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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
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Individualidade bioquímica
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Perspectivas
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ESTRESSE OXIDATIVO
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celulares facilmente e gerar o radical hidroxila. Ele somente oxida proteínas que
apresentem resíduos de metionina ou grupos tiol muito reativos GSH por
exemplo. O H2O2 é gerado in vivo pela dismutação do ânion-radical
Apesar dos efeitos danosos, o radical O2•– tem importância vital para as
células de defesa e sem ele o organismo está desprotegido contra infecções
causadas por vírus, bactérias e fungos. O radical O2•– é gerado in vivo por
fagócitos ou linfócitos e fibroblastos durante o processo inflamatório, para
combater corpos estranhos.
O radical óxido nítrico (NO•) pode ser produzido no organismo pela ação
da enzima óxido nítrico sintase a partir de arginina, oxigênio e NADPH, gerando
também NADP+ e citrulina. Esse radical também pode ser produzido em maiores
quantidades por fagócitos humanos, quando estimulados. O nitrato pode
transformar-se em nitrito, que reage com os ácidos gástricos gerando o ácido
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nitroso (HNO2). O óxido nitroso (N2O3) também é precursor do HNO2 por meio
da sua reação com a água. O HNO2 promove a desaminação das bases do
DNA que contêm grupo –NH2 livre que são citosina, adenina e guanina,
formando-se uracila, hipoxantina e xantina, respectivamente.
O óxido nítrico não é suficientemente reativo para atacar o DNA
diretamente, mas pode reagir com o radical ânion superóxido produzido pelos
fagócitos, gerando peroxinitrito. Esse último, por sua vez, pode sofrer reações
secundárias, as quais formam agentes capazes de nitrar aminoácidos
aromáticos, a exemplo da tirosina gerando nitrotirosina e as bases do DNA, em
particular a guanina, na qual o produto principal é a 8-nitroguanina.
Os radicais livres promovem reações com substratos biológicos podendo
ocasionar danos às biomoléculas e, consequentemente, afetar a saúde humana.
Os danos mais graves são aqueles causados ao DNA e RNA. Se a cadeia do
DNA é quebrada, pode ser reconectada em outra posição alterando, assim, a
ordem de suas bases. Esse é um dos processos básicos da mutação e o
acúmulo de bases danificadas pode desencadear a oncogênese. Uma enzima
que tenha seus aminoácidos alterados pode perder sua atividade ou, ainda,
assumir atividade diferente. Ocorrendo na membrana celular, a oxidação de
lipídios interfere no transporte ativo e passivo normal através da membrana, ou
ocasiona a ruptura dessa levando à morte celular. A oxidação de lipídios no
sangue agride as paredes das artérias e veias, facilitando o acúmulo desses
lipídios, com consequente aterosclerose, podendo causar trombose, infarto ou
acidente vascular cerebral.
As proteções do organismo contra as ERO e ERN abrangem a proteção
enzimática ou por micromoléculas, que podem ter origem no próprio organismo
ou são adquiridas por meio da dieta. As macromoléculas são representadas
pelas enzimas e podem atuar diretamente contra as ERO e ERN ou, ainda,
reparar os danos causados ao organismo por essas espécies. Um exemplo é a
catalase (CAT), que converte o peróxido de hidrogênio em H2O e O2.
Outras são capazes de eliminar a molécula ou a unidade dessa que se
encontra danificada, como, por exemplo, as enzimas responsáveis pela excisão
das bases nitrogenadas danificadas e substituição por outras intactas. São
conhecidos três sistemas enzimáticos antioxidantes: o primeiro é composto por
dois tipos de enzimas SOD, que catalisam a destruição do radical ânion
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(Cu2+) e zinco (Zn2+) como centros redox e ocorre no citosol, sendo que sua
atividade não é afetada pelo estresse oxidativo. A segunda contém manganês
(Mn2+) como centro redox, ocorre na mitocôndria e sua atividade aumenta com
o estresse oxidativo. O segundo sistema de prevenção é muito mais simples,
sendo formado pela enzima catalase que atua na dismutação do peróxido de
hidrogênio (H2O2) em oxigênio e água.
O terceiro sistema é composto pela GSH em conjunto com duas enzimas
GPx e GR. A presença do selênio na enzima (selenocisteína) explica a
importância desse metal e sua atuação como antioxidante nos organismos vivos.
Esse sistema também catalisa a dismutação do peróxido de hidrogênio em água
e oxigênio, sendo que a glutationa opera em ciclos entre sua forma oxidada e
sua forma reduzida. A GSH reduz o H2O2 a H2O em presença de GPx,
formando uma ponte dissulfeto e, em seguida, a GSH é regenerada.
Dentre os antioxidantes biológicos de baixo peso molecular, podem ser
destacados os carotenoides, a bilirrubina, a ubiquinona e o ácido úrico. Porém,
as mais importantes micromoléculas no combate ao estresse oxidativo são os
tocoferóis e a vitamina C.
ENVELHECIMENTO
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OBESIDADE E INFLAMAÇÃO
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DISBIOSE INTESTINAL
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reumatoide.
A constipação intestinal leva à presença no cólon de fezes putrefativas,
gerando placas duras e aderentes na mucosa intestinal, que liberam toxinas para
todo o organismo. Estas toxinas podem ser absorvidas pela pele, resultando em
um quadro de urticária e acne, ou para as articulações, gerando quadros de
inflamação e até mesmo lesões articulares como a artrite reumatoide. Outras
alterações que afetam a válvula ileocecal, que separa o intestino delgado do
grosso, também podem fazer com que isso aconteça.
Os indivíduos que estão sempre às voltas com dificuldades intestinais
têm grande possibilidade de apresentar disbiose. Um sinal claro disso é a
síndrome do cólon irritável, em que o desequilíbrio da microbiota intestinal chega
a ponto de impedir as funções normais do cólon, provocando diarreias
constantes.
Embora a etiologia das doenças inflamatórias intestinais permaneça
desconhecida, evidências sugerem que o desequilíbrio da microbiota intestinal
seria o possível fator responsável pelo início, cronificação e recidivas destas
doenças. Os gatilhos para o estabelecimento inicial das doenças e exacerbações
subsequentes provavelmente envolvem interações virais ou bacterianas com
células imunes que recobrem a parede mucosa do trato intestinal.
A ligação entre disbiose e o desenvolvimento de certas doenças está
apenas começando a ser explorada. Por exemplo, o papel destas bactérias no
desenvolvimento de câncer foi estudado pela agência norte-americana “US
Environmental Protection Agency”. Os pesquisadores descobriram que os
agentes potencialmente carcinogênicos (corantes de alimentos, aflatoxinas,
pesticidas, nitritos) e agentes que causam câncer em não alimentos (tabacos
sem fumaça, medicações prescritas) eram bioativados por sistemas de enzimas
das bactérias intestinais. Estas bioativações, que podem levar ao câncer, são
promovidas em uma velocidade maior nos sistemas gastrointestinais com
populações microbianas desequilibradas.
A microbiota intestinal sintetiza vitaminas, principalmente as do
complexo B. Se ela está anormal, então a hipovitaminose pode surgir. A
predominância de bactérias patogênicas pode ainda afetar a produção de
enzimas importantes e com isso diminuir a capacidade de absorção dos
nutrientes, causando um déficit nutricional que, entre outros prejuízos,
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FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER
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alcançar este tamanho, talvez alguns anos. Ele apresenta tempos diferentes de
duplicação em momentos diferentes de sua história natural e, em alguns deles,
bem antes desta detecção provavelmente já ocorreu a metastatização
hematogênica.
Os tumores malignos apresentam duas propriedades peculiares:
invasão dos tecidos circunvizinhos e comprometimento a distância (metástase).
A metástase é definida como o comprometimento a distância por uma
parte do tumor que não guarda relação direta com o foco primário. A
disseminação tumoral é um processo complexo e não de todo esclarecido, que
pode ser dividido em cinco etapas: 1) invasão e infiltração de tecidos subjacentes
por células tumorais, dada a permeação de pequenos vasos linfáticos e
sanguíneos; 2) liberação na circulação de células neoplásicas, tanto isoladas
como na forma de pequenos êmbolos; 3) sobrevivência dessas células na
circulação; 4) sua retenção nos leitos capilares de órgãos distantes; 5) seu
extravasamento dos vasos linfáticos ou sanguíneos, seguido do crescimento das
células tumorais disseminadas.
Ao longo de todo esse processo, fatores mecânicos e imunológicos
devem ser superados para que as células neoplásicas consigam implantar-se
em um novo órgão e terem crescimento autônomo em relação ao tumor primário.
As vias pelas quais o tumor dissemina são: transcavitária, linfática e
sanguínea.
• Disseminação transcavitária: As metástases transcavitárias (ou
transcelômicas) ocorrem quando células de um tumor maligno penetram alguma
cavidade corporal e aí crescem e disseminam-se. Na prática, as cavidades mais
afetadas são a peritoneal e a pleural, porém a pericárdica, subaracnoidea e
articular podem também ser atingidas.
• Disseminação linfática: As metástases linfáticas são geralmente o
padrão inicial de disseminação das neoplasias de origem epitelial, podendo ser
utilizada por outros tipos de tumor. Elas seguem a drenagem linfática normal da
área do tumor primário, ocupando os linfonodos mais próximos e que recebem
maior número de vasos linfáticos aferentes. Exemplo disto é a disseminação
linfática do câncer de pulmão, que invade inicialmente os linfonodos mediastinais
e, em sequência, os supraclaviculares e cervicais. O mesmo se verifica com o
câncer de mama, que invade inicialmente os linfonodos axilares homolaterais,
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leguminosas.
Os 10.000 anos que se seguiram, quando ocorreu o desenvolvimento da
agricultura e o da domesticação de animais, correspondem a 1% do tempo
evolutivo do gênero Homo. Isso resultou em tempo insuficiente para que a
evolução natural tivesse redesenhado o cerne metabólico e fisiológico de forma
significativa para responder às mudanças de dieta introduzidas pela revolução
agrícola e industrial.
Os CBAs presentes nos alimentos podem agir de diferentes formas,
tanto no que se refere aos alvos fisiológicos como aos seus mecanismos de
ação. A ação antioxidante, comum nesses compostos, por exemplo, deve-se ao
potencial de óxido-redução de determinadas moléculas, à capacidade dessas
moléculas em competir por sítios ativos e receptores nas diversas estruturas
celulares ou, ainda, à modulação da expressão de genes que codificam
proteínasenvolvidas em mecanismos intracelulares de defesa contra processos
oxidativos degenerativos de estruturas celulares (DNA, membranas).
Embora seja reconhecido que CBAs presentes na dieta atuem na
manutenção da saúde, faz-se necessário reconhecer que o efeito protetor às
DCNT parece não se reproduzir pela sua ingestão isolada, na forma de
suplementos.
Estudos clínicos, em que a dieta foi suplementada com β-caroteno,
vitamina C ou vitamina E, mostraram que essas substâncias, isoladas da matriz
alimento, não foram eficazes na diminuição de risco à DCNT, indicando que
fatores como a biodisponibilidade e a ação sinérgica, entre outros, atuem nesse
processo.
Na dieta habitual, alguns gramas de CBAs por dia são ingeridos. No
entanto, as concentrações desses compostos no organismo humano são muito
baixas, na faixa de micromoles, o que está relacionado à sua limitada absorção
e biodisponibilidade. CBAs podem ativar, por exemplo, vias de sinalização
intracelulares adaptativas contra o estresse oxidativo e à exposição ao ambiente.
Os CBAs exercem benefícios à saúde, ao menos em parte, atuando
como “agentes de estresse de baixa dose” ou pró-oxidantes e preparando as
células para resistirem às condições mais severas de estresse: doses baixas
ativam vias de sinalização que resultam no aumento da expressão de genes, os
quais codificam proteínas visando à proteção celular. Provavelmente, um CBA é
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Polifenóis
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Glicosinolatos
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Carotenoides
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Isoflavonas
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Alil sulfetos
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Lignanas
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Probióticos
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curso.
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LEGISLAÇÃO
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Legislação brasileira
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Resolução n°19/99.
Essas categorias de alimentos vêm sendo introduzidas para consumo
livre pela população. Com a mudança no enfoque de análise dos alimentos, que
passou a considerar o critério de risco, a Vigilância Sanitária aprovou a Portaria
n°15/99, que constituiu a Comissão de Assessoramento Tecnocientífico em
Alimentos Funcionais e Novos Alimentos - CTCAF, com a função de subsidiar a
Diretoria de Alimentos e Toxicologia nas decisões relacionadas a esse tema. A
denominação da CTCAF foi alterada pela Portaria 386/ 2005 para Comissão de
Assessoramento Tecnocientífico em Alimentos com Alegação de Propriedade
Funcional e, ou, de Saúde e Novos Alimentos.
Segundo a Anvisa, “alimentos e, ou, novos ingredientes” são os
alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no País, ou alimentos com
substâncias já consumidas, e que, entretanto venham a ser adicionadas ou
utilizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos
utilizados na dieta regular.
Os alimentos que vierem a serem consumidos nas formas de cápsulas,
comprimidos ou outras formas farmacêuticas, e que não apresentem alegação
de propriedade funcional ou de saúde cientificamente comprovada devem trazer
no rótulo a afirmação “O Ministério da Saúde adverte: Não existem evidências
científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças”.
Outras regulamentações como as Resoluções n° 22 e nº 23, Resolução
RDC nº 2, informes Técnicos nº 9 e n°19 foram aprovadas, além das
regulamentações horizontais, como a Resolução n°278 que se aplicam para
todos os tipos de alimentos.
A RDC n° 2/2002 se aplica as diretrizes a serem adotadas para a
avaliação de segurança, registro e comercialização de substâncias bioativas e
probióticos isolados com alegação de propriedades funcional e, ou, de saúde
apresentadas como formas farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, tabletes, pós,
granulados, pastilhas, suspensões e soluções). Os produtos são classificados
em: carotenoides, fitoesteróis, flavonoides, fosfolípideos, organossulfurados,
polifenóis e probióticos.
Uma vez aprovadas, as alegações propostas pelo fabricante são de uso
obrigatório.
O registro na Anvisa é obrigatório tanto para as substâncias bioativas e
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(http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_lista_alega.htm)
FIBRAS ALIMENTARES
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu
consumo deve
estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis.”
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto
para consumo forneça no mínimo 3g de fibras se o alimento for sólido
ou 1,5g de fibras se o alimento for líquido.
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SAÚDE CARDIOVASCULAR
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Fitoesteróis
Fitoesteróis e estanóis são constituintes naturais de plantas
estruturalmente relacionados ao colesterol. Ambos reduzem a absorção de
colesterol no intestino, diminuindo assim a concentração plasmática de LDL.
Fitoesteróis e estanóis são abundantes em óleos vegetais e no azeite de
oliva, assim como em castanhas e frutas. Além disso, avanços na tecnologia de
alimentos permitiram o enriquecimento de produtos como margarina, iogurte e
leite com fitoesteróis/estanóis.
Uma metanálise de 41 ensaios clínicos mostrou que a ingestão diária de
2g/dia de fitoesteróis/estanóis reduz a concentração de LDL-colesterol em 10-
11%. A concentração de HDL e VLDL é pouco influenciada pela ingestão de
fitoesteróis/estanóis.
Os efeitos de fitoesteróis/estanóis na concentração de LDL ocorrem em
adição às modificações na dieta e ao uso de medicamentos antilipemiantes.
Assim, a redução na ingestão de gordura saturada e colesterol e o aumento na
ingestão de fitoesteróis/estanóis reduz o LDL em 20%, e o acréscimo de
fitoesteróis/estanóis na dieta de pacientes que utilizam estatina se mostrou mais
eficaz do que dobrar a dose do medicamento.
Todavia, ainda não é claro se os fitoesteróis possuem efeito positivo na
progressão da aterosclerose e no desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Resultados do estudo PROCAM apontaram que pacientes
com IAM ou morte súbita cardíaca apresentavam na verdade concentrações
elevadas de fitoesteróis. Níveis acima do normal de fitoesteróis também foram
relacionados com aumento de três vezes no risco de eventos coronarianos em
homens com elevado risco cardiovascular.
Dados semelhantes foram obtidos no estudo MONICA/KORA, com o
fitoesterol campesterol. Neste trabalho, a concentração de campesterol
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Polifenóis
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funcionais e nutracêuticos
Composto Exemplo Fontes Efeito protetor
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antioxidante, ↓atero-ELAMs,
↓MMPs, ↓aterosclerose in vivo.
AGMI ω-3 EPA, DHA, ALA Peixe, óleo de peixe, ↓Col-T, ↓arritmias, ↓pressão,
óleo de linhaça ↓agregação plaquetária, ↓síntese
eicosanoides, ↓angiogênese,
↓atero-ELAMs, ↓MMPs.
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CÂNCER
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SAÚDE REPRODUTIVA
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Individualidade bioquímica;
Tratamento centrado no paciente e não na doença;
Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes;
Relações entre fatores fisiológicos;
Saúde como vitalidade positiva.
ANAMNESE NUTRICIONAL
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Ingestão
Deve-se fazer um levantamento minucioso da quantidade e qualidade
dos alimentos ingeridos, fracionamento das refeições, frequência de consumo,
monotonias alimentares, combinações, preferências, aversões, alergias
alimentares, ingestão hídrica. Essa análise permitirá a avaliação do excesso
alimentar, por exemplo, de gorduras, açúcar, sódio, álcool, cafeína, aditivos
alimentares, bem como de possíveis carências nutricionais, ex: vitaminas,
minerais, fibras, e assim por diante.
Digestão
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Absorção
É necessário avaliar também os fatores que poderão interferir na
absorção dos nutrientes ingeridos, como por exemplo:
- Mastigação: A digestão dos alimentos começa na boca, e
só haverá absorção adequada com mastigação adequada. A boa mastigação
estimula a continuidade da digestão no estômago, pois os alimentos chegam
mais fracionados e facilitam a ação das enzimas gástricas, por aumentar a
superfície de contato destas com os alimentos;
- A ingestão de líquidos com a refeição e na primeira hora
após a mesma, além de “empurrar” o alimento, causa uma diluição do meio ácido
gástrico, o qual é necessário para a ação das enzimas digestivas, absorção dos
nutrientes e destruição de bactérias nocivas ao nosso organismo;
- Comer rápido, estressado ou nervoso, por exemplo,
aumenta a liberação de adrenalina que prepara o organismo para “luta ou
fuga”, desviando o sangue para as extremidades do corpo e inibindo a digestão
e consequentemente a absorção dos nutrientes;
- A manutenção da integridade da parede intestinal é
fundamental para a seleção natural dos nutrientes que serão absorvidos, e
para a inibição da absorção de macromoléculas estranhas ao organismo. Essa
integridade da mucosa intestinal é necessária, também para a produção de
várias substâncias pelos enterócitos, como enzimas digestivas, hormônios e vários
neurotransmissores.
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Transporte e utilização
A carência proteica pode prejudicar o transporte de nutrientes, por
reduzir a síntese de albumina e outras proteínas transportadoras. Quanto à
utilização, merece ser citado o caso do cálcio. É muito comum pensarmos em
carência de cálcio quando se trata de osteoporose. Porém, muitas vezes, o que
realmente ocorre é uma falta de utilização do mesmo, gerada pela carência dos
nutrientes que agem em conjunto com o cálcio e são necessários para a fixação
do mesmo no osso.
Apesar de haver uma quantidade suficiente de cálcio, e às vezes até em
excesso, o mineral não consegue ser utilizado pelo osso e ainda pode ser
acumulado em tecidos moles ou até mesmo formar cálculos. Portanto, por meio
da avaliação de hábitos alimentares e de todos os fatores já comentados tem-se
uma maior probabilidade de tratar as causas do problema e, no caso do exemplo
acima, evitar que pacientes sejam tratados apenas com suplementação de cálcio
e vitamina D.
Excreção
Os produtos resultantes do metabolismo, que não serão utilizados pelo
organismo e/ou qualquer substância que possa causar danos orgânicos
(xenobióticos), sejam elas originadas externamente ou internamente, precisam
ser excretados. Além da avaliação de uma excreção adequada via urinária, fecal,
trato respiratório e pele, também é determinante a integridade dos órgãos de
detoxificação, principalmente, do fígado e do intestino.
A detoxificação é o processo biológico pelo qual o organismo transforma
xenobióticos, originários de fontes externas ou internas, em substâncias que
possam ser excretadas. Embora a detoxificação possa ser feita em todos os
tecidos e órgãos, o principal deles é o fígado, seguido pelo intestino.
Existem vários nutrientes que dão suporte à detoxificação, como
vitaminas do complexo B, ácido fólico, glutationa, aminoácidos de cadeia
ramificada, flavonoides, molibdênio. Quanto mais substâncias estranhas ao
organismo forem absorvidas, e quanto menos houver suporte nutricional
adequado, maiores as possibilidades de intoxicação orgânica e consequentes
desequilíbrios funcionais.
A anamnese deve prosseguir com a avaliação de sinais e sintomas
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Hemograma
- Eritrócitos: Os eritrócitos, ou hemácias, são os mais
numerosos elementos figurados do sangue. No hemograma, avalia-se o número
e o aspecto dos eritrócitos, que, em estados patológicos, podem apresentar
alterações de tamanho, forma e coloração. Na anemia ferropriva ocorre
microcitose (redução anormal do tamanho celular) e hipocromia (diminuição da
coloração das hemácias por redução da hemoglobina). Outras condições
patológicas podem resultar em macrocitose (anemia megaloblástica,
alcoolismo, hepatopatia e hipotireoidismo). Os valores de referência para
eritrócitos variam de acordo com a faixa etária, sendo que para adultos > de 16
anos ficam em torno de 4,3 a 5,7 milhões/mm3 para homens e de 3,9 a 5,0
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diminuída por redução da síntese (doença renal, hemorragias) e/ou por perdas
(hemólise, queimaduras). Para adultos > 16 anos, os valores de referência do
hematócrito são 39 a 50 mL de eritrócitos/dL para homens e 35 a 45 mL de
eritrócitos/dL para mulheres.
- Volume corpuscular médio: Representa o tamanho
individual das hemácias e é o melhor índice para classificar as anemias.
- Hemoglobina corpuscular média: Representa a média da
hemoglobina por eritrócito, que pode estar reduzida na microcitose e
aumentada na macrocitose.
- Concentração da hemoglobina corpuscular média:
Representa a concentração de hemoglobina presente em 100mL de hemácias,
permitindo a avaliação do grau de saturação de hemoglobina no eritrócito. A
saturação de hemoglobina normal indica a presença de hemácias ditas
normocrômicas. Quando diminuída, têm-se hemácias hipocrômicas, e, quando
aumentada, hipercrômicas.
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450.000/ mm3.
Proteína total
O plasma contém muitos tipos de proteínas com diferentes funções. O
teste bioquímico denominado proteínas totais é a soma de todas essas proteínas
presentes, sendo a albumina a principal fração. O valor diminuído
(hipoproteinemia) pode ser decorrente da diminuição da síntese de proteína por
desnutrição ou hepatopatia, por perda de proteína em razão da síndrome
nefrótica e estados catabólicos ou ainda por hipoalbuminemia. Valor de
referência no soro: de 6,4 a 8,3 g/dL.
Albumina
A albumina é uma proteína sintetizada e secretada pelo fígado que
corresponde à principal fração das proteínas totais no plasma. A albumina
desempenha várias funções, como transporte de substâncias endógenas
(aminoácidos, ácidos graxos, bilirrubina e outros metabólitos) e exógenas
(drogas e produtos tóxicos). A albumina possui meia-vida de cerca de 20 dias, e
sua concentração plasmática diminui lentamente. Isso a torna insensível para a
avaliação de distúrbios agudos e pode refletir tardiamente uma baixa ingestão
proteica. Quando a albumina está em níveis muito baixos, pode ocorrer edema,
pois a albumina também tem como função a manutenção da pressão oncótica
do plasma.
A redução dos níveis séricos de albumina resulta dos seguintes fatores:
diminuição de sua síntese (ex: por doença hepática); diminuição da ingestão de
proteínas da dieta; catabolismo das proteínas corporais, induzido por doença ou
estresse; excreção anormal de proteína na urina, como na síndrome nefrótica.
Valores de referência no soro em adultos:
Pré-albumina
A pré-albumina tem meia-vida de cerca de dois dias e reserva corporal
pequena, sendo um marcador precoce do deficit nutricional, o que é bastante útil
para monitorar a resposta de pacientes com doenças agudas graves. Entretanto,
como sua principal via de excreção é o rim, a falência renal pode indicar níveis
falsamente elevados, mascarando os resultados. Também pode estar alterada
em casos de inflamação e infecção. Valores de referência no soro:
Normal: de 19 a 38 mg/dL; Deficiência leve: de 10 a 15 mg/dL;
Deficiência moderada: de 5 a 10 mg/dL; Deficiência grave: 0 a 5 mg/dL.
Transferrina
Trata-se de um exame caro e que não é feito rotineiramente, portanto é
mais utilizada sua determinação indireta por meio da fórmula que considera a
capacidade total de ligação do ferro (CLTF):
Transferrina = (0,9 x CLTF) – 43
A interpretação dos resultados é a seguinte:
150 a 200mg% = depleção leve;
100 a 150mg% = depleção moderada;
< 100mg% = depleção grave.
após uma carga oral de glicose. É feita uma coleta de sangue após jejum
de 8 a 12 horas e então se administra 75 gramas de glicose em 300 mL
de água. A seguir, determina-se o valor da glicose no sangue a cada 30
minutos. Utiliza-se o tempo de até 2 horas para detecção do diabetes,
sendo considerado o diagnóstico quando a glicemia após 2 horas é ≥
200 mg/dL.
- Insulina: A dosagem de insulina é feita após jejum de 8 a 10 horas. É
importante no diagnóstico de insulinoma, que é um tumor de células beta
das ilhotas de Langerhans que produz hipoglicemia. A dosagem de
insulina não é utilizada para o estabelecimento de diagnóstico de
diabetes. Valor de referência: de 2,5 a 25 µUI/mL.
mulher]
Creatinina sérica em mg/dL x 72
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nascido, etc.). A elevação da forma direta, por sua vez, ocorre nas
anormalidades hepáticas não obstrutivas ou obstrutivas. A determinação da
bilirrubina total não é conclusiva da causa da alteração, sendo importante a
diferenciação dos valores da bilirrubina total, direta e indireta. Valores de
referência em adultos: Bilirrubina total – de 0,3 a 1 mg/dL; Bilirrubina direta – de
0 a 0,2 mg/dL.
ELABORAÇÃO DE CARDÁPIO
Caso Clínico:
Paciente L.J.S., 38 anos, sexo masculino, advogado, sedentário. Nega
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doenças atuais, mas refere vontade de melhorar seus hábitos alimentares, pois
está preocupado com a saúde e deseja perder peso. O pai teve um infarto aos
54 anos e a mãe apresenta diabetes tipo 2 e hipertensão.
Dados antropométricos e bioquímicos:
Peso = 96 kg;
Altura = 1,78 m;
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REFEIÇÃO ALIMENTOS
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