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JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI – ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS


CURSO DE DIREITO – INTENSIVO DE FÉRIAS DE VERÃO – 2019/I
PROFESSORA QUEILA MARTINS, MSc. – ADVOGADA, ÁRBITRA, MEDIADORA, JUÍZA LEIGA,
DOUTORANDA NO TEMA DISPUTE BOARD (DOUTORADO EM CIÊNCIA JURÍDICA UNIVALI)
MACRO SISTEMA DE SOLUÇÃO DE
CONFLITOS NO BRASIL
MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS MÉTODOS JUDICIAIS
CONSENSUAIS ADVERSARIAIS
Fase Pré Fase Processual
Processual
Centros de Conciliação e Mediação a
 Negociação em Escritórios de  Arbitragem Conciliação e qualquer tempo, inclusive
Mediação nas Fases de Instrução e
Advocacia Julgamento ou Recursal
 Câmaras de Conciliação e Mediação Fase Pré Fase Processual
Processual
Privadas e no Setor Público SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Instauração do A qualquer tempo
 Mediadores Autônomos - Da Justiça Estadual Cíveis e
Procedimento as partes podem
 Constelações Familiares Arbitral: DEVE conciliar ou Criminais
 Coaching SER PRECEDIDO mediar, e não - Da Justiça Federal Cíveis e
 Setores de Negociação em Empresas DE TENTATIVA havendo,
Criminais
DE prossegue-se para
 Mediação Escolar CONCILIAÇÃO o Julgamento do - Da Fazenda Pública
 Dispute Board OU MEDIAÇÃO Procedimento - Do Consumidor
 Consumidor.Gov.Br com prolação de
- De Acidentes de Trânsito
Sentença Arbitral
- Em Aeroportos
- Juizados do Torcedor
- Juizados Itinerantes
MICRO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS
Os Juizados Especiais são um MICRO SISTEMA
de Solução de Conflitos, previstos
Constitucionalmente e em Leis Especiais (Lei n.
9.099/95 - JUIZADOS ESTADUAIS -, Lei n.
10.259/01 – JUIZADOS FEDERAIS – e Lei n.
12.153/09 – JUIZADOS DA FAZENDA PÚBLICA),
com a finalidade de dar maior CELERIDADE e
SIMPLICIDADE às Causas Especiais, assim
consideradas, as de menor complexidade (na

MICRO área cível, em razão do valor ou matéria) e as


de menor potencial ofensivo (na área
criminal).
______________________________________________

SISTEMA
No MICRO SISTEMA, atuam: conciliadores,
juízes leigos, juízes togados, e, em segundo
grau de jurisdição, tem-se um tribunal
específico, a Turma Recursal.
___________________________________________________
A maior meta do MICRO SISTEMA é fortalecer a
CONCILIAÇÃO e contribuir para o
fortalecimento de uma JUSTIÇA mais
democrática e mais próxima do cidadão.
HISTÓRICO DOS JUIZADOS ESPECIAIS
LEI N. 7.244 DE 1984 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988

Art. 1º. Os Juizados Especiais de Pequenas Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos
Causas, órgãos da Justiça ordinária, poderão ser Territórios, e os Estados criarão:
criados nos Estados, no Distrito Federal e nos
Territórios, para processo e julgamento, por
opção do autor, das causas de reduzido valor I - juizados especiais, providos por juízes
econômico. togados, ou togados e leigos, competentes para
a conciliação, o julgamento e a execução de
causas cíveis de menor complexidade e
Art. 2º. O processo, perante o Juizado Especial infrações penais de menor potencial ofensivo,
de Pequenas Causas, orientar-se-á pelos mediante os procedimentos oral e
critérios da oralidade, simplicidade, sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses
informalidade, economia processual e previstas em lei, a transação e o julgamento de
celeridade, buscando sempre que possível a recursos por turmas de juízes de primeiro grau.
conciliação das partes.

Art. 3º. Consideram-se causas de reduzido valor


econômico as que versem sobre direitos
patrimoniais e decorram de pedido que, à data
do ajuizamento, não exceda a 20 (vinte) vezes o
salário mínimo vigente.
LEI N. 9.099/1995 LEI N. 10.259/2001 LEI N. 12.153/2009

Art. 1º Os Juizados Art. 1o São Art. 1o Os Juizados


Especiais da Fazenda
Especiais Cíveis e instituídos os Pública, órgãos da justiça
LEI N. 9.099/1995
(Juizados Estaduais) Criminais, órgãos da Juizados Especiais comum e integrantes do
Sistema dos Juizados
LEI N. 10.259/2001 Justiça Ordinária, Cíveis e Criminais da Especiais, serão criados pela
(Juizados Federais) serão criados pela Justiça Federal, União, no Distrito Federal e
nos Territórios, e pelos
LEI N. 12.153/2009 União, no Distrito aos quais se aplica,
(Juizados da Fazenda Pública) Estados, para conciliação,
Federal e nos no que não conflitar processo, julgamento e
____________________________
Territórios, e pelos com esta Lei, o execução, nas causas de sua
competência.
PRINCÍPIOS Estados, para disposto na Lei Parágrafo único. O sistema
OU
CRITÉRIOS conciliação, processo, no 9.099, de 26 de dos Juizados Especiais dos
julgamento e execução, setembro de 1995. Estados e do Distrito
O processo orientar-se-á pelos
critérios da oralidade, simplicidade,
Federal é formado pelos
informalidade, economia processual
nas causas de sua Juizados Especiais Cíveis,
e celeridade, buscando, sempre que competência. Juizados Especiais Criminais
possível, a conciliação ou a e Juizados Especiais da
transação.
Fazenda Pública.
• GRATUIDADE DA JUSTIÇA (ART. 54 E 55)
• COMPETÊNCIA (ART. 3˚)
Breve Resumo dos • FORO PARA AJUIZAMENTO (ART. 4˚)
Conteúdos • CONCILIADORES, JUÍZES LEIGOS, JUÍZES TOGADOS (ART. 5˚ A
7˚)
• PARTES (JUS POSTULANDI ATÉ 20 SM, PESSOA JURÍDICA) (ART.
8˚ E 9˚)
• PESSOA JURÍDICA, INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
E LITISCONSÓRCIO (ART. 8˚ E 10)
• PEDIDO (ART. 14 A 17)
• CITAÇÃO (ART. 18 E 19)
• CONTESTAÇÃO E PEDIDO CONTRAPOSTO (ART. 30 E 31)
LEI N. 9.099/95 • COMPARECIMENTO PESSOAL PARTES NAS AUDIÊNCIAS (ART.
20 E 51)
Juizados Especiais • PROCEDIMENTO (CONCILIAÇÃO, ARBITRAGEM, INSTRUÇÃO E
Cíveis Estaduais JULGAMENTO – PROVAS – SENTENÇA, RECURSOS) (ART. 21 A
26, ART. 27 A 29, ART. 32 A 37, ART. 38 A 47, ART. 48 A 51)
• EXECUÇÃO (ART. 52 E 53)
GRATUIDADE DA JUSTIÇA (ART. 54 E 55)

PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO


Tem que pagar a Guia para começar a recorrer e no Segundo
Gratuito até a sentença de Primeiro Grau. Grau paga custas e honorários advocatícios.
Art. 54. Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do
§ 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em
independerá, em primeiro grau de primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de
jurisdição, do pagamento de custas, assistência judiciária gratuita.
taxas ou despesas. Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o
vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados
os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o
recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de
advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte
por cento do valor de condenação ou, não havendo
condenação, do valor corrigido da causa.
COMPETÊNCIA (ART. 3˚)
EM RAZÃO DO VALOR EM RAZÃO DA MATÉRIA EXECUÇÃO
- Causas do art. 275, II, antigo
- CAUSAS ATÉ 40 SM. CPC; -Seus julgados;
- Despejo para Uso Próprio;
- Ações Possessórias sobre -Títulos extrajudiciais até 40 SM.
bens imóveis de valor até 40
SM;

- Ficam excluídas da competência


do Juizado Especial as causas de
natureza alimentar, falimentar,
fiscal e de interesse da Fazenda
Pública, e também as relativas a
acidentes de trabalho, a resíduos
e ao estado e capacidade das
pessoas, ainda que de cunho
patrimonial.
ATENÇÃO !!
NA CONCILIAÇÃO, A COMPETÊNCIA É PARA
QUALQUER VALOR!!

A OPÇÃO PELO PROCEDIMENTO PREVISTO NESTA


LEI IMPORTARÁ EM RENÚNCIA AO CRÉDITO
EXCEDENTE AO LIMITE ESTABELECIDO NESTE
ARTIGO, EXCETUADA A HIPÓTESE DE CONCILIAÇÃO

O ACORDO
EXTRAJUDICIAL, DE
QUALQUER NATUREZA
CONCILIAÇÃO OU VALOR, PODERÁ
SER HOMOLOGADO,
PODE SER FEITA NO JUÍZO
COMPETENTE,
QUALQUER QUE INDEPENDENTEMENTE
SEJA O VALOR DE TERMO, VALENDO A
SENTENÇA COMO
TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL
FORO COMPETENTE (ART. 4˚)

I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local


onde aquele exerça atividades profissionais ou Parágrafo único. Em qualquer
econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência,
sucursal ou escritório; hipótese, poderá a ação ser
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; proposta no foro previsto no
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas
ações para reparação de dano de qualquer natureza.
inciso I deste artigo.
CONCILIADORES, JUÍZES LEIGOS E JUÍZES
TOGADOS (COORDENADORES) (ART. 5˚ A 7˚)
CONCILIADORES JUÍZES LEIGOS JUÍZES TOGADOS
Preferencialmente Advogados com mais de 5 anos de experiência. Juízes de Direito Coordenadores
Bacharéis em Direito. dos trabalhos e que devem
Súmulas n. 1 e 2 OAB/SC: homologar os atos dos Juízes Leigos
“Aqueles advogados que atuarem judicialmente como juízes leigos,
(art. 40).
mediadores, árbitros, conciliadores, voluntários e congêneres, bem como
seus sócios, associados, empregados, de fato e de direito, ou da sociedade da Art. 5º O Juiz dirigirá o processo
qual participa, ficam impedidos de advogar nas unidades em que atuam e com liberdade para determinar as
nas Varas de mesma competência”. (Súmula 01)
provas a serem produzidas, para
“Os advogados que atuarem como árbitros, mediadores, conciliadores, apreciá-las e para dar especial
voluntários e congêneres em câmaras de conciliação, mediação e arbitragem valor às regras de experiência
ou tribunais arbitrais, devem respeitar os impedimentos e suspeições
previstos nos artigos 144 e 145 do CPC, com o dever maior de revelação, bem
comum ou técnica.
como os impedimentos e suspeições previstos nas leis 9.307/96 e Art. 6º O Juiz adotará em cada caso
13.140/2015, extensivo aos seus sócios, associados, empregados, de fato e a decisão que reputar mais justa e
de direito ou da sociedade da qual participam”. (Súmula 02) equânime, atendendo aos fins
sociais da lei e às exigências do
bem comum.
PARTES (ART. 8˚ E 9˚)

II - as pessoas enquadradas
como III - as pessoas jurídicas Não poderão ser partes, no
IV - as sociedades de
microempreendedores qualificadas como processo instituído por esta
I - as pessoas físicas crédito ao
individuais, microempresas Organização da Sociedade Lei, o incapaz, o preso, as
capazes, excluídos os microempreendedor, nos
e empresas de pequeno Civil de Interesse Público, pessoas jurídicas de direito
cessionários de direito de termos do art. 1o da Lei
porte na forma da Lei nos termos da Lei no 9.790, público, as empresas
pessoas jurídicas; no 10.194, de 14 de
Complementar no 123, de de 23 de março de públicas da União, a massa
fevereiro de 2001.
14 de dezembro de 1999; falida e o insolvente civil.
2006;
JUS POSTULANDI DO ART. 9˚, DA LEI N. 9.099/95
SEM ADVOGADO, ATÉ 20 SM

Artigo da Professora Queila Martins

“TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA EM MANUEL


ATIENZA E ACESSO À JUSTIÇA: UMA ANÁLISE DO JUS
POSTULANDI NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS”

Disponível em https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rdp/article/viewFile/5419/2844
PESSOA JURÍDICA, INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
E LITISCONSÓRCIO (ART. 8˚ E 10)

O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de


firma individual, poderá ser representado
Não se admitirá, no processo, qualquer
por preposto credenciado, munido de carta
forma de intervenção de terceiro nem de
de preposição com poderes para transigir,
assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.
sem haver necessidade de vínculo
empregatício.
ATERMAÇÃO SEM ADVOGADO
NO PRÓPRIO JUIZADO ATÉ 20 SM

PEDIDO
ART. 14 A 17

POR PETIÇÃO ADMITE-SE


COM ADVOGADO PEDIDO CONTRAPOSTO
CITAÇÃO (ART. 18 E 19)

§ 2º As partes comunicarão ao juízo


POR AR as mudanças de endereço ocorridas
no curso do processo, reputando-se
(CORREIO) eficazes as intimações enviadas ao
local anteriormente indicado, na
ausência da comunicação.
CONTESTAÇÃO E PEDIDO CONTRAPOSTO
(ART. 30 E 31)

•CONTESTAÇÃO PODE SER •É ADMITIDO


CONTESTAÇÃO ORAL OU APRESENTADA ATÉ A AUDIÊNCIA DE
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: PEDIDO
ESCRITA DEVE SER ENTREGUE
(ENUNCIADO 10 FONAJE – A CONTRAPOSTO, NA
NA AUDIÊNCIA DE contestação poderá ser apresentada PRÓPRIA
CONCILIAÇÃO até a audiência de Instrução e
Julgamento). CONTESTAÇÃO
COMPARECIMENTO PESSOAL DAS PARTES
(ART. 20 E 51)
AUTOR RÉU

• Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos • Art. 20. Não comparecendo o demandado à
previstos em lei: sessão de conciliação ou à audiência de
instrução e julgamento, reputar-se-ão
• I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial,
das audiências do processo; salvo se o contrário resultar da convicção do
Juiz.
• Enunciado 42, do FONAJE, que tem a seguinte
redação: “O preposto que comparece sem Carta de
Preposição obriga-se a apresentá-la, no prazo que
for assinado, para a validade de eventual acordo.
Não formalizado o acordo, incidem, de plano, os
efeitos de revelia. (SUBSTITUÍDO no XIX Encontro –
Aracaju/SE pelo ENUNCIADO 99).”
PROCEDIMENTO JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS

COMO
DEVERIA SER

COMO
REALMENTE
É
FASE DE CONCILIAÇÃO
CONCILIAÇÃO (ART. 21 A 26)

Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz


togado ou leigo esclarecerá as
Parágrafo único. Obtida a
partes presentes sobre as Art. 22. A conciliação será
conciliação, esta será reduzida a Art. 23. Não comparecendo o
vantagens da conciliação, conduzida pelo Juiz togado ou
escrito e homologada pelo Juiz demandado, o Juiz togado
mostrando-lhes os riscos e as leigo ou por conciliador sob sua
togado, mediante sentença com proferirá sentença.
conseqüências do litígio, orientação.
eficácia de título executivo.
especialmente quanto ao disposto
no § 3º do art. 3º desta Lei.
🔴 O que fazer em uma sessão de conciliação????

🔵 Tentar negociar...

🔴 E como posso negociar melhor????

🔵 Use as Técnicas de Negociação a seguir,


elas podem ajudar a obter uma melhor
conciliação
Conforme: “Como Chegar ao Sim”, de Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton,
Cofundadores do Projeto de Negociação de Harvard.
MESA POSTA – 3 PERGUNTAS
1ª Pergunta:
O QUE VOCÊ QUER?
Se nem você sabe o que quer, fica muito difícil para outra parte entender o que você quer.
Você precisa mapear seus interesses, suas posições, sua ZOPA (Zona de Possível Acordo), limites
máximos e mínimos, até onde você pode chegar, quais as opções que você está disposto para
agregar à mesa, quais as concessões que você pode fazer e, ainda, quais as alternativas em caso
de não acordo.

2ª Pergunta:
O QUE O OUTRO QUER?
REPLICAR a lógica ao mapeamento do outro, assim você consegue maximizar seus
resultados, criar respeito da outra parte e atingir seu objetivo.

3ª Pergunta:
COMO CHEGAR LÁ?
Como criar a ponte de consenso entre dois universos diferentes para se chegar a uma
solução que seja boa para ambos?
CRIAÇÃO DA INFLUÊNCIA POSITIVA
Qual bola amarela é maior?

8
POSIÇÕES E INTERESSES

Aquilo que mostramos


para os outros

O que ocultamos

17
O CASO DAS LARANJAS
CHAMADA DAS SESSÃO FINAL DA SESSÃO
PARTES
Início da Sessão: (utilização das técnicas de negociação):

A chamada das O conciliador deverá se apresentar, dizendo seu nome, e situando as Digitar o Termo de
partes no que vai acontecer naquela sessão. Deverá propor alguns
partes deverá ser combinados entre as partes, tais como: Encerramento. As
realizada pelos partes deverão
•confidencialidade e sigilo;
próprios •boa fé; assinar.
SESSÃO conciliadores, •cortesia no tratamento;
•que a condução dos trabalhos pertence ao conciliador e este poderá Ao término, o
demonstrando requisitar a palavra se entender cabível; Conciliador deverá
DE interesse e •benefÍcios da conciliação: 1) não há reconhecimento de culpa; 2) é um
espaço de ganha-ganha; 3) contribui para melhorar a vida em sociedade agradecer o
CONCILIAÇÃO atenção. Auxiliar (paz, tranquilidade, harmonia);
empenho de todos
e organizar a Na sequência, deverá iniciar as Técnicas de Negociação aplicadas ao caso para que a sessão se
mesa redonda concreto:
realizasse e pedir
onde as partes •fazer três perguntas às partes: O QUE VOCÊ QUER, O QUE O OUTRO
irão se acomodar QUER, COMO PODEMOS CHEGAR LÁ… que, se possível,
•conscientizar que devem expor seu real interesse e não apenas todos se
e conversar. posições;
•que as soluções sejam REALISTAS e não apenas IDEALISTAS; cumprimentem e
•que cada um deve se colocar no lugar do outro para alcançar uma
solução POSSÍVEL; desejar felicidade
•OUVIR COM PACIÊNCIA, MANTER O EQUILÍBRIO DA REUNIÃO, SER para a continuidade
IMPARCIAL.
da vida.
Na sessão as partes podem conversar separadamente; a sessão pode ser
remarcada para outras datas.
FASE DE INSTRUÇÃO
ARBITRAGEM NOS JUIZADOS ESPECIAIS
(ART. 24 A 26)

Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma
prevista nesta Lei.
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de compromisso, com a
escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a
data para a audiência de instrução.

§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.

Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei,
podendo decidir por eqüidade.
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz
togado para homologação por sentença irrecorrível.
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (ART. 27 A 29)
(NÃO TEM ALEGAÇÕES FINAIS!! 😡)
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento,
desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização imediata, será a audiência designada para um dos
quinze dias subseqüentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida,
proferida a sentença.
Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento da
audiência. As demais questões serão decididas na sentença.
Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a
parte contrária, sem interrupção da audiência.
PROVAS (ART. 32 A 37)
• Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei,
TODOS OS são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.
MEIOS DE • Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que
não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas,
PROVA impertinentes ou protelatórias.

• Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de
instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de
intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.
TESTEMUNHAS • § 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo
cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento.
• § 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução,
valendo-se, se necessário, do concurso da força pública.
• Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a
apresentação de parecer técnico.
PERÍCIA • Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em
pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado.
INFORMAL • Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos
depoimentos.
• Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado.
SENTENÇA (ART. 38 A 40)

Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.

Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei.

Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz
togado, que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou, antes de se manifestar, determinar a
realização de atos probatórios indispensáveis.
FASE RECURSAL
RECURSOS (ART. 41 A 51)
EMBARGOS
DECLARATÓRIOS À TURMA
RECURSAL (5 DIAS)
SENTENÇA RECURSO EXTRAORDINÁRIO
OU LAUDO ARBITRAL STF (15 DIAS)

EMBARGOS
DECLARATÓRIOS AO JUIZ
OU ÁRBITRO (5 DIAS)
RECURSO INOMINADO
TURMA RECURSAL (10 DIAS)
EXECUÇÃO
EXECUÇÃO TÍTULOS JUDICIAIS (ART. 52)
Art. 52 - I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índice equivalente;
II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor judicial;
III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for proferida. Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir
a sentença tão logo ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);
IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á
desde logo à execução, dispensada nova citação;
V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo
com as condições econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação da multa ou
a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de
obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado;
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve depositar para as despesas, sob pena de
multa diária;
VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual
se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à
vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;
VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução;
c) erro de cálculo;
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença.
EXECUÇÃO TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 53)
• Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários
mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações
introduzidas por esta Lei.
• § 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de
conciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou
verbalmente.
• § 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio,
se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre
outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em
pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado.
• § 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes,
qualquer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do
parágrafo anterior.
• § 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será
imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.
DISPOSIÇÕES FINAIS
• Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as curadorias
necessárias e o serviço de assistência judiciária.
• Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser
homologado, no juízo competente, independentemente de termo, valendo
a sentença como título executivo judicial.
• Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo celebrado
pelas partes, por instrumento escrito, referendado pelo órgão competente
do Ministério Público.
• Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão estender a
conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a causas não abrangidas por esta Lei.
• Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao
procedimento instituído por esta Lei.
E-BOOKS PPCJ UNIVALI

Disponível em: http://siaiapp28.univali.br/lstfree.aspx


OBRIGADA!! 😁
Contatos:
Prof. MSc. Queila Martins
Advogada | Attorney, OAB/SC n. 15.626
• Doutoranda em Ciência Jurídica UNIVALI
• Mestre em Gestão de Políticas Públicas UNIVALI
• Professora Graduação Direito UNIVALI
• Professora Pós Graduação Lato Sensu Direito Empresarial e dos Negócios UNIVALI
• Professora Pós Graduação Lato Sensu Direito Civil Avançado UNIVALI
• Mediadora Familiar - Árbitra Câmaras Arbitrais
• Juíza Leiga Juizados Especiais Cíveis Balneário Camboriú/SC
queilamartins@univali.br
advocaciaextrajudicialsc@gmail.com
BLOG: http://correiomartins.blogspot.com
Escritório: (47) 3366 1102 (47) 99967 8844

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