Você está na página 1de 24

Nutrição do Idoso

Conteudista: Prof.ª Dra. Wysllenny Nascimento de Souza Buzzi


Revisão Textual: Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande

Objetivos da Unidade:

Compreender os aspectos relativos à alimentação saudável, à longevidade e à qualidade


de vida do idoso;

Reconhecer e aplicar as diferentes recomendações nutricionais para o idoso, visando a


uma nutrição adequada, à promoção da saúde, à prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis e a uma maior qualidade de vida.

ʪ Contextualização

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1/4

ʪ Contextualização

Imaginemos que estamos fazendo atendimento a uma família constituída de um casal de idosos. Quais
cuidados serão essenciais para um atendimento eficaz? Quais conhecimentos você, como profissional de
saúde, deve ter em relação ao funcionamento do metabolismo durante o envelhecimento? Quais
questionamento você faria a esse casal? Seria importante questionar a respeito da mastigação, do olfato e
da independência? As dificuldades digestivas e de deglutição devem ser levadas em conta?

Leitura
Leia as notícias a seguir e veja os desafios do envelhecimento:

IBGE mostra envelhecimento da população no Brasil


Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Os desafios de envelhecer no Brasil


Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
2/4

ʪ Material Teórico

Introdução
O envelhecimento humano é um processo natural, biológico, progressivo e irreversível. Em 1998, Rowe e
Kahn definiram como envelhecimento saudável aquele com baixo risco de doenças e de incapacidades
funcionais relacionadas a elas, funcionamento mental e físico excelentes e envolvimento ativo com a vida
(ROWE; KAHN, 1998).

Durante o envelhecimento, ocorre um declínio progressivo das funções metabólicas e fisiológicas, que é
decorrente das alterações causadas pelo avanço da idade. Dessa forma, acontece uma deterioração
histológica e patológica, resultando em redução da homeostase e da capacidade fisiológica de adaptação
dos organismos. Essas alterações e a deterioração podem gerar processos normais ou patológicos ao
envelhecimento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que, em países em desenvolvimento, idosos são
aqueles com idade ≥ 60 anos e, em países desenvolvidos, são aqueles com idade ≥ 65 anos (OMS, 2002).

O envelhecimento da população já é algo notório no Brasil e no mundo. Estima-se que, em 2050, o número de
pessoas com idade ≥ 60 anos vai mais que dobrar, saindo dos atuais 900 milhões para cerca de 2 bilhões
(OPAS/OMS, 2012). No Brasil, segundo o IBGE, em 2025 seremos o sexto país do mundo com mais pessoas
idosas. Isso é reflexo do desenvolvimento econômico, da transição epidemiológica e da transição
demográfica que o nosso vem passando ao longo dos anos.

O aumento da população idosa vem acompanhado por diversos desafios, especialmente para nós,
profissionais da saúde, tendo em vista que eles são um grupo mais suscetível a doenças crônicas,
neurológicas, cardiovasculares e a quedas. Desse modo, é imprescindível que o envelhecimento esteja
também associado a uma melhor qualidade de vida, que está diretamente relacionada a uma melhor
qualidade da nutrição e uma melhor alimentação, proporcionando uma longevidade sadia, com
independência e qualidade.

Características e Alterações Relacionadas ao Envelhecimento


No idoso, algumas características são típicas e notórias, estando diretamente relacionadas a esse
processo progressivo que é o envelhecimento. Você verá que essas características e alterações
influenciam direta e indiretamente nas condições de vida, na qualidade de vida e no estado nutricional do
idoso. A seguir, você poderá verificar algumas das principais:

Maior prevalência de doenças crônicas;

Aumento do risco de quedas e fraturas;

Maior utilização dos serviços de saúde (maior número de internações hospitalares e maior
tempo de ocupação do leito);

Diminuição do ritmo de trabalho e vida produtiva;

Maior rejeição do mercado trabalho;

Diminuição do poder aquisitivo;

Diminuição da independência econômica;

Diminuição da qualidade de vida;

Perda do cônjuge/ente querido;

Maior isolamento familiar e social;

Modo de vida solitário e maior índice de depressão;

Diminuição da autoestima;
Dificuldades com o deslocamento;

Menor disponibilidade de alimentos;

Maior aquisição de alimentos industrializados e de fácil preparo e manuseio;

Aumento do consumo de alimentos mais calóricos e com baixo valor nutricional.

Prezado(a) aluno(a), as alterações associadas ao envelhecimento são de diversas origens:

Alterações sensoriais: diminuição das papilas gustativas, com diminuição da identificação dos
sabores; menor sensibilidade aos sabores doces e salgados; menor percepção olfativa; menor
acuidade visual; maior sensibilidade à temperatura dos alimentos; diminuição da sensibilidade
à sede (o que ocasiona uma menor ingestão alimentar e hídrica); e diminuição do apetite;

Alterações anatômicas e na composição corporal: diminuição da função pulmonar; diminuição do


metabolismo basal; redução da água corporal total em cerca de 15 a 20%; aumento da massa
gordurosa; e diminuição da massa magra (água, tecido ósseo e muscular);

Alterações na cavidade oral: ausência total ou parcial de dentes; uso inadequado de próteses
dentárias; menor salivação; xerostomia; perda de elasticidade e atrofia do tecido bucal;
presença de cáries e má higiene oral; e redução da capacidade de mastigação em decorrência
do uso de prótese;

Alterações gástricas: diminuição do ácido clorídrico e da secreção gástrica, ocasionando uma


atrofia gástrica; diminuição do fator intrínseco, o que causa uma diminuição da absorção
vitamina B12; retardo no esvaziamento gástrico; e diminuição na absorção de cálcio e proteína;

Alterações intestinais: aumento da flora bacteriana; aumento das flatulências; dieta pobre em
fibras; diminuição do consumo e da absorção de água, gerando maior constipação; diminuição
dos movimentos peristálticos e da motilidade intestinal; e diminuição da função absortiva;

Alterações metabólicas: ocorrem modificações orgânicas funcionais nos rins, pâncreas e fígado,
gerando uma diminuição da massa celular desses órgãos; diminuição da secreção de enzimas
pancreáticas (tripsina e lipase); e diminuição na produção de colesterol e bile;
Alterações motoras e de atividade física: diminuição da atividade física, por doenças neurológicas
ou fisiológicas que reduzem a mobilidade, impactando na massa magra; e diminuição do gasto
energético total.

Avaliação Nutricional
No idoso, a avaliação nutricional também tem por objetivo o diagnóstico nutricional, por isso ela deve
envolver: avaliação antropométrica, avaliação do consumo alimentar, avaliação clínica (sinais e sintomas),
avaliação bioquímica e histórico de saúde. A seguir, veremos
que alguns métodos e parâmetros são específicos para a avaliação do idoso, enquanto outros bastante
difundidos para a avaliação do adulto não são precisos na população idosa.

Avaliação Antropométrica
Com o envelhecimento, há uma diminuição da estatura, devido ao achatamento dos discos intervertebrais,
do arco plantar dos pés e do enfraquecimento da musculatura das pernas. Também é importante considerar
que, na população idosa, é mais frequente a amputação e a imobilidade, assim como a presença de
edemas. Portanto, devemos utilizar referências específicas para essa faixa etária.

Outra peculiaridade é que, no idoso, às vezes temos que usar medidas de estimativa de peso e de altura,
devido a impossibilidade de pesá-lo e de aferi-la. Alguns exemplos dessas medidas estão descritos a
seguir:

Medidas de peso: peso estimado, peso ajustado (desnutrição ou obesidade), percentual de


perda de peso, peso ideal, peso ideal corrigido para amputação, peso atual com correção para
edema;

Medidas de altura: altura aferida, altura estimada pela altura do joelho e altura estimada pela
hemienvergadura do braço.

O IMC do idoso, pelos fatores citados anteriormente, tem classificação diferente e é específico para essa
faixa etária. No Quadro 1, veja essas diferentes classificações. É importante destacar que, no Sistema Único
de Saúde (SUS), é utilizada a classificação de Lipchitz.
Quadro 1 – Classificação do IMC para idosos, de acordo com diferentes referências

IMC (kg/m2)

Baixo Excesso de
Eutrofia/Normalidade Obesidade
Peso Peso/Sobrepeso

Lipchitz
< 22 ≥ 22 e ≤ 27 > 27 –
(1994)

OMS*
<18,5 ≥ 18,5 e ≤25 ≥ 25 e <30 –
(1998)

OPAS*
≤ 23 > 23 e <28 ≥ 28 e <30 ≥ 30
(2008)

Harris e
Haboubi ≥ 24 e <27 ≥27 ≥ 30
< 24
(2005)

*OMS: Organização Mundial de Saúde; OPAS: Organização Pan-Americana de Saúde.

Fonte: Adaptado de TAVARES et al., 2015

Veja, a seguir, outras medidas antropométricas que podem ser utilizadas nessa faixa etária:

Dobras cutâneas: a aferição das dobras é menos precisa no idoso. As mais indicadas são: Dobra
Cutânea Subescapular (DCSE) e Dobra Cutânea Tricipital (DCT). Ambas podem ser aferidas
com o idoso sentado, deitado ou em decúbito lateral (no caso dos acamados). A DCSE é um
indicador de reserva calórica e a DCT indica reserva energética (tecido adiposo);
Circunferência do Braço (CB): sua aferição reflete a estimativa de proteína somática (proteína
muscular e tecido adiposo), ou seja, é um bom indicador de reserva calórica e proteica;

Circunferência Muscular do Braço (CMB): avalia a reserva do tecido muscular, sem correção de
massa óssea, e é uma medida sensível para estimar a perda de massa muscular em idosos;

Circunferência da Panturrilha (CP): é considerada a medida mais sensível para estimativa de


massa muscular em idosos. Deverá ser considerada adequada a circunferência da panturrilha
igual ou superior a 31 cm para homens e mulheres (OMS, 1995).

Avaliação Bioquímica
Em idosos, é imprescindível que a avaliação bioquímica inclua parâmetros que podem ser indicadores do
estado nutricional:

Hemograma completo: identifica possíveis anemias nutricionais e diminuição da imunidade,


através da contagem de linfócitos;

Glicemia de jejum e perfil lipídico: essenciais para idosos com risco de doenças crônicas;

Proteínas totais e proteínas plasmáticas: a albumina sérica, a transferrina, a pré-albumina e a


proteína transportadora de retinol podem estar diminuídas em condições de desnutrição
energética-proteica, devido à redução na biossíntese hepática;

Função hepática e renal;

Deficiência de micronutrientes e outros exames específicos: quando for necessário e souber a


interpretação correta.

Avaliação do Consumo Alimentar


Em idosos, podem ser utilizados os métodos que abordamos em adultos (história alimentar, recordatório de
24 horas, questionários de frequência alimenta e registro alimentar). Entretanto, nessa faixa etária, a gente
deve adequar esses métodos, levando em consideração o analfabetismo, os problemas de memória e todas
as alterações fisiológicas citadas anteriormente.

Na avalição do consumo alimentar de idosos, faz-se necessário a adição de outros itens ao questionário,
por exemplo: investigar a consistência da alimentação, o local de realização das refeições, as preferências
e aversões alimentares, o responsável por preparar as refeições, a independência alimentar e o consumo
hídrico.

No idoso, é efetivo utilizar os métodos que não dependam da memória (o que será relativo a cada indivíduo e
a cada processo patológico quando presente). Muitas vezes, é necessária a ajuda do cuidador ou do
familiar. É importante também a utilização de álbuns fotográficos com os utensílios e o tamanho das
porções.

Importante!
No idoso, deve-se sempre verificar as condições de memória e alfabetização antes de optar
por um ou mais inquéritos.

Avaliação Clínica
A avaliação clínica tem por objetivo avaliar os sinais e sintomas de ordem nutricional no idoso. Entre esses
parâmetros, podemos observar: a depleção de tecido muscular nas têmporas, nos olhos, nos ombros, na
clavícula, nas costelas, na região supraclavicular, infraclavicular, no dorso da mão e na região entre o polegar
e o indicador; a hidratação do paciente; a presença de feridas ou fissuras na boca, gengiva ou língua; a
presença de xerose e/ou descamação na pele; a presença de edema nas extremidades; os cabelos
quebradiços ou com alopecia; e as unhas rugosas.

Leitura
Veja a Mini Avaliação Nutricional (MAN), específica para triagem nutricional de risco em
idosos.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Recomendação Nutricionais
Prezado(a) aluno(a), como já observamos e estudamos até aqui, as alterações metabólicas, orgânicas,
sociais e fisiológicas que acontecem progressivamente com o envelhecimento refletem no estado
nutricional do idoso e também no seu metabolismo. Por esse motivo, é tão importante a prescrição dietética
dentro das necessidades orgânicas e metabólicas desse paciente, influenciando diretamente sua
longevidade e qualidade de vida.

O(a) nutricionista, ao utilizar as recomendações nutricionais para idosos, deve estar atento(a) à quantidade
de energia ingerida, ao estado nutricional, ao volume diário ingerido, à qualidade e característica da dieta, à
depleção da massa magra e à realização de atividade física.
No envelhecimento, também ocorre uma redução importante da taxa metabólica basal (lembre-se que já
citamos a causa disso no início da Unidade). Nesse sentido, estima-se uma redução de aproximadamente
10% dessa taxa entre 60 a 69 anos e mais 10% a partir dos 70 anos (RAVUSSIN; SWINBURN, 1993).

No Quadro a seguir, veja as recomendações energéticas para idosos, de acordo com diferentes métodos.

Quadro 2 – Recomendações energéticas para idosos

Método RDA/89 (≥ 60 anos)

Masculino Feminino

Taxa Metabólica Basal Taxa Metabólica Basal


(8,8 X P[Kg]) + (1128 X A[m]) – (9,2 X P[Kg]) + (637 X A[m]) – 302
1071
GET = TMB x FA
GET = TMB x FA
Em que:
Em que:
Atividade Física = FA;
Atividade Física = FA; Sedentário – 1,40;
Sedentário – 1,40; Leve – 1,56;
Leve – 1,55; Moderada – 1, 64;
Moderada – 1,78; Intensa - 1, 82.
Intensa – 2, 10.
Método RDA/89 (≥ 60 anos)

DRI (IOM, 2005)

[662 – (9,53 x I)] + {PA × [(15,91 × P)+ [354 –(6,91×I)] + {PA x [(9,36 × P) +(726
(539,6 × A)]} × A)]}

Onde: Onde:

I = idade em anos; I = idade em anos;

P = peso em Kg; P = peso em Kg;

PA = Atividade Física; PA = Atividade Física;

A = altura em metros; A = altura em metros;

PA =1,0 – sedentário; PA =1,0 – sedentário;

PA =1,11 –pouco ativo; PA =1,12 –pouco ativo;

PA =1,25 – ativo. PA =1,27 – ativo.

PA = 1,48 – muito ativo PA = 1,45 – muito ativo

Fonte: Adaptado de FAO/OMS, 1995 | IOM, 2005

Quadro 3 – Recomendações de macronutrientes e água para idosos

Dietary Reference Intakes ( DRIs)


Dietary Reference Intakes ( DRIs)

CARBOIDRATOS LIPÍDEOS
130g/dia ou 45 a 65 % do VET 25 a 35% do VET

< 10% do VET de açúcares de adição Ácidos graxos saturados = <


10% do VET
Fibras
Mulheres: > 21g/dia Ômega 6:
Homens: > 30g/dia Homens: 14g/dia
Mulheres: 11g/ dia
PROTEÍNAS
0,8g/kg/dia ou 10 a 35% do VET Ômega 3:
1,0 g/kg/dia (Sociedade Brasileira de Homens: 1, 6g/dia
Alimentação e Nutrição -SBAN) Mulheres: 1,1g/ dia

ÁGUA Colesterol
Homens: 3,7 L/dia < 300mg/dia
Mulheres: 2,7 L/dia Evitar gordura do tipo trans

Ou
1 ml/Kcal ou 30 ml/Kg/dia

Fonte: Adaptado de IOM, 2005

Quadro 4 – Recomendações de micronutrientes para idosos


Micronutriente 51 a 70 anos

Homens Mulheres

Cálcio (mg 1000 1200


> 70 anos 1200 1200

8 8
Ferro (mg)

Zinco (mg) 11 8

700 700
Fósforo (mg)

Selênio (μg) 55 55

Magnésio (mg) 420 320

Vitamina A (μg) 900 700

Vitamina E (mg) 15 15

10 10
Vitamina D (μg)

Vitamina K (μg) 120 90

Vitamina B 12 (μg) 2,4 2,4


Micronutriente 51 a 70 anos

1,7 1,5
Vitamina B6 (mg)

Fonte: Adaptado de IOM, 2005, 2011

Orientações Nutricionais para o Idoso


Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (2017-2018), o padrão de consumo alimentar do idoso
brasileiro tem como principal característica o consumo de alimentos in natura ou minimamente
processados, principalmente feijão e arroz, seguidos de carnes e leite. Entretanto, o consumo de alimentos
ultraprocessados ainda contribui com cerca de 15% das calorias consumidas, com destaque para bolachas
salgadas e pães industrializados, seguidos dos doces e guloseimas. Estudos com essa faixa etária também
indicam que é comum a troca de refeições caseiras feitas em casa por lanches feitos com bolachas, pães,
leite e alimentos ultraprocessados, como embutidos (IBGE, 2020).

Em 2021, o Ministério da Saúde lançou o “Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na
Orientação Alimentar da Pessoa Idosa”, que deveria ser utilizado por profissionais de Nutrição no âmbito da
atenção básica à saúde no SUS (BRASIL, 2021).

Nesse protocolo, há um formulário para avaliação do consumo alimentar e um cronograma para direcionar a
conduta alimentar do idoso. Adicionalmente, ele traz orientações que o profissional de Nutrição pode utilizar
nas recomendações dadas à população idosa.

Prezado(a) aluno(a), acesse o protocolo completo no “Saiba mais” e, no Quadro 5, você poderá visualizar, de
forma resumida, as principais recomendações que devem ser dadas à pessoa idosa segundo o Guia
Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa.

Quadro 5 – Dez passos para uma alimentação adequada e saudável


RECOMENDAÇÃO 1: RECOMENDAÇÃO 4:
Estimule o consumo diário de feijão Oriente o consumo diário de
legumes e verduras

RECOMENDAÇÃO 2:
RECOMENDAÇÃO 5:
Oriente que se evite o consumo de
Oriente o consumo diário de frutas
bebidas adoçadas

RECOMENDAÇÃO 6:
RECOMENDAÇÃO 3:
Oriente que o usuário coma em
Oriente que se evite o consumo de
ambientes apropriados e com
alimentos ultraprocessados
atenção

Fonte: BRASIL, 2021

Leitura
Acesse o material a seguir e veja as principais recomendações nutricionais para a pessoa
idosa:

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
Existe, ainda, um manual de alimentação saudável para a pessoa idosa, publicado em 2010, também pelo
Ministério da Saúde. Ele é um dos principais marcos para a alimentação da população idosa brasileira. Nele,
constam os 10 passos para uma alimentação saudável da pessoa idosa (veja no Quadro 6).

Quadro 6 – Dez passos para uma alimentação saudável da pessoa idosa

1º Fazer cinco refeições ao dia,


6º Consumir uma porção de óleos
sendo as principais refeições:
por dia, preferindo óleos vegetais,
desjejum, almoço, jantar e dois
azeite, manteiga ou margarina.
lanches ao longo do dia.

7º Evitar refrigerantes, sucos


2º Incluir seis porções de cereais e
industrializados, bolos, biscoitos
tubérculos diariamente, dando
doces e recheados, consumindo-os,
preferência aos cereais integrais e
no máximo, duas vezes por
naturais.
semana.

8º Reduzir a quantidade de sal nas


3º Consumir três porções de frutas
preparações e retirar o saleiro da
e hortaliças ao dia.
mesa.

9º Beber, no mínimo, dois litros de


4º Consumir arroz e feijão
água por dia e dar preferência para
diariamente ou, pelo menos, cinco
consumi-la nos intervalos das
vezes por semana.
refeições.

5º Consumir três porções de leite e


derivados e uma porção de carnes 10º Evitar consumo de bebidas
ao dia, retirando a gordura aparente alcóolicas e fumo e praticar
das carnes.
atividade física.
Fonte: BRASIL, 2010
3/4

ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Leitura

Início da Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) nas Américas

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Alimentação Saudável para a População Idosa (Ministério Saúde)

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Padrões Alimentares de Indivíduos Idosos do Município de São Paulo:


Evidências do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento)
Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Comparação do Estado Nutricional e da Ingestão Alimentar Referida por


Idosos de Diferentes Coortes de Nascimento (1936 a 1940 e 1946 a 1950):
Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE)

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Envelhecimento Bem-Sucedido: Uma Meta no Curso da Vida

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
4/4

ʪ Referências

BRASIL. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil/IBGE,
Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

________. Ministério da Saúde. Fascículo 2: Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na
Orientação Alimentar da Pessoa Idosa. Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo. Brasília: Ministério
da Saúde, 2021. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo2.pdf>. Acesso em:
12/01/2022.

________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentação
saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde. Brasília, 2009. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saude.pdf>.
Acesso em: 12/01/2022.

CARDOSO, B. R.; ALMONDES, K. G. S.; COZZOLINO, S. M. F. Alimentação do idoso. In: COMINETTI, C.;
COZZOLINO, S.M.F. (org.). Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na
doença. 2. ed. Barueri: Manole, 2020.

INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Dietary reference intakes: Applications in dietary planning. Food a
Nutrition Board. Washigton: The National Academy Press, 2003.

________. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein and
aminoacids. Washigton: The National Academy Press, 2005.
________. Dietary reference intakes for calcium and vitamin D. Washington: The National Academy Press,
2011.

________. Dietary reference intakes for water, potassium, chloride and sulfate. Washington: The National
Academy Press, 2005.

ROWE, J. W.; KAHN, R. L. Successful aging. New York: Pantheon, 1998.

RAVUSSIN E., SWINBURN B. Energy balance or fat balance?. The American journal of clinical nutrition. v. 57,
n. 5, p. 766-771, 1993.

TAVARES, E. L. et al. Avaliação nutricional de idosos: desafios da atualidade. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, Rio de Janeiro, p. 643-650, 2015.

VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 1 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHO
Technical Report Series, n. 854. Geneva, Switzerland: WHO, 1995.

________. Acción multisectorial para un envejecimiento saludable basado en el ciclo de vida: proyecto de
estrategia y plan de acción mundiales sobre el envejecimiento y la salud. 69.ª ASAMBLEA MUNDIAL DE LA
SALUD A69/17 Punto 13.4 del orden del día provisional. Geneva: World Health Organization, 2016. Disponível
em <https://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA69/A69_17-sp.pdf?ua=1>. Acesso em 14/01/2022.

________. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a joint WHO/FAO expert
consultation. Geneva: World Health Organization, 2003.

________. Fat and fatty acids in human nutrition: report of a joint WHO/FAO expert consultation. Geneva:
World Health Organization, 2008.

________. Keep fit for life: meeting the nutritional needs of older persons. World Health Organization/Tufts
University Consultation on Nutritional Guidelines for the Elderly. Geneva: World Health Organization, 2002
________. 10 facts on ageing and the life course. [s.d.]. Disponível em:
<https://www.who.int/features/factfiles/ageing/ageing_facts/en/>. Acesso em: 15/12/2021.

Você também pode gostar