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ESCOLA DE SAÚDE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
São Paulo
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS - FMU
Curso de Graduação de Enfermagem
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE HIPERTENSO
Marcella Silva Pereira Pinto RA: 7248293; Michel Gonçalves de Souza Pires RA:
3739004; Nathália Cordeiro Molina Benites RA: 3148643; Ramiro de Souza RA:
3825048; Thiago Santos Ribeiro RA: 7889162
RESUMO
As doenças crônicas não transmissíveis têm sido a principal causa de morte
prematura em todo o mundo nos últimos 100 anos. Com a evolução tecnológica e a
melhoria das condições socioeconômicas e culturais vivenciadas pelas sociedades
modernas, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são hoje a principal causa
de morte no mundo, com destaque para as doenças cardiovasculares. Dentre estes,
a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um dos mais importantes fatores
de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública no Brasil
e no mundo. É uma condição clínica multifatorial caracterizada por uma elevação
sustentada da pressão arterial (PA) acima de 140 mmHg da pressão arterial sistólica
(PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD) de 90 mmHg, com prevalência de alta,
baixa taxa de controle. Foi identificada como precursora e potencial fator de risco para
doenças cardiovasculares (DCV), responsável por 30% de todas as mortes
(aproximadamente 17 milhões) e até 50% das doenças não transmissíveis na última
década.
Manter a progressão das DCNT é um grande desafio para os sistemas de saúde no
Brasil e no mundo. Organizações internacionais estimam que o custo global das
perdas econômicas das DNTs seja de até US$ 7 trilhões entre 2011 e 2030. Isso
corresponde a 5% da produção total mundial no período coberto. Diante de seus
impactos epidemiológicos e socioeconômicos, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) tem promovido o desenvolvimento de técnicas de intervenção para ajudar a
preveni-los, controlá-los e controlá-los. Em todo o mundo, vários projetos de
intervenção populacional vêm sendo desenvolvidos desde a década de 1970 com o
objetivo de promover mudanças comportamentais que reduzam os fatores de risco
para as DCNT, mas novos projetos e estratégias de alto impacto estão surgindo
atualmente. e controle. gerenciar essas doenças.
Neste contexto, recomenda-se fortemente a elaboração sistemática e por escrito de
planos de cuidado junto aos indivíduos com condições crônicas, pois o planejamento
de ações concretas pode levar a resultados clínicos favoráveis, além de aumentar o
conhecimento individual sobre a doença e o próprio tratamento. Objetivo: Descrever
assistência de enfermagem ao paciente hipertenso. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa de revisão bibliográfica, construída a partir de materiais publicados entre
2012 e 2022. Para seleção dos textos foi feito um levantamento na internet, utilizando
as bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo (Scientific Electronic
Library Online). As palavras-chaves investigadas foram: Plano de Cuidados de
Enfermagem; Assistência de Enfermagem; Hipertensão Arterial Sistêmica.
Resultados: Para apresentação dos resultados sobre os cuidados de enfermagem
ao paciente hipertenso, tivemos equipes que desenvolveram planos de cuidados para
pessoas com hipertensão arterial individual e com seus familiares, pontuaram
significativamente mais nas subdimensões promoção da saúde e atenção
individualizada do que na subdimensão familiar. Considerações finais: As
necessidades básicas afetadas pela HAS são várias e podem ser minimizadas se
houver orientações de toda a equipe de saúde e especialmente da enfermagem. É
essencial a prevenção e o rastreamento precoce de casos de Hipertensão.
1. INTRODUÇÃO
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) exercem um grande desafio
para a saúde pública mundial, é responsável pelas principais causas de
morbidades e mortalidade. De acordo com Barroso WKS, Rodrigues CIS,
Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. (2020, p. 116,
apud Neves RG; Pereira DC; Santos AV; Tomasi, E, 2022, p. 2), “A hipertensão
arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT) de importância
para a saúde pública.”
De acordo com Kearney PM, Whelton M, Reynolds K, Muntner P, Whelton PK,
He J. (2005, p. 365 apud Neves RG; Pereira DC; Santos AV; Tomasi, E, 2022,
p. 2), “Estima-se que, até 2025, a HA acometa cerca de um terço da população
do planeta.”
De acordo com Lim SS, Vos T, Flaxman AD, Danaei G, Shibuya K, Adair-Rohani
H, et al.(2012, p. 380 apud Neves RG; Pereira DC; Santos AV; Tomasi, E, 2022,
p. 2), “As complicações de HA respondem por 9,4 milhões de mortes em todo o
mundo, a cada ano”, de acordo com Departamento de Informática do SUS.
Datasus: Tabnet - mortalidade - Brasil [Internet] (2021, p. 16 apud Neves RG;
Pereira DC; Santos AV; Tomasi, E, 2022, p. 2), “sendo que, em 2017, o Brasil
registrou 141.878 mortes devidas a HA, ou a causas atribuíveis a ela, como
complicações.”
“Além de reduzir a capacidade funcional e a expectativa de vida, a HA e seu
impacto na saúde pública representam um custo significativo para o sistema de
saúde. Além da medicação, os cuidados do sistema de saúde às pessoas com
HA devem incluir monitoramento e apoio às mudanças no estilo de vida.”
(TOMASI, 2022, p.1).
De acordo com Metzelthin SF, Daniëls R, van Rossum E, Cox K, Habets H, de
Witte LP, et al. (2013, p. 50 apud Silva RL, Arruda GO, Barreto MS, Oliveira ML,
Matsuda LM, Marcon SS, 2016, p. 495), “Neste sentido, tem-se recomendado
fortemente a elaboração sistemática e por escrito de planos de cuidado junto
pode levar a resultados clínicos favoráveis, além de aumentar o conhecimento
individual sobre a doença e o próprio tratamento.”
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De acordo com Araújo GBS, Garcia TR (2006, p.250-6A apud Moura DJM,
Bezerra STF, Moreira TMM, Fialho AVM, 2010, p.760). “A adesão ao tratamento
anti-hipertensivo e consolidada com a participacao do cliente de forma ativa no
seu plano terapeutico, nao se constituindo em mero cumpridor de
recomendacoes; ao contrário, e visto como sujeito do processo, assumindo com
os profissionais de saude, a responsabilidade pelo seu tratamento.”
“A não adesão ao tratamento tem atingido aproximadamente 50% dos
pacientes e envolve aspectos biologicos, psicologicos, culturais e sociais. A falta
de controle da pressao arterial, mesmo em pacientes acompanhados em
unidades de saude, regularmente e frequente.” (Moura DJM, Bezerra STF,
Moreira TMM, Fialho AVM, 2010, p.760).
“Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de estratégias de cuidado
que contemplem os diversos elementos envolvidos no processo de adoecimento
da hipertensão arterial: as expressivas transformações na vida dos indivíduos
nas esferas emocional, familiar, social e econômica, considerando que a maior
parte se constitui de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre os quais
estão embutidas dificuldades socioeconômicas e culturais que podem tornar-se
empecilhos a adesão terapêutica adequada. Esse cuidado deve ser
contextualizado as necessidades do indivíduo e permeado pela noção de
autonomia, com vistas a produção de postura ativa na adesão.” (Moura DJM,
Bezerra STF, Moreira TMM, Fialho AVM, 2010, p.760).
De acordo com Moreira TMM, Araújo TL (2004, p.268-77apud Moura
DJM, Bezerra STF, Moreira TMM, Fialho AVM, 2010, p.760). “Mesmo com o
reconhecimento da Enfermagem na adesão ao tratamento, evidenciamos uma
lacuna entre teoria e prática, uma vez que são elevados os índices de não
adesão e a presença de complicações.”
De acordo com Barreto JAE, Moreira RVO. (Sobral (CE): Edições UVA
(2004, apud Moura DJM, Bezerra STF, Moreira TMM, Fialho AVM, 2010, p.760).
“A Enfermagem e uma ciência, cuja essência e especificidade e o cuidado ao
ser humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo-o de
forma autônoma e/ou, muitas vezes, em equipe; e uma profissão de ajuda com
relações complexas e multifacetadas, composta por uma grande variedade de
elementos; o seu cuidado transcende a dimensão biológica da pessoa, e tem
como foco o ser que experiencia a doença, incluindo sua cultura, valores,
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2. OBJETIVO
Descrever assistência de enfermagem ao paciente hipertenso através de
revisão das publicações dos ultimos 12 anos.
3. METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica,
procurando identificar os cuidados de enfermagem para o paciente hipertenso.
Para a realização do mesmo foram analisados artigos publicados em revistas
científicas, utilizando as bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual da Saúde),
como: Scielo (Scientific Electronic Library Online).
As palavras-chave utilizadas foram: Plano de Cuidados de Enfermagem;
Assistência de Enfermagem; Hipertensão Arterial Sistêmica. Os artigos, fontes
de informações foram coletados no período de setembro e outubro de 2022.
Quanto aos critérios de escolha, foram incluídos os artigos que
contemplassem o tema; disponíveis na íntegra em meio eletrônico; em idioma
português e publicados entre 2010 e 2022. Como critérios de exclusão foram
adotados a fuga da temática e os artigos em duplicidade.
A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi realizada
de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da
revisão da literatura, de forma a impactar positivamente a prática da
Enfermagem, fornecendo um modo organizado de rever as evidências sobre um
tema.
Para eliminar possível viés, todos os autores do presente manuscrito
participaram da coleta de dados, buscando um consenso de opiniões.
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4. RESULTADOS
A pesquisa nas bases de dados possibilitou a localização de 16
publicações. Nas quais foram analisadas e submetidas aos critérios de inclusão
e exclusão, considerando-se, portanto, 07 artigos para o estudo.
Para apresentação dos resultados sobre Assistência de enfermagem ao
paciente hipertenso, optou-se pela utilização de Categorias de análise. Assim,
os dados da literatura que respondiam à pergunta de indagação do estudo foram
agrupados em categorias, conforme a relevância e similaridade do material
pesquisado, sendo identificadas de acordo com o seu conteúdo. Cada grupo,
representou o que se chamou de categoria temática, encontrando-se, portanto,
02 categorias, sendo: (1) Intervenções ao Paciente Hipertenso; (2) Assistência
de Enfermagem.
1. Intervenções ao Paciente Hipertenso - A educação em saúde e
empoderamento foram as principais intervenções de enfermagem na
prática de promoção da saúde em portadores de hipertensão arterial,
catalisar mudanças, cujo enfoque é permitir mudanças e capacitar os
indivíduos e comunidades para melhorar a saúde.
“As recomendações de tratamento farmacológico incluem fármacos
como diuréticos tiazídicos para início de tratamento em pacientes sem
contraindicações. Os bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da
enzima conversora da angiotensina e os bloqueadores do receptor de
angiotensina II também são recomendados segundo situações
específicas. E são feitas recomendações para determinados grupos
populacionais, como pacientes afro-americanos, mulheres e idosos.
Entre as recomendações para tratamento não farmacológico são
abordadas a redução do peso em pacientes com sobrepeso ou
obesidade, o controle da alimentação, a realização de atividade física, a
redução no consumo de álcool e a mudança no estilo de vida. Metas
pressóricas a serem alcançadas referem-se a situações específicas
como pacientes com PAS persistentemente elevada, com histórico de
AVC, aqueles com alto risco para eventos cardiovasculares ou com
diabetes concomitante. As recomendações foram classificadas de
acordo com a ferramenta GRADE quanto ao grau de confiança em fortes
ou fracas a favor ou contra.” (JUNIOR, C.D.L. et al. 2021).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS