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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ALICE WINCKELMANN JARDIM, ANA JULIA KURTZ MILANI, GABRIELA


FERNANDES, JAMILI ALVES DA ROSA, MARCELLY ALBUQUERQUE VIDAL E
PRISCYLLA QUEEN GOMES FERNANDES.
PROFESSORES: FRANCIANE BOBINSKI E DANIEL FERNANDES MARTINS

OBESIDADE
Atividade avaliativa de A3 da UC de biossistemas do corpo humano

PALHOÇA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 1

2. ANATOMIA DO SISTEMA RELACIONADO À PATOLOGIA ............ 2

3. PROBLEMAS DE SAÚDE ................................................................... 3

4. FISIOPATOLOGIA ............................................................................. 4

5. POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO PARA A OBESIDADE .......... 5

6. CONCLUSÃO .................................................................................... 6

7. REFERÊNCIAS .................................................................................. 7
1. INTRODUÇÃO

A obesidade é um desafio global que está crescendo rapidamente como um


grave problema de saúde pública. Atualmente, com a alta produção de
alimentos processados e com o estilo de vida das pessoas cada vez mais
tendencioso ao sedentarismo, a obesidade tem tomado cada vez mais espaço
no cenário cotidiano da coletividade social.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, o
que compromete a saúde de uma considerável parcela da população,
causando sérios danos físicos e, consequentemente, danos mentais. A
etiologia desta patologia pode estar relacionada à genética, aos fatores
nutricionais, endócrinos, farmacológicos, ambientais e comportamentais.
Atualmente, é conhecida como Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) e
pode causar ao indivíduo doenças cardiovasculares, diabetes, problemas nas
articulações, dificuldades respiratórias, pedras na vesícula e dentre outras.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a obesidade e os danos
que ela pode causar através de um enfoque mais aprofundado, com o objetivo
de compreender a patologia de uma perspectiva fisiológica, apresentando
formas, opções de tratamento e prevenção.
2. ANATOMIA DO SISTEMA RELACIONADO À PATOLOGIA
3. PROBLEMAS DE SAÚDE

A obesidade, que antes era considerada apenas uma condição médica,


tornou-se uma doença complexa de etiologia epidemiológica. Segundo a
Organização Mundial da Saúde, 1,5 milhões de adultos tem excesso de peso
e mais de 500 milhões deles são obesos, sendo que é esperado um aumento
neste número nos próximos anos.
Estima-se que os Estados Unidos seja o país com o maior número de pessoas
obesas do mundo, acometendo cerca de aproximadamente 77 mil pessoas.
O mesmo cenário é observado no Brasil, embora os números sejam reduzidos
se comparados ao EUA, ainda assim se torna um número alarmante. Segundo
a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), nos dias atuais mais da metade
dos adultos apresentam excesso de peso, o que corresponde a 60,3% (96
milhões de pessoas).
A causa da obesidade está, na sua maioria, associada ao consumo excessivo
de calorias na alimentação, o que significa que a ingestão de calorias excede
o gasto energético do indivíduo. Além disso, há os fatores que contribuem para
o ganho excessivo de peso, como, por exemplo, a obesidade estar atrelada à
predisposições genéticas e à doenças causadas por mutações genéticas, tais
como a mutação no gene leptina (caracterizado pela resistência à leptina,
fazendo com que a regulação do apetite perca a eficiência resultando em uma
fome insaciável), mutações nos genes MC4R (comprometimento da sensação
de saciedade causando hiperfagia, um aumento da vontade de comer) e
mutações nos genes POMC (podem causar perda de função no gene POMC,
prejudicando a via de sinalização e impactando na regulação do gasto
energético e da ingestão alimentar).
De acordo com pesquisas apuradas pelo IBGE, 59,8% das mulheres estão
acima do peso em comparação aos homens, com 57,3%. O mesmo foi
observado na questão da obesidade: 25,2% entre pessoas do sexo feminino e
17,5% entre pessoas do sexo masculino. Alterações hormonais não se aplicam
como um fator determinante da obesidade, entretanto, contribuem para o
ganho de peso. Nas mulheres, por exemplo, a menopausa, pelo cessamento
da produção de estrogênio, resulta no aumento de grelina (hormônio da fome)
e diminuição de leptina (hormônio da saciedade).
Além de mudanças visíveis na estrutura corporal, pessoas com obesidade
apresentam:
• Doenças ligadas ao sistema respiratório, devido aos pesos sobre os pulmões;
• Manchas escuras na pele, com textura grossa e aveludada, podem ser
ocasionadas pelo excesso de açúcar no corpo;
• Dificuldades na mobilidade, isso acontece porque carregar um peso corporal
extra pode fazer com que a pessoa fique mais lenta, sem ânimo para se
movimentar;
• Dores no corpo, resultado do excesso de esforço que o corpo faz para
suportar o peso.
4.FISIOPATOLOGIA

A adiposidade é uma doença relacionada ao desequilíbrio calórico, resultante


do excesso de calorias consumidas em relação ao gasto corporal adequado.
Esse quadro é influenciado por fatores como o consumo exagerado de
carboidratos e alimentos processados, associados a um estilo de vida
sedentário, que são determinantes cruciais no desenvolvimento da obesidade.
Além disso, vários fatores desempenham um papel significativo na forma
como o organismo consome, gasta e armazena energia. O peso corporal é
regulado por mecanismos dependentes do equilíbrio energético e da ingestão
de nutrientes, e um indivíduo com sobrepeso cria um desequilíbrio nesse
sistema, resultando no desenvolvimento excessivo de tecido adiposo,
prejudicando a saúde.
A fisiopatologia da obesidade está relacionada ao papel endócrino do tecido
adiposo, onde a energia é armazenada. O excesso de calorias ingeridas é
transformado em triglicérides e armazenado nos adipócitos, aumentando o
volume das células adiposas. Esse aumento no volume está associado a níveis
elevados de leptina (hormônio da saciedade), causando resistência
hipotalâmica em obesos e levando ao acúmulo de gordura nos órgãos intra-
abdominais, resultando em sobrepeso.
A adiposidade pode provocar diversas enfermidades, afetando as células
adipócitas, que desempenham um papel crucial no armazenamento de
gordura. A inflamação crônica, característica do sobrepeso, é causada pela
liberação de adipocinas pró-inflamatórias pelos adipócitos, gerando processos
inflamatórios e oxidativos. A hipertrofia dos adipócitos pode levar à baixa
perfusão e hipóxia celular, iniciando a inflamação e ativando o programa do
gene HIF1, um regulador de transcrição da resposta adaptativa.
A liberação aumentada de adipocinas pró-inflamatórias pode contribuir para
o desenvolvimento de inflamações crônicas associadas a doenças
cardiovasculares e distúrbios metabólicos. O acúmulo de gordura visceral ao
redor dos órgãos internos está relacionado a um maior risco de doenças
cardiovasculares, enquanto o acúmulo subcutâneo pode estar associado a
problemas articulares e distúrbios respiratórios.
Diante dessas interações complexas entre obesidade e saúde, torna-se
evidente a importância de abordagens holísticas no tratamento e prevenção
desse quadro.
5. POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO PARA A OBESIDADE

As complicações que obesidade pode proporcionar ao indivíduo são diversas,


dentre as quais podemos citar o diabetes mellitus tipo 2, diversos tipos de
câncer, hipertensão arterial, apneia do sono, problemas psicossociais,
doenças ortopédicas e doenças cardiovasculares, as quais
consequentemente agravam o estado da doença (Coutinho, 2007).
Como enfatizado ao longo deste trabalho, a obesidade é caracterizada pelo
acúmulo exagerado de gordura corporal fruto de um gasto energético inferior
ao necessário, o que favorece o aumento de peso.
O tratamento da obesidade se baseia na perda de peso que pode ser
alcançada de um tratamento adequado conforme a necessidade de
intervenção em cada caso. Sendo a obesidade uma patologia que está
fortemente interligada à uma gama de fatores comportamentais, emocionais e
cognitivos, esta deve ser tratada tanto com procedimentos medicamentosos e
tratamentos físicos quanto com recursos psicoterápicos, já que a mesma pode
envolver fatores psicológicos.
Para uma eficiente intervenção em prol do tratamento da obesidade, é
necessário, antes de tudo, identificar as falhas comportamentais, tanto
alimentares quanto em outros âmbitos do estilo de vida de quem possui
sobrepeso. Por ser uma doença crônica e multifatorial, é importante ressaltar
que não existe estratégia capaz de tratar a adiposidade de maneira isolada, os
recursos terapêuticos devem ser contínuos, orientados e monitorados por
profissionais em vista do combate à obesidade.
O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. A mudança no estilo
de vida e na adesão de hábitos alimentares mais saudáveis de um indivíduo
com sobrepeso é a intervenção ideal. Mesmo existindo vários recursos
medicamentosos, a adoção de práticas saudáveis promove um resultado mais
duradouro além de melhorar o estilo de vida em vários âmbitos. Vale ressaltar
que, tratamentos propostos de resultados imediatos não garante uma
manutenção bem-sucedida, o que costuma a levar, muitas vezes, o obeso a
ter experiências frustrantes em relação à perda de peso, o que pode dificultar
em um processo posterior.
Dentre as principais propostas de ações que podem ser adotadas no combate
à adiposidade estão:
• Adoção de um plano alimentar, contendo os nutrientes necessários para o
mantimento corporal;
• Prática de exercícios físicos;
• Monitoramento do consumo excessivo de sal e açúcar;
• Consumo de água adequado;
• Controle de colesterol;
• Usufruir de auxílios medicamentosos quando houver necessidade;
• Dormir bem (dormir bem regula a produção de hormônios, como a leptina e
a grelina, que ajudam a controlar o apetite e a sensação de saciedade).
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

NONINO-BORGES, C. B., BORGES, R. M., & SANTOS, J. E. (2006). Tratamento Clínico da Obesidade.
Matrizes, 39(2), 246-252. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v39i2p246-252

DÂMASO, A.R. Obesidade. Rio de Janeiro: guanabara koogan, 2009, v.1. p.316.

OLIVEIRA C.B.C; BRITO L.A.; FREITAS M.A.; SOUZA M.P.A.; RÊGO J.M.C.; MACHADO R.J.A.;
Obesidade: inflamação e processos bioativos. Journal of Health and Biological Sciences. 2020; 8(1):
1-5. DOI: 10.12662/2317-3076jhbs.v8i1.2785.p1-5.2020.

BATISTA P.C.S.; MATOS S.F.R.; TOMAZ R.S.R.; Psicologia: O manejo da terapia cognitivo-
comportamental no tratamento da obesidade em adultos. Goiás: UniEVANGÉLICA, 2021.

VIGO G.P.; SOUZA G.; BARBOSA I.V.; FRADIQUE J.C.; BRIZIGHELLO J.M.P.; SACHETTO R.N.;
ABREU V.Z.; Psicologia: O Papel da Neuropsicologia e das Ciências Biológicas em uma Abordagem
Ética do Contexto da Obesidade: Transtornos alimentares, questões sociocomportamentais, anatomia,
genética e fármacos. São Paulo: UNIFEOB, 2021.

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