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ENDOCRINOLOGIA
INTRODUÇÃO
• Função:
– Coordenação do corpo através da ação de hormônios.
– Regula a taxa e a qualidade das reações metabólicas.
• Conceito de hormônios.
– Agentes químicos sintetizados e secretados por glândulas isoladas e
especializadas, que circulam pelo sangue para outra parte do corpo
para estimular tecidos específicos.
– Podem difundir-se pelo LEC para tecidos adjacentes.
– Podem ser produzidos por células localizadas em determinados órgão.
Ex: células intestinais.
– Podem ser inibidores de determinados processos.
INTRODUÇÃO
• Ação dos hormônios.
– Controlam o metabolismo corporal.
• Conceito.
– Tecido especializado em secretar substâncias químicas que
controlam determinada função de órgãos-alvos.
• Glândulas exócrinas.
– Produzem substâncias químicas que são lançadas, diretamente
por ductos, em órgãos próximos.
• Exemplo: saliva, lágrima, bile e suco pancreático.
• Glândulas endócrinas.
– Produzem substâncias químicas que, via circulação sanguínea, vão
agir em órgãos-alvos distante do local de produção.
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
HIPOTÁLAMO
Ocitocina
ADH
Hormônios
GHRH
GnRH
CRH
PRH
TRH
NEUROHIPÓFISE
ADENOHIPÓFISE
ADH Ocitocina
Hormônios
Rins Glândula
mamária
TSH ACTH FSH e LH PRL GH e útero
• Considerações anatômicas.
– Fixadas nas faces laterais da traquéia abaixo da cartilagem
cricóide da laringe.
• Hormônios tireoidianos.
– T3 (tri-iodo-tironina).
– T4 (tetra-iodo-tironina – tiroxina).
– Calcitonina.
• Via de estimulação da secreção dos hormônios
tireoidianos.
– Hipotálamo.
• Hormônio de liberação da tireotropina (TRH).
– Adeno-hipófise.
• Tireotropina (TSH).
MECANISMO REGULAÇÃO GLÂNDULA
TIREÓIDE
TIREÓIDE
• Hipotireoidismo.
– Pequenas concentrações séricas de hormônios T3 e T4.
– Endocrinopatia mais comum cães, rara em gatos
– Primária
– Secundária – hipofise – TSH – 5% dos casos
– Terciária – deficiência de TRH
– Congênita - cretinismo
HIPOTIREOIDISMO
• Predisposição
– Animais de meia idade (4 a 10 anos)
– Animais de porte média a grande
– Raramente cães de pequeno porte e miniaturas
– Fêmeas castradas
– Golden retriever, Doberman , Setter, Schnauzer, Dachshund,
Cocker spaniel, poodle, boxer, pinscher.
HIPOTIREOIDISMO
• Sinais clínicos mais comuns:
– Alterações comportamentais
– Alterações dermatológicas
– Alterações neurológicas
– Alterações gastrointestinais
– Alterações reprodutivas
– Alterações oftalmológicas (uveíte crônica, distrofia corneana)
– Alterações cardiovascular
– Alterações metabólicas
HIPOTIREOIDISMO
➢ Hipotermia
HIPOTIREOIDISMO
• Alterações metabólicas – obesidade, frio constante,
hipotermia
HIPOTIREOIDISMO
➢ Neuropatia facial
Triagem
➢ Hemograma: anemia normocítica normocrômica (30 %)
➢ Dosagem de triglicérides: Hipertrigliceridemia (lipemia)
➢ Dosagem de colesterol: Hipercolesterolemia
HIPOTIREOIDISMO
• Diagnóstico especifico:
– Dosagem de T4l ou T4t
● Baixa dose de T4
● Radioimunoensaio (RIA) – doenças automunes e outras, AIE
● Dialise equilíbrio – T4l – medicamentos, AIE
● Outras enfermidades?? Doença auto imune
● Suspender AIE 4 a 8 semanas
● Suspender feno 6 semanas
– Dosagem de T3**
● Doença inicial pode permanecer normal
● Complementar T4 e TSH
HIPOTIREOIDISMO
• Diagnóstico:
– Dosagem de TSH
● Aplica TSH endovenoso ou IM
● Coleta 4 a 6 horas, dosagem T4.
Desvantagens:
✓ Alto custo
✓ Dificuldade obtenção
✓ Efeitos indesejáveis no paciente
HIPOTIREOIDISMO
➢ Tratamento
Monitoramento:
• Deve ser realizado após 4 semanas do inicio do
tratamento ou ajuste de dose – exceto pacientes
com sinais de hipertireoidismo
• Após estabelecer tratamento, reavaliar cada 6
meses
• Dosagem de T4 antes e 4-6horas após o
medicamento (diferenças em tratamento bid ou
sid)
HIPOTIREOIDISMO
Gatos:
Dicas:
➢ Alterações dermatológicas
➢ Obesidade
➢ Hipercolesterolemia
➢ Anemia arregenerativa
HIPERTIREOIDISMO
• Hipertireoidismo
– Produção excessiva hormônios tireoidianos
– Distúrbios metabólico sistêmico
– Frequente em gatos
– Raro em cães
HIPERTIREOIDISMO
Etiologia
- Adenocarcinoma : 2-5%
HIPERTIREOIDISMO
• Hipertireoidismo
– Dispnéia (24%).
– Pelagem despenteada (35%).
– Desidratação (15%)
– Tremores, fraqueza e fadiga.
– Diarreia
– Vômito (polifagia)
– Sistema cardiovascular: Taquicardia, sopro sistólico, ritmo de galope e
arritmia
– Cardiomiopatia tireotóxica hipertrófica
HIPERTIREOIDISMO
HIPERTIREOIDISMO
• Sinais clínicos
HIPERTIREOIDISMO
• Sinais clínicos
HIPERTIREOIDISMO
• Sinais clínicos
HIPERTIREOIDISMO
• Sinais clínicos
HIPERTIREOIDISMO
HIPERTIREOIDISMO
• Sinais clínicos
HIPERTIREOIDISMO
– Sinais clínicos
● Polifagia
● Perda de peso
● Hiperatividade
• Situação anatômica:
– São quatro glândulas situadas sobre a glândula tireóide.
• Paratormônio (PTH).
– Aumenta as concentrações de cálcio séricos (hipercalcemia).
• Retira fosfato de cálcio dos ossos.
• Absorção de cálcio pelo instestino.
• Reabsorção de cálcio pelos rins.
– Estimulado pela concentração sérica de cálcio (hipocalcemia).
– Papel antagônico a calcitonina.
• Interação entre o PTH e o colecalciferol (Vitamina D) contra a calcitonina.
CALCITONINA/ PARATORMÔNIO
PARATIREÓIDE
• Sinais clínicos da hipocalcemia:
– Tetania puerperal ou eclampsia.
• Alterações neuromusculares (prostração e convulsões).
• Sinais respiratórios e digestivos.
• Sinais clínicos da hipercalcemia:
– Poliúria.
– Polidipsia.
– Inapetência e constipação.
– Fraqueza.
– Tremores.
– Anormalidades da marcha.
PARATIREÓIDE
Sinais clínicos da hipocalcemia:
PÂNCREAS
• Pâncreas
Ações da insulina
INSULINA / GLUCAGON
DIABETE MELITO
Classificação
◼ Tipo 1: Ausência de secreção de insulina
pelo pâncreas
◼ Tipo 2: Resistência periférica à ação da
insulina
◼ DMID (diabetes mellitus insulina
dependente) e DMNID (diabetes mellitus não
insulina dependente)
◼ Cães: tipo 1 ◼ Gatos: tipo 2 (85%) e tipo 1
DIABETE MELITO
DIABETE MELITO
• Sinais clínicos: – Uremia.
– Hiperglicemia constante; – Fraqueza muscular.
• > 200 mg/dL. • Emaciação.
– Glicosúria – Neuropatia periférica;
– Poliúria, polidipsia, polifagia • Cauda enrolada (gato).
• Letargia (coma).
– Glomeroesclerose (doença renal).
• Poliúria, cetonúria e glicosúria. – Plantígrada (gato).
• Desidratação ( filtração) – Catarata e retinopatia;
• Infecção urinária recorrente. – Infecções diversas;
– Perda de peso e atrofia muscular • Pele.
– Odor cetônico – Taquipnéia
– Cetoacidose metabólica
• Náusea, vômito, anorexia
DIABETE MELITO
Gatos
• Glicosúria acima de 290md/dl –
diurese osmótica
• Nem sempre tem polifagia
• Bebe em locais estranhos, urina fora da
caixa.
• Estresse coleta, aguardar 4 a 6 horas.
Estresse adrenérgico é agudo.
DIABETE MELITO
Sinais clínicos
DIABETE MELITO
Sinais clínicos
Catarata bilateral
DIABETE MELITO
Sinais clínicos
DIABETE MELITO
Sinais clínicos
DIABETE MELITO
Sinais clínicos
DIABETE MELITO
– Súmario urina
DIAGNÓSTICO • Glicosúria
• Corpos cetônicos
– Histórico
• ??
– Dosagem de frutosamina ou
hemoglobina glicosilada (21d)
– Sinais clinicos
– Gatos +500mg/dl - controle
– Bioquimicas
• Hipercolesterolemia
• Hiperglicemia
• Azotemia ( ureia e creatinina)
• ALT
– Dosagem eletrólitos
• Hiponatremia
DIABETE MELITO
DIAGNÓSTICO
– Dosagem glicemia
• Aparelhos humanos 18 a 36md/dl
a menos em cães e gatos.
• Foco de infecção causa ↑ de
resistência a insulina
• Gato – algodão com água norma
no coxim, antes de lancetar -
irasciveís
DIABETE MELITO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO CETOACIDOSE:
• β-hidroxibutirato
• Corpos cetônicos na urina
DIABETE MELITO
DIAGNÓSTICO
Glicemia de jejum (12h)
Normal Diabetes
Teste de sobrecarga á glicose:
Curva glicêmica clássica ou
Teste de tolerância simplificado
• Insulina exógena
– Insulina recombinante humana
– Insulina suína (idêntica cães)
– Insulina bovina ( + similar felina)
DIABETE MELITO
TRATAMENTO
TIPOS DE INSULINA
• Insulina regular
– Curta duração (5-6h)
– Pico em 30min
– Utilizada em cetoacidose diabética
• Insulina intermediaria (NPH)
– Ação lenta (8-14h)
– Pico em 1-2 horas
– cães (0,5 – 3 U/kg, BID, SC), gatos (0,2 – 0,5 U/kg, BID, SC)
• Insulina de longa duração (PZI)
– Ultra lenta (8-24h)
– Gatos , aplicação diária
– Lantus (insulina glargina) , BID - gatos
– Insulina detemir (Levemir), BID – gatos
– 0,25 IU/Kg, SC, BID, ↓360mg/dl
– 0,5UI/Kg, sc, BID, ↑ 360mg/dl
DIABETE MELITO
TRATAMENTO
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Insulina
Potássio
Suplementação eletrólito Fósforo
Magnésio
Manutenção
– Mitotano (Lisodren®) 75-100mg/Kg semanalmente e mantém
prednisona na mesma dose da fase de indução.
– Efeitos colaterais, descontinuar o mitotano e baixar a dose em
25 a 50%.
– Monitorar com teste de estímulo de ACTH.
HIPERADRENOCORTICISMO OU
SINDROME DE CUSHING
TRATAMENTO
• Cetoconazol
− Impede a biotransformação do colesterol, interferindo na síntese
de hormônios esteróides.
● L-deprenil ou Selegina (Anipril®)
– Casos de HAC hipofisário
– Inibe o excesso de ACTH produzido pela adenohipófise
● Trilostano (Vetoryl)
– Inibe a enzima 3b HSD e consequentemente a esteroidogênese
– Casos de HAC hipofisário
HIPERADRENOCORTICISMO OU SINDROME DE
CUSHING
HIPERADRENOCORTICISMO OU SINDROME DE
CUSHING
HIPOADRENOCORTICISMO
Ambiente
Stress
Hipotálamo
_
CRH _
Hipófise
ACTH
Supra renal Sistema renina-
angiotensina
Glicocorticóide Mineralocorticóides
Fígado
Fígado
Hipotensão Células
justaglomerulares
Endotélio
captação de
sódio,
ECA vascular
pulmões,rins,
liberação
outros órgãos
aldosterona
supra renal
– Anorexia
– Vômito
– Desidratação
– Letargia
– Pigmentação cutânea
– Os sinais são em geral vagos e facilmente atribuídos a outros
distúrbios.
HIPOADRENOCORTICISMO
EXAMES COMPLEMENTARES
• USG
• Dosagem eletrólitos – adrenal??
– Hipercalemia (95%)
– Hiponatremia (95%) • Eletrocardiograma
– Hipocloremia – Distúrbios de condução
• Hemograma • Bioquímicas
– Eosinofilia?? – Azotemia (alguns casos)
– Linfocitose – Hipoglicemia??
– Desidratação • Dosagem ACTH
• Súmario de urina – tipo primário
– Densidade urinária 1030 – ou (-) tipo secundário
HIPOADRENOCORTICISMO
TRATAMENTO
• Agudo
Corrigir hipovolemia e hiponatremia:
– NaCl 0,9%, 60-80 ml/kg por hora - intravenoso nas primeiras duas
horas, dependendo da resposta reduzir o volume administrado;
Monitorar a micção
Suplementação com glicocorticóide
– Administrar dexametasona – 2-4mg/kg – intravenoso, repetindo em 2
e 6 horas. Manutenção com prednisona 0,2mg/kg por dia após 3-5
dias.
Se hipoglicemia:
– 1,5ml/kg de glicose 50%
HIPOADRENOCORTICISMO
TRATAMENTO
• Crônico
Corrigir hipovolemia:
– NaCl 0,9%, 60-80 ml/kg por hora - intravenoso nas primeiras duas
horas, dependendo da resposta reduzir o volume administrado;
Suplementação com mineralocorticóide:
– Acetato de Fludrocortisona: 0,01-0,02 mg/kg por dia por via oral.
(monitorar os eletrólito, uréia e creatinina por uma vez por semana
até estabilizar);
Suplementação com glicocorticóide:
– Prednisona: 0,2mg/kg por dia via oral;
– Suplementação com NaCl 1-5g por dia.
DÚVIDAS???