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Diagnóstico Nutricional
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Diagnóstico Nutricional
Fonte: Fotolia
• Diagnóstico Nutricional;
• Desequilíbrios Nutricionais;
• Tipos de Desequilíbrios Nutricionais;
• Desequilíbrios de Vitaminas.
Objetivo
• Discutir os aspectos do diagnóstico nutricional, o qual é construído através do conheci-
mento dos diferentes problemas que acometem indivíduos ou populações referentes à
alimentação-nutrição e ao desenvolvimento de patologias, principalmente, por carência
em micronutrientes.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para
o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no
material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades
solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo,
você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos
ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns
de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo,
além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico
espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
Contextualização
Ao abordarmos os temas desta Unidade, devemos levar em consideração que toda
a literatura produzida se baseia na vivência clínica nas unidades de maior comple-
xidade. O grande desafio para a profissão acaba sendo a formação adequada do
profissional, com habilidades técnicas e competências voltadas ao conhecimento do
diagnóstico de alterações apresentadas pelo indivíduo em casos de carências nutricio-
nais ou os seus excessos. Quando se tem conhecimentos de tais alterações, a conduta
nutricional pode ser tomada rapidamente e com qualidade.
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Diagnóstico Nutricional
O conceito de diagnóstico nutricional deve ser definido. Assim, diagnóstico
nutricional é o resultado da análise da metodologia escolhida para avaliar o estado
nutricional do paciente. Para se fechar um diagnóstico, deve-se analisar os parâ-
metros que envolvem os status nutricionais em diferentes idades e/ou patologias
apresentadas. Por exemplo, é diferente o diagnóstico nutricional de um adulto sem
comorbidades de um adulto com câncer.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Avaliação do Medidas
Histórico
Estado Nutricional Corporais
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UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
Faz-se necessário entender “se há”, “qual é” e “como se comporta” uma alteração
que pode levar a um quadro patológico relacionado ao âmbito alimento-nutriente.
Por isso, a anamnese e avaliação nutricional são importantes.
Desequilíbrios Nutricionais
A alimentação deve ser a principal fonte de nutrientes
para o indivíduo e o equilíbrio entre o que se consome
com o gasto metabólico de cada um é o que garantirá um
ótimo estado nutricional.
É fato que quando se pensa em calorias, se houver maior consumo que o necessário
ocorrerá ganho de peso, sendo que o contrário também é verdadeiro: se se tiver menor
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consumo que o necessário haverá perda de peso, assim como o equilíbrio mantém a
homeostasia. Todavia, quando se menciona micronutrientes, as carências e os excessos
podem desencadear patologias.
Outro ponto importante é que cada fase da vida tem uma necessidade específica
de aporte nutricional e isso também deve ser estudado, sem contar as demandas que
se encontram modificadas em quadros patológicos.
Desnutrição
Desnutrição comumente é causada por um desequilíbrio entre o aporte de nu-
trientes e as necessidades do indivíduo motivado por uma dieta inadequada, ou por
fatores que comprometam a assimilação, tais como a ingestão, absorção e utilização
dos nutrientes, condição decorrente de alguma patologia ou por demandas nutricio-
nais aumentadas (COUTINHO et al., 2008). Cabe comentar que em algumas litera-
turas utiliza-se o termo subnutrição.
Figura 4
Fonte: Getty Images
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UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
• Baixa absorção;
Secundária • Alta demanda energética;
• Pouca assimilação (em patologias, por exemplo).
Figura 5
Figura 6 – Característica de
marasmo com edema ou
sinais de Kwashiorkor
Fonte: Getty Images
Fonte: Adaptada de Pessoa (2014)
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Cabe comentar que exames laboratoriais sozinhos não fecham um diagnóstico de
desnutrição, pois o que é dosado corresponde às proteínas plasmáticas como a albu-
mina, por exemplo, ou outras proteínas transportadoras que, se estiverem em baixa,
refletirão tal desequilíbrio nutricional – como a pré-albumina, proteína ligadora do
retinol e a transferrina, cujos valores de referência estão na Tabela 2:
Tabela 2
Dosagens plasmáticas Pré-albumina (meia-vida de 2 dias) – 16-30 mg/dL
Proteínas Proteína ligadora do retinol ( meia-vida de 12 horas) – 30-60 mg/dL
Transferrina (meia-vida de 8 dias) – normal maior que 200 mg/dL
Contudo, outros exames podem ser solicitados para ajudar a esclarecer o déficit
nutricional se este for relacionado a alergias alimentares, diarreias crônicas, infecções,
entre outros sintomas. Barbieri (2007) relata que os fatores citados devem ser observa-
dos em indivíduos doentes internados, pois muitas vezes estes não são adequadamente
atendidos nas suas demandas nutricionais e desenvolvem desnutrição ou agravamento
de seu deficiente estado nutricional pregresso.
Para entender um pouco mais sobre a gravidade entre patologias crônicas e desnutrição
leia o artigo intitulado Desnutrição energético-proteica na insuficiência renal crônica,
disponível em: https://bit.ly/350ReJo
Obesidade
Obesidade também pode ser encarada como um desequilíbrio nutricional, ou nutri-
ção excessiva; porém, tornou-se um problema de saúde pública. O fato de ser consi-
derada um acúmulo de tecido adiposo não quer dizer que seja apenas essa a alteração
neste caso. Na verdade, a obesidade é um agravo multifatorial que leva ao aumento
do tecido adiposo associado a várias complicações metabólicas, ligado a um processo
inflamatório crônico de baixo grau (PORTO et al., 2019; ALVARENGA et al., 2019).
O que
você
prefere?
Figura 7
Fonte: Getty Images
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UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
Infertilidade Câncer
Osteoartrites Hiperuricemia
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Desequilíbrios de Vitaminas
As vitaminas (vitais) correspondem a compostos orgânicos requeridos pelo corpo
em quantidades mínimas para realizar funções celulares específicas. São indispensá-
veis, consideradas nutrientes essenciais não calóricos e não podem ser sintetizadas
por seres humanos; portanto, devem ser adquiridas exogenamente, principalmente
por meio da dieta.
Figura 9
Fonte: Getty Images
Esses compostos vitais são fundamentais para que algumas reações químicas ocor-
ram, pois atuam como catalizadores, provocando a liberação de energia. Ao agir
como coenzimas, facilitam a transformação dos substratos através das diferentes rea-
ções bioquímicas das vias metabólicas (GALANTE; ARAUJO, 2018).
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Diagnóstico Nutricional
Figura 11
Fonte: Getty Images
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Tiamina é absorvida no jejuno, onde se encontram as enzimas chamadas de
fosfatases intestinais; deve-se ter cuidado quando o paciente apresenta inflama-
ções intestinais, pois podem inibir a ação dessa enzima e, com isso, diminuir a
absorção dessa vitamina (PASCHOAL; MARQUES; SANT’ANNA, 2012). Há, nos
alimentos, fatores antitiamina: são as tiaminases encontradas em peixes ou crustá-
ceos crus, ou ainda fatores como taninos em chás, podendo reduzir a sua absorção.
Tabela 5
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Carnes e laticínios; fígado; • Coenzima transportadora de elétrons (FAD) nos processos metabólicos;
ovo; germe de trigo; cereais; • Importante para a ativação da glutationa;
Riboflavina (B2)
farinha de soja; cogumelos; • Ativa a B6 e auxilia na sua absorção;
vegetais verdes. • Auxilia na manutenção das mucosas;
• Necessária para a formação do 5-metil-tetrahidrofolato (forma
ativa da B9).
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Diagnóstico Nutricional
Tabela 6
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Carnes; fígado; frango; lati- • Coenzima transportadora de elétrons nos processos metabólicos
cínios; ovo; cereais integrais; (NAD e NADP);
farelo de trigo; amendoim; • Integridade do DNA;
Niacina (B3) semente torrada de girassol; • Necessária para o sistema nervoso central, principalmente em regiões
bacalhau; cogumelos; batata- onde se tem Gaba, neurotransmissor inibitório;
-doce; pêssego; goiaba; atum. • Atividade hipocolesterolêmica. Na forma de ácido nicotínico pode ser
usada como agente hipolipidêmico.
Sua deficiência pode ser causada por mecanismos primários, tal como a deficiên-
cia alimentar. Contudo, os mecanismos secundários que desencadeiam a sua defici-
ência são importantes, a saber: enfermidades, etilismo crônico (por baixo consumo
e alta eliminação), uso de medicamento como a isoniazida e uma doença genética
chamada de hartnup (defeito na absorção de triptofano, o que implica em deficiência
de niacina) (PESSOA, 2014).
Tabela 7
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Ácido pantotênico (B5) Fígado; ovo; verduras; farelo • É um componente da coenzima A (CoA), que funciona na transferência
de arroz; semente torrada de de grupos acila;
girassol – é bem distribuído • Conhecido por seu efeito antiestresse (funcionamento adequado
nos alimentos. da adrenal);
• Importante para a síntese do grupo heme da hemoglobina.
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Se houver deficiência, esta é manifestada por dor abdominal, cansaço, irritabilidade,
alteração na produção de cortisol e na diminuição de resposta imune (COZZOLINO, 2016).
Tabela 8
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Farelo de arroz e de trigo; • Vitamina B6 é um termo coletivo para piridoxina, piridoxal e
gema de ovo; carnes; fígado; piridoxamina – estes três compostos podem servir como precursores
peixes; laticínios; grãos inte- da coenzima biologicamente ativa, piridoxal fosfato. Esta coenzima
grais; milho; banana; alho; atua nas reações que catalisam aminoácidos;
Piridoxina (B6)
melado de cana; frutas secas. • Importante na formação de cisteína e, com isso, na redução da homocisteína;
• Coenzima na síntese de neurotransmissores, serotonina e Gaba;
• Cognição;
• Importante na proliferação de linfócitos.
Tabela 9
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Fígado; leite; gema de ovo • É uma coenzima nas reações de carboxilação, nas quais serve como
– sendo bem distribuída transportadora de dióxido de carbono ativado;
Biotina (H) nos alimentos. • Atua como coenzima em processos metabólicos que envolvem
lipídeos, proteínas e carboidratos;
• Estimula o crescimento.
A carência é rara, mas pode ocorrer pela adição de clara de ovo crua à dieta
como fonte de proteína, no ovo há avidina, que impede a absorção de biotina. Pode
ocorrer em indivíduos com inflamação intestinal sem tratamento.
As manifestações clínicas se dão por dermatite esfoliativa nas regiões dos olhos,
nariz e boca. O quadro é caracterizado pela ausência de glândulas sebáceas e alopecia
por atrofia dos folículos pilosos, conjuntivite e ataxia (GALANTE; ARAUJO, 2018).
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UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
Tabela 10
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Feijão; trigo integral; lenti- • O ácido fólico (ou folato) é importante no metabolismo dos compostos
lha; espinafre; aspargos; de um carbono, sendo essencial para a biossíntese de purinas e da
beterraba; melão; banana; pirimidina timina (DNA);
Ácido fólico (B9) abacate; carne; vísceras – • As coenzimas do ácido fólico são responsáveis pela síntese de alguns
fígado e rins. aminoácidos, tais como a glicina e serina, assim como na formação
da hemoglobina;
• Faz parte do ciclo da homocisteína.
Tabela 11
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
Não aparece em vegetais, • É necessária em seres humanos para duas reações enzimáticas
mas em carnes – frango, essenciais: a síntese de metionina e isomerização do metilmalonil
porco, fígado e carne bovina CoA, que se origina dos ácidos graxos com número ímpar de carbonos.
Vitamina B12 – –, peixes – como a sardinha Pode ser utilizada sob a forma de hidroxocolabamina;
cobalamina e o atum – e laticínios. • É o antianêmico mais eficiente, por atuar na formação e maturação
das hemácias;
• Participa do metabolismo do Sistema Nervoso Central (SNC),
corrigindo distúrbios neurológicos.
Os idosos são mais susceptíveis a apresentar deficiência de B12, por atrofia das
células gástricas produtoras de ácido clorídrico, observando os casos de hipocloridria.
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Além das anemias, outras manifestações clínicas são: perda da memória, de-
pressão, alucinações, cefaleia, apatia, hipocloridria, anorexia, hipotensão postural e
inflamações como bursite e tendinites.
Tabela 12
Vitaminas
Fontes Função
hidrossolúveis
• Frutas: caju; goiaba; uva; • Atua na síntese do colágeno; na respiração celular; no metabolismo
laranja; limão; tangerina; de aminoácidos; na ativação de enzimas; na absorção do ferro; na
manga; abacaxi; acerola; defesa do organismo contra microrganismos; na síntese de
morango; cambuci; hormônios corticosteroides;
Vitamina C
açaí; tomate. • Atua na conversão do ácido fólico em folínico; no metabolismo da
• Verduras e hortaliças: vitamina B12; no mecanismo de produção das hemoglobinas (Hb) e
brócolis; agrião; acelga; maturação dos glóbulos vermelhos (hemácias);
pimentão; espinafre; couve. • Antioxidante, eliminando radicais livres.
A vitamina C tem melhor absorção se usada em doses baixas, pois quanto maior a
dose, menor a absorção – por exemplo, se for administrado 1 g de vitamina C após
2 horas haverá a absorção de apenas 180 mg. Importante saber que o intestino pode
absorver até 3 g ao dia, porém, 2 g desse total são utilizados pelo próprio intestino
(CARREIRO, 2015).
Tabela 13
Vitaminas
Fontes Função
lipossolúveis
Vitamina A – retinol, A vitamina A1 (retinol) pré-formada é encontrada somente em animais. • Crescimento e desenvolvimento
retinal, ácido retinoi- As fontes mais importantes são peixes e fígado; leite e derivados; ovos. da criança;
co, betacaroteno A forma de pró-vitamina é encontrada nos vegetais: frutas, legumes • Renovação e manutenção da
e verduras de cor verde ou amarela: manga; mamão, pêssego; caqui, integridade do tecido epitelial;
cenoura; tomate; alface; agrião; espinafre; azeite de dendê e de buriti. • Formação de ossos e dentes;
A vitamina A2 (deidrorretinol) ocorre exclusivamente em peixes de • Essencial para o mecanismo
água doce e nas aves que desses se alimentam. da visão;
Betacaroteno: os alimentos vegetais contêm betacaroteno, o qual pode ser • Facilitador da resposta
clivado oxidativamente no intestino, originando duas moléculas de retinal. imunológica.
Nos seres humanos, a conversão é ineficiente, sendo que a ativida-
de de vitamina A do betacaroteno é somente um sexto do retinol.
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Diagnóstico Nutricional
Tabela 14
Vitaminas
Fontes Função
lipossolúveis
Vitamina D – ergo- Molécula ativa, 1,25-diidroxicolecalciferol (1,25-diOH D3). • Facilita a absorção de cálcio
calciferol (D2) e cole- Fontes de origem animal: ovo; leite; fígado de vitela; vaca; porco. Óleos e fósforo;
calciferol (D3) de fígado de bacalhau; atum; cação. • Correta mineralização da
Pró-vitaminas: reino vegetal. matriz óssea durante o
O ergocalciferol resulta da exposição do ergosterol (pró-vitamina crescimento;
D2) à irradiação Ultravioleta (UV); o colecalciferol resulta da expo- • Estimula o sistema imune;
sição do 7-deidrocolesterol (pró-vitamina D3) da pele humana à • Ação prevenindo
irradiação UV dos raios solares. diabetes mellitus.
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tação; hipercalcemia: depósitos de sais de cálcio podem ocorrer no coração, grandes
vasos, túbulos renais e outros tecidos moles; calcificação do tecido renal: afeta a
filtração glomerular, provocando azotemia (excesso de compostos nitrogenados);
retardamento físico e mental, deficiência renal e morte em crianças (GALANTE;
ARAUJO, 2018).
Tabela 15
Vitaminas
Fontes Função
lipossolúveis
Vitamina E (α−, β−, Plantas verdes e nos óleos • Inibe a oxidação da vitamina A, dos carotenoides (pró-vitamina
γ− e δ−tocoferol) de várias sementes, tais A) e dos ácidos graxos poli-insaturados (ácido linoleico,
As vitaminas E consis- como cereais, soja, algodão linolênico e aracdônico), protegendo-os contra a peroxidação;
tem em oito tocoferóis e amendoim. • A peroxidação (auto-oxidação) dá origem a radicais livres tóxicos
de ocorrência natural, O óleo de trigo é a fonte e a pigmentos de cor castanha;
dos quais o alfa-tocofe- mais rica. • A vitamina E influencia a síntese do Heme e das porfirinas e,
rol é o mais ativo. indiretamente, de várias hemoproteínas;
• Em crianças com anemia macrocítica, associada à vitamina B12 e ao
ácido fólico, é importante, pois participa da síntese das hemácias.
Tabela 16
Vitaminas
Fontes Função
lipossolúveis
Vitaminas K naturais: Alface, couve-flor, espinafre, • É essencial à biossíntese de protrombina, indispensável à
• K1 = filoquinona; gema de ovo e fígado. coagulação do sangue;
• K2 = farnoquinona; Existe também uma síntese • Síntese do GLA responsável por fixar o cálcio no tecido ósseo.
• K3 = menadiona. significativa da vitamina
pelas bactérias intestinais.
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Diagnóstico Nutricional
Desequilíbrios Minerais
Os minerais constituem cerca de 4% do peso corporal total, tendo funções nume-
rosas e variadas. Fornecem o meio essencial para a ocorrência da atividade celular
normal, determinam as propriedades osmóticas dos fluidos corporais, atribuem fir-
meza aos ossos e dentes e funcionam como cofatores obrigatórios em metaloenzi-
mas (enzimas que precisam de um metal para a sua ação) – neste caso são chamados
de cofatores (GROOPER; SMITH; GROFF, 2011).
Tabela 17
Mineral Fontes Função Carência Excesso
Carnes, gergelim, ostra, aveia, Formação da hemoglobina, Anemia ferropriva, diarreia, Toxicidade rara: hemocro-
Ferro castanha-de-caju, agrião, síntese de hormônios, res- inflamação intestinal, tontura, matose, risco cardiovas-
espinafre, feijão, tofu. posta imune, sistema detox. dor de cabeça, baixa concen- cular (aumento da oxida-
(Fe) tração e confusão mental. ção do LDL), aumento de
radicais livres.
Clorofila (folhosos verdes Cofator do metabolismo, Alterações do humor, ansie- Apenas por suplementa-
Magnésio escuros), sementes (abó- síntese óssea, da síntese dade, nervosismo, depressão, ção: diarreia, cálculo renal,
(Mg) bora e girassol), legumes, de serotonina, produção de insônia, resistência à insulina, sobrecarga renal.
frutas, cereais, oleaginosas. ácido clorídrico. baixa atividade neuronal.
Ostra, levedura, semente Antioxidante, cofator de Pele amarelada, acne, eczema Altas doses induzem à
de abóbora, carne ver- 200 enzimas, necessário e psoríase, unhas fracas, cabe- deficiência de cobre, alte-
Zinco melha, castanha-de-caju, para a ação da vitamina A, los secos, gripe, sensação pre- rando o metabolismo do
(Zn) amendoim, caranguejo, maturação e formação de judicada de olfato e paladar, ferro. Diarreia, sonolência,
amêndoa e nozes. espermatozoides e óvulos, fotofobia e hipogonadismo. vômito, ataxia, letargia e
paladar e visão. dor estomacal.
Castanha-de-caju, casta- Cofator importante para en- Descoloração do cabelo e É raro, porém, pode ter
nha-do-Brasil, farinha de zimas antioxidantes como a da pele, fadiga, hipotermia, como manifestações: diar-
Cobre (Cu) soja, amendoim, chocola- SOD, responsável pelo me- alteração de colágeno, dimi- reia, salivação, dor de ca-
te, cevada, aveia, lentilha, tabolismo do ferro e pela nuição da resposta imune e beça, dano hepático, renal
cogumelo e ervilha. síntese de melatonina. anemia hipocrômica. e morte.
Semente de girassol, farelo Antioxidante, síntese de glu- Desordens sistêmicas e Uso em excesso e por
de trigo, ostra, camarão, tationa, resposta imune, de- esqueléticas, infecções, fa- longo tempo pode causar
Selênio salmão, castanha-do-Brasil, toxificação hepática e sínte- diga, fraqueza, estresse oxi- a selenose (unhas e ca-
farinha de trigo e frango. se de hormônios da tireoide. dativo e manchas brancas belos frágeis), distúrbios
(Se) nas unhas. gastrointestinais, mau-
-hálito, fadiga, alterações
de comportamento.
Peixes e frutos do mar, ovo, Síntese de hormônios de ti- Hipotireoidismo, debilidade
Iodo queijo, leite, sal de cozinha reoide, resposta imune, for- imune, má-formação fetal,
e vísceras. mação da bainha de mieli- alteração das funções moto-
(I) na e cofator de enzimas do ras e cognitivas.
sistema nervoso central.
Fonte: Adaptada de PASCHOAL, MARQUES e SANT’ANNA (2012), CARREIRO (2015), GALANTE e ARAUJO (2018), COZZOLINO (2016)
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Como está o seu Cocô? Murilo Pereira explica os tipos de cocô
https://youtu.be/WFXJkS6CZqA
Pediatria: Hipovitaminoses - Vitamina B1
https://youtu.be/5dbVwoT_XLk
Leitura
Diagnóstico nutricional na atenção à saúde
https://bit.ly/3bxYvm8
Prevalência do excesso de peso e fatores de risco para obesidade em adultos
https://bit.ly/3av7t2m
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UNIDADE
Diagnóstico Nutricional
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME
METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade: 2009/2010. São Paulo, 2009.
Disponível em: <http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/08/2009_
DIRETRIZES_BRASILEIRAS_DE_OBESIDADE.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2020.
FLINT H. J. et al. The role of the gut microbiota in nutrition and health. Nature
Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 9, n. 10, p. 577-589, 2012.
MAHAN, L. et al. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13. ed. São Paulo:
Elsevier, 2013.
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v. 29, n. 1, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/s0104-12902020190227>.
Acesso em: 4 abr. 2020.
SIZER, F.; WHITNEY, E. Nutrição, conceitos e controvérsias. 8. ed. [S.l.]: Manole, 2003.
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