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Aula 30/04/19

PROCEDIMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS


O procedimento é marcado pelo princípio da simplicidade, economicidade
Petição inicial > citação para contestação > provas > julgamento
O primeiro ato que chama é denominado citação, mas na prática a secretaria fala
“intime-se, notifica-se”
a citação para audiência de conciliação deve ser com antecedência mínima de 30
dias.
É cabível todos os meios de provas.
Cabe tutela provisória, inclusive pode ser concedida de ofício.
Só cabe agravo da decisão que resolve a tutela provisória.
Das decisões judiciais que não cabe recurso, desde que a decisão seja teratológica
– equivoco evidente, cabe mandado de segurança.
Só cabe recurso contra decisão de medida cautelar e contra decisão definitiva. O
que é decisão definitiva? Decisão com resolução de mérito.
A jurisprudência entende que contra decisões que terminam o processo nos
juizados federais cabe recurso
Aula 03/05/19
EXECUÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
Na fase entre a postulação e a sentença, só cabe recurso na decisão da tutela
provisória. Da decisão que indefere uma prova, por exemplo, não cabe recurso.
Da sentença cabe Recurso Inominado. Prazo 10 dias.
*Essa sentença produz coisa julgada material
Requisitos de cabimento para o Recurso Nominado é: ¹legitimidade recursal;
²sucumbencia.
→ Qual a eficácia sentencial que produz coisa julgada material? A coisa julgada
formal é não caber mais recurso. A coisa julgada material é a instabilidade
daquela decisão. Quer dizer, não se pode mais impugnar aquela decisão nem
naquele processo nem em outro processo. Ex. sentença de divórcio, extingue
uma relação matrimonial. E amanhã já pode casar de novo.
- nos juizados federais você não tem custas até a primeira instancia. As custas
vêm na segunda instancia. Quando for interpor o recurso tem que pagar o
preparo. Se não tiver como pagar, deve requerer a justiça gratuita.
Competência para julgar Recurso Inominado: turmas recursais
Estrutura Recursal dos Juizados Federais: tem juiz de primeiro grau > órgão
competente para julgar recursos inominado, que são as turmas recursais > acima
das turmas recursais nós temos as turmas regionais de uniformização > depois
temos a turma nacional de uniformização > STJ > STF (vamos imaginar uma
hierarquia processual).
A justiça federal é dividida em regiões, são 5 regiões. Nós somos da 1ªregião
(norte, maranhão, Piauí, etc.)
Das decisões das turmas recursais cabe 3 recursos: ¹pedido de uniformização
para turma regional de uniformização; ²pedido de uniformização para a turma
nacional de uniformização; e ³Recurso Extraordinário.
São 5 regiões. Cada estado é uma seção judiciária. Cada seção Judiciária tem sua
turma recursal. Exceto, amapá, Roraima e acre, pois o volume processual é
pequeno.
Como é formado as turmas recursais regionais? Cada seção judiciária tem um
coordenador das turmas recursais. Junta todas os coordenadores tem a turma
regional.
Como é formado a turma recursal regional? Tem composição diferente. São
escolhidos os membros de cada região (2 por região) e o presidente é o
presidente da Justiça Federal.
→ Cabimento de pedido de uniformização da decisão das TRS para TRU (turma
regional de uniformização: não cabe questões processuais. Somente relativos a
direito material.
Quando ouvir falar pedido de uniformização é porque há divergência. Essa
divergência que é de direito material.
- Divergência entre turmas recursais da mesma região sobre direito material:
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO PARA TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
(TRU)
- Hipótese de cabimento para pedido de uniformização para turma nacional de
uniformização: divergência de turmas recursais regiões diferentes, decisões de
TRs contraria a súmula ou jurisprudência dominante no STJ.
Existem dois tipos de divergências:
1ª divergência é entre turmas recursais da mesma região (recurso para TRU), e
divergência de turmas recursais de região diferente (recurso para a TNU);
2ª divergência é com o STJ ou com a própria TNU. Se for decisão de turma recursal
está em divergência com a TNU, o recurso para direto para a TNU.
Ex. turma recursal do maranhão decidiu que não paga os 25% da sua
aposentadoria. A decisão da TR foi contra mim. Eu fui sucumbente. Mas eu quero
receber esses 25%, muita gente já recebeu. A 1ª turma recursal negou os meus
25%, mas a 2ª turma recursal deferiu os 25% para uma outra pessoa no dia
anterior, todas da mesma região. O que fazer para recorrer?
Você tem que achar em turma recursal da mesma região decisão que concedeu
os 25%. O objetivo é mostrar que a decisão é incorreta, mas para isso não adianta
fazer toda a argumentação da inicial. Deve mostrar que aquela mesma questão
foi decidida em outros julgados e pede que o entendimento seja uniformizado.
Tem que trazer junto com a petição, cópias das decisões. Não pode ser só a
ementa. Tem que ser a decisão completa.
No recurso você não examina a prova no recurso probatório, mas você valora.
O que é valorar a prova? É dizer se aquela prova é hábil ou não.
Ex. so se prova tempo de serviço com prova testemunhal + prova material. O juiz
dá provimento com base unicamente em documento. Lá na TNU pode ser
arguido.
LEI SECA DE JUIZADOS FEDERAIS ↓

Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça


Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto
na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os


feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor
potencial ofensivo.

Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de


competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, respeitadas
as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)

Parágrafo único. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo,


para os efeitos desta Lei, os crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a dois anos, ou multa.

Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri,


decorrente da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da
transação penal e da composição dos danos civis.(Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e
julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta
salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.

§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas:

I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as


ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e
demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e
as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais
homogêneos;

II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais;

III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o


de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal;

IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta


a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares.

§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de


competência do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá
exceder o valor referido no art. 3o, caput.

§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua


competência é absoluta.

Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir


medidas cautelares no curso do processo, para evitar dano de difícil reparação.

Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente será admitido recurso de
sentença definitiva.

Art. 6o Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível:

I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de


pequeno porte.

II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais.

Art. 7o As citações e intimações da União serão feitas na forma prevista


nos arts. 35 a 38 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.

Parágrafo único. A citação das autarquias, fundações e empresas públicas


será feita na pessoa do representante máximo da entidade, no local onde
proposta a causa, quando ali instalado seu escritório ou representação; se não,
na sede da entidade.
Art. 8o As partes serão intimadas da sentença, quando não proferida esta na
audiência em que estiver presente seu representante, por ARMP (aviso de
recebimento em mão própria).

§ 1o As demais intimações das partes serão feitas na pessoa dos advogados


ou dos Procuradores que oficiem nos respectivos autos, pessoalmente ou por
via postal.

§ 2o Os tribunais poderão organizar serviço de intimação das partes e de


recepção de petições por meio eletrônico.

Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato


processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de
recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com
antecedência mínima de trinta dias.

Art. 10. As partes poderão designar, por escrito, representantes para a


causa, advogado ou não.

Parágrafo único. Os representantes judiciais da União, autarquias,


fundações e empresas públicas federais, bem como os indicados na forma do
caput, ficam autorizados a conciliar, transigir ou desistir, nos processos da
competência dos Juizados Especiais Federais.

Art. 11. A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação


de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a
instalação da audiência de conciliação.

Parágrafo único. Para a audiência de composição dos danos resultantes de


ilícito criminal (arts. 71, 72 e 74 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995), o
representante da entidade que comparecer terá poderes para acordar, desistir
ou transigir, na forma do art. 10.

Art. 12. Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao


julgamento da causa, o Juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo
até cinco dias antes da audiência, independentemente de intimação das partes.

§ 1o Os honorários do técnico serão antecipados à conta de verba


orçamentária do respectivo Tribunal e, quando vencida na causa a entidade
pública, seu valor será incluído na ordem de pagamento a ser feita em favor do
Tribunal.

§ 2o Nas ações previdenciárias e relativas à assistência social, havendo


designação de exame, serão as partes intimadas para, em dez dias, apresentar
quesitos e indicar assistentes.

Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei federal
quando houver divergência entre decisões sobre questões de direito material
proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei.

§ 1o O pedido fundado em divergência entre Turmas da mesma Região será


julgado em reunião conjunta das Turmas em conflito, sob a presidência do Juiz
Coordenador.

§ 2o O pedido fundado em divergência entre decisões de turmas de


diferentes regiões ou da proferida em contrariedade a súmula ou jurisprudência
dominante do STJ será julgado por Turma de Uniformização, integrada por juízes
de Turmas Recursais, sob a presidência do Coordenador da Justiça Federal.

§ 3o A reunião de juízes domiciliados em cidades diversas será feita pela via


eletrônica.

§ 4o Quando a orientação acolhida pela Turma de Uniformização, em


questões de direito material, contrariar súmula ou jurisprudência dominante no
Superior Tribunal de Justiça -STJ, a parte interessada poderá provocar a
manifestação deste, que dirimirá a divergência.

§ 5o No caso do § 4o, presente a plausibilidade do direito invocado e havendo


fundado receio de dano de difícil reparação, poderá o relator conceder, de ofício
ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a suspensão
dos processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida.

§ 6o Eventuais pedidos de uniformização idênticos, recebidos


subseqüentemente em quaisquer Turmas Recursais, ficarão retidos nos autos,
aguardando-se pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça.

§ 7o Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma


Recursal ou Coordenador da Turma de Uniformização e ouvirá o Ministério
Público, no prazo de cinco dias. Eventuais interessados, ainda que não sejam
partes no processo, poderão se manifestar, no prazo de trinta dias.

§ 8o Decorridos os prazos referidos no § 7o, o relator incluirá o pedido em


pauta na Seção, com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os
processos com réus presos, os habeas corpus e os mandados de segurança.

§ 9o Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos referidos no §


6o serão apreciados pelas Turmas Recursais, que poderão exercer juízo de
retratação ou declará-los prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo
Superior Tribunal de Justiça.

§ 10. Os Tribunais Regionais, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo


Tribunal Federal, no âmbito de suas competências, expedirão normas
regulamentando a composição dos órgãos e os procedimentos a serem
adotados para o processamento e o julgamento do pedido de uniformização e
do recurso extraordinário.
Art. 15. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado
e julgado segundo o estabelecido nos §§ 4o a 9o do art. 14, além da observância
das normas do Regimento.

Art. 16. O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado,


que imponham obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será
efetuado mediante ofício do Juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da
sentença ou do acordo.

Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em


julgado da decisão, o pagamento será efetuado no prazo de sessenta dias,
contados da entrega da requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para
a causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal ou do Banco do
Brasil, independentemente de precatório.

§ 1o Para os efeitos do § 3o do art. 100 da Constituição Federal, as


obrigações ali definidas como de pequeno valor, a serem pagas
independentemente de precatório, terão como limite o mesmo valor estabelecido
nesta Lei para a competência do Juizado Especial Federal Cível (art. 3o, caput).

§ 2o Desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará o seqüestro do


numerário suficiente ao cumprimento da decisão.

§ 3o São vedados o fracionamento, repartição ou quebra do valor da


execução, de modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida
no § 1o deste artigo, e, em parte, mediante expedição do precatório, e a
expedição de precatório complementar ou suplementar do valor pago.

§ 4o Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido no § 1o, o pagamento


far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo facultado à parte exeqüente a
renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento
do saldo sem o precatório, da forma lá prevista.

Art. 18. Os Juizados Especiais serão instalados por decisão do Tribunal


Regional Federal. O Juiz presidente do Juizado designará os conciliadores pelo
período de dois anos, admitida a recondução. O exercício dessas funções será
gratuito, assegurados os direitos e prerrogativas do jurado (art. 437 do Código
de Processo Penal).

Parágrafo único. Serão instalados Juizados Especiais Adjuntos nas


localidades cujo movimento forense não justifique a existência de Juizado
Especial, cabendo ao Tribunal designar a Vara onde funcionará.

Art. 19. No prazo de seis meses, a contar da publicação desta Lei, deverão
ser instalados os Juizados Especiais nas capitais dos Estados e no Distrito
Federal.

Parágrafo único. Na capital dos Estados, no Distrito Federal e em outras


cidades onde for necessário, neste último caso, por decisão do Tribunal Regional
Federal, serão instalados Juizados com competência exclusiva para ações
previdenciárias.

Art. 20. Onde não houver Vara Federal, a causa poderá ser proposta no
Juizado Especial Federal mais próximo do foro definido no art. 4o da Lei no 9.099,
de 26 de setembro de 1995, vedada a aplicação desta Lei no juízo estadual.

Art. 21. As Turmas Recursais serão instituídas por decisão do Tribunal


Regional Federal, que definirá sua composição e área de competência, podendo
abranger mais de uma seção.

§ 1o Não será permitida a recondução, salvo quando não houver outro juiz
na sede da Turma Recursal ou na Região. (Revogado pela Lei nº 12.665, de
2012)
§ 2o A designação dos juízes das Turmas Recursais obedecerá aos critérios
de antigüidade e merecimento. (Revogado pela Lei nº 12.665, de 2012)

Art. 22. Os Juizados Especiais serão coordenados por Juiz do respectivo


Tribunal Regional, escolhido por seus pares, com mandato de dois anos.

Parágrafo único. O Juiz Federal, quando o exigirem as circunstâncias,


poderá determinar o funcionamento do Juizado Especial em caráter itinerante,
mediante autorização prévia do Tribunal Regional Federal, com antecedência de
dez dias.

Art. 23. O Conselho da Justiça Federal poderá limitar, por até três anos,
contados a partir da publicação desta Lei, a competência dos Juizados Especiais
Cíveis, atendendo à necessidade da organização dos serviços judiciários ou
administrativos.

Art. 24. O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal e


as Escolas de Magistratura dos Tribunais Regionais Federais criarão programas
de informática necessários para subsidiar a instrução das causas submetidas
aos Juizados e promoverão cursos de aperfeiçoamento destinados aos seus
magistrados e servidores.

Art. 25. Não serão remetidas aos Juizados Especiais as demandas ajuizadas
até a data de sua instalação.

Art. 26. Competirá aos Tribunais Regionais Federais prestar o suporte


administrativo necessário ao funcionamento dos Juizados Especiais.
Aula 17/05/19
JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS
1. COMPETÊNCIA
Tem uma distinção muito grande entre competência aqui e nos juizados
especiais federais.
No juizado especial federal sempre tem um poder público. O Juizado Especial
Estadual é pensado para resolver as questões entre as pessoas.
Da Competência
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação,
processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim
consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao
fixado no inciso I deste artigo.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I - dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o
salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de
natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e
também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e
capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia
ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese
de conciliação.
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça
atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial,
agência, sucursal ou escritório;
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para
reparação de dano de qualquer natureza.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro
previsto no inciso I deste artigo.

 O Juizado Especial Estadual utilizou o critério valor, critério matéria,


critério de fórum (lugar).
1. Critério valor: 40 salários mínimo, mas diferente do JEF, essa regra não é
absoluta. Não há uma obrigatoriedade do JEE. A discussão é: e as causas
acima de 40 salários mínimos? Quando é possível a renúncia do que
exceda os 40 salários mínimos o JEE é competente. Ex. o INSS me deve 80
salários mínimos. Pode ser que na conciliação haja um acordo e eu receba
os 80 salários mínimos. Caso não haja acordo, para prosseguir no JEE eu
preciso renunciar o que excede 40 salários mínimos.
2. Critério matéria: a grosso modo qualquer coisa até 40 salários mínimos
podem ser executados no JEE.
3. Critério lugar: regra geral, domicilio do réu. Nas ações de dano, domicilio
do autor ou domicilio do réu. A critério do autor, do local onde aquele
exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha
estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório. Nas obrigações que
existem uma obrigação a ser satisfeita, pode ser tanto no domicilio do réu,
ou onde a obrigação pode ser satisfeita. Sempre o autor pode escolher.

2. DAS PARTES
NÃO PODE SER PARTE:

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as
pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o
insolvente civil.

 Incapaz: a lógica do juizado é conciliação, transição


 Pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas da união: a ideia
era criar um juizado própria para elas, que hoje existe, é o juizado
especial da fazenda pública
 Massa falida: tem um juízo universal que resolve tudo acerca dessa
matéria, independente de valor.
 Preso: a lógica do juizado é a presença da parte. Tanto que se a pessoa
não puder ir mesmo justificando, não tem “perdão”.
PODE SER PARTE
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado
Especial:
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas
jurídicas;
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte.
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público.
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor.
*A maioridade aqui é 18 anos.
 A regra do art. 9º não existe no JEF, Trata-se do jus postulandi. Diz que nas
causas até 20 salários mínimo não precisa de advogado. A obrigação vem
quando supera esse valor.
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão
pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a
assistência é obrigatória.

*Não se admite intervenção de terceiro nos juizados especiais.

3. PROCEDIMENTOS

Petição inicial > audiência de conciliação > (não fez conciliação) contestação >

A audiência pode ser uma. Mas em geral, o juiz marca duas audiências, uma de conciliação
e outra geral, que vão ser tratado todas as matérias. Inclusive pode dar a sentença outro dia.

Medida cautelar no JEE: Na lei 9.099 não trata de tutela provisória. Muito se discutiu a
tutela provisória nos JEE. A pergunta é: esse instituto é compatível com os princípios do
JEE? O problema quando se fala de tutela provisória de urgência, cumpre um valor
constitucional, que é a inafastabilidade da jurisdição. A jurisdição envolve tanto um juízo final
quando provisório. Portanto, é possível a tutela provisória no JEE, em casos
EXCEPCIONAIS.

O que não tem cabimento é a tutela provisória antecedente.

4. RECURSOS

A lei 9.099 prevê apenas um único recurso.

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá


recurso para o próprio Juizado.

O JEE não admite recurso na decisão que homologa acordos da audiência de conciliação
ou laudo arbitral.

E se for concedido tutela provisória? Não tem recurso. O que pode ser feito é mandado de
segurança, se for matéria extremamente grave. Ex. minha testemunha vai morrer, precisa
ser ouvida logo.

Prazo recursal: 10 dias. Usa-se no JEF também, porque lá na lei não traz.

*e se as decisões das turmas recursais forem contrárias às decisões do STJ ou contra


as decisões do STF? Cabe Recurso Extraordinário

AULA 24/05/19

5. TESES DO STJ ACERCA DOS JUIZADOS ESPECIAIS – aula 24.05

1) O processamento da ação perante o Juizado Especial Estadual é opção do autor, que pode,
se preferir, ajuizar sua demanda perante a Justiça Comum.

A competência do juizado especial federal é absoluta, mesmo a territorial.

2) Em se tratando de litisconsórcio ativo facultativo, para que se fixe a competência dos


Juizados Especiais, deve ser considerado o valor da causa individualmente por autor, não
importando se a soma ultrapassa o valor de alçada.

Se tiver vários litisconsortes quer dizer que eu tenho uma cumulação subjetiva de ações.
Contudo, o valor que corresponde à competência do juizado especial, deve ser analisado
individual de cada ação e não o valor total.
3) A necessidade de produção de prova pericial, por si só, não influi na definição da
competência dos Juizados Especiais.

Complexidade da causa não é elemento de fixação de competência dos juizados. A


competência se dá pelo valor da causa.

4) É da competência dos Juizados Especiais Federais e dos Juizados Especiais da Fazenda


Pública a defesa de direitos ou interesses difusos e coletivos exercida por meio de ações
propostas individualmente pelos seus titulares ou substitutos processuais.

Desde que o valor não ultrapassa 60 salários mínimos.

Se for através de sindicados não é da competência do juizado especial.

5) É possível submeter ao rito dos Juizados Especiais Federais as causas que envolvem
fornecimento de medicamentos/tratamento médico, cujo valor seja de até 60 salários
mínimos, ajuizadas pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública em favor de pessoa
determinada.

Sempre menor que 60 salários mínimos, ajuizadas pelo MP e em favor de pessoa determinada.

6) Compete ao Juizado Especial a execução de seus próprios julgados,


independentemente da quantia a ser executada, desde que tenha sido observado o valor de
alçada na ocasião da propositura da ação.

O valor que se refere a competência do juizado deve ser analisado no momento da propositura
da ação. No momento da execução, mesmo que o valor a ser executado ultrapassa o valor de
competência, será executada pelo juizado especial.

7) Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência entre juizado


especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária. (Súmula n. 428/ STJ).

Regra geral de conflito de competência.

Julgadores vinculados a mesmo tribunal quem decide o conflito de competência é o tribunal.

8) Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado
especial. (Súmula n. 376/STJ)

Autoexplicativo. Professor não explicou.

9) Admite-se a impetração de mandado de segurança perante os Tribunais de Justiça


e os Tribunais Regionais Federais para o exercício do controle de competência dos
Juizados Especiais Estaduais ou Federais, respectivamente, excepcionando a hipótese de
cabimento da Súmula n. 376/STJ.

Autoexplicativo. Professor não explicou.

10) Por força do art. 6º da Resolução n. 12/2009 do STJ*, são irrecorríveis as


decisões proferidas pelo relator nas reclamações destinadas a dirimir divergência entre
acórdão prolatado por turma recursal estadual e a jurisprudência do STJ.

O relator pode decidir esses casos. No geral cabe agravo interno, porem nessa situação não
cabe.

Obs: pelo que ele disse parece que foi revogado. Não deu para entender!
11) O prazo para o ajuizamento de reclamação contra acórdão de Turma
Recursal de Juizados Especiais inicia-se com a ciência, pela parte, do acórdão proferido
pela Turma Recursal no julgamento do recurso inominado ou dos subsequentes
embargos de declaração, e não da decisão acerca do recurso extraordinário interposto
(art. 1º da Resolução n. 12/2009 do STJ*).

O prazo para interpor recurso inominado começa a contar a partir do momento que a parte
tomar ciência do acórdão proferido pela turma recursal e não do momento da decisão.

12) É incabível o ajuizamento de reclamação fundada na Resolução n. 12/2009 do STJ*


para atacar decisão de interesse da Fazenda Pública, ante a existência de procedimento
específico de uniformização de jurisprudência previsto nos arts. 18 e 19 da Lei n. 12.153/2009.

55min

13) É inviável a discussão de matéria processual em sede de incidente de


uniformização de jurisprudência oriundo de juizados especiais, visto que cabível, apenas,
contra acórdão da Turma Nacional de Uniformização que, apreciando questão de direito
material, contrarie súmula ou jurisprudência dominante no STJ.

Regra geral! Não explicou!

14) Compete ao Superior Tribunal de Justiça o exame dos pressupostos legais do pedido de
uniformização, não prevendo a lei a existência de juízo prévio de admissibilidade pela
Turma Recursal.

Hoje em dia não há mais esse juízo de admissibilidade prévio pelo juízo.

Professor só disse que gostou muito pq esse juízo era sem sentido algum e tal, disse também
que isso nem é regra de uniformização.

15) A negativa de processamento do pedido de uniformização dirigido ao STJ enseja


violação do art. 18, § 3º, da Lei n. 12.153/2009 e usurpação da competência da Egrégia Corte,
que pode ser preservada mediante a propositura da reclamação constitucional (art. 105, I, “f”,
da CF/88).

Entra-se com uma reclamação no STJ pedindo uniformização de uma decisão prolatada por
uma turma recursal. Se o STJ não admitir essa reclamação cabe propositura de reclamação
constitucional para o supremo.

16) Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos
Juizados Especiais. (Súmula n. 203/STJ)

Contra decisão de turma recursal só cabe RE e reclamação para uniformização. Não cabe
REsp!!!

Da decisão da turma recursal do juizado especial federal cabe o pedido de uniformização de


turma regional, pedido de uniformização de turma nacional e recurso indeterminado.

OBS: AS TESES DE UNIFORMIZAÇÃO NÃO SÃO ASSUNTO DE PROVA!!!

6. EXECUÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que


couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:
I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do
Tesouro Nacional - BTN ou índice equivalente;

II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas


serão efetuados por servidor judicial;

III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência
em que for proferida. Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão
logo ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento
(inciso V);

IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido


solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução,
dispensada nova citação;

V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença


ou na fase de execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições
econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação,
o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em
perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia
certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do
devedor na execução do julgado;

VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem,


fixado o valor que o devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária;

VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou
terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará
em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação,
as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea,
nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;

VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação


de bens de pequeno valor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução;
c) erro de cálculo;
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à
sentença.

 A execução aqui vai seguir de acordo com o processo civil.

Hoje de acordo com o código de processo civil, quando se tem uma sentença que envolva uma
prestação, antes da execução, entra com o cumprimento de sentença. Há uma intimação para
que o sujeito cumpra a obrigação, sob pena de ser multado. Se ele não cumprir a obrigação,
ele pode embargar. E você penhora.

Acontece a mesma coisa aqui nos juizados. Mas aqui o embargos possuem uma limitação, que
está prevista no inciso 9º do art. 52 da 9.099.↑
- Custas: quem vai pagar as custas é quem recorreu. Porque para ingressar com o recurso
precisa pagar o preparo. Mas existe uma problemática ai, pois o juiz diz na sentença assim
“custas e honorários pelo réu”. Nesse caso o réu deve ressarcir as custas que foram pagas no
início pelo autor.

 Lembrando que nos juizados especiais estaduais se admite a execução de títulos


executivos extrajudiciais, se aplica o que está disposto no CPC sobre a matéria. So que
a competência só será do JEE se for ate 40 salários mínimos.
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários
mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações
introduzidas por esta Lei.

Nossa prova vai cair:


Juizados especiais federais
Juizados especiais estaduais
Juizados especiais da Fazenda Pública
Inventário e partilha

JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA (NÃO VAI CAIR NA


P2)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, órgãos da justiça comum e
integrantes do Sistema dos Juizados Especiais, serão criados pela União, no Distrito Federal e
nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas
causas de sua competência.
Parágrafo único. O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é
formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais
da Fazenda Pública.
Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar,
conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação,
populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou
interesses difusos e coletivos;
II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios,
autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a
servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência
do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas
vencidas não poderá exceder o valor referido no caputdeste artigo.
§ 3o (VETADO)
§ 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua
competência é absoluta.
Art. 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer
providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de
incerta reparação.
Art. 4o Exceto nos casos do art. 3o, somente será admitido recurso contra a sentença.
Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública:
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte,
assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como
autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas.
Art. 6o Quanto às citações e intimações, aplicam-se as disposições contidas na Lei
n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil.
o

Art. 7o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas
pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação
para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Art. 8o Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar,
transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas
hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação.
Art. 9o A entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para
o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação.
Art. 10. Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da
causa, o juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até 5 (cinco) dias antes da
audiência.
Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.
Art. 12. O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado, que
imponham obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante
ofício do juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo.
Art. 13. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da
decisão, o pagamento será efetuado:
I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da requisição do juiz à
autoridade citada para a causa, independentemente de precatório, na hipótese do § 3o do art.
100 da Constituição Federal; ou
II – mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor definido como
obrigação de pequeno valor.
§ 1o Desatendida a requisição judicial, o juiz, imediatamente, determinará o sequestro do
numerário suficiente ao cumprimento da decisão, dispensada a audiência da Fazenda Pública.
§ 2o As obrigações definidas como de pequeno valor a serem pagas independentemente
de precatório terão como limite o que for estabelecido na lei do respectivo ente da Federação.
§ 3o Até que se dê a publicação das leis de que trata o § 2o, os valores serão:
I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto aos Estados e ao Distrito Federal;
II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos Municípios.
§ 4o São vedados o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da execução, de
modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no inciso I do caput e, em
parte, mediante expedição de precatório, bem como a expedição de precatório complementar
ou suplementar do valor pago.
§ 5o Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido para pagamento
independentemente do precatório, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório,
sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa
optar pelo pagamento do saldo sem o precatório.
§ 6o O saque do valor depositado poderá ser feito pela parte autora, pessoalmente, em
qualquer agência do banco depositário, independentemente de alvará.
§ 7o O saque por meio de procurador somente poderá ser feito na agência destinatária
do depósito, mediante procuração específica, com firma reconhecida, da qual constem o valor
originalmente depositado e sua procedência.
Art. 14. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados pelos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal.
Parágrafo único. Poderão ser instalados Juizados Especiais Adjuntos, cabendo ao
Tribunal designar a Vara onde funcionará.
Art. 15. Serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal,
conciliadores e juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, observadas as
atribuições previstas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
§ 1o Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros,
preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de
2 (dois) anos de experiência.
§ 2o Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante todos os
Juizados Especiais da Fazenda Pública instalados em território nacional, enquanto no
desempenho de suas funções.
Art. 16. Cabe ao conciliador, sob a supervisão do juiz, conduzir a audiência de
conciliação.
§ 1o Poderá o conciliador, para fins de encaminhamento da composição amigável, ouvir
as partes e testemunhas sobre os contornos fáticos da controvérsia.
§ 2o Não obtida a conciliação, caberá ao juiz presidir a instrução do processo, podendo
dispensar novos depoimentos, se entender suficientes para o julgamento da causa os
esclarecimentos já constantes dos autos, e não houver impugnação das partes.
Art. 17. As Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são compostas por
juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, na forma da legislação dos Estados e do
Distrito Federal, com mandato de 2 (dois) anos, e integradas, preferencialmente, por juízes do
Sistema dos Juizados Especiais.
§ 1o A designação dos juízes das Turmas Recursais obedecerá aos critérios de
antiguidade e merecimento.
§ 2o Não será permitida a recondução, salvo quando não houver outro juiz na sede da
Turma Recursal.
Art. 18. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver
divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material.
§ 1o O pedido fundado em divergência entre Turmas do mesmo Estado será julgado em
reunião conjunta das Turmas em conflito, sob a presidência de desembargador indicado pelo
Tribunal de Justiça.
§ 2o No caso do § 1o, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá ser
feita por meio eletrônico.
§ 3o Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretações
divergentes, ou quando a decisão proferida estiver em contrariedade com súmula do Superior
Tribunal de Justiça, o pedido será por este julgado.
Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização de que trata o §
1o do art. 18 contrariar súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá
provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência.
§ 1o Eventuais pedidos de uniformização fundados em questões idênticas e recebidos
subsequentemente em quaisquer das Turmas Recursais ficarão retidos nos autos, aguardando
pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça.
§ 2o Nos casos do caput deste artigo e do § 3o do art. 18, presente a plausibilidade do
direito invocado e havendo fundado receio de dano de difícil reparação, poderá o relator
conceder, de ofício ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a
suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida.
§ 3o Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma Recursal ou
Presidente da Turma de Uniformização e, nos casos previstos em lei, ouvirá o Ministério
Público, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 4o (VETADO)
§ 5o Decorridos os prazos referidos nos §§ 3o e 4o, o relator incluirá o pedido em pauta
na sessão, com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os processos com réus
presos, os habeas corpus e os mandados de segurança.
§ 6o Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos referidos no § 1o serão
apreciados pelas Turmas Recursais, que poderão exercer juízo de retratação ou os declararão
prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal
Federal, no âmbito de suas competências, expedirão normas regulamentando os
procedimentos a serem adotados para o processamento e o julgamento do pedido de
uniformização e do recurso extraordinário.
Art. 21. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado e julgado
segundo o estabelecido no art. 19, além da observância das normas do Regimento.
Art. 22. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados no prazo de até 2
(dois) anos da vigência desta Lei, podendo haver o aproveitamento total ou parcial das
estruturas das atuais Varas da Fazenda Pública.
Art. 23. Os Tribunais de Justiça poderão limitar, por até 5 (cinco) anos, a partir da
entrada em vigor desta Lei, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública,
atendendo à necessidade da organização dos serviços judiciários e administrativos.
Art. 24. Não serão remetidas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública as demandas
ajuizadas até a data de sua instalação, assim como as ajuizadas fora do Juizado Especial por
força do disposto no art. 23.
Art. 25. Competirá aos Tribunais de Justiça prestar o suporte administrativo necessário
ao funcionamento dos Juizados Especiais.
Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Juizados Especiais Federais instituídos pela
Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001.
Art. 27. Aplica-se subsidiariamente o disposto nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de
1973 – Código de Processo Civil, 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho
de 2001.
Art. 28. Esta Lei entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.

Aula 31/05/2019
INVENTÁRIO E PARTILHA
O inventário não é algo complicado, se tudo estiver tranquilo. O problema do
inventário é quando as coisas a serem inventariadas se complicam. Vamos olhar as linhas
gerais do inventário e da partilha no Código.

INVENTÁRIO – Forma de liquidação do patrimônio do autor da herança.


Levanta-se o patrimônio para poder realizar a partilha. Não se classifica o inventário
como procedimento de jurisdição voluntária porque, eventualmente, pode haver um
litígio.

Espécies de inventário: judicial e extrajudicial.

Há hipóteses em que você só poderá fazer o inventário judicial.

O inventário extrajudicial você faz tudo (prova o óbito, estabelece o


inventariante, indica os herdeiros e bens, atribui valor, paga tributo e faz a partilha) e
envia a proposta para o cartório, pagando o valor devido ao cartório. Existe uma resolução
do CNJ sobre o inventário extrajudicial, mas não tem dificuldade, você vai no cartório e
lá lhe dão um formulário. Se você precisar de qualquer decisão judicial, não poderá ser
realizado o inventário extrajudicial.

Judicial: litigioso (ordinário) ou amigável (arrolamento sumário (659 a 663,


CPC) ou sumaríssimo (arts. 610 parágrafos 1º e 2º, CPC e 2.015 do CC).

 Será sempre judicial se os herdeiros divergirem ou se um


deles for incapaz;
O inventário extrajudicial pressupõe concordância entre os
herdeiros.
 Cognição plena – sumariedade relacionada ao
procedimento.

Extrajudicial: por escritura pública – título hábil para o registro civil,


mobiliários e demais atos de transferência de bens e valores.

FORO COMPETENTE PARA O INVENTARIADO

Os bens situados no Brasil, devem ser inventariados no Brasil

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o


competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que
o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é


competente:

I - o foro de situação dos bens imóveis;

II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;

III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do
espólio.

PRAZO PARA A INSTAURAÇÃO DO INVENTÁRIO: deve se iniciar 02


meses da abertura da sucessão, prazo de encerramento: 12 meses. Isto não significa que
você não poderá abrir o inventário se perder o prazo, mas o Estado estabelece uma multa
(no MA ainda não tem, mas a lei tá pronta para ser votada segundo fontes de Lino).

Súmula 542 STF – não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-


membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário.

Ministério Público – só participa quando há um interesse que o MP tem que


nivelar. No caso do inventário, geralmente é quando há incapaz.

LEGITIMADOS PARA ABRIR O INVENTÁRIO (615 e 616, CPC)

Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver


na posse e na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611 .
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do
autor da herança.

Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente:


I - o cônjuge ou companheiro supérstite;
II - o herdeiro;
III - o legatário;
IV - o testamenteiro;
V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;
VII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes;
VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse;
IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da
herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite.

Questão de prova: JUÍZO UNIVERSAL/COGNIÇÃO PLENA E


EXAURIENTE SECUNDUM EVENTUM PROBATIONIS – ART. 612

Remessa às vias ordinárias das questões que dependem da produção de prova


documental.

Esta cognição é semelhante à do mandado de segurança (que exige prova pré


constituída), mas neste caso é prova documental.

Art. 612. O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam
provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de
outras provas.

Então, se for necessário fazer uma prova que não seja documental, será
remetido para o juízo devido e, após resolvido o conflito, retornará a resolução como
prova para o inventário (exemplos: filiação, demonstração da condição de herdeiro; no
caso desses exemplos, o juízo do inventário reservará um quinhão para quando for
resolvido o conflito).
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE NA ORDEM DO ART. 617 –
PRESTARÁ COMPROMISSO – DEVERES ARTIGO 618/619.

O inventariante é quem representa o espólio em juízo, pois o espólio pode ser


parte em ações judiciais.

Cabe ao juiz indicar o inventariante. Da decisão, caberá agravo.

Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:


I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com
o outro ao tempo da morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver
cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados;
III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração
do espólio;
IV - o herdeiro menor, por seu representante legal;
V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se
toda a herança estiver distribuída em legados;
VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VII - o inventariante judicial, se houver;
VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial.
Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5
(cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função.

Art. 618. Incumbe ao inventariante:


I - representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, observando-
se, quanto ao dativo, o disposto no art. 75, § 1º ;
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência que teria se
seus fossem;
III - prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador
com poderes especiais;
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos
relativos ao espólio;
V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver;
VI - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou
excluído;
VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe
determinar;
VIII - requerer a declaração de insolvência.

Art. 619. Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os interessados e com


autorização do juiz:
I - alienar bens de qualquer espécie;
II - transigir em juízo ou fora dele;
III - pagar dívidas do espólio;
IV - fazer as despesas necessárias para a conservação e o melhoramento dos
bens do espólio.

RITO:

PRIMEIRAS DECLARAÇÕES  CITAÇÃO (art. 626) VISTAS ÀS


PARTES EM CARTÓRIO (Prazo comum de 15 dias – art. 627)  AVALIAÇÃO
CÁLCULO IMPOSTO (art. 630. É uma parte importantíssima, pois é a avaliação dos
bens que servirá de parâmetro para a elaboração da proposta de partilha. O juiz pode
instaurar incidentes de avaliação, nomeando perito para avaliar. Existem regras no CPC,
por exemplo: se as partes concordam com o valor atribuído pela Fazenda, não será
necessária avaliação)  PRAZO COMUM DE 15 DIAS PARA MANIFESTAÇÃO
SOBRE A AVALIAÇÃO  ULTIMAS DECLARAÇÕES – ART. 637 (Ouvidas as
partes sobre as últimas declarações no prazo comum de 15 (quinze) dias, proceder-se-á
ao cálculo do tributo.)  PROPOSTA DE PARTILHA DOS BENS.

SONEGADOS – É a omissão de patrimônio nas declarações dentro do


inventário. Então pode muito em o inventariante não declarar um bem, sonegar. Os
herdeiros poderão entrar com uma AÇÃO DE SONEGADOS, após últimas declarações
do inventariante, para incluir esse bem sonegado no inventário.
COLAÇÃO: é muito comum ao longo da vida o pai ir dando as coisas pro
filho, que se chama “adiantamento da legítima”. Por lei, os herdeiros devem trazer esses
bens colacionados, que influenciarão na partilha.

ART. 639: No prazo estabelecido no art. 627 , o herdeiro obrigado à colação


conferirá por termo nos autos ou por petição à qual o termo se reportará os bens que
recebeu ou, se já não os possuir, trar-lhes-á o valor.

Parágrafo único. Os bens a serem conferidos na partilha, assim como as


acessões e as benfeitorias que o donatário fez, calcular-se-ão pelo valor que tiverem ao
tempo da abertura da sucessão.

PARTILHA: ART. 647 E SEGS.

Princípios que devem reger a partilha:

- Máxima igualdade;

- Prevenção de Litígios Futuros;

- Máxima comodidade dos coerdeiros;

A partilha é homologada pelo juiz, através de sentença.

ARROLAMENTO SUMÁRIO - Partilha amigável entre partes capazes,


cabendo somente a homologação pelo juiz.

ARROLAMENTO SUMARÍSSIMO – Artigo 664. O critério para o


cabimento é o valor do espólio, que é até 1.000 salários mínimos. Neste procedimento, o
juiz, em tese, marca uma audiência e resolve todas as questões.

Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários-
mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante
nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas
declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.

§ 1º Se qualquer das partes ou o Ministério Público impugnar a estimativa, o juiz nomeará


avaliador, que oferecerá laudo em 10 (dez) dias.
§ 2º Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar, deliberará sobre a partilha,
decidindo de plano todas as reclamações e mandando pagar as dívidas não impugnadas.

§ 3º Lavrar-se-á de tudo um só termo, assinado pelo juiz, pelo inventariante e pelas


partes presentes ou por seus advogados.

§ 4º Aplicam-se a essa espécie de arrolamento, no que couber, as disposições do art.


672 , relativamente ao lançamento, ao pagamento e à quitação da taxa judiciária e do imposto
sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio.

§ 5º Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o
juiz julgará a partilha.

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