalizado (mixedema)
Edema de membros inferiores
Parestesia em mãos, Síndrome do túnel do carpo
Derrame cavitário de pericárdio ou pleura
Galactorréia (lembrar que TRH estimula PRL)
Podem haver também outras manifestações neurológicas,
psiquiátricas e cardiovasculares, dentre outras
Laboratório:
T4 livre baixo
TSH elevado
Anticorpos (anti-TPO)
Hiponatremia
Hipercolesterolemia com LDL elavado
Hiperprolactinemia
Aumento de Creatina fosfoquinase
Anemia leve a moderada
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Diagnóstico:
Resumindo:
TSH alto e T4 normal + Anti-TPO positivo = Hipotireoidismo
autoiminue subclínico
TSH alto e T4 baixo+ Anti-TPO positivo = Hipotireoidismo
autoiminue manifesto
TSH normal e T4 normal = Sem problemas
TSH normal e T4 baixo = Possível Hipotireoidismo secundário,
ou seja, avaliar função hipofisária
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Tratamento:
Levotiroxina 30 minutos antes do café da manhã (melhor absorvido
em meio ácido)
Reavaliação clínica e ambulatorial – T4 livre e TSH a cada 6-8
semanas
Reajustar dose
Atingiu equilíbrio → reavaliação passa a ser anual
Idosos e coronariopatas precisam de mais atenção
Se tiver insuficiência adrenal concomitante, trata-se primeiro a
insuficiência renal
Coma mixedematoso = levotiroxina EV ou via nasogátrica
Tratamento – Hipotireoidismo Subclínico: levotiroxina a ser iniciada
a dose conforme TSH: <8=25 mcg; 8-12=50mcg; >12= 75 mcg
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Hipotireoidismo Congênito:
Diagnóstico raramente feito ao nascimento
Reposição precoce de T4 evita anormalidades severas
Características de ciranças gravemente afetadas:
Fáscies grosseiro
Nariz em sela
Cabelos escassos
Língua protusa
Pele fria e marmórea
Hérnia umbilical
Fontanela posterior ampla, não se fecha adequadamente
Engasgos frequentes
Constipação
Icterícia neonatal prolongada → Sinal mais precoce do
hipotireoidismo
Teste do pezinho = diagnóstico
Cretinismo:
Hipotireoidismo congênito que não foi tratado e chegou na fase
adulta
Retardo mental, baixa estatura, fáscies característica, surdo-mudez,
sinais neurológicos
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Hipertireoidismo
Introdução/ Definições:
Tireotoxicose: Situação clínica de hipermetabolismo resultante do
aumento de níveis séricos de T3 e/ou T4 (podem ser causadas por
hipertireoidismo, ou outras situações como tireoidites)
Hipertireoidismo: Hiperfunção da tireóide que causa aumento na
síntese e secreção dos hormônios
Etiologias de tireotoxicoses:
Associadas ao hipertireoidismo:
Doença de Graves
Bócio multinodular tóxico (Síndrome de Marine-Lenhart)
Nódulo tóxico (Doença de Plummer)
Não associadas ao hipertireoidismo:
Tireoidites (destruição dos folículos tireoidianos)
Ingestão excessiva de hormônios tireoidianos
Graves = 60 a 80% dos casos, mais comum em mulheres, predomina
entre 20 e 50 anos de idade
Fisiopatologia: autoanticorpos que estimulam os receptores
de TSH (TSI) → TSI mimetizam TSH → Excesso de produção de
T3 e T4 → hiperplasia e hipertrofia dos folículos tireoideanos
→ bócio
Fase ativa da doença = alta presença de TRAB (anticorpo anti-
receptor de TSH)
Irritabilidade
Insônia
Ansiedade
Intolerância ao calor
Sudorese excessiva
Palpitações
Fadiga
Fraqueza
Dispneia aos exercícios
Perda de peso (com hiperfagia)
Ganho ponderal (raro)
Pruridos
Sede e poliúria
Hiperdefecação
Alteração do ciclo menstrual
Disfunção erétil
Dispepsia
Náuseas
Sinais:
Taquicardia sinusal
Fibrilação atrial
Tremores finos
Hipercinesia
Hiper-reflexia
Pele quente e úmida
Eritema palmar
Onicólise (alteração nas unhas)
Queda capilar
Miopatia proximal
Insuficiência cardíaca congestiva
Paralisia periódica
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Laboratório de Hipertireoidismo:
T4 livre elevado e TSH suprimido (feedback negativo)
Anticorpos Anti TPO, Anti TG – 60-80% dos casos
TRAB – 99% dos casos
Se TRAB estiver diminuindo, pode também estar refletindo
um quadro de melhora do paciente
USG = bócio difuso
Cintilografia = distinguir nódulo hipercaptante ou não,
planejamento de uso de radioiodo
Tratamento de Hipertireoidismo:
1. Controle dos sintomas:
B-bloqueadores
Propanolol
Atenolol
2. Diminuir a produção de T3 e T4:
Fármacos anti-tireoidianos
Tionamidas: metimazol 1X ao dia ou propiltiouracil
(PTU) 3X ao dia
Metimazol apresenta menos risco de agranulocitose
Propiltiouracil tem mais efeitos colaterais em altas
doses, mas tem vantagens na gestação e em casos de
tempestades tireotóxicas
Iodo Radioativo
Seguro
Efetivo
Barato
Risco de Hipotireoidismo
Contra-indicações: gravidez, amamentações e
oftalmopatia de Graves
Cirurgia
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Tireoidectomia parcial
Reservado para pacientes que recusam bócio grande,
efeitos colaterais de drogas ou suspeita de neoplasia
tireoideana
Desejo de gravidez precoce
Casos com associação de hiperparatireoidismo
Antes de opera, precisa controlar o hipertireoidismo
Pode ter recorrência
Hipocalcemia em pós-operatório em alguns casos
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Tireoidites
Introdução/ Definições:
Conjunto de transtornos caracterizados por alguma forma de
inflamação da glândula tireoide
Doença aguda que acompanha dor da tireoide (tireoidite subaguda
e tireoidite infecciosa)
Por vezes, a inflamação não é clinicamente evidente, se
manifestando essencialmente por disfunção da tireoide ou do bócio
(tireoidite indolor e tireoidite Fibrosa ou de Riedel)
Tireoidite infecciosa:
Rara, usualmente causado por bactérias
Imunodeprimidos podem apresentar por fungos ou parasitas
Mais frequente em sexo feminino, entre 20 e 40 anos
Dor que começa de forma aguda, febre, leucocitose e
linfoadenopatia cervical
Pode levar a sintomas compressivos → disfonia e disfagia
Palpação = aumento focal ou difuso da tireoide
Eritema, calor local ou flutuação com abcesso
Acontece uma Tireotoxicose na fase aguda por causa da destruição
dos folículos
Tratamento: antibiótico e drenagem
Complicação Tardia: hipotireoidismo
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Tireoidite de Riedel:
Tireoidite fibrosa, invasiva
Prognóstico ruim
Desordem fibrosante primária
Quadro Clínico:
Bócio: fixo, consistência aumentada e endurecida
Rouquidão
Disfagia
Desconforto
Hipoparatireoidismo
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Doenças da
Paratireoide
Introdução:
Existem alguns hormônios responsáveis pelo controle da
remodelação óssea, sendo alguns deles: Paratormônio (PTH),
Vitamina D, PTHrP
As paratireoides são glândulas responsáveis pela produção do
Paratormônio
Paratormônio = mantém ou eleva níveis séricos de cálcio
PTH tem meia vida curta (3 a 5 min)
CaSR = receptores de cálcio localizados nas paratireoides →
controlam a secreção de PTH
Alta concentração de cálcio = CaSR ativos → inibem a secreção de
PTH
Baixa concentração de cálcio = CaSR inativos → permitem a
liberação de PTH, para que aumentem a concentração sérica de
cálcio
Hipercalcemia:
Causas:
Hiperparatireoidismo
Neoplasias
Doenças granulomatosas
Intoxicação por vitamina D
Lítio
Hipercalcemia hipocalciurica familiar
Hiperparatireoidismo da doença renal crônica
Hipercalcemia nas doenças malignas:
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Hiperparatireoidismo primário:
Principal causa de hipercalcemia
Aumento de secreção de PTH, que causa uma desordem
generalizada do metabolismo ósseo
Laboratório de Hiperparatireoidismo:
Dosagem elevada de Cálcio
PTH sérico elevado
Fósforo normal ou baixo
Cálcio elevado na urina (hipercalciúria)
Dosagem da 25 OH Vit D (Excesso = hipercalcemia, falta = precisa
repor)
Creatinina (avaliar função renal)
USG, RNM e mapeamento com MIBI das paratireoides
Densiometria óssea
USG renal para verificar litíase renal
Tratamento Hiperparatireoidismo:
Sintomáticos ou oligossintomáticos: tratados clinicamente
Não podem apresentar nem um dos seguintes resultados,
pois se apresentar, é indicação cirúrgica
Hipocalcemia:
Diminuição do cálcio sérico
Hipocalcemia crônica é menos frequente que hipercalcemia
Geralmente mais sintomática e exige tratamento
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Etiologias de Hipocalcemia:
Deficiência de PTH
Hipoparatireoidismo hereditário = agenesia ou hipoplasia das
paratireoides
Hipoparatireoidismo adquirido = ablação cirúrgica, doença
auto-imune, entre outras
Alteração na regulação da secreção do PTH
PTH ineficiente
Resistência periférica à ação do PTH =
pseudohipoparatireoidismo
As formas mais comuns de hipocalcemia crônica severa são:
Hipopara auto-imune
Hipopara em pós-operatório de cirurgia cervical (mais
comum): transitório ou permanente
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Diagnóstico de Hipocalcemia:
Dosagem de cálcio sérico baixo
Fosfato sérico elevado
PTH baixo
Avaliação da função renal
Tratamento de Hipocalcemia:
Objetivo = normalizar cálcio sérico
Tratamento grave/ agudo: injeções EV de sais de cálcio
Gluconato de cálcio
Cloreto de cálcio
Tratamento crônico: Vitamina D + Cálcio oral
Existe também o Teriparatide, que é um PTH sintético, mas é pouco
usado por ter alto custo e falta de dados
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Síndrome Metabólica
Introdução:
Síndrome metabólica = um indivíduo que possui um grupo de
fatores de risco, que são: Obesidade Visceral, intolerância à glicose
ou diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. O provável fator
central é a resistência insulínica
Indivíduos com SM são mais suscetíveis a outras complicações
como:
Síndrome dos ovários policísticos
Esteatose hepática e sobrecarga hepática de ferro
Asma
Cálculos biliares
Gota
Distúrbios do sono
Algumas formas de câncer como carcinoma hepatocelular e
colangiocarcinoma
A aterosclerose é considerada a principal consequência primária da
SM
O maior fator de risco para o desenvolvimento de SM é o aumento
do peso corpóreo (ganho ponderal)
Outros fatores de risco: pós-menopausa, tabagismo, dieta rica em
carboidratos, sedentarismo
O conceito mais aceito de SM é: paciente com obesidade central
com aumento do risco para diabetes e doença cardiovascular
Diagnóstico:
Circunferência abdominal
>90 cm em homens
>88 cm em mulheres
Triglicérides alterado
>150 mg/dl
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HDL baixo
< 40 mg/dl em homens
< 50 mg/dl em mulheres
Pressão arterial alterada
>130 mmHG ou > 85 mmHG
Glicose alterada
>100 mg/dl
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Obesidade
Introdução:
IMC = melhor forma para diagnosticar obesidade
18,6 a 24,9 = normal
25 a 29,9 = sobrepeso
30 a 34,9 = Obesidade grau 1
35 a 39,9 = Obesidadade grau 2
+ de 40 = Obesidade grau 3
Fome = estímulo para comer
Saciação = estímulo para interromper a ingesta alimentar
Saciedade = estímulo para adiar a próxima refeição
Tratamento:
Mudança de estilo de vida
Perda de peso
Aumento de atividade física
Mudança comportamental
Tratamento farmacológico é indicado em situações em que a
mudança no estilo de vida não funciona ou quando o paciente tem
IMC > 30 e doenças associadas ao excesso de peso ou IMC > 25 e
doenças associadas ao excesso de peso
Sibutramina
Liraglutida
Cirurgia bariátrica para pacientes com SM e e IMC de 40kg/m² ou
com IMC > 35kg/m² com comorbidades
LDL deve ser reduzido a <100mg/dl
Estatinas
Ezetimiba
Triglicérides
Fibratos
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Estatinas
HDL
Perda de peso e exercícios físicos
HAS
IECA e bloqueador do receptor de angiotensina
Pré-diabetes
Mudança de hábitos
Metformina
Diabetes
Terapêutica farmacológica
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Diabetes Mellitus
Introdução:
Diabetes Mellitus (DM) = grupo de distúrbios metabólicos que
contém hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina, na
secreção ou em ambas
Quadro Clínico:
Poliúria
Polidipsia
Perda de peso
Polifagia
Astenia
Embaçamento visual
Difícil Cicatrização
Suscetibilidade aumentada a infecções
Diminuição do crescimento
Etiologia/ Classificação:
DM tipo 1:
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DM tipo 2:
Cetoacidose é rara
Hiperglicemia gradual - assintomático por anos
Fatores de risco: obesidade, obesidade abdominal, idade,
sedentarismo
Predisposição genética forte (maior que no tipo 1) - complexa e não
definida
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Diabetes gestacional:
Qualquer grau de intolerância à glicose iniciado na gravidez
Reclassificação 4 a 6 semanas pós-parto
Maioria normaliza pós-parto
Pré-Diabetes:
Estado intermediário entre homeostase normal e diabetes
Já apresenta maior risco cardiovascular
Atualmente já é considerado doença
Glicemia de jejum alterada
Intolerância à glicose
Diagnóstico DM:
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Complicações DM:
Microvasculares
Cegueira
Doença renal crônica
Neuropatia debilitante
Macrovasculares
Doenças cardiovasculares (AVC, IAM, DAP)
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Metas de controle:
Tratamento DM:
Controle de sinais e sintomas
Prevenir complicações crônicas
Mudança no estilo de vida
Tratamento medicamentoso
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Complicações de
Diabetes Mellitus
Complicações Agudas:
Cetoacidose Diabética
Estado Hiperosmolar não-cetótico
Hipoglicemias
Complicações Crônicas:
Microangiopatia
Retinopatia diabética
Nefropatia Diabética
Neuropatia Diabética: Autonômica e Periférica
Macroangiopatia – Aterosclerose (DAC, AVC, DAP)
Cetoacidose Diabética:
Definição: disfunção metabólica grave causada pela deficiência
relativa ou absoluta de insulina, associada ou não a uma maior
atividade dos hormônios contra-reguladores (cortisol,
catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento).
Características:
Clínica:
Desidratação
Respiração acidótica
Alteração do sensório
Laboratoriais:
Hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dl)
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Hipoglicemias:
Complicação mais frequente do tratamento do DM
Hipoglicemia = glicemia < 54 mg/dl
Classificação:
Assintomática
Sintomática leve (o paciente pode tratar a si mesmo)
Sintomática grave (o paciente requer ajuda de terceiros)
Coma
Tríade de Whipple
Níveis de glicemia < 54 mg/dl
Sinais ou sintomas de hipoglicemia
Alívio dos sintomas após a ingestão de glicose
Sinais e sintomas Adrenérgicos de hipoglicemia:
Tremor
Sensação de fome
Sudorese (pele fria e úmida)
Palidez
Palpitações/taquicardia
Náuseas/vômitos
Sintomas geralmente mascarados por beta-bloqueadores
Sinais e sintomas Neuroglicopênicos de hipoglicemia:
Hipoglicemia leve a moderada:
Tonturas
Cefaléia
Fraqueza
Parestesias
Distúrbios visuais
Distúrbios de conduta
Dilatação pupilar
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Confusão mental
Hipoglicemia grave:
Convulsões
Torpor
Coma
Hemiplegia
Dilatação pupilar
Postura de decorticação
Hidrocefalia (rara complicação de comas hipoglicêmicos de
repetição)
Fatores de risco de hipoglicemias em diabéticos:
Omissão ou atraso de refeição
Dose excessiva de insulina ou sulfoniluréia
Ingestão demasiada de bebida alcóolica
Absorção variável ou retardada de insulina SC
Exercícios prolongados ou extenuantes
Drogas que prejudicam o reconhecimento das hipoglicemias
Drogas indutoras de hipoglicemia
Variável necessidade basal de insulina durante a noite
Contra-regulação defeituosa
Insuficiência renal ou adrenal
Hipotireoidismo
Síndrome de má absorção
Insulinoma (raramente)
Hipoglicemia sem alerta: Liberação deficiente dos hormônios
contra-reguladores e diminuição da resposta do sistema nervoso
simpático e adrenomedular
Duas formas:
Assintomática com os indivíduos alertas, podendo se tornar
grave se progredir
Forma grave e perigosa: hipoglicemia sem sinal de alerta
adrenérgico ou neuroglicopênico prévio. Frequentes
episódios de coma e crises convulsivas
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Tratamento:
Pacientes conscientes:
Ingerir ou administrar de imediato, alimentos contendo
açúcar (de preferência líquido, pela absorção mais rápida) ou
comprimidos de glicose
Pacientes comatosos ou torporosos:
Não administrar por via oral
Solução hipertônica de glicose a 50%: 2 a 5 ampolas EV
(terapia de escolha)
Glucagon: 1 ampola SC ou IM (extra-hospitalar)
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Síndrome do Pé Diabético:
Uma das mais mutilantes complicações crônicas do diabetes
mellitus
"Pé Diabético" é a infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos
profundos associados com anormalidades neurológicas e vários
graus de doença vascular periférica no membro inferior
Úlceras nos pés
Artropatia neuropática (Charcot)
Gangrena
Infecção + Gangrena
Amputação
Avaliação do pé de risco:
Avaliação de sensibilidade dolorosa (palito ou agulha), tátil
(algodão ou monofilamento), térmica (quente/frio) e
vibratória (diapasão ou bioestesiômetro)
Reflexos tendinosos (aquileu, patelar e tricipital)
Rastreios:
Rastrear complicações crônicas no Diabetes tipo 2 recém
diagnosticado e no diabetes tipo 1 após 5 anos de diagnóstico ou na
puberdadade.
Rastreio da oftalmopatia: fundo de olho
Rastreio da neuropatia: testes de sensibilidade periférica, reflexos,
PA ortostatismo e decúbito, FC
Rastreio da nefropatia: dosagem de creatinina com cálculo da TFG e
microalbuminuria em urina recente (albumina/creatinina na urina)
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