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Aula 01 - Profº Tiago

Zanolla
TJ-BA - Legislação - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos

15 de Abril de 2023

05803980560 - Tais Dias dos Santos


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Índice
1) TJ-BA - Órgãos do Poder Judiciário Estadual
..............................................................................................................................................................................................3

2) Dos Órgãos Judicantes


..............................................................................................................................................................................................
10

3) Órgãos do Poder Judiciário Estadual - Questões Comentadas


..............................................................................................................................................................................................
38

4) Órgãos do Poder Judiciário Estadual - Lista de Questões


..............................................................................................................................................................................................
50

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA


BAHIA
Dos Órgãos do Poder Judiciário Estadual

A primeira lição que gosto de passar aos alunos é sobre a diferença entre Tribunal de Justiça e Poder
Judiciário.

O PODER JUDICIÁRIO refere-se a toda estrutura da Justiça Estadual que, pela dimensão e diferentes
formas de demanda, organiza-se nos seguintes órgãos:

Art. 34 - São órgãos do Poder Judiciário:


I - Tribunal de Justiça;
II - Juízes de Direito;
III - Tribunais do Júri;
IV - Juízes Auditores e Conselhos de Justiça Militar;
V - Juízes Substitutos;
VI - Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
VII - Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
VIII - Conselhos Municipais de Conciliação;
IX - Juízes de Paz; e
X - outros órgãos instituídos por lei

Infere-se que o Tribunal de Justiça é um dos órgãos do Poder Judiciário Estadual, o qual, por sua vez,
também se organiza em órgãos menores para julgar as demandas ordinárias (órgãos fracionários).

Em linhas gerais, utilizando ainda o exemplo da aula anterior, vimos no primeiro grau de jurisdição, o
processo é conduzido por um Juiz de Direito (um dos órgãos do Poder Judiciário).

Quando uma das partes (Maria ou José) interpõe o recurso, a litigância chega à segunda instância do
Judiciário Estadual, nesse caso, ao Tribunal de Justiça.

O recurso é feito para que os Desembargadores (magistrados de segundo grau) possam atacar as
decisões dos magistrados de primeiro grau.

Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a
Capital e Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo
presidido por 01 (um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-
Presidente, 2º Vice-Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.

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Mas, será que o processo entre Maria e José precisa ser julgado por todos os Desembargadores? Claro
que não.

Por isso, o Tribunal se organiza em órgãos fracionários:

Art. 40 - O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em órgãos


fracionários, na forma disposta no Regimento Interno.

Como sabemos que o Tribunal de Justiça é organizado pelo Regimento Interno, vamos lá dar uma
espiada para saber quais são esses órgãos fracionários

REGIMENTO INTERNO TJ-BA


Art. 9° – São Órgãos do Tribunal:
I – Tribunal Pleno;
II – Conselho da Magistratura;
III – Seções Cíveis Reunidas;
IV – Seções Cíveis de Direito Público e de Direito Privado;
V – Seção Criminal;
VI – Câmaras e Turmas Cíveis;
VII – Câmaras e Turmas Criminais.

É a um desses órgãos que o processo de Maria e José será distribuído (todo processo sujeito à jurisdição
de mais de um juízo deve ser distribuído).

É só raciocinar: o processo entre Maria e José possui algo especial? Tem alguém com prerrogativa de
foro? Envolve crimes de responsabilidade?

Não, é apenas um processo comum entre pessoas comuns. O processo, então, será julgado por uma das
Câmaras. Como o que se discute são bens materiais, o processo vai para uma das Câmaras Cíveis.

REGIMENTO INTERNO
Art. 96 – Compete a cada Câmara Cível processar e julgar:
V – a apelação cível;

Na verdade, será julgado, inicialmente, pelas TURMAS CÍVEIS:

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REGIMENTO INTERNO
Art. 97 – Será realizada uma sessão de julgamento semanal de cada Câmara Cível, em dia fixo definido pelo
Presidente de cada Órgão Julgador.
§1º – O julgamento das ações indicadas nos incisos III e IV do art. 96 deste Regimento, no âmbito da Câmara
Cível, dar-se-á por Turma Julgadora composta pelo Relator e pelos quatro Desembargadores que o
sucederem na ordem decrescente de antiguidade no Órgão Julgador.
§2º – O julgamento dos demais processos, no âmbito da Câmara Cível, dar-se-á por Turma Julgadora
composta pelo Relator e pelos dois Desembargadores que o sucederem na ordem decrescente de
antiguidade no Órgão Julgador.

Mas chega de falar do Regimento Interno :P. Apenas queria lhe dar um “norte” sobre a estrutura do TJ.
Para você não esquecer, é esta:

TRIBUNAL PLENO

CONSELHO DA MAGISTRATURA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SEÇÕES CÍVEIS REUNIDAS
JUÍZES DE DIREITO SEÇÕES CÍVEIS DE DIREITO
PÚBLICO E DE DIREITO PRIVADO
JUÍZES SUBSTITUTOS
SEÇÃO CRIMINAL
TRIBUNAIS DO JÚRI CÂMARAS E TURMAS CÍVEIS
ÓRGÃOS DO PODER
JUÍZES AUDITORES E CONSELHOS CÂMARAS E TURMAS CRIMINAIS
JUDICIÁRIO DO
DE JUSTIÇA MILITAR
ESTADO DA BAHIA
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E
CRIMINAIS

TURMAS RECURSAIS DOS


JUIZADOS

JUÍZES DE PAZ

CONSELHOS MUNICIPAIS DE
CONCILIAÇÃO

OUTROS INSTITUÍDOS POR LEI

“Tá bom”! Já que você perguntou, abaixo replico, rapidamente, o que faz cada órgão.

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ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO


ÓRGÃO O QUE FAZ COMPOSIÇÃO
Tribunal de Justiça Órgão supremo do Poder Judiciário do Estado, com sede na Capital. Compõe-se de TODOS os desembargadores, nomeados ou
promovidos de acordo com as normas constitucionais
(atualmente são 70)
Juízes de Direito e É o magistrado. Integram as comarcas, varas judiciárias, juizados ou diretorias.
Juiz Substituto Cada Juiz terá lotação em unidade judicial própria.
Aquele ingressado na carreira segundo os preceitos constitucionais,
proferindo as decisões nas demandas no respectivo grau de jurisdição;

O cargos inicial da magistratura é o de Juiz Substituto


Juizados Especiais Têm competência para o processamento, a conciliação, o julgamento São compostos por Juízes do Sistema dos Juizados, togados e
e a execução de título judicial ou extrajudicial, das causas cíveis de leigos, e, ainda, por conciliadores,
menor complexidade e de infrações penais de reduzido potencial
ofensivo, definidas pela Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de
1995.
Turmas Recursais Compete ao Presidente da Turma Recursal processar e exercer juízo de São compostas por Juízes de Direito com jurisdição na
dos Juizados admissibilidade em recursos interpostos contra suas decisões, bem Comarca de Salvador, escolhidos pelo Tribunal de Justiça
Especiais Cíveis e como prestar as informações que lhe forem requisitadas entre os mais antigos dentre os integrantes do Sistema dos
Criminais Juizados, para um período de 1 (um) ano, permitida uma
recondução.
Justiça de Paz tem competência para verificar, de ofício ou em face de impugnação, Em cada sede de Município haverá, no mínimo, um Juiz de Paz
o processo de habilitação de casamento, celebrar casamentos civis e e um suplente (eleitos pelo voto com mandato de quatro
exercer atribuições conciliatórias e outras, exceto quanto a matéria anos).
criminal.
Tribunais do Júri Compete o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, tentados ou Haverá em cada sede de comarca um Tribunal do Júri, com a
consumados, e de outros crimes comuns que lhes forem conexos. organização e a competência estabelecidas em lei.
Conselhos Tem competência para a conciliação de causas cíveis de menor Haverá, nas Comarcas Não-Instaladas, Conselhos Municipais
Municipais de complexidade, de valor não excedente a 20 vezes o salário mínimo. de Conciliação, que terão competência para a conciliação de
Conciliação causas cíveis e de família.
Poderá o Conselho Municipal de Conciliação apreciar, até a
conciliação, as causas cíveis de valor superior a 20 salários mínimos e
as de família, desde que os demandantes se façam acompanhar por
advogados.

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Juízes Auditores e Compete-lhe processar e julgar, exclusivamente, os policiais e A Justiça Militar Estadual é exercida:
Conselhos de bombeiros militares, nos ilícitos militares definidos em lei.
Justiça Militar I - em primeiro grau, pelos Juízes Auditores e pelos Conselhos
de Justiça Militar;

II - em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça.

ÓRGÃOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Tribunal Pleno É o órgão deliberativo máximo, com competência É presidido pelo Presidente do TJ e é constituído por TODOS os
administrativa e jurisdicional. Desembargadores.
Conselho da Entre outras, funciona como Órgão de disciplina geral membros natos o Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça,
Magistratura dos Juízes e Servidores de Justiça o Corregedor Geral de Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior e de mais
2 (dois) Desembargadores, sendo um integrante das Seções Cíveis e o outro da
Seção Criminal.
==2b9247==

Seção Cível de São os órgãos julgadores É constituída pelos Desembargadores membros da 2ª, da 3ª e da 5ª Câmaras Cíveis
Direito Público ordinários
Seção Cível de Desembargadores membros da 1ª e da 4ª Câmaras Cíveis e da Turma Cível da Câmara Especial do
Direito Privado Extremo Oeste Baiano.
Seções Os 12 (doze) Desembargadores mais antigos de cada Seção Cível

Cíveis Reunidas
Seção Criminal Desembargadores da 1ª e 2ª Câmaras Criminais e os da Turma Criminal da Câmara Especial do
Extremo Oeste
Câmaras Cíveis e 5 Desembargadores em cada
Criminais
Turmas 3 Desembargadores em cada

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São diversos órgãos. Por isso, o Poder Judiciário baiano se organiza em quatro grandes “classes” de
órgãos,

I - órgãos judicantes, colegiados e singulares – As funções judicantes são exercidas por


magistrados exceto pelos jurados e os conciliadores e Juízes leigos integrantes dos Juizados
Especiais e dos Conselhos Municipais de Conciliação.

Eu acredito que você saiba o que é função judicante, mas, caso não, trata-se da jurisdição exercida
pelo Estado como solução de demandas levadas ao conhecimento do Poder Judiciário.

Como sabemos, em primeiro grau as decisões são tomadas por órgãos singulares, ou seja, pelos
juízes de direito (salvo nas hipóteses dos júris);

Já na segunda instância, as decisões são tomadas em conjunto pelos Desembargadores nos órgãos
colegiados.

II - órgãos de correição – As funções correcionais são exercidas por magistrados.

A função correicional tem como princípio a função administrativa de orientação, de fiscalização e


disciplinar, a serem exercidas nos órgãos judiciários, nos órgãos auxiliares da Justiça de primeiro grau
e nos serviços de notas e de registro do Estado,

III - órgãos auxiliares, judiciais e extrajudiciais – As funções dos órgãos auxiliares e são exercidas
por servidores recrutados na forma da lei.

 Os Ofícios da Justiça são órgãos extrajudiciais que compreendem os serviços notariais e de


registros públicos.
 As Serventias da Justiça são os órgãos auxiliares do Foro Judicial.

IV - órgãos de apoio técnico-administrativo - São órgãos de apoio técnico-administrativo as


Secretarias do Tribunal de Justiça. As funções dos órgãos de apoio técnico-administrativo são
exercidas por servidores recrutados na forma da lei.

É interessante fixar as palavras-chave de cada classe:

O Código de Organização assim os divide:

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Na definição da competência dos órgãos jurisdicionais, visará o Tribunal Pleno à especialização e à


descentralização das funções jurisdicionais (Art. 45).

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DOS ÓRGÃOS JUDICANTES

Do Tribunal de Justiça

O Tribunal de Justiça é o órgão máximo do Poder Judiciário Estadual. É corporificado por meio de seus
membros, os DESEMBARGADORES.

Você deve se lembrar que falamos na aula anterior que no primeiro grau, o processo é julgado por um juiz
que toma uma decisão monocrática. Em segundo grau, atuam os Desembargadores por meio de órgãos
colegiados para decidir sobre os processos pelo voto. Em instâncias extraordinárias, os ministros dos
tribunais superiores se reúnem em turmas para o julgamento dos recursos.

Assim, quando você encontrar Tribunal de Justiça com letras maiúsculas na norma, está se referindo ao
segundo grau. Portanto, Tribunal de Justiça é um órgão colegiado constituído de juízes de segunda
instância, denominados "Desembargadores".

A forma de provimento do cargo de Desembargador também já antecipamos na aula anterior. Existem os


membros oriundos da carreira da magistratura e os membros oriundos do quinto constitucional (advogados
e membros do Ministério Público Estadual) conforme mandamento constitucional.

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira,
e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Assim, o provimento do cargo de desembargador dar-se-á por acesso (promoção de juiz de carreira) ou
nomeação (membro oriundo do quinto constitucional).

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No caso dos MEMBROS DA MAGISTRATURA, o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á mediante promoção
dos membros de última entrância por antiguidade E merecimento, alternadamente, apurados na última
entrância.

 Antiguidade - é uma lista que faz o que o nome diz. Enumera, do mais antigo para o mais novo, a
relação de magistrados. Recusado o primeiro nome da relação, pela maioria de dois terços dos
membros do Tribunal (Constituição Federal, artigo 93, II, “d”), repetir-se-á votação do nome
imediato, e assim sucessivamente, até se fixar a indicação.
 Merecimento - É apurado mediante critérios objetivos (quantidade de sentenças, aprimoramento
etc.), fixados em regulamento pelo Tribunal.

Juízes de Direito NÃO pertencem ao Tribunal de Justiça. A magistratura


de 1º grau é órgão do Poder Judiciário do Estado. Portanto, TODOS os
órgãos do Tribunal de Justiça têm como membros os Desembargadores.

Já quanto aos membros oriundos do quinto, serão escolhidos dentre:

 Membros do Ministério Público  com mais de 10 anos de carreira (conta-se após a


nomeação e posse);
 Advogados  de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional (contados após a inscrição como advogado na OAB).

Ambos são indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes (MPE ou
OAB). Havendo vaga e, verificando-se que se trata de cargo a ser provido pelo quinto constitucional, o
Presidente do TJ comunicará ao Procurador-Geral da Justiça (chefe do Ministério Público Estadual) ou ao
Presidente da OAB-Bahia, solicitando o encaminhamento da lista sêxtupla.

Recebidas as indicações, o Tribunal de Justiça (Tribunal Pleno) formará lista tríplice, presentes pelo
menos 2/3 dos membros efetivos, enviando-a ao Poder Executivo que, nos 20 (vinte) dias
subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Art. 39 - O cargo de Desembargador será provido mediante acesso dos Juízes de Direito da última entrância,
pelos critérios de antigüidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º - Um quinto dos lugares será preenchido por membros do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes.
§ 2º - Recebidas as indicações referidas no parágrafo anterior, o Tribunal de Justiça formará lista tríplice,
enviando-a ao Governador do Estado que, nos 20 (vinte) dias subseqüentes, nomeará um dos integrantes para o
cargo.

Em síntese:

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Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas a serem preenchidas pelo quinto constitucional, uma
delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por advogado e por membro do Ministério Público, em
razão do critério da paridade.

Ainda, existem hipóteses que um Juiz de Direito pode atuar no segundo grau. É o caso das substituições a
Desembargador.

Art. 46 - As substituições de Desembargadores far-se-ão de acordo com as normas estabelecidas no Regimento


Interno do Tribunal de Justiça, observadas as disposições desta Lei.
Art. 47 - O magistrado que for convocado para substituir na segunda instância perceberá, a esse título, a
diferença entre os subsídios auferidos e os correspondentes ao do cargo que passar a exercer, inclusive diárias,
quando for o caso.

Composição do tribunal
Atualmente, o Tribunal de Justiça compõe-se de 70 Desembargadores, sendo presidido por 01 (um) de seus
integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente,
Corregedor-Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.

A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do Tribunal Pleno, que
deverá ser remetida na forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa para apreciação.

E foi o que justamente fez o Tribunal em meados de 2018

Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e
Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por 01
(um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-
Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.
Redação de acordo com a Lei nº 13.964 de 13 de junho de 2018.

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E nesse ponto eu preciso ressaltar um aspecto MUITO IMPORTANTE.

Se você ler o Regimento Interno do TJ-BA, encontrará a seguinte redação:

Art. 4° – O Tribunal de Justiça compõe-se de 57 (cinquenta e sete) Desembargadores,


dividindo-se em 2 (duas) Seções Cíveis, constituídas de 5 (cinco) Câmaras, e 1 (uma) Criminal,
constituída de 3 (três) Câmaras. (RESOLUÇÃO N. 05/2014, PUBLICADA EM 23/04/2014).

Qual dos dois está correto? Para fins de prova, os dois!

Os 70 Desembargadores, previstos em LEI, são o limite máximo que o Tribunal pode se organizar. Portanto,
o TJ pode se organizar e ter em exercício um número menor de membros, essa é a lógica.

O problema é que 57 é um número já há muito defasado, pois já em Dezembro de 2014 tivemos outra
alteração da quantidade de membros.

Como agir em provas?

Você deve ficar atento ao enunciado da questão.

a) Se a questão pedir “de acordo com o regimento interno”, são 57 Desembargadores;


b) Se a questão pedir de acordo com a Lei n. 10.845/2007, são 70 Desembargadores;
c) Se a questão não informar, vá pelo bom senso e analise todas as alternativas (é muito provável que
não conste ambos os números na mesma questão, pois, se constar, é passível de anulação).

Cargos de direção
Como vimos acima, o Tribunal tem cinco cargos de Direção:

PRESIDENTE DO TRIBUNAL

1º VICE-PRESIDENTE
CARGOS DE
2º VICE-PRESIDENTE
DIREÇÃO
CORREGEDOR-GERAL

CORREGEDOR DAS COMARCAS DO


INTERIOR

A eleição é realizada pelo Tribunal Pleno. Os ocupantes de cargos de direção são eleitos por maioria
absoluta de votos dentre os Desembargadores mais antigos, por 2 (dois) anos, vedada a reeleição (somente

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os Desembargadores votam e podem ser votados). As demais regras sobre eleição são fixadas no
Regimento Eterno, quer dizer, Interno (rs).

Art. 43 - O Regimento Interno do Tribunal de Justiça estabelecerá as competências e atribuições dos cargos
administrativos ocupados por Desembargadores na qualidade de Presidente, Vice-Presidentes e Corregedores
da Justiça, além daquelas previstas em lei.

Sede e jurisdição
Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e
Jurisdição em todo o território estadual [...]

É essencial diferenciar sede de jurisdição.

A sede, ou seja, o prédio central que concentra a Administração de todo o Tribunal fica em SALVADOR. Já
a jurisdição, que é o espaço sob autoridade/competência do Tribunal de Justiça é todo o Estado da Bahia.

Imagine que o Poder Judiciário é uma empresa que tem várias unidades. As filiais, espalhadas pelo Estado
é como se fossem o 1º grau. A matriz, que fica geralmente na capital, é a sede/matriz da empresa em que
trabalham o presidente e os diretores. A matriz, exerce o poder máximo daquela empresa. A matriz é como
se fosse o Tribunal de Justiça que, justamente tem sua sede em Salvador e ali ficam os desembargadores e
fica estabelecida a cúpula diretiva (presidente, vice-presidentes, corregedor etc.).

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Funcionamento do Tribunal
O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em órgãos fracionários,
na forma disposta no Regimento Interno.

Art. 40 - O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em órgãos


fracionários, na forma disposta no Regimento Interno.
Parágrafo único - O Tribunal de Justiça poderá, através de resolução, criar o Órgão Especial a que alude o art. 93,
XI, da Constituição Federal.

Como a forma de funcionamento é disciplinada no Regimento, precisamos recorrer a ele. As sessões estão
normatizadas no Art. 56:

==2b9247==

ÓRGÃO SESSÕES
Tribunal Pleno realizará 1 (uma) sessão ordinária judicante e 1
(uma) sessão administrativa, por mês.
Conselho da Magistratura até 2 (duas) sessões ordinárias, por mês.
A Seção Cível de Direito Público até 2 (duas) sessões, por mês.
Seção Cível de Direito Privado até 2 (duas) sessões, por mês.
Seções Cíveis Reunidas até 2 (duas) sessões, por mês.
Seção Criminal até 2 (duas) sessões, por mês.
Câmaras Cíveis realizarão até 4 (quatro) sessões, por mês
Turmas Cíveis realizarão até 4 (quatro) sessões, por mês
Câmaras Criminais realizarão 1 (uma) sessão, por mês
Turmas Criminais até 3 (três) sessões, por mês.

O que seria o órgão especial citado no parágrafo único do art. 40?

A possibilidade de criação de um órgão especial está prevista na Constituição:

Art. 93 [...] XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a
outra metade por eleição pelo tribunal pleno;

O órgão especial desempenha funções delegadas pelo Tribunal Pleno. Imagine como é complexo reunir
os 70 Desembargadores para uma sessão do Pleno (imagine em Tribunais maiores que tem 140, 180, 200
Desembargadores). Por isso, as funções do Tribunal Pleno são delegadas ao Órgão Especial, desde que
existente.

Só tem um problema: o TJ-BA não criou um órgão especial.

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REGIMENTO INTERNO TJ-BA


Art. 9° – São Órgãos do Tribunal:
I – Tribunal Pleno;
II – Conselho da Magistratura;
III – Seções Cíveis Reunidas;
IV – Seções Cíveis de Direito Público e de Direito Privado;
V – Seção Criminal;
VI – Câmaras e Turmas Cíveis;
VII – Câmaras e Turmas Criminais.

Além disso, o Tribunal pode descentralizar ou desconcentrar suas atividades.

Art. 41 - O Tribunal de Justiça poderá funcionar:


I - descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, abrangendo uma ou mais Subseções Judiciárias,
Regiões, Circunscrições e Comarcas; e
II - desconcentradamente, criando Subseções ou Regiões Judiciárias para a operacionalização de suas atividades
administrativas, objetivando a eficiência e a eficácia de seus serviços.

A descentralização consiste em transferir as atividades de um órgão para outro. Já a desconcentração é distribuir os


serviços dentro do mesmo órgão.

COMISSÕES INTERNAS

As Comissões colaborarão no desempenho dos encargos do Tribunal.

Art. 42 - O Tribunal de Justiça constituirá comissões internas, cuja composição, atribuições e funcionamento
serão disciplinados pelo Regimento Interno.

O Tribunal conta com comissões permanentes e poderá criar Comissões temporárias, para os fins que
indicar.

REGIMENTO INTERNO
Art. 111 – São permanentes:
I – Comissão de Reforma Judiciária, Administrativa e Regimento Interno;
II – Comissão de Jurisprudência, Revista e Documentação Jurídica, e Biblioteca;

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III – Comissão de Memória;


IV – Comissão de Segurança.

Segundo o Regimento Interno, as Comissões permanentes serão constituídas de 4 (quatro) membros e 3


(três) suplentes, eleitos por 2 (dois) anos pelo Tribunal Pleno, no início de cada biênio, os quais elegerão o
seu Presidente. As Comissões temporárias são compostas de 3 (três) membros, no mínimo, a critério do
Tribunal.

CONSELHO DA MAGISTRATURA

O Conselho da Magistratura, com função administrativa e disciplinar e do qual são membros natos o
Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça, o Corregedor Geral de Justiça e Corregedor
das Comarcas do Interior, compor-se-á de mais 2 (dois) Desembargadores, sendo um integrante das Seções
Cíveis e o outro da Seção Criminal.

PRESIDENTE DO TRIBUNAL
1º VICE-PRESIDENTE
05 MEMBROS NATOS 2º VICE-PRESIDENTE
CORREGEDOR-GERAL
CORREGEDOR DAS
CONSELHO DA COMARCAS DO INTERIOR
MAGISTRATURA
01 DESEMBARGADOR DA
SEÇÃO CÍVEL
MEMBROS ELEITOS
02 (MESMA SESSÃO DOS CARGOS
DE DIREÇÃO)
01 DESEMBARGADOR DA
SEÇÃO CRIMINAL

O que COJE-BA fala muito pouco das atribuições do CM:

Art. 44 - O Conselho da Magistratura, ouvida a Corregedoria-Geral da Justiça, poderá:


I - uniformizar procedimentos, visando a atender aos princípios da economia e da celeridade processual; e
II - declarar qualquer unidade de divisão judiciária em regime de exceção.

Somente em casos especiais será declarado o regime de exceção, caracterizado por vacância ou
afastamento prolongado, a qualquer título, do Juiz titular ou, ainda, por excessivo acúmulo de processos
em andamento, sendo os feitos acumulados divididos segundo critérios objetivos e equitativos a serem
fixados pela Corregedoria Geral da Justiça.

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Ainda, é importante saber que o CM tem função disciplinar e administrativa face a Juízes e Servidores, bem
como outras funções valiosas dentro do TJ.

Vejamos o que diz o Regimento Interno:

REGIMENTO INTERNO
Art. 102 – Compete ao Conselho da Magistratura:
I – funcionar como Órgão de disciplina geral dos Juízes e Servidores de Justiça:
II – julgar as habilitações nos casos de transferência, remoção, permuta e promoção de juízes;
III – deliberar sobre os pedidos de remoção e permuta de Servidores sujeitos à fiscalização das Corregedorias;
IV – processar e julgar as representações contra juízes que excederem os prazos legais.
Art. 103 – Compete, ainda, ao Conselho da Magistratura:
I – discutir sobre a proposta do orçamento da despesa do Poder Judiciário e sobre as
propostas de abertura de créditos especiais, a serem examinadas pelo Tribunal Pleno;
II – exercer controle sobre a execução do orçamento da despesa do Poder Judiciário;
III – declarar a vacância de cargo, por abandono, nas serventias de Justiça;
IV – propor ao Tribunal Pleno a instauração de processo administrativo-disciplinar contra Magistrado, quando,
ao julgar processos de sua competência, entender ter havido o cometimento de falta passível de penalidade;
V – julgar os recursos interpostos contra decisões em concursos para nomeação de cargos de Servidores da
Justiça, bem como homologá-los e indicar candidatos à nomeação;
VI – impor penas disciplinares aos Servidores da Justiça;
VII – julgar os processos administrativos para a apuração de falta grave ou invalidez de Servidores da Justiça;
VIII – autorizar os Servidores da Justiça a exercerem Comissões temporárias, a prestarem serviços em outros
Órgãos públicos e a exercerem cargos eletivos;
IX – julgar os recursos interpostos contra as decisões dos Corregedores da Justiça;
X – determinar, em geral, todas as providências que forem necessárias, a garantir o regular funcionamento dos
Órgãos da Justiça;
XI – declarar em regime de exceção qualquer Comarca ou Vara, nos termos da Lei de Organização Judiciária.

Dos Órgãos Judicantes do Primeiro Grau

As funções judicantes são exercidas por magistrados (excetuam-se os jurados e os conciliadores e Juízes
leigos integrantes dos Juizados Especiais e dos Conselhos Municipais de Conciliação).

A Magistratura de Primeiro Grau é constituída de (Art. 48):

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Nós ainda não estudamos, mas é interessante que você saiba sobre a classificação das comarcas.

Art. 25 - As Comarcas são classificadas em três entrâncias: inicial, intermediária e final.

A classificação e a reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de lei, e obedecerão a fatores
objetivos, relacionados com a extensão territorial, o número de habitantes, o colégio eleitoral, o movimento
forense e a receita tributária, observados outros critérios.

Em apertada síntese, os cargos da magistratura de primeiro grau refletem a vida funcional do Juiz.

Art. 63 - São requisitos para promoção do Juiz Substituto para Juiz de Direito, no que couber, os exigidos para
promoção de entrância a entrância.

Ele começa como JUIZ SUBSTITUTO. Após, pode ir aproveitando as promoções que surgirem e ir passando
pelas entrâncias. A cada entrância, ocupará o cargo correspondente a ela. Depois de um longo tempo, pode
se tornar Juiz Substituto de 2º Grau. É sobre isso que falaremos neste capítulo.

Comecemos do início.

Do concurso, posse e exercício


O ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e
títulos, com validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado por igual período.

Art. 181 - O ingresso na magistratura de carreira dar-se-á no cargo de Juiz Substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de
classificação.

O concurso contará com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se
do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação.

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A comprovação do período de 3 (três) anos de atividade jurídica deverá ser realizada no momento da
inscrição definitiva no concurso. Caso não haja a fase de inscrição definitiva, deve ser comprovada no
momento de apresentação dos títulos.

Art. 58 - Com o pedido de inscrição, deverá o candidato juntar o seu curriculum vitae, contendo a indicação de
todos os cargos que houver exercido, ficando a seu arbítrio a apresentação de títulos comprobatórios da sua
capacidade intelectual.
Art. 59 - O Regimento Interno do Tribunal de Justiça disciplinará a forma e as condições de realização do
concurso, cabendo à Comissão de Concurso elaborar o Regulamento respectivo.

Os Juízes Substitutos serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça perante a Comissão de
Concurso. A comissão é integrada pelo Decano do Tribunal de Justiça, que será o seu Presidente, 2 (dois)
Desembargadores Titulares e 2 (dois) Suplentes, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Art. 55 - O ingresso na Magistratura far-se-á pela posse e assunção em exercício no cargo de Juiz Substituto,
após nomeação pelo Presidente do Tribunal de Justiça, na forma prevista na Constituição Federal.
Art. 56 - Os Juízes Substitutos serão nomeados mediante aprovação em concurso de provas e títulos, perante a
Comissão de Concurso, integrada pelo Decano do Tribunal de Justiça, que será o seu Presidente, 2 (dois)
Desembargadores Titulares e 2 (dois) Suplentes, indicados pelo Tribunal de Justiça.
Parágrafo único - A comissão examinadora de cada concurso contará com um representante da OAB, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção da Bahia.

O magistrado nomeado tomará posse PESSOALMENTE e entrará em exercício no prazo de 30 dias


contados da data de publicação do ato de nomeação e, quando promovido ou removido, assumirá o
exercício no mesmo prazo. Havendo motivo justo, o prazo poderá ser prorrogado por 30 dias.

É o Presidente que dá posse aos JUÍZES SUBSTITUTOS e também aos DESEMBARGADORES. No ato da
posse o magistrado prestará compromisso perante o TJ ou o seu presidente.

Art. 183 - O Presidente do Tribunal de Justiça dará posse aos Juízes Substitutos, tomando-lhes o compromisso
de desempenhar com retidão as funções do seu cargo, de bem e fielmente cumprir e fazer cumprir a Constituição
e as leis do País, lavrando-se, em livro próprio, o respectivo termo, do qual constará sua declaração de bens.
§ 1º - Prestará, também, compromisso de posse perante o Tribunal de Justiça ou o seu Presidente, o magistrado
que tiver acesso ao cargo de Desembargador.
§ 2º - O compromisso é ato pessoal do magistrado e não poderá ser prestado por procurador.

A nomeação, a promoção e a remoção ficarão automaticamente sem efeito se o magistrado não entrar em
exercício no prazo estabelecido.

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Assim como o servidor deve satisfazer uma série de requisitos, o magistrado também o deverá.

Art. 57 - Para ser admitido no concurso, que será válido por 2 (dois) anos, prorrogáveis por igual período, o
candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser brasileiro, estar em exercício dos direitos civis e políticos e em dia com as obrigações do serviço militar;
II - não ter mais de 65 (sessenta e cinco) anos de idade no último dia de inscrição;
III - ser bacharel em Direito;
IV - fazer prova de bons antecedentes, mediante certidão da escrivania competente da jurisdição onde residiu,
depois de completar 18 (dezoito) anos, e de idoneidade moral;
V - comprovar o exercício, posterior à obtenção do grau de bacharel em Direito, de 3 (três) anos de atividade
jurídica, admitindo-se, no cômputo desse período, os cursos de pós-graduação na área jurídica reconhecidos
pelas Escolas Nacionais de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados de que tratam o art. 105, parágrafo
único, I, e o art. 111-A, § 2º, I, da Constituição Federal, ou pelo Ministério da Educação, desde que integralmente
concluídos, com aprovação.

A nomeação dos aprovados far-se-á por ato do Presidente do Tribunal de Justiça pela ordem rigorosa de
classificação.

Art. 61 - A nomeação do Juiz Substituto obedecerá, rigorosamente, à ordem de classificação no respectivo


concurso.
Art. 182 - A nomeação dos aprovados far-se-á por ato do Presidente do Tribunal de Justiça, obedecendo-se à
ordem de classificação e demais prescrições legais e regulamentares. A investidura ocorre com a posse e
assunção em exercício no cargo.

A nomeação será precedida de inspeção de saúde e de sindicância sobre a vida pregressa do candidato
aprovado, realizada a partir de informações colhidas na forma e no prazo definidos no Regulamento de
Concurso.

Ah! Antes que eu esqueça.

A nomeação do magistrado é em caráter vitalício, mas ele só a adquire após dois anos de efetivo exercício.

Art. 62 - O processo de vitaliciedade observará as regras dispostas no Regimento Interno do Tribunal de Justiça.

A partir da posse e enquanto perdurar o estágio probatório, as atividades do Juiz, respeitadas a sua
independência e dignidade, serão especialmente acompanhadas pelo Corregedor-Geral da Justiça.

A avaliação de desempenho constitui condição para aquisição da estabilidade/vitaliciedade e tem como


finalidade avaliar a capacidade e a aptidão do para o exercício do cargo. Tanto para servidores quanto para
magistrados é necessário o preenchimento dos requisitos do estágio probatório. Caso sejam considerados
inaptos, abrir-se-á procedimento para a exoneração.

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Art. 184 - Nomeado, submeter-se-á o Juiz Substituto a estágio probatório, conforme dispuser Resolução do
Tribunal de Justiça e provimento da Corregedoria Geral da Justiça.

E o que seria a vitaliciedade? É a garantia de só perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.

Do juiz substituto
Um Juiz de Direito, quando titular de vara, terá sua lotação na respectiva escrivania e atuará exclusivamente
nos feitos desta. É na vara de lotação que os magistrados em jurisdição, podendo conhecer e julgar apenas
os feitos que lhe forem distribuídos. Entretanto, pode ser que o magistrado seja designado
temporariamente para atuar em outra unidade judicial. Nessa hipótese, cumulará as atividades judicantes
de ambas.

Já o Juiz Substituto (cargo inicial da carreira) tem uma atuação um pouco diferente. Por exemplo, imagine
uma comarca com três serventias. Há, portanto, três juízes titulares, uma para cada uma delas. É certo que
hora ou outra os juízes não estarão presentes, seja por faltas, licenças, férias etc. Para isso, existe a figura
do Juiz Substituto. Hora o Substituto atua em regime de cooperação, hora em regime pleno. Isso, porque,
além das substituições nas ausências e impedimentos, os substitutos também atuam em processos das
varas, mediante uma distribuição específica de trabalho. Enfim, no nosso exemplo, o Substituto tem
exercício na comarca e atuará nos feitos conforme distribuição/substituição para o qual for designado.

Agora, pode ser que, em determinados casos, o Substituto seja designado para atuar exclusivamente em
uma serventia, dividindo os trabalhos em regime de cooperação com o magistrado titular, ou pode também
ser designado para atuar em substituição/cooperação em um grupo de unidades judiciais.

Art. 49 - O Juiz Substituto, quando designado para responder por unidade de divisão judiciária, salvo se em
regime de cooperação, terá competência plena.
Art. 50 - Ouvidos os Corregedores, poderá o Presidente do Tribunal de Justiça designar Juiz Substituto para ter
exercício em qualquer unidade de divisão judiciária do Estado.
Art. 51 - O Juiz Substituto, quando não estiver em exercício de substituição, prestará cooperação aos Juízes de
Direito das Varas das Comarcas.

Peguemos o exemplo aqui da minha Comarca, em Cascavel no Paraná que tem 18 varas judiciais, tendo,
então, 18 juízes titulares. Temos também seis juízes substitutos que atuam em regime de cooperação com
os titulares. A divisão de atribuições, então, é a seguinte:

Subseção Atribuições Juiz Substituto


1ª 1ª e 4ª Varas Cíveis. 4ª Criminal Nome
2ª 3ª e 5ª Varas Cíveis. VEP Nome

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3ª 2ª Vara Cível e Fazenda Pública Nome


4ª 1ª e 2ª Varas de Família e Vara da Infância e Juventude Nome
5ª 1ª, 2ª e 3ª Varas Criminais Nome
6ª 1º, 2º e 3º Juizados Especiais Nome

Aqui, cabe ao Juiz de Direito Substituto das subseções formadas por duas varas a presidência de até 30% do
volume de processos distribuídos em cada uma das varas, adotando-se como parâmetro os registros dos
autos com final 1 (um), 2 (dois) e 3 (três), ou critério diverso a ser definido consensualmente com o juiz
titular.

Cabe ao Juiz de Direito Substituto das subseções formadas por três varas a presidência de até 20% do
volume de processos distribuídos em cada uma das varas, adotando-se como parâmetro os registros dos
autos com final 1 (um) e 2 (dois), ou critério diverso a ser definido consensualmente com o juiz titular.

Agora, quando ele está respondendo exclusivamente, como, por exemplo, substituindo um juiz titular, a
competência dele é plena na vara.

Bem, essas eram as regras mais importantes acerca dos Substitutos. Abaixo, replico os demais itens do
capítulo.

Art. 52 - À falta de Juiz Substituto, o Tribunal Pleno poderá designar Juiz de Direito, mediante o prévio
assentimento deste, para temporariamente exercer funções judicantes em qualquer Comarca ou Vara do Estado,
com competência plena ou limitada.
Art. 53 - Nas Comarcas com mais de duas Varas em que não houver Juiz Substituto disponível, os Juízes de Direito
serão substituídos:
I - por Juiz de Direito com a mesma competência; e
II - por Juiz de Direito de competência diversa.
§ 1º - Na designação do Juiz Substituto deverá ser observada a ordem decrescente de antigüidade na entrância,
sendo o mais novo substituído pelo mais antigo.
§ 2º - Salvo situações excepcionais, é vedada a designação de Juiz de Direito para substituir em mais de uma
unidade de divisão judiciária.
§ 3º - Em casos de imperiosa necessidade, poderá o Presidente do Tribunal de Justiça adotar critério diverso para
a designação do Juiz Substituto.
Art. 54 - Nos casos de licença, férias ou vacância de cargo de mais de um Juiz de Direito da mesma Circunscrição,
servirá o Juiz Substituto onde sua presença for mais necessária, por designação do Presidente do Tribunal de
Justiça.

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Da Magistratura

Vamos aproveitar o assunto e avançar um pouco na Lei n. 10.845/2007 e estudar as regras próprias da Magistratura.

Na verdade, os magistrados têda m seu regime jurídico extraído da Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei
Orgânica da Magistratura, Regimento Interno e esta lei.

Art. 159 - A Magistratura reger-se-á pelas normas desta Lei e por Estatuto próprio.

Só fique bastante atento. Magistrados, nos Tribunais, são todos aqueles que exercem função judicante.

São magistrados (Art. 160):

Garantias da magistratura

A posse e o exercício assegurarão ao magistrado todos os direitos inerentes ao cargo.

Aos magistrados são asseguradas as seguintes garantias (Art. 161):

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de sentença
judicial transitada em julgado;

O cargo inicial é provido por nomeação em caráter vitalício, entretanto, a vitaliciedade é adquirida após dois
anos de efetivo exercício.

A vitaliciedade é uma garantia de que dispõem os membros do Ministério Público da União de só perderem
o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado; Nesse caso, não basta processo
administrativo, é necessário que seja ajuizada ação civil para a perda do cargo com esta e única exclusiva
finalidade.

É importante não confundir o vitaliciamento (após 2 anos) com a estabilidade dos servidores (após 3 anos).

OBS: Você viu que a previsão é expressa quando a aquisição da vitaliciedade no primeiro grau. Você deve
imaginar: ah! É porque no segundo grau são só juízes com bastante tempo de casa. Até aí, está certo. Mas,
e os membros oriundos do quinto constitucional? Nesse caso, os membros se tornam vitalícios ao tomarem
posse como Desembargador.

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II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, observado o disposto na Constituição da


República;

A inamovibilidade impede que o Magistrado seja removido compulsoriamente do seu local de atuação
para outro.

Ex: Dart Veiderson é Juiz em Curitiba. Por estar exercendo com rigor suas funções, acabou condenando o prefeito
municipal. Por coincidência, o prefeito é amigo de infância do Presidente do Tribunal de Justiça. O prefeito, pede
que o Juiz seja transferido para Cascavel, no interior do estado. Se não fosse pela garantia da inamovibilidade,
Dart Veiderson seria removido para exercer suas funções em outra localidade.

Essa não é uma garantia absoluta. O membro judiciário pode ser removido compulsoriamente (ex officio)
por motivo de interesse público, mediante deliberação do Tribunal Pleno.

Art. 385 – O Magistrado será removido compulsoriamente, por interesse público, quando incompatibilizado para
o exercício funcional em qualquer Órgão fracionário, na Seção, na Turma, na Câmara, na Vara ou na Comarca em
que atue. Não havendo vaga, o Magistrado ficará em disponibilidade até ser aproveitado na primeira que ocorrer,
a critério do Tribunal Pleno.

Quanto a designação, observe a jurisprudência do STF:

A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, II, da CF, garantia de toda a magistratura, alcançando não
apenas o juiz titular como também o substituto. O magistrado só poderá ser removido por designação,
para responder por determinada vara ou comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento,
ou, ainda, se o interesse público o exigir, nos termos do inciso VIII do art. 93 do Texto Constitucional.

[MS 27.958, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-5-2012, P, DJE de 29-8-2012.]

III - irredutibilidade de subsídios.

Subsídio é forma de contraprestação pecuniária fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

A irredutibilidade é uma garantia financeira conferida aos membros do judiciário.

EX. Digamos que Juiz tenham subsídio de R$ 23.000 e, em virtude de conflitos políticos, o legislativo decida reduzir
esse valor para R$ 15.000. Diante da garantia da “irredutibilidade dos subsídios”, esse ato é inconstitucional.

Chamo especial atenção ao fato que se trata de uma irredutibilidade nominal (aquele que figura escrito).

Ex. Digamos que os membros tenham subsídio de R$ 23.000 e neste ano a inflação seja de 5%. A inflação
representa a queda do poder aquisitivo do dinheiro (ou seja, o dinheiro “vale menos”). Nesse caso, os membros tem
direito a reposição inflacionária? Não, pois a irredutibilidade NÃO É REAL, é apenas nominal.

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Vale lembrar que a irredutibilidade não veda:

 Redução pelo teto do subsídio dos Ministros do STF (Valores recebidos a título de INDENIZAÇÃO
não se submetem ao teto do serviço público);
 Deduções legais (IRRF, Contribuições Previdenciárias etc.)
 Descontos judiciais;

OBS: Algumas questões ainda tratam a irredutibilidade de subsídio como irredutibilidade de vencimentos.

Vedações

Não só de “garantias” vive o magistrado. Há uma série de vedações também.

É vedado aos magistrados (Art. 175)

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de magistério;

O exercício de cargo de magistério superior, público ou particular, somente será permitido se houver
correlação de matérias e compatibilidade de horários, vedado, em qualquer hipótese, o desempenho de
função de direção administrativa ou técnica de estabelecimento de ensino.

Frise-se que a LOMAN permite um cargo de magistério superior, público ou particular.

Art. 26 - O magistrado vitalício somente perderá o cargo

a) exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função, salvo um cargo de


magistério superior, público ou particular;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos;

Essa é uma vedação aplicada ao magistrado como pessoa física, ou seja, o próprio Tribunal não está
impedido de receber (as custas)

III - dedicar-se à atividade político-partidária;

O magistrado sequer pode ser filiado a partido político.

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IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades


públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

Essa é uma vedação que se aplica a praticamente todos os servidores públicos.

V - exercer advocacia no juízo do tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 (três) anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

É conhecida como “quarentena”. A vedação é de atuação no juízo do qual se afastou, ou seja, não impede
em outras unidades judiciais.

Das Incompatibilidades

Muito parecidos com vedações, mas o Código de Organização trata como incompatibilidades com o exercício da
magistratura.

Art. 180 - É incompatível com a magistratura:


I - o exercício de atividade empresarial ou a participação em empresa ou sociedade empresarial, inclusive de
economia mista, exceto como acionista ou cotista;
II - o exercício de cargo de administrador ou técnico em sociedade simples, associação ou fundação, de qualquer
natureza ou finalidade, salvo associação de classe, desde que não remunerado.

Das Prerrogativas

Prerrogativas são uma espécie de vantagens que determinadas pessoas possuem. No caso dos membros
do Judiciário, essas “vantagens” são decorrentes do cargo público.

Em provas o que se cobra é apenas a literalidade:

Art. 176 - Constituem prerrogativas dos magistrados:


I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autoridade ou magistrado de
instância igual ou inferior;
II - não ser preso senão por ordem escrita, expedida pelo Tribunal competente, salvo em flagrante de crime
inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente
do Tribunal de Justiça a que estiver vinculado;
III - ser recolhido à prisão especial ou sala de Estado-Maior, por ordem e à disposição do Tribunal competente,
quando sujeito à prisão antes do julgamento final;

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IV - não estar sujeito a intimação ou convocação para comparecimento, salvo se expedida pela autoridade
judiciária competente;
V - portar e fazer uso de carteira funcional, expedida pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que tem força de
documento legal de identidade e de autorização para porte de arma.
Art. 177 - Os magistrados, nos crimes comuns e de responsabilidade, serão julgados pelo Tribunal competente,
nos termos da Constituição da República.

Dos Deveres

Quanto aos deveres também só precisamos estar atentos ao texto de lei.

Art. 178 - São deveres dos magistrados:


I - manter ilibada conduta na vida pública e particular, zelando pelo prestígio da Justiça e pela dignidade de sua
função;
II - cumprir e fazer cumprir, com independência, seriedade e exatidão, as disposições legais vigentes;
III - não exceder injustificadamente os prazos para decidir ou despachar;
IV - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou sessão e não se ausentar injustificadamente
antes do término;
V - acatar, no plano administrativo, as decisões, os provimentos e as resoluções emanadas dos órgãos
competentes;
VI - exercer permanente fiscalização sobre os servidores subordinados, especialmente no que diz respeito à
observância de prazos legais e à cobrança de custas ou despesas processuais, mesmo quando não haja
reclamação dos interessados;
VII - tratar a todos com urbanidade, atendendo-os com presteza quando se tratar de providências de sua
competência e que reclamem e possibilitem solução de urgência;
VIII - remeter, nos prazos assinados ou definidos em atos ou resoluções dos órgãos competentes, ao Presidente
do Tribunal de Justiça e aos Corregedores da Justiça, os demonstrativos do movimento forense e o relatório anual
dos trabalhos na Comarca ou no Juízo, dando conhecimento das necessidades do Foro e sugerindo as medidas
adequadas para provê-las;
IX - remeter aos Corregedores da Justiça, até o dia 10 (dez) de cada mês, os demonstrativos do movimento
forense, com indicação do número de processos distribuídos, instruídos, sentenciados e encerrados, decisões
proferidas, audiências realizadas, natureza da ação e tipo de jurisdição, afixando cópia do relatório na sede do
Juízo;
a) ao Juiz de Direito de primeiro grau, até o dia 10 (dez) de cada mês, os demonstrativos do movimento forense
com, entre outros dados, número de processos distribuídos, instruídos, sentenciados e encerrados, número de
audiências realizadas, a natureza da ação e o tipo de jurisdição, que deverão ser publicados mediante afixação,
na sede do Juízo, além do relatório dos trabalhos da Comarca ou no Juízo, dando conhecimento das necessidades
do Foro e sugerindo as medidas adequadas para provê-las;

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b) no segundo grau, os Presidentes do Tribunal Pleno e dos órgãos fracionários, até o dia 10 (dez) de cada mês,
os demonstrativos de processos e recursos distribuídos e julgados, sessões realizadas e outros dados referidos no
art. 37, da Lei Complementar Federal nº 35, de 14 de março de 1979;
X - residir na Comarca de que é titular, salvo autorização do Tribunal;
XI - remeter, anualmente, à Presidência do Tribunal de Justiça o relatório dos trabalhos da Comarca ou no Juízo,
dando conhecimento das necessidades do Foro e sugerindo as medidas adequadas para provê-las;
XII - encaminhar, no prazo e na forma determinada pelo Conselho Nacional de Justiça, os dados estatísticos
alusivos à unidade judiciária onde atua;
XIII - no segundo grau, os Presidentes do Tribunal Pleno e dos órgãos fracionários publicarão, até o dia 10 (dez)
de cada mês, os demonstrativos de processos e recursos distribuídos e julgados, sessões realizadas e outros
dados referidos no art. 37, da Lei Complementar Federal nº 35, de 14 de março de 1979.
§ 1º - Responderá a processo disciplinar e terá descontados os dias faltosos, com reflexo na contagem do tempo
de serviço, o Juiz titular que não fixar residência na Comarca.
§ 2º - Aplica-se ao Juiz Substituto, no que couber, a norma do parágrafo anterior.
§ 3º - Os relatórios de atividades referidos no inciso IX deverão ser publicados pelas Corregedorias da Justiça, até
o dia 30 (trinta) de cada mês, no Diário do Poder Judiciário e na sua página oficial na rede mundial de
computadores.

Da Promoção do Juiz

A carreira da magistratura de primeira instância far-se-á mediante promoções, remoções, transferências e


permutas.

A promoção dos juízes é regulada constitucionalmente e pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Além
desses normativos de âmbito nacional, o COJE e REGIMENTO INTERNO tratam desse assunto.

A primeira coisa que você precisa saber é que o JUIZ deve manifestar interesse na promoção, isso, pois, os
magistrados gozam da inamovibilidade.

O que é mais cobrado em provas sobre o assunto é que a promoção deve observar, alternadamente,
critérios de antiguidade e merecimento.

Um cargo deve ser provido por antiguidade; o próximo por merecimento; o seguinte por antiguidade; após,
por merecimento e assim sucessivamente.

Art. 185 - A promoção de entrância para entrância far-se-á, alternadamente, por antigüidade e merecimento,
atendidas as seguintes normas:

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Quanto a promoção por antiguidade, você pode achar que será promovido o juiz mais antigo que se
candidatar, mas não é bem assim.

Assim como na promoção por merecimento, o Juiz deve ser “aprovado” pelo TRIBUNAL PLENO.

Na promoção por antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o Juiz mais antigo pelo voto
de 2/3 (dois terços) de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se
a indicação

Art. 185 - [...]


I - na promoção por antigüidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o Juiz mais antigo pelo voto de
2/3 (dois terços) de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a
indicação;

A promoção por merecimento será feita em sessão pública e votação aberta e fundamentada, de acordo
com as exigências da Constituição Federal, Lei Orgânica da Magistratura Nacional e Resoluções do
Conselho Nacional de Justiça, atendidas as seguintes premissas:

II - a promoção por merecimento se fará de acordo com as exigências constitucionais, atendidas as seguintes
premissas:
a) a promoção por merecimento pressupõe 2 (dois) anos de exercício na respectiva entrância e integrar o Juiz a
primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago;
b) a consideração do exercício de mais de 2 (dois) anos na entrância e da quinta parte da lista de antigüidade
ocorre vaga a vaga, descabendo fixá-la, de início e de forma global, para preenchimento das diversas vagas
existentes;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no
exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento;
d) para aferição do merecimento serão elaborados relatórios na forma regimentalmente prevista, a serem
previamente publicados e passíveis de revisão por provocação do interessado;
e) confeccionada, de acordo com os critérios assentados na alínea a, a lista tríplice para a promoção por
merecimento, considerar-se-á promovido o Juiz mais votado ou, se for o caso, aquele que haja figurado em lista
de promoção por 3 (três) vezes consecutivas ou 5 (cinco) intercaladas;
f) sendo insuficiente o número de aceitantes das promoções, recompõe-se o quinto de antigüidade pelos
remanescentes do quinto primitivo e pelos que se lhes seguirem na relação geral;
g) desse quinto recomposto será escolhida a lista tríplice, preservada, porém, a situação daqueles que atendam
aos requisitos constitucionais;
h) quando nenhum dos candidatos integrar a primeira quinta parte da lista de antigüidade, considerar-se-ão
aptos à promoção os inscritos que têm interstício;

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i) quando nenhum dos candidatos integrar a primeira quinta parte da lista de antigüidade nem tiver interstício,
considerar-se-ão aptos à promoção todos os inscritos;
Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, à promoção de Juiz Substituto para Juiz de
Direito de entrância inicial.

OBS: é obrigatória a promoção do Juiz que figure por 3 (três) vezes consecutivas ou 5 (cinco) alternadas em lista
de merecimento.

O acesso ao Tribunal para o cargo de Desembargador se dará, observadas as disposições do artigo anterior,
por antiguidade e por merecimento, apurados na entrância final (somente juízes da última entrância
podem ser promovidos para Desembargador).

Art. 187 - O Tribunal de Justiça regulamentará a promoção e o acesso, fixando as condições de apuração da
antigüidade e do merecimento, com a prevalência de critérios objetivos.

A REMOÇÃO do Juiz de Direito, de uma Comarca para outra da mesma entrância, ou a sua transferência de uma Vara
para outra da mesma Comarca, bem como a permuta, dependerá de aprovação do Tribunal de Justiça.

Art. 188 - A remoção do Juiz de Direito, de uma Comarca para outra da mesma entrância, ou a sua transferência
de uma Vara para outra da mesma Comarca, bem como a permuta, dependerá de aprovação do Tribunal de
Justiça.
§ 1º - A transferência precederá à remoção e está ao provimento inicial e à promoção por merecimento.
§ 2º - A remoção voluntária será feita, alternadamente, pelos critérios de antigüidade e de merecimento.
§ 3º - Os pedidos de transferência e remoção deverão ser formulados em 15 (quinze) dias, contados da publicação
do edital que anunciar a vaga, não sendo considerados os pedidos protocolados fora do prazo.
§ 4º - Concorrerão à remoção voluntária, exclusivamente, os Juízes que contarem mais de 2 (dois) anos na
entrância e integrarem a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta.

Será indeferido o pedido de remoção voluntária, de transferência ou de permuta que não obtiver a maioria
dos votos do Tribunal Pleno.

Em circunstâncias excepcionais, que visem a preservar a integridade do Juiz e ou a credibilidade do Poder


Judiciário, o Tribunal Pleno, pelo voto da maioria de seus membros, poderá dispensar, em decisão
fundamentada, os requisitos exigidos para a remoção voluntária.

Admite-se a PERMUTA entre Juízes de Direito da mesma entrância que contem 2 (dois) anos ou mais de
efetivo exercício na entrância (permuta é a troca recíproca de lotações)

Art. 189 - Admite-se a permuta entre Juízes de Direito da mesma entrância que contem 2 (dois) anos ou mais de
efetivo exercício na entrância.

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Para concorrer a promoção, remoção, transferência ou permuta deverão ser instruídos com a prova:

Art. 191 - Os pedidos de promoção, remoção, transferência ou permuta deverão ser instruídos com a prova:
I - de estar o Juiz com o serviço em dia;
II - de cópias dos relatórios estatísticos da atividade judicante e do relatório anual dos 3 (três) últimos anos ou, se
menor, do período de exercício na entrância;
III - da qualidade do trabalho;
IV - da pontualidade, assiduidade e urbanidade no trato;
V - da conduta funcional;
VI - da produção intelectual - artigos e livros;
VII - da freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
VIII - de não ter sofrido pena disciplinar;
IX - de não estar respondendo a processo administrativo disciplinar;
X - de residência na Comarca.

Dos subsídios e das vantagens


Segundo FURTADO1, a distinção entre o subsídio e o sistema de remuneração com base em vencimento
reside na vedação de que ao primeiro seja acrescida vantagem pecuniária de natureza remuneratória, como
gratificações, adicionais, abonos, prêmios, verbas de representação e outras de idêntico caráter, nos termos
do art. 39, § 4 o , da CR.

Entretanto, segundo MEIRELLES2, estão excluídas do conceito de subsídio as parcelas de caráter


indenizatório previstas em lei, desde que tais verbas observem os princípios constitucionais da legalidade,
da razoabilidade e da moralidade.

Vale lembrar que os magistrados gozam da garantia da irredutibilidade dos subsídios, mas isso não impede
os descontos legais.

Art. 193 - Lei disporá sobre os subsídios e as vantagens pecuniárias dos magistrados.
§ 1º - Os magistrados sujeitam-se aos impostos gerais, inclusive o de renda, e aos impostos extraordinários, bem
como aos descontos fixados em lei.

1
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 3. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 772.
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 37. ed. São Paulo: Malheiros, 2011, p. 526.

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A irredutibilidade também não impede a sujeição ao teto do funcionalismo público.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

Outro item que nos importa é o seguinte:

§ 2º - A diferença entre os subsídios das categorias da estrutura judiciária estadual não será superior a 10% (dez
por cento) nem inferior a 5% (cinco por cento), tendo como referência, em caráter permanente, o subsídio de
Desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia.

Veja que aqui foi instituído como “limite interno” aos magistrados o subsídio dos Desembargadores, OK?

Outro item importante é sobre a diferença entre os subsídios de uma entrância para outra. A diferença será
entre 5 a 10% de uma para a outra.

Por fim, o tópico dispõe sobre a gratificação do magistrado que exerce a função de Diretor do Foro. Nas
Comarcas de unidade de divisão judiciária única, a Direção do Foro será exercida pelo Juiz titular; naquelas
com mais de uma unidade de divisão judiciária, por um de seus Juízes titulares, conforme dispuser
Resolução do Tribunal Pleno.

A substituição eventual do Juiz de Direito Diretor do Foro será exercida pelo Juiz de Direito mais antigo na
Comarca, independentemente de designação. O Juiz Substituto responderá pela Direção do Foro sempre
que na Comarca não se encontrar em exercício Juiz titular.

O magistrado substituído perderá em favor do substituto o direito à percepção da Gratificação de Direção


de Foro pela substituição transitória superior a 30 (trinta) dias, proporcionalmente ao tempo em que ocorrer
a substituição.

Art. 193-A - O magistrado, no efetivo exercício das atribuições administrativas de Diretor de Foro, conforme
previsão do art. 67, fará jus à percepção de uma gratificação mensal de 5% (cinco por cento) sobre seu subsídio.

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§ 1º - O magistrado substituído perderá em favor do substituto o direito à percepção da Gratificação de Direção


de Foro pela substituição transitória superior a 30 (trinta) dias, proporcionalmente ao tempo em que ocorrer a
substituição.
§ 2º - A gratificação referida no caput deste artigo não é incorporável ao subsídio nem acumulável, ainda que o
magistrado responda pela Direção de Foro de duas ou mais comarcas.
§ 3º - A soma da verba correspondente à gratificação ora instituída com o subsídio mensal não poderá exceder o
teto remuneratório fixado pelo art. 37, inciso XI, combinado com o seu art. 93, inciso V, ambos da Constituição
Federal.
Art. 194 - Os proventos dos magistrados e servidores inativos serão pagos na mesma data e revistos segundo os
mesmos índices aplicados aos subsídios e vencimentos daqueles em atividade.
Art. 195 - Em caso de morte de magistrado ou servidor, ativo ou inativo, é assegurado aos seus dependentes o
beneficio de pensão, fixada e revista de acordo com a legislação.

Da disciplina judiciária dos magistrados


O processo terá início por determinação do Tribunal Pleno, por proposta do Corregedor, no caso de
Magistrados de primeiro grau, ou o Presidente do Tribunal, nos demais casos.

Para os processos administrativos disciplinares e para a aplicação de quaisquer penalidades previstas aos
magistrados, é competente o Tribunal Pleno a que pertença ou esteja subordinado o Magistrado.

Art. 196 - A disciplina judiciária em relação aos magistrados será exercida pelo Tribunal de Justiça, observadas as
normas do Estatuto da Magistratura Nacional e os procedimentos estabelecidos nesta Lei e no Regimento
Interno do Tribunal de Justiça.

Instaurado o processo administrativo disciplinar, o Tribunal Pleno poderá afastar preventivamente o


Magistrado, pelo prazo de 90 (noventa dias), prorrogável até o dobro. O prazo de afastamento poderá,
ainda, ser prorrogado em razão de delonga decorrente do exercício do direito de defesa.

Art. 197 - Na hipótese de afastamento do magistrado, o processo disciplinar deverá ser julgado no prazo de 90
(noventa) dias, contado da sua instauração, sendo possível uma única prorrogação que não exceda este prazo,
mediante requerimento do Relator e decisão fundamentada do Presidente do Tribunal de Justiça, observando-
se, ainda, o seguinte:
I - não havendo pedido de prorrogação e nem o julgamento, o magistrado poderá requerer ao Presidente do
Tribunal que fixe prazo para ultimação do processo, a qual deverá ocorrer em até 90 (noventa) dias;
II - os pedidos de prorrogação deverão ser apreciados pelo Presidente do Tribunal no prazo de 05 (cinco) dias.

Esse afastamento é em caráter excepcional e preventivo, quando sua manutenção nas funções dificultar
a instrução probatória, assegurados os subsídios integrais até a decisão final.

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E se o PAD não for concluído nesse prazo?

Bem, aí o magistrado volta a trabalhar, sem prejuízo do regular prosseguimento do PAD.

Parágrafo único - Esgotado o prazo máximo estabelecido no caput sem que se tenha concluído o processo, o
magistrado afastado será imediatamente reconduzido ao exercício de suas funções, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo administrativo disciplinar, ressalvada a hipótese de abuso do direito de defesa.

O Corregedor relatará a acusação perante o Órgão Censor, no caso de Magistrados de primeiro grau, e o
Presidente do Tribunal nos demais casos. Daí pra frente o PAD seguirá o rito previsto no Regimento Interno.

Prescrição
Assim como os servidores e magistrado tem prazo para requererem perante a Administração Pública, esta
tem prazo para apurar e punir eventuais faltas funcionais daqueles.

Assim, sem prejuízo das normas que forem estabelecidas pelo Estatuto da Magistratura Nacional, as faltas
funcionais atribuídas a magistrados prescreverão, ressalvadas as causas de interrupção (Art. 198):

PRAZO FALTAS
01 ANO Sujeitas à advertência e censura
02 ANOS Sujeitas à remoção compulsória
5 ANOS As sujeitas à disponibilidade e à aposentadoria compulsória
IGUAL A AÇÃO Se a falta apurada constituir crime, o prazo de prescrição será o fixado na Lei Penal.
PENAL

ATENÇÃO1: O prazo prescricional é contato a partir da data em que a administração tomar conhecimento
do fato.

ATENÇÃO2: A abertura de sindicância e a instauração do processo disciplinar interrompem a prescrição


até a decisão final.

ATENÇÃO3: As questões omissas serão resolvidas pelo Relator ou pelo Tribunal, conforme a hipótese, à luz
dos princípios jurídicos que disciplinam a espécie, observando-se o disposto na Constituição da República
Federativa do Brasil e na Constituição da Bahia, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional, nos Códigos de
Processo Penal e Civil.

Da Antiguidade

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Ao assumir, o magistrado recebe um número de matrícula.

Art. 165 - A matrícula dos magistrados far-se-á mediante comunicação do exercício no cargo e de elementos por
eles fornecidos para os assentamentos individuais, contando-se seu tempo de serviço, para todos os efeitos
legais, da data do referido exercício.

Toda a vida funcional será ali anotada.

Art. 166 - Em livro próprio, ou prontuário, serão feitas, na Corregedoria, as anotações referentes ao magistrado,
compreendendo:
I - nome do magistrado;
II - data de nascimento;
III - data da nomeação, da posse, do exercício, das promoções, remoções e permutas;
IV - data da declaração de vitaliciedade;
V - interrupção do exercício e seu motivo;
VI - processo intentado contra o magistrado e respectiva decisão;
VII - as penalidades sofridas, os elogios, as notas desabonadoras e quaisquer outras ocorrências que, a critério do
Presidente do Tribunal de Justiça ou dos Corregedores da Justiça, possam repercutir em sua situação funcional.

Essas anotações são importantes? Elas servem para tudo, principalmente para contagem de promoção,
aposentadoria e tempo de antiguidade.

Art. 167 - Para fins de promoção, aposentadoria, disponibilidade ou qualquer vantagem do magistrado, o seu
tempo de serviço será contado à vista do que constar da sua matrícula.
Art. 168 - Por antigüidade na carreira e na entrância, entende-se o tempo de efetivo exercício no cargo,
computando-se como tal:
I - o tempo de afastamento preventivo da função, em virtude de processo disciplinar ou criminal, de que tenha
sido absolvido;
II - o prazo para assumir ou reassumir o exercício, nos casos de promoção, remoção ou permuta;
III - as interrupções por motivo de luto ou casamento, licença-paternidade, licença para repouso à gestante,
licença para tratamento de saúde ou qualquer tipo de licença e afastamento remunerado;
IV - os períodos de férias e de convocação para o serviço eleitoral;
V - as faltas abonadas, não excedentes de 3 (três), ao mês, e 12 (doze), ao ano;
VI - o afastamento em razão da extinção do cargo ou da transferência da sede da Comarca.

É importante você saber que a antiguidade é contada também na entrância.

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Art. 169 - A antigüidade na entrância contar-se-á da data do efetivo exercício e, quando entre 2 (dois) ou mais
Juízes houver empate, prevalecerá, para a classificação, a antigüidade na carreira ou, tratando-se de Juízes
Substitutos, a ordem de classificação no concurso.
Parágrafo único - Na hipótese de persistir o empate após a incidência dos critérios previstos no caput, terá
preferência o mais idoso.
Art. 170 - Aos magistrados aposentados que voltarem à atividade, contar-se-á, para efeito de antigüidade, o
tempo de serviço anteriormente prestado ao Estado.
Art. 171 - A remoção e a disponibilidade compulsórias impedirão a contagem do período de trânsito como de
serviço, salvo para efeito de aposentadoria.

A lista de antiguidade será atualizada anualmente pelo Presidente e publicado no Diário do Poder
Judiciário. Aqueles que se considerarem prejudicados poderão impugnar o quadro, no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da sua publicação.

Art. 172 - A lista de antigüidade será revista e publicada, anualmente, na primeira quinzena do mês de janeiro,
para conhecimento dos interessados.
Parágrafo único - A revisão a que se refere o caput deste artigo tem por finalidade:
a) a exclusão do magistrado falecido, aposentado ou que houver perdido o cargo;
b) as alterações havidas em decorrência de promoção;
c) a dedução do tempo que não deve ser contado;
d) a inclusão do tempo que deve ser computado.
Art. 173 - No prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de publicação da lista, o magistrado que se julgar
prejudicado poderá apresentar reclamação.
§ 1º - A reclamação a que se refere o caput deste artigo será julgada pelo Tribunal de Justiça, na primeira sessão.
§ 2º - Atendida a reclamação, alterar-se-á a lista.

Art. 174 - A antigüidade do magistrado, para efeito de promoção ou qualquer outro direito que lhe seja atribuído
nesta Lei, será estabelecida em cada entrância ou no Tribunal.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Elaborada pelo Autor) onsidere

I- o Tribunal de Justiça;

II – o Tribunal de Alçada

III – os Tribunais do Júri;

IV - os Juízes de Direito;

V – as Seção de Dissídios Individuais;

VI – a Ouvidora-geral

VII – a Corregedoria-Geral da Justiça

Os órgãos que formam o Poder Judiciário do Estado da Bahia, são os assinalados em

a) I, III e V

b) III, VI, VI e VII

c) I, III, IV e VII

d) II, IV, V, VI e VII

e) III, IV, V, VI e VII

Comentários

Os órgãos que formam o Poder Judiciário Estadual, conforme disposto no Regimento Interno, são os
seguintes:

Art. 34 - São órgãos do Poder Judiciário:


I - Tribunal de Justiça;
II - Juízes de Direito;
III - Tribunais do Júri;
IV - Juízes Auditores e Conselhos de Justiça Militar;
V - Juízes Substitutos;
VI - Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;

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VII - Juizados Especiais Cíveis e Criminais;


VIII - Conselhos Municipais de Conciliação;
IX - Juízes de Paz; e
X - outros órgãos instituídos por lei.

O Tribunal de Justiça, os Juízes de Direito e os Tribunais do Júri são órgãos do Poder Judiciário Estadual.

Portanto, estão corretas as opções I, III e IV.

GABARITO: Letra A

2. (FGV – 2015 – TJ-BA) Consoante estabelece a Lei Estadual n° 10.845/2007 , que dispõe sobre a
Organização e Divisão Judiciária do Estado da Bahia, assinale a alternativa mais completa que
elenca os órgãos de correição do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia:

a) Corregedorias da Justiça e Controladorias de Justiça;

b) Corregedorias da Justiça e Conselho da Magistratura;

c) Tribunal Pleno, Conselho da Magistratura, Corregedorias da Justiça e Juízes de Direito e Substitutos;

d) Conselho Nacional de Justiça e Corregedorias da Justiça;

e) Conselho Nacional de Justiça, Corregedorias da Justiça e Conselho da Magistratura.

Comentários

Os órgãos de correição estão elencados no art. 35:

Art. 35 - São órgãos de correição:


I - Tribunal Pleno;
II - Conselho da Magistratura;
III - Corregedorias da Justiça;
IV - Juízes de Direito e Substitutos.

GABARITO: Letra C

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3. (CEFET-BA – 2015 - MPE-BA) Quanto à estrutura do Poder Judiciário no Estado da Bahia, é


possível afirmar:

I - Integram os órgãos judicantes do Poder Judiciário: os jurados, os conciliadores e juízes leigos integrantes
dos Juizados Especiais e dos Conselhos Municipais de Conciliação.

II - Os Conselhos da Justiça Militar são órgãos do Poder Judiciário Estadual.

III - São órgãos de apoio técnico-administrativo os Ofícios e as Secretarias do Tribunal de Justiça.

IV - Os juízes de paz, assim como os Conselhos Municipais de Conciliação, não são considerados órgãos do
Poder Judiciário.

V - Os juízes de direito e substitutos são órgãos de correição.

VI - Os serviços notariais e de registros públicos são órgãos auxiliares, assim como as serventias da Justiça.

São VERDADEIRAS apenas as assertivas:

a) I, III e IV.

b) II, V e VI.

c) II, III e IV.

d) I, V e VI.

e) IV, V e VI.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

ALTERNATIVA I – Errada. Apesar de exercerem funções casuísticas no Poder Judiciário, os jurados, os


conciliadores e juízes leigos não são órgãos do Poder Judiciário.

Art. 33 - O Poder Judiciário no Estado da Bahia compreende:


§ 1º - As funções judicantes e de correição são exercidas por magistrados.
§ 2º - Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior os jurados e os conciliadores e Juízes leigos integrantes dos
Juizados Especiais e dos Conselhos Municipais de Conciliação.

ALTERNATIVA II – Correta.

Art. 34 - São órgãos do Poder Judiciário:

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IV - Juízes Auditores e Conselhos de Justiça Militar;

ALTERNATIVA III – Errada.

Art. 37 - São órgãos de apoio técnico-administrativo as Secretarias do Tribunal de Justiça.

ALTERNATIVA IV – Errada.

Art. 34 - São órgãos do Poder Judiciário:


VIII - Conselhos Municipais de Conciliação;
IX - Juízes de Paz; e

ALTERNATIVA IV – Correta.

Art. 35 - São órgãos de correição:


I - Tribunal Pleno;
II - Conselho da Magistratura;
III - Corregedorias da Justiça;
IV - Juízes de Direito e Substitutos.

ALTERNATIVA VI – Correta.

Art. 36 - São órgãos auxiliares os Ofícios e as Serventias Judiciais.


§ 1º - Os Ofícios da Justiça são órgãos extrajudiciais que compreendem os serviços notariais e de registros
públicos.
§ 2º - As Serventias da Justiça são os órgãos auxiliares do Foro Judicial.

GABARITO: Letra B

4. (Elaborada pelo Professor)

Segundo a Lei n. 10.845, o Tribunal de Justiça compõe-se de

a) 60 Desembargadores

b) 70 Desembargadores

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c) 80 Desembargadores

d) 120 Desembargadores

e) 140 Desembargadores

Comentários

Atualmente, conforme o CODJ, o TJ-BA compõe-se de 70 Desembargadores.

Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital
e Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por 01
(um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-
Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.

GABARITO: Letra B

5. (Elaborada pelo Professor) Nos termos da lei n. 10.845/2007, assinale a alternativa correta.

a) O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e
Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por
01 (um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-
Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.

b) A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do Tribunal Pleno, que
deverá ser remetida na forma de projeto de lei ao Poder Executivo para apreciação.

c) O cargo de Desembargador será provido mediante acesso dos Juízes de Direito da primeira entrância,
pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente.

d) Dentre os membros do Tribunal, um quinto dos lugares será preenchido por membros do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e um quinto de advogados de notório saber jurídico e reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
representativos das respectivas classes.

e) O Tribunal de Justiça poderá, através de provimento, criar o Órgão Especial.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

LETRA A – Correta.

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Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e
Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por 01
(um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-
Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.

LETRA B – Errada. A proposta é encaminhada à Assembleia Legislativa.

Art. 38 Parágrafo único - A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do
Tribunal Pleno, que deverá ser remetida na forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa para apreciação.

LETRA C – Errada. São os juízes de última entrância que podem ser promovidos.

Art. 39 - O cargo de Desembargador será provido mediante acesso dos Juízes de Direito da última entrância,
pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente.

LETRA D – Errada. É um quinto dentre advogados e membros do MP, não um quinto para cada um.

Art. 39 - O cargo de Desembargador será provido mediante acesso dos Juízes de Direito da última entrância,
pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º - Um quinto dos lugares será preenchido por membros do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes.

LETRA E – Errada. O órgão especial pode ser criado por Resolução, não Provimento.

Art. 40 - Parágrafo único - O Tribunal de Justiça poderá, através de resolução, criar o Órgão Especial a que alude
o art. 93, XI, da Constituição Federal.

GABARITO: Letra A

6. (CESPE – 2013 – TJ-BA) Com base no disposto na Lei n.º 10.845/2007, assinale a opção correta
no que se refere ao Tribunal de Justiça e aos órgãos que o compõem.

a) O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em Conselho do


Ministério Público, conforme o regimento interno do Tribunal.

b) Na definição da competência dos órgãos jurisdicionais, o Tribunal Pleno deve visar à uniformização de
entendimentos e à centralização das funções jurisdicionais.

c) O Tribunal Pleno é um órgão de correição.

d) Os Ofícios da Justiça são órgãos judiciais que compreendem os serviços notariais e de registros públicos.

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e) A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça depende, exclusivamente, de proposta do seu


presidente.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

LETRA A – Errada. O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em


órgãos fracionários.

Art. 40 - O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em órgãos


fracionários, na forma disposta no Regimento Interno.

LETRA B – Errada.

Art. 45 - Na definição da competência dos órgãos jurisdicionais, visará o Tribunal Pleno à especialização e à
descentralização das funções jurisdicionais.

LETRA C – Correta.

Art. 35 - São órgãos de correição:


I - Tribunal Pleno;

LETRA D – Errada. Os Ofícios da Justiça são órgãos extrajudiciais que compreendem os serviços notariais
e de registros públicos.

LETRA E – Errada. A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do


Tribunal Pleno, que deverá ser remetida na forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa para apreciação.

GABARITO: Letra C

7. (CESPE – 2013 – TJ-BA) Assinale a opção correta acerca da organização judiciária no estado da
Bahia.

a) As serventias da justiça são os órgãos auxiliares da Corregedoria-Geral de Justiça.

b) O TJBA compõe-se de trinta e cinco desembargadores, somados os titulares e suplentes.

c) O tribunal de justiça pode funcionar de forma descentralizada, por meio de varas especializadas.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça pode declarar qualquer unidade de divisão judiciária em regime de


exceção.

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e) O Conselho da Magistratura é um órgão de correição.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

LETRA A – Errada. As Serventias da Justiça são os órgãos auxiliares do Foro Judicial.

LETRA B – Errada. O TJBA compõe-se de 70 desembargadores (não há suplente de Desembargador).

LETRA C – Errada.

Art. 41 - O Tribunal de Justiça poderá funcionar:


I - descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, abrangendo uma ou mais Subseções Judiciárias,
Regiões, Circunscrições e Comarcas; e
II - desconcentradamente, criando Subseções ou Regiões Judiciárias para a operacionalização de suas atividades
administrativas, objetivando a eficiência e a eficácia de seus serviços.

LETRA D – Errada. A Conselho da Magistratura pode declarar qualquer unidade de divisão judiciária em
regime de exceção.

LETRA E – Correta.

Art. 35 - São órgãos de correição:


I - Tribunal Pleno;
II - Conselho da Magistratura;
III - Corregedorias da Justiça;
IV - Juízes de Direito e Substitutos.

GABARITO: Letra E

8. (FCC – 2002 – TRE-CE - ADAPTADA) Dentre as garantias constitucionais dos juízes está

a) a vitaliciedade, que, no primeiro grau, somente é adquirida após dois anos de exercício.

b) a inamovibilidade, salvo por decisão do presidente do respectivo tribunal, fundada em interesse público.

c) o exercício remunerado de até dois cargos de magistério.

d) o recebimento de participação nas custas processuais, nos termos da lei.

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e) a estabilidade após três anos de exercício.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

LETRA A – Correta.

Art. 161 - Aos magistrados são asseguradas as seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependendo a perda do
cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada
em julgado;

LETRA B – Errada. O membro judiciário pode ser removido compulsoriamente (ex officio) por motivo de
interesse público, mediante deliberação do Tribunal Pleno.
==2b9247==

LETRA C – Errada. Não é uma garantia. Aos magistrados é vedado exercer, ainda que em disponibilidade,
outro cargo ou função, salvo um de magistério.

LETRA D – Errada.

Art. 175 - É vedado aos magistrados:


II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos;

LETRA E – Errada. O magistrado adquire a vitaliciedade após 2 anos de efetivo exercício.

GABARITO: Letra A

9. (CONSULPLAN – 2017 – TJ-MG - adaptada) São todas garantias do magistrado, EXCETO:

a) Vitaliciedade.

b) Irredutibilidade do subsídio.

c) Inamovibilidade.

d) Exercer a advocacia imediatamente após afastamento do cargo.

Comentários

São garantias dos magistrados a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

Quanto a advocacia, o magistrado é vedado de exerce-la no juízo do qual se afastou antes de 3 anos.

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Art. 175 - É vedado aos magistrados:


V - exercer advocacia no juízo do tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 (três) anos do afastamento do
cargo por aposentadoria ou exoneração.

GABARITO: Letra D

10. (FCC – 0203 – TRE-BA) Os Juízes gozam de prerrogativas e vedações, dentre elas,

a) não podem exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função, em virtude do
princípio de dedicação exclusiva à magistratura.

b) absoluta inamovibilidade, em qualquer situação, e irredutibilidade de vencimentos, quando integra a


Justiça Eleitoral.

c) a vitaliciedade, sendo certo que, no primeiro grau só será adquirida após 2 anos de exercício dependendo
a perda do cargo, após esse período, de sentença judicial transitada em julgado.

d) podem dedicar-se à atividade político-partidária, desde que não integrem ou venham a integrar a Justiça
Eleitoral e que a opção política tenha sido comunicada ao Tribunal de Justiça.

e) não podem receber, a qualquer título ou pretexto, percentagens ou participação em processo, salvo as
custas processuais que lhe forem destinadas pela lei.

Comentários

Vejamos um a um de acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007:

LETRA A – Errada. O magistrado pode exercer outra função pública de magistério, mesmo em
disponibilidade.

Art. 175 - É vedado aos magistrados:


I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de magistério;

LETRA B – Errada. A garantia da inamovibilidade é relativa, uma vez que os membros podem ser removidos
no interessa público.

Art. 161 - Aos magistrados são asseguradas as seguintes garantias:


II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, observado o disposto na Constituição da República;

LETRA C – Correta.

Art. 161 - Aos magistrados são asseguradas as seguintes garantias:

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I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependendo a perda do
cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada
em julgado;

LETRA D – Errada. Os magistrados não podem dedicar-se a atividade político partidária.

LETRA E – Errada. O magistrado não pode receber nada relativo ao processo, nem mesmo custas.

Art. 175 - É vedado aos magistrados:


II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos;

GABARITO: Letra C

11. (FCC – 2002 – TRT 21º Região) É obrigatória a promoção do Juiz que figure, em lista de
merecimento,

a) duas vezes, consecutivas ou alternadas.

b) duas vezes consecutivas ou três alternadas.

c) três vezes, consecutivas ou alternadas.

d) três vezes consecutivas ou cinco alternadas.

e) cinco vezes, consecutivas ou alternadas.

Comentários

De acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007, é obrigatória a promoção do Juiz que figure, em lista de
merecimento, três vezes consecutivas ou cinco alternadas.

Art. 185 III - é obrigatória a promoção do Juiz que figure por 3 (três) vezes consecutivas ou 5 (cinco) alternadas em
lista de merecimento.

GABARITO: Letra D

12. (FGV – 2018 – TJ-SC) João, Juiz de Direito de entrância intermediária, concorreu à promoção por
antiguidade. Embora fosse o mais antigo entre os concorrentes, o seu nome foi recusado pelo
tribunal.

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Considerando a sistemática constitucional de promoção por antiguidade, o tribunal:

a) pode recusar o mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços dos seus membros, observados os
demais requisitos.

b) pode recusar o mais antigo pela unanimidade dos seus membros, observado o contraditório e a ampla
defesa.

c) pode recusar o mais antigo pela maioria dos seus membros, em razão de condenação em processo
administrativo.

d) pode recusar o mais antigo, estando sua decisão sujeita ao referendo do Conselho Nacional de Justiça.

e) não pode recusar o mais antigo, que possui direito subjetivo à nomeação.

Comentários

De acordo com a lei estadual n.º 10.845/2007, pode ser recusada a promoção de juiz de direito pelo critério
de antiguidade por 2/3 dos membros do Tribunal.

Art. 185 - A promoção de entrância para entrância far-se-á, alternadamente, por antigüidade e merecimento,
atendidas as seguintes normas:

I - na promoção por antigüidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o Juiz mais antigo pelo voto de
2/3 (dois terços) de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a
indicação;

GABARITO: Letra A

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QUESTÕES PROPOSTAS
1. (Elaborada pelo Autor) Considere:

I- o Tribunal de Justiça;

II – o Tribunal de Alçada

III – os Tribunais do Júri;

IV - os Juízes de Direito;

V – as Seção de Dissídios Individuais;

VI – a Ouvidoria-geral

VII – a Corregedoria-Geral da Justiça

Os órgãos que formam o Poder Judiciário do Estado da Bahia, conforme disposto no Regimento Interno,
são os assinalados em

a) I, III e V

b) III, VI, VI e VII

c) I, III, IV e VII

d) II, IV, V, VI e VII

e) III, IV, V, VI e VII

2. (FGV – 2015 – TJ-BA)Consoante estabelece a Lei Estadual n° 10.845/2007 , que dispõe sobre a
Organização e Divisão Judiciária do Estado da Bahia, assinale a alternativa mais completa que
elenca os órgãos de correição do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia:

a) Corregedorias da Justiça e Controladorias de Justiça;

b) Corregedorias da Justiça e Conselho da Magistratura;

c) Tribunal Pleno, Conselho da Magistratura, Corregedorias da Justiça e Juízes de Direito e Substitutos;

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d) Conselho Nacional de Justiça e Corregedorias da Justiça;

e) Conselho Nacional de Justiça, Corregedorias da Justiça e Conselho da Magistratura.

3. (CEFET-BA – 2015 - MPE-BA) Quanto à estrutura do Poder Judiciário no Estado da Bahia, é possível
afirmar:

I - Integram os órgãos judicantes do Poder Judiciário: os jurados, os conciliadores e juízes leigos integrantes
dos Juizados Especiais e dos Conselhos Municipais de Conciliação.

II - Os Conselhos da Justiça Militar são órgãos do Poder Judiciário Estadual.

III - São órgãos de apoio técnico-administrativo os Ofícios e as Secretarias do Tribunal de Justiça.

IV - Os juízes de paz, assim como os Conselhos Municipais de Conciliação, não são considerados órgãos do
Poder Judiciário.

V - Os juízes de direito e substitutos são órgãos de correição.

VI - Os serviços notariais e de registros públicos são órgãos auxiliares, assim como as serventias da Justiça.

São VERDADEIRAS apenas as assertivas:

a) I, III e IV.

b) II, V e VI.

c) II, III e IV.

d) I, V e VI.

e) IV, V e VI.

4. (Elaborada pelo Professor) Segundo a Lei n. 10.845, o Tribunal de Justiça compõe-se de

a) 60 Desembargadores

b) 70 Desembargadores

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c) 80 Desembargadores

d) 120 Desembargadores

e) 140 Desembargadores

5. (Elaborada pelo Professor) Nos termos da lei n. 10.845/2007, assinale a alternativa correta.

a) O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e
Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por
01 (um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-
Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.
==2b9247==

b) A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do Tribunal Pleno, que
deverá ser remetida na forma de projeto de lei ao Poder Executivo para apreciação.

c) O cargo de Desembargador será provido mediante acesso dos Juízes de Direito da primeira entrância,
pelos critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente.

d) Dentre os membros do Tribunal, um quinto dos lugares será preenchido por membros do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e um quinto de advogados de notório saber jurídico e reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
representativos das respectivas classes.

e) O Tribunal de Justiça poderá, através de provimento, criar o Órgão Especial.

6. (CESPE – 2013 – TJ-BA) Com base no disposto na Lei n.º 10.845/2007, assinale a opção correta no
que se refere ao Tribunal de Justiça e aos órgãos que o compõem.

a) O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal Pleno, em Conselho da Magistratura e em Conselho do


Ministério Público, conforme o regimento interno do Tribunal.

b) Na definição da competência dos órgãos jurisdicionais, o Tribunal Pleno deve visar à uniformização de
entendimentos e à centralização das funções jurisdicionais.

c) O Tribunal Pleno é um órgão de correição.

d) Os Ofícios da Justiça são órgãos judiciais que compreendem os serviços notariais e de registros públicos.

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e) A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça depende, exclusivamente, de proposta do seu


presidente.

7. (CESPE – 2013 – TJ-BA) Assinale a opção correta acerca da organização judiciária no estado da
Bahia.

a) As serventias da justiça são os órgãos auxiliares da Corregedoria-Geral de Justiça.

b) O TJBA compõe-se de trinta e cinco desembargadores, somados os titulares e suplentes.

c) O tribunal de justiça pode funcionar de forma descentralizada, por meio de varas especializadas.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça pode declarar qualquer unidade de divisão judiciária em regime de


exceção.

e) O Conselho da Magistratura é um órgão de correição.

8. (FCC – 2002 – TRE-CE - ADAPTADA)

Dentre as garantias constitucionais dos juízes está

a) a vitaliciedade, que, no primeiro grau, somente é adquirida após dois anos de exercício.

b) a inamovibilidade, salvo por decisão do presidente do respectivo tribunal, fundada em interesse público.

c) o exercício remunerado de até dois cargos de magistério.

d) o recebimento de participação nas custas processuais, nos termos da lei.

e) a estabilidade após três anos de exercício.

9. (CONSULPLAN – 2017 – TJ-MG - adaptada) São todas garantias do magistrado, EXCETO:

a) Vitaliciedade.

b) Irredutibilidade do subsídio.

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c) Inamovibilidade.

d) Exercer a advocacia imediatamente após afastamento do cargo.

10. (FCC – 2013 – TRE-BA) Os Juízes gozam de prerrogativas e vedações, dentre elas,

a) não podem exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função, em virtude do
princípio de dedicação exclusiva à magistratura.

b) absoluta inamovibilidade, em qualquer situação, e irredutibilidade de vencimentos, quando integra a


Justiça Eleitoral.

c) a vitaliciedade, sendo certo que, no primeiro grau só será adquirida após 2 anos de exercício dependendo
a perda do cargo, após esse período, de sentença judicial transitada em julgado.

d) podem dedicar-se à atividade político-partidária, desde que não integrem ou venham a integrar a Justiça
Eleitoral e que a opção política tenha sido comunicada ao Tribunal de Justiça.

e) não podem receber, a qualquer título ou pretexto, percentagens ou participação em processo, salvo as
custas processuais que lhe forem destinadas pela lei.

11. (FCC – 2002 – TRT 21º Região) É obrigatória a promoção do Juiz que figure, em lista de merecimento,

a) duas vezes, consecutivas ou alternadas.

b) duas vezes consecutivas ou três alternadas.

c) três vezes, consecutivas ou alternadas.

d) três vezes consecutivas ou cinco alternadas.

e) cinco vezes, consecutivas ou alternadas.

12. (FGV – 2018 – TJ-SC) João, Juiz de Direito de entrância intermediária, concorreu à promoção por
antiguidade. Embora fosse o mais antigo entre os concorrentes, o seu nome foi recusado pelo
tribunal.

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Considerando a sistemática constitucional de promoção por antiguidade, o tribunal:

a) pode recusar o mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços dos seus membros, observados os
demais requisitos.

b) pode recusar o mais antigo pela unanimidade dos seus membros, observado o contraditório e a ampla
defesa.

c) pode recusar o mais antigo pela maioria dos seus membros, em razão de condenação em processo
administrativo.

d) pode recusar o mais antigo, estando sua decisão sujeita ao referendo do Conselho Nacional de Justiça.

e) não pode recusar o mais antigo, que possui direito subjetivo à nomeação.

Gabarito

01 02 03 04 05 06
A C B B A C
07 08 09 10 11 12
E A D C D A

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