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Autores:
Lucas Guimarães, Paulo
Guimarães, Thais de Assunção
(Equipe Marcos Girão)
Aula 06
30 de Maio de 2020
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, amigo concurseiro!
Pronto para seguirmos com nosso estudo da Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado de
Minas Gerais!?
Vamos lá! Bons estudos!
Art. 236. Nos Tribunais e nos Fóruns haverá órgãos auxiliares da Justiça.
O Código de Processo Civil lista como auxiliares da justiça o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial
de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o
conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
São vários agentes, não é mesmo!? Você não precisa memorizar todos eles, pois a lei lista apenas o
que chama de “órgãos auxiliares dos Tribunais” e os “órgãos auxiliares dos Juízos”, previstos nos
arts. 237 e 238.
Secretaria do
Tribunal de Justiça
Secretaria da
DOS TRIBUNAIS Corregedoria-Geral
de Justiça
Secretaria do
Tribunal de Justiça
Militar
Secretarias do Juízo
ORGÃOS
AUXILIARES
Serviços Auxiliares
do Diretor do Foro
Auxiliares de
Encargo
DOS JUÍZOS
Secretarias de Juízo
Militar
Secretarias das
unidades
jurisdicionais do
Sistema dos
Juizados Especiais
Secretarias dos
grupos
jurisdicionais de
Turmas Recursais
Você pode estar se perguntando afinal o que são esses órgãos auxiliares. Basicamente são órgãos
componentes do Poder Judiciário que executam atividades específicas por meio das quais é possível
aos órgãos jurisdicionais processar e decidir os pedidos levados à sua apreciação.
Não vou entrar em detalhes sobre cada um deles, até porque isso não é necessário neste momento
do nosso curso, mas dou como exemplo as secretarias, que são órgãos responsáveis por todos os
serviços administrativos dos órgãos jurisdicionais. Questões relacionadas a orçamento, gestão de
pessoas, aquisições, etc., tudo isso é resolvido por esses órgãos.
O papel de regulamento neste caso é exercido pelo regimento interno do Tribunal e também por
outras resoluções que tratam de aspectos administrativos.
Art. 251. A cada vara, unidade jurisdicional dos Juizados Especiais e grupo jurisdicional de Turmas
Recursais corresponde uma Secretaria de Juízo.
Cada unidade jurisdicional de primeira instância conta com uma Secretaria própria. Quando falo em
unidade jurisdicional de primeira instância estou me referindo às varas, aos juizados especiais e aos
grupos jurisdicionais de Turmas Recursais. Tudo isso compõe a primeira instância da Justiça comum
estadual, ok!? Muita atenção aqui, pois não estamos falando do Tribunal de Justiça!
Art. 252 – São Serviços Auxiliares da Justiça os Serviços Auxiliares do Diretor do Foro.
Art. 255-A. É requisito para a investidura em cargo de Oficial de Justiça a titularidade do grau de
bacharel em Direito.
O Oficial de Justiça é o servidor responsável pelo cumprimento dos mandados judiciais. O dispositivo
em tela foi decretado INCONSTITUCIONAL pelo TJMG, pendente ainda de julgamento pelo STF.
Desse modo, entendo que tal dispositivo deve ser desconsiderado, ou seja, não há obrigatoriedade
do requisito de bacharel em Direito.
Por fim, temos a menção aos auxiliares de encargo, que são nomeados pelo Juiz da causa para servir
naquele processo específico, quando necessário. Os auxiliares de encargo são os seguintes:
a) Perito;
b) Depositário;
c) Síndico;
d) Administrador; e
e) Intérprete.
Art. 260. Poderá ocorrer movimentação de servidores do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo
do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais, mediante requerimento dirigido ao Presidente do
Tribunal de Justiça, observadas a conveniência administrativa e as normas estabelecidas em
regulamento expedido pelo órgão competente do Tribunal de Justiça.
Art. 262 – É vedada a acumulação de férias, salvo se motivada por necessidade de serviço.
Em regra, as férias relativas a um exercício, ou seja, a um ano civil, devem ser gozadas naquele
mesmo ano, não devendo haver acumulações, a não ser que haja necessidade de serviço.
Art. 264 - A licença para tratar de interesses particulares, requerida por servidor, somente poderá
ser concedida após cumprido o estágio probatório e terá a duração máxima de dois anos, vedadas
a prorrogação e a renovação dentro dos três anos seguintes ao seu término.
A licença para tratar de interesses particulares é concedida, sem remuneração, ao servidor que
deseja afastar-se do serviço público para tratar de seus interesses. Essa licença só pode ser
concedida depois de 2 anos de efetivo exercício, e terá a duração máxima de 2 anos, vedada a
prorrogação ou renovação. Pode haver nova concessão da licença, mas somente depois de se terem
decorrido 3 anos.
Art. 266. Após cada período de cinco anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de
Minas Gerais, o servidor terá direito a férias-prêmio de três meses.
As férias-prêmio são um outro benefício ao qual o servidor tem direito. São uma espécie de licença
remunerada concedida ao servidor que completar 5 anos de efetivo exercício no serviço público
estadual.
Por fim, no caso de falecimento do servidor em atividade, será devida ao cônjuge ou ao companheiro
ou, na falta desses, aos herdeiros necessários, a indenização correspondente aos períodos
pendentes de férias-prêmio.
Art. 267. Não podem trabalhar na mesma Secretaria do Juízo servidores que sejam cônjuges,
companheiros por união estável ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na linha
colateral, até o terceiro grau, salvo se aprovados em concurso público.
Esta regra é muito interessante para fins de prova. São muito comuns questões em concurso
cobrando conhecimento de regras de incompatibilidade e impedimento. Neste caso a lei proíbe que
trabalhem na mesma secretaria servidores que tenham vínculo de certa natureza.
Em primeiro lugar você deve lembrar que a regra não se aplica aos servidores aprovados em
concurso público. Se os dois foram devidamente aprovados, não há razão para não poderem
trabalhar juntos, não é mesmo!?
A proibição alcança servidores que sejam cônjuges, companheiros ou que convivam em união
estável, bem como os que sejam parentes de até 3º grau, ou seja, pais, filhos, irmãos, avós, netos,
bisavós, bisnetos, tios e sobrinhos.
Art. 269 – Ao servidor do foro judicial, é defeso praticar atos de seu ofício em que for interessado
ele próprio, seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha reta ou, na linha colateral, até o
terceiro grau.
Esta regra não diz respeito às relações de parentesco entre servidores, mas sim às relações entre o
servidor e o interessado no ato que deva ser praticado.
Imagine, por exemplo, que um oficial de justiça tenha que cumprir um mandado de citação de numa
ação indenizatória contra seu irmão. Fica muito desconfortável, para não dizer complicada, a
situação desse servidor, não é mesmo? Por isso ele não deve agir nesse caso.
8 - DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 270. A substituição de servidores do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário do Estado de Minas
Gerais será feita de acordo com critérios estabelecidos em ato normativo do órgão indicado no
Regimento Interno do Tribunal de Justiça.
O Tribunal tem normas próprias acerca da substituição de servidores. É muito comum que servidores
que exercem funções de chefia tenham um substituto previamente designado, e as regras acerca
dessas substituições devem constar em normativo próprio.
O primeiro ponto que você precisa conhecer acerca do regime disciplinar dos servidores do TJMG
diz respeito aos deveres e às proibições impostas. Em geral as questões sobre esses temas são bem
simples, e com duas ou três leituras você não terá dificuldades em acertá-las.
A maior parte das questões vai tentar confundir você trocando os deveres pelas proibições. É isso
mesmo! Parece estranho, mas é isso que as bancas tentam fazer...!
justificado, certidão de atos administrativos ou VIII – valer-se do cargo para lograr proveito
processuais; pessoal ou de outrem, em detrimento da
VIII – levar ao conhecimento de autoridade dignidade do exercício do cargo ocupado;
superior as irregularidades de que tiverem IX – participar de gerência ou administração de
conhecimento em razão do cargo; empresa privada ou de sociedade civil; exercer
IX – zelar pela economia do material de comércio, exceto como acionista, cotista ou
expediente e pela conservação do material comanditário, ou vincular-se a escritório de
permanente e do patrimônio público; advocacia;
X – guardar sigilo sobre assunto do serviço; X – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XII – renovar, à própria custa, ato ou diligência XII – proceder de forma desidiosa;
invalidados por culpa sua, sem prejuízo da XIII – utilizar pessoal ou recursos materiais da
penalidade em que possa incorrer; repartição em atividades ou trabalhos
XIII – observar as normas legais e particulares;
regulamentares. XIV – exercer a acumulação remunerada de
cargos públicos, ressalvados os casos
constitucionalmente previstos;
XV – exercer quaisquer atividades que sejam
incompatíveis com o exercício do cargo ou da
função e com o horário de trabalho;
XVI – recusar-se a atualizar seus dados
cadastrais, quando solicitado.
Art. 275 – O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
No Direito, um ato ilícito praticado por uma pessoa pode ser punido em esferas jurídicas diferentes.
Dizemos que há responsabilidade penal quando o servidor comete crime ou contravenção. A
responsabilidade civil, por outro lado, está presente quando, em razão de ato ou omissão, o servidor
causa prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros. A responsabilidade administrativa (ou civil-
administrativa), por sua vez, obriga a Administração Pública a aplicar punições disciplinares ao
servidor que comete irregularidades praticadas no desempenho da função.
Acho que é mais fácil entender esses conceitos por meio de um exemplo, não é mesmo? Imagine
que alguém pega seu carro e, dirigindo de forma irresponsável, atropela outra pessoa, causando-lhe
danos físicos permanentes.
Que tipo de punição o motorista irresponsável poderia receber? Primeiro devemos pensar que ele
pode ir preso, não é mesmo? Pois bem, essa seria uma punição de natureza penal, ou seja, é a pena
pelo cometimento de um crime, que no caso poderia ser tentativa de homicídio, a depender das
circunstâncias.
Além disso, a pessoa atropelada também tem direito a ser indenizada em razão do dano sofrido, não
é mesmo? Estou falando não só das despesas médicas, mas também da sua capacidade para o
trabalho, que foi reduzida. Nesse caso o motorista deve ser obrigado a pagar uma indenização, que
é uma reparação de natureza civil.
Em terceiro lugar, o motorista irresponsável pode também sofrer punições por parte do órgão de
trânsito, como uma multa ou o cancelamento de sua carteira de habilitação. Nesse caso estamos
tratando de uma punição de natureza administrativa, aplicável diretamente pela Administração
Pública.
Se o motorista for um servidor que está utilizando carro oficial em serviço, pode ainda sofrer outra
punição administrativa, de caráter funcional. Ele pode, por exemplo, ser suspenso ou demitido do
cargo que ocupa. Por isso dizemos que o servidor responde nas três esferas quando exerce suas
atribuições de maneira irregular.
Esta é uma exceção à independência das instâncias de apuração e responsabilização. Como você já
sabe, em regra as instâncias de responsabilização são independentes. Até aí tudo bem, mas, caso a
instância criminal (de responsabilização penal) conclua que o fato não ocorreu ou que o autor não
foi o servidor, não poderá haver responsabilização na esfera administrativa.
Continuando nossa aula, vamos estudar um pouco a respeito das penalidades disciplinares aplicáveis
aos servidores. Essas penalidades não são de natureza criminal, mas são aplicadas aos servidores
que descumpriram os deveres ou praticaram atos proibidos pela lei.
Na aplicação dessas penalidades, devem ser considerados a natureza e a gravidade da infração e os
danos causados por ela para o serviço público, bem como circunstâncias agravantes e atenuantes e
os antecedentes funcionais do servidor envolvido.
Para a sua prova, é importante saber as principais diferenças entre as modalidades de penas
disciplinares, e por isso sugiro que você dê ênfase a esses aspectos no seu estudo.
As questões de prova sobre esses temas costumam ser simples e diretas. Elas tratam da autoridade
competente para aplicar a sanção, do prazo prescricional da infração disciplinar, bem como das
infrações que justificam a aplicação de cada uma das sanções.
Na tabela a seguir há um campo para as regras que são importantes para a sua prova, incluindo as
hipóteses que justificam a aplicação de cada penalidade, um campo que dispõe sobre as pessoas
que têm competência para aplicar a penalidade e o prazo prescricional, ou seja, o prazo concedido
pela lei à Administração Pública para que apure a irregularidade e aplique a punição.
A tabela ficou um pouco grande, mas todas as informações que você precisa estão lá, ok?
PENAS DISCIPLINARES
PENAS REGRAS GERAIS
- Será aplicada por escrito nos casos de violação das seguintes proibições:
ADVERTÊNCIA a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
Agora vamos a informações que aparecem em prova com bastante frequência. Estou falando das
autoridades competentes para aplicar cada tipo de penalidade, e dos prazos prescricionais, que
variam de acordo com a punição a ser aplicada.
Lembre-se de que esses prazos prescricionais começam a correr a partir do momento em que o fato
se tornou conhecimento, e não do momento em que a irregularidade foi praticada.
PRAZO
PENALIDADE AUTORIDADE COMPETENTE PARA APLICAR
PRESCRICIONAL
ADVERTÊNCIA Corregedor-Geral de Justiça, quando se tratar de 1 ano
advertência ou suspensão imposta aos servidores
lotados nas Secretarias do Tribunal de Justiça e da
Corregedoria-Geral de Justiça e nos órgãos
auxiliares da Justiça de primeiro grau, sem prejuízo
SUSPENSÃO do disposto abaixo; e 2 anos
Diretor do Foro, quando se tratar de pena imposta
a servidor dos Órgãos Auxiliares da Justiça de
Primeira Instância lotado em sua comarca.
DEMISSÃO
CASSAÇÃO DE
Presidente do Tribunal, por proposição do
APOSENTADORIA OU
Corregedor-Geral de Justiça ou do Diretor do Foro,
DISPONIBILIDADE
no caso de servidores lotados nas Secretarias do
DESTITUIÇÃO DE Tribunal de Justiça e da Corregedoria-Geral de 5 anos
CARGO EM Justiça e nos órgãos auxiliares da Justiça de
COMISSÃO primeiro grau.
DESTITUIÇÃO DE .
FUNÇÃO
COMISSIONADA
Antes de passarmos ao estudo dos procedimentos disciplinares, chamo sua atenção para uma regra
específica acerca dos prazos prescricionais: quando a infração disciplinar também for crime, o prazo
prescricional aplicável será aquele previsto na legislação penal.
Art. 291. A autoridade, o superior hierárquico ou o interessado que tiver ciência de abuso, erro,
ilícito, irregularidade ou omissão imputados a servidor lotado nas Secretarias do Tribunal de Justiça
e da Corregedoria-Geral de Justiça e nos órgãos auxiliares da Justiça de primeiro grau comunicará
o fato ao Corregedor-Geral de Justiça e, no caso de servidor lotado nos órgãos auxiliares da Justiça
de primeiro grau, ao Diretor do Foro da respectiva comarca, remetendo os elementos colhidos para
apuração mediante a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar.
Quero chamar sua atenção também para a regra do §5º do art. 298, segundo o qual não poderá
participar de comissão de sindicância nem de processo disciplinar cônjuge, companheiro ou parente
do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
O que está no quadro é o que realmente aparece com frequência em questões. Os demais
dispositivos desse capítulo tratam do procedimento a ser seguido no inquérito administrativo.
Recomendo que você leia, mas não se preocupe tanto com esses dispositivos, ok!?
Os detalhes sobre isso não vão aparecer na nossa prova, mas o processo disciplinar se desenvolve
nas seguintes fases:
a) instauração;
b) instrução;
c) defesa;
d) relatório;
e) julgamento;
f) recurso.
11 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 301. O Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais aplica-se aos
servidores do Poder Judiciário, salvo disposição em contrário desta Lei Complementar.
A Lei de Organização e Divisão Judiciárias traz algumas regras a respeito dos servidores vinculados
ao Poder Judiciário, mas, como regra geral, a lei que trata de aspectos funcionais é o Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, que se aplica a todos os servidores estaduais,
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Não podem trabalhar na mesma Secretaria do Juízo servidores que sejam cônjuges,
companheiros por união estável ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na
linha colateral, até o terceiro grau, salvo se aprovados em concurso público. Além disso,
ao servidor do foro judicial, é defeso praticar atos de seu ofício em que for interessado
ele próprio, seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha reta ou, na linha
colateral, até o terceiro grau.
Secretaria do
Tribunal de
Justiça
Secretaria da
DOS TRIBUNAIS Corregedoria-
Geral de Justiça
Secretaria do
Tribunal de
Justiça Militar
Secretarias do
ORGÃOS Juízo
AUXILIARES
Serviços
Auxiliares do
Diretor do Foro
Auxiliares de
Encargo
DOS JUÍZOS
Secretarias de
Juízo Militar
Secretarias das
unidades
jurisdicionais do
Sistema dos
Juizados Especiais
Secretarias dos
grupos
jurisdicionais de
Turmas Recursais
XII – renovar, à própria custa, ato ou diligência XIII – utilizar pessoal ou recursos materiais da
invalidados por culpa sua, sem prejuízo da repartição em atividades ou trabalhos
penalidade em que possa incorrer; particulares;
XIII – observar as normas legais e XIV – exercer a acumulação remunerada de
regulamentares. cargos públicos, ressalvados os casos
constitucionalmente previstos;
XV – exercer quaisquer atividades que sejam
incompatíveis com o exercício do cargo ou da
função e com o horário de trabalho;
XVI – recusar-se a atualizar seus dados
cadastrais, quando solicitado.
PENAS DISCIPLINARES
PENAS REGRAS GERAIS
- Será aplicada por escrito nos casos de violação das seguintes proibições:
a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
b) retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
ADVERTÊNCIA
documento ou objeto da repartição;
c) recusar fé a documentos públicos;
d) opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviços;
j) corrupção;
k) acumulação ilegal de cargos ou funções públicas, se comprovada a
má-fé do servidor se o servidor estiver de boa-fé deverá optar por
um dos cargos e perderá o outro;
l) descumprimento de dever que configure o cometimento de falta
grave;
m) transgressão dos incisos IX a XVI do art. 129:
VIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade do exercício do cargo ocupado;
IX – participar de gerência ou administração de empresa privada ou de
sociedade civil; exercer comércio, exceto como acionista, cotista ou
comanditário, ou vincular-se a escritório de advocacia;
X – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XI – aceitar ou receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XII – proceder de forma desidiosa;
XIII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades
ou trabalhos particulares;
XIV – exercer a acumulação remunerada de cargos públicos,
ressalvados os casos constitucionalmente previstos;
XV – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou da função e com o horário de trabalho;
CASSAÇÃO DE - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor inativo
APOSENTADORIA OU que houver praticado, na atividade, falta punível com a pena de demissão.
DISPONIBILIDADE
- A pena de destituição de cargo em comissão exercido por servidor não
DESTITUIÇÃO DE CARGO
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infrações sujeitas à
EM COMISSÃO
penalidade de demissão.
- A pena de destituição de função comissionada será aplicada:
DESTITUIÇÃO DE
a) quando se verificar a falta de exação ou negligência no seu
FUNÇÃO
desempenho;
COMISSIONADA
b) nos casos de infrações sujeitas à penalidade de suspensão.
PRAZO
PENALIDADE AUTORIDADE COMPETENTE PARA APLICAR
PRESCRICIONAL
ADVERTÊNCIA Corregedor-Geral de Justiça, quando se tratar de 1 ano
advertência ou suspensão imposta aos servidores
lotados nas Secretarias do Tribunal de Justiça e da
Corregedoria-Geral de Justiça e nos órgãos
auxiliares da Justiça de primeiro grau, sem prejuízo
SUSPENSÃO do disposto abaixo; e 2 anos
Diretor do Foro, quando se tratar de pena imposta
a servidor dos Órgãos Auxiliares da Justiça de
Primeira Instância lotado em sua comarca.
DEMISSÃO
CASSAÇÃO DE
Presidente do Tribunal, por proposição do
APOSENTADORIA OU
Corregedor-Geral de Justiça ou do Diretor do Foro,
DISPONIBILIDADE
no caso de servidores lotados nas Secretarias do
DESTITUIÇÃO DE Tribunal de Justiça e da Corregedoria-Geral de 5 anos
CARGO EM Justiça e nos órgãos auxiliares da Justiça de
COMISSÃO primeiro grau.
DESTITUIÇÃO DE .
FUNÇÃO
COMISSIONADA
- Poderá resultar:
a) no arquivamento;
b) na instauração de processo disciplinar.
- É o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor, para
verificação do descumprimento dos deveres e das obrigações funcionais
e para aplicação das penas legalmente previstas, assegurada ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
- Será instaurado mediante portaria, que conterá, no mínimo, a
identificação funcional do acusado, a descrição dos atos ou dos fatos a
serem apurados, a indicação das infrações a serem punidas, o respectivo
enquadramento legal e os nomes dos integrantes da comissão
processante, e que será expedida pelo Diretor do Foro ou pelo
Corregedor-Geral de Justiça.
- O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três
servidores estáveis, designados pela autoridade instauradora, que
indicará, dentre eles, o seu Presidente, que deverá ser ocupante de cargo
efetivo superior ou de mesmo nível e ter nível de escolaridade igual ou
superior ao do acusado.
PROCESSO DISCIPLINAR - Se o interesse público o exigir e especialmente quando não houver
servidores de hierarquia superior à do acusado, a comissão poderá ser
composta, no todo ou em parte, por Juízes de Direito, sendo um desses
seu Presidente.
- A comissão disciplinar terá como secretário servidor designado pelo seu
Presidente, devendo a indicação recair em um de seus membros.
- A comissão exercerá suas atividades com independência e
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse público, podendo tomar depoimentos, realizar
acareações, diligências, investigações e adotar outras providências
pertinentes, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos.
- O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 dias
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.
13 - QUESTÕES
GABARITO: C
GABARITO: C
c) a cada vara e a cada unidade jurisdicional dos Juizados Especiais corresponde uma secretaria
integrada obrigatoriamente por servidores das carreiras de Técnico de Apoio Judicial, da
especialidade Escrivão Judicial, e de Perito Judicial.
d) o provimento efetivo dos cargos far-se-á por ato do Conselho da Magistratura e dependerá
de aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas e títulos.
Comentários
As alternativas B e D estão incorretas porque a nomeação nestes casos cabe ao Presidente do
Tribunal de Justiça. A alternativa C está incorreta porque, nos termos do art. 251, a cada vara,
unidade jurisdicional dos Juizados Especiais e grupo jurisdicional de Turmas Recursais corresponde
uma Secretaria de Juízo.
GABARITO: A
==124663==
13. TRE 24a Região (MS) – Auxiliar Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).
Inclui-se, dentre os deveres do servidor público,
a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do superior imediato.
b) participar da gerência ou administração de empresa privada ou de sociedade civil.
c) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuições de responsabilidade de seu subordinado.
d) exercer com acuidade, dedicação e probidade as atribuições do cargo, mantendo conduta
compatível com a moralidade administrativa.
e) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade.
Comentários
Lembrado que eu falei antes? Em muitas questões as bancas tentam confundir você simplesmente
misturando os deveres com as proibições. Nesta questão, por exemplo, temos um dever claramente
exposto na alternativa D, e todas as demais tratam de condutas proibidas ao servidor.
GABARITO: D
GABARITO: B
b) suspensão e demissão.
c) advertência e exoneração.
d) demissão e disponibilidade.
e) advertência e demissão.
Comentários
Em primeiro lugar, é importante deixar claro que os dois servidores cometeram transgressões
disciplinares previstas no art. 274. A primeira é mais severa, punida com a penalidade de demissão,
enquanto a segunda é considerada mais leve, punida com advertência, nos termos da Lei.
GABARITO: A
c) destituição do cargo.
d) suspensão, cujos efeitos cessarão uma vez cumprida a determinação.
5. TJM-MG – Oficial Judiciário – 2013 – FUMARC.
De acordo com a Lei Complementar nº 59/2001, a pena de advertência ou suspensão impostas
a servidor dos Órgãos Auxiliares da Justiça de Primeira Instância serão aplicadas pelo
a) Diretor do Foro, a servidor lotado em sua comarca.
b) Presidente do Tribunal de Justiça.
c) Corregedor-Geral de Justiça.
d) Juiz de Direito a que o servidor estiver vinculado.
6. TJM-MG – Oficial Judiciário – 2013 – FUMARC.
De acordo com a Lei Complementar nº 59/2001, o processo disciplinar desenvolve-se nas
seguintes fases:
a) denúncia, instrução, defesa, julgamento e recurso.
b) proposição, citação, impugnação, instrução e julgamento.
c) instauração, instrução, defesa, relatório, julgamento e recurso.
d) petição inicial, citação, contestação, saneamento, julgamento e recurso.
7. TJ-MG – Oficial Judiciário – 2012 – FUMARC.
Consoante a Lei Complementar nº 59/2001, é CORRETO afrmar que:
a) o Quadro de Pessoal dos Servidores da Justiça de Primeira Instância é integrado, entre
outros, por cargos em comissão, sem necessidade de concurso para seu de provimento.
b) a nomeação para os cargos integrantes do quadro a que se refere o artigo 251, será feita
pelo 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça.
c) a cada vara e a cada unidade jurisdicional dos Juizados Especiais corresponde uma secretaria
integrada obrigatoriamente por servidores das carreiras de Técnico de Apoio Judicial, da
especialidade Escrivão Judicial, e de Perito Judicial.
d) o provimento efetivo dos cargos far-se-á por ato do Conselho da Magistratura e dependerá
de aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas e títulos.
8. TJ-MG – Oficial Judiciário – 2012 – FUMARC (adaptada).
Não podem trabalhar na mesma Secretaria do Juízo servidores que sejam cônjuges,
companheiros por união estável ou parentes consanguíneos, em linha reta ou na linha
colateral, até o terceiro grau, salvo se aprovados em concurso púbico e os afins.
9. TJ-MG – Oficial Judiciário – 2012 – FUMARC (adaptada).
São deveres comuns aos servidores dos órgãos auxiliares dos Tribunais e da Justiça de Primeira
Instância, fornecer aos interessados, no prazo máximo de setenta e oito horas, salvo motivo
justificado, certidão de atos administrativos ou processuais.
13. 13 - TRE 24a Região (MS) – Auxiliar Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).
Inclui-se, dentre os deveres do servidor público,
a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do superior imediato.
b) participar da gerência ou administração de empresa privada ou de sociedade civil.
c) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuições de responsabilidade de seu subordinado.
d) exercer com acuidade, dedicação e probidade as atribuições do cargo, mantendo conduta
compatível com a moralidade administrativa.
e) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade.
14. TRE-RN – Técnico Judiciário – 2011 – FCC.
A advertência será aplicada na hipótese de
a) inassiduidade habitual.
b) recusar fé a documentos públicos.
c) aceitar comissão de estado estrangeiro.
d) praticar usura sob qualquer de suas formas.
e) proceder de forma desidiosa.
15. TRF 2a Região – Analista Judiciário – 2007 – FCC (adaptada).
Jonas e Daniel são servidores públicos estáveis que exercem suas atividades na Secretaria do
Tribunal de Justiça. Jonas ausentou-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização
do chefe imediato e Daniel recusou fé a documentos públicos. Considerando que ambos os
servidores não registram punições anteriores e são excelentes funcionários, de acordo com a
Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado de Minas Gerais, em regra, Jonas e Daniel
estão sujeitos a penalidade disciplinar de
a) advertência escrita.
b) advertência verbal.
c) suspensão e advertência escrita, respectivamente.
d) advertência escrita e suspensão, respectivamente.
e) advertência verbal e suspensão, respectivamente.
16. TRT 6a Região (PE) – Técnico Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).
Mário, técnico judiciário, no exercício de suas funções, utilizou-se de pessoal e recursos
materiais da repartição em atividades particulares; Pedro, técnico judiciário, no exercício de
suas funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo. Nesses
casos, Mário e Pedro, estão sujeitos, respectivamente, à penalidade de
a) demissão e advertência.
b) suspensão e demissão.
c) advertência e exoneração.
d) demissão e disponibilidade.
e) advertência e demissão.
13.3 - GABARITO
1. D 7. A 13. D
2. C 8. ERRADO 14. B
3. C 9. ERRADO 15. A
4. D 10. D 16. A
5. A 11. B
6. C 12. B
14 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Grande abraço!
Paulo Guimarães
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