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RESUMO AV1 TUTELAS PROVISÓRIAS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

➢ INCIDENTES DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR


Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver,
simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de
direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
§ 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente.
§ 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá
assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono.
§ 3º A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus
pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente
novamente suscitado.
§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores,
no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão
de direito material ou processual repetitiva.
§ 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas.
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal:
I - pelo juiz ou relator, por ofício;
II - pelas partes, por petição;
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.
Parágrafo único. O ofício ou a petição será instruído com os documentos necessários à demonstração
do preenchimento dos pressupostos para a instauração do incidente.
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
I - suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no Estado ou na região,
conforme o caso;
II - poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no qual se discute o objeto do
incidente, que as prestarão no prazo de 15 (quinze) dias;
III - intimará o Ministério Público para, querendo, manifestar-se no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que
tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados
especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de
competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .

Natureza jurídica
A natureza jurídica do IRDR é de incidente processual. Não tem natureza de recurso, pois falta a
taxatividade. Ademais, o Tribunal pode julgar apenas a tese jurídica, não está julgando em concreto o
processo, mas sim os juízes competentes. Diferentemente dos recursos, que julga-se a causa em
concreto. Alem disso, também não possui natureza de ação, pois pressupõe a existência de ações
sobre uma mesma matéria. Assim, não se trata de ação coletiva.

Cabimento
Requisitos para que um IRDR seja admitido (artigo 976, incisos I e II e § 4º do NCPC) são os seguintes:
a) Repetição efetiva de processos que possuem controvérsia sobre questão unicamente de direito.
b) Risco de ofensa à isonomia e à segurança.
c) Ausência de afetação de recurso repetitivo em tribunal superior.
Observações:
● Os requisitos do IRDR são requisitos cumulativos;
● A questão pode dizer respeito a direito material ou processual; a direito local ou nacional
ou, ainda, a direito constitucional ou infraconstitucional.
● Não há um número mínimo de causas, mas pressupõe uma quantidade de processos
que colocam em risco a isonomia e a segurança.
● OBS: O FPPC 87 diz que “a instauração do IRDR não pressupõe a existência de grande
quantidade de processos versando sobre a mesma questão, mas preponderantemente o risco
de quebra da isonomia e ofensa a segurança jurídica.
● A questão pode se originar de um processo que tramita em primeira ou em segunda
instância. Assim, ressalta-se que não há necessidade de ter um processo em segunda Instância
para haver a possibilidade do IRDR.
● OBS: De acordo com o ENFAM 22, a instauração do IRDR não pressupõe a existência
de processo pendente no respectivo tribunal.
● Não há possibilidade da instauração do incidente preventivo. Assim, o IRDR nunca é
preventivo. É preciso que já existam processos repetitivos (EFETIVA REPETIÇÃO).
● O incidente pode ser suscitado mais de uma vez. Se for inadmitido, pode ser suscitado
novamente, desde que preenchido o requisito faltante.
● O mérito do incidente será apreciado mesmo que haja desistência ou abandono do
processo que o originou.

Legitimidade
O IRDR pode ser suscitado pelos seguintes legitimados:
a) Juiz ou Relator;
b) Partes;
c) Ministério Público;
d) Defensoria Pública.
Observações:
● O juiz e o relator podem suscitar inclusive de ofício;
● O Presidente do Tribunal, o Presidente do colegiado e os demais integrantes do
colegiado NÃO podem suscitar o incidente, ou seja, se o processo é no tribunal só o RELATOR
poderá suscitar o IRDR.
● Caso não suscite o incidente, o Ministério Público participará do mesmo como fiscal da
ordem jurídica (Lembrar que no CPC/73 era “fiscal da lei”).
● O membro do Ministério Público assume a titularidade do incidente caso ocorra
desistência ou abandono do processo.
● Embora não esteja expressamente previsto no Novo CPC, cumpre salientar que a
legitimidade da Defensoria Pública é restrita à defesa dos necessitados ou dos hipossuficientes.
● O juiz e o relator suscitam o incidente por ofício; os demais legitimados, por petição.

Competência
O IRDR será dirigido ao Presidente do Tribunal Local e será julgado pelo órgão indicado no regimento
interno do tribunal, entre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência.
De acordo com o FPPC 343, o IRDR compete ao Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional, ou seja,
tribunal local (necessariamente!).
Ademais, destaca-se que quando o incidente se originar de processo que tramita em primeira instância,
o Tribunal fixará apenas a tese. Quando o incidente se originar de processo que tramita no tribunal, este
fixará a tese e julgará, em concreto, o processo (Ver o artigo. 978, parágrafo único do NCPC).

Procedimento
A) A parte legitimada suscita o incidente perante o Presidente do Tribunal, por ofício ou petição,
instruindo com os documentos necessários.
B) O IRDR será distribuído ao colegiado competente que fará a sua admissibilidade, verificando se
estão presentes os requisitos do IRDR.
C) Admitido o IRDR, o relator determinará a suspensão de todos os processos com a mesma matéria,
individuais ou coletivos, de primeira ou segunda instância, que tramitam no Estado ou Região. A
suspensão terá o prazo máximo de 01 (um) ano. Após esse período, os processos continuarão a correr.
Vale lembrar que há uma possibilidade de extensão do sobrestamento para todo o território nacional,
qual seja: o legitimado pode requerer ao Presidente, do STJ ou STF, a suspensão de todos os
processos em curso no território nacional, que versem sobre a mesma matéria. Neste caso, cessa a
suspensão se não for interposto recurso especial ou recurso extraordinário contra a decisão proferida
no IRDR.
D) O relator ouvirá as partes (do processo originário), o Ministério Público e os demais interessados, no
prazo de 15 dias, podendo deferir a participação do “amicus curiae”, bem como marcar audiência
pública ou requisitar informações.
E) No julgamento do IRDR haverá possibilidade de sustentação oral, sendo que poderão falar: o autor, o
réu, o Ministério Público e demais interessados.
F) O Tribunal fixará a tese jurídica e decidirá, em concreto, o recurso, o reexame ou a ação, se for o
caso (se o processo tramitar no tribunal).

Aplicação da tese jurídica


Julgado o IRDR, a tese jurídica fixada deverá ser aplicada por todos os juízes e Tribunais, no Estado ou
Região, aos casos idênticos em tramitação e aos processos futuros, salvo se existir distinção ou
superação (art. 985, incisos I e II e §§ 1º e 2º do Novo CPC).
Desse modo, destaca-se que o IRDR é um precedente obrigatório e não meramente persuasivo.

Recursos
Das decisões do IRDR podem caber os seguintes recursos:
a) Embargos de declaração;
b) Recurso especial;
c) Recurso extraordinário.
Observações:
● Só cabe recurso especial ou recurso extraordinário da decisão de méritodo IRDR.
● O recurso especial e o recurso extraordinário da decisão do IRDR terão efeito
suspensivo. Lembre-se: a regra é que eles não possuem efeito suspensivo.
● Os recursos podem ser interpostos pelas partes, pelo Ministério Público, pelo terceiro
prejudicado e pelo “amicus curiae”.

Resumidamente, o IRDR se dá da seguinte maneira:


Existindo processos repetitivos, sobre uma mesma matéria de direito, em um determinado
Estado ou Região, o aludido incidente será suscitado perante o Presidente do Tribunal local.
No caso de ser admitido o incidente, todos os processos com a mesma matéria, no Estado ou
Região, serão suspensos pelo prazo máximo de 01 (um) ano. Nesse período o Tribunal irá
julga-lo. Julgado o incidente, a tese jurídica fixada será aplicada em todos os processos,
presentes e futuros. Logo, todos os juízes deverão aplicar a tese, uma vez que há uma
vinculação.

➢ INCIDENTES DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA - IAC


Conceito
Trata-se de um incidente no qual um órgão colegiado fracionário indicado pelo regimento interno do
tribunal assume a competência anteriormente atribuída a outro órgão do mesmo tribunal, para o
julgamento de um recurso, de uma remessa necessária ou de uma ação de competência originária.
Logo, há um redirecionamento de competência, a competência que era de um órgão passa para outro
órgão de um mesmo tribunal. Assunção porque “assume-se a competência”.
Exemplo: o STJ tem uma corte especial; três sessões e 6 turmas. Um processo é distribuído para a 1ª
turma e esta percebe que há uma divergência interna sobre aquela matéria. Então, a própria 1ª turma
redireciona a competência para a corte especial e esta irá assumir a competência, estando presentes os
requisitos, ou seja, fará a assunção de competência.

Deslocamento ocorre quanto a competência funcional.


• Vertical (hierárquico – instancias diversas)
• Horizontal (mesma instância – AQUI É OCORRE A ASSUNÇÃO)
Há o julgamento de um caso concreto isolado (e não apenas formação de teses jurídicas)

Objetivo
Prevenção contra o RISCO DE DIVERGÊNCIA entre os órgãos internos do tribunal em torno de
questões de repercussão social que ultrapassam o interesse individual Cria-se um PRECEDENTE.

Finalidade
A finalidade é a prevenção ou a composição de divergência, entre órgãos fracionários do tribunal.
Assim, no exemplo acima, se a corte especial julgar irá prevenir a divergência dentro do próprio tribunal.

Requisitos
● a) Existência de recurso, remessa necessária ou processo de competência originária em
tribunal. Não é ENTRE tribunais, mas sim entre Órgãos do mesmo tribunal.
● b) É preciso que exista uma relevante questão de direito a respeito da qual seja
conveniente a prevenção ou a composição da divergência entre órgãos do tribunal.
● c) É necessária grande repercussão social.
● d) É preciso haver a ausência de repetição em múltiplos processos, pois não é
microssistema de casos repetitivos.

Os requisitos estão no art. 947 do NCPC. Vejamos:


Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa
necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com
grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
§ 1o Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a
requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a
remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o
regimento indicar.
§ 2o O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência
originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3o O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos
fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual
seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.

Pressupostos
O processo, para justificar o incidente, deverá encontrar-se em estágio de julgamento em curso.
Divergência não pode ser entre posições de juízes e tribunais diversos. Deve ser apenas entre órgãos
do próprio tribunal.
O incidente ocorre sobre questão que não se repete ainda em múltiplos processos

Fases do procedimento
➢ 1ª fase
○ 1 - Recebimento do processo pelo tribunal.
○ 2 - Relator delibera, de ofício ou a requerimento, (juízo cognitivo sobre a presença
dos requisitos do 947 – relevante questão de direito e grande repercussão social )
sobre o cabimento e a conveniência da submissão da causa ao julgamento do
órgão encarregado da uniformização da jurisprudência do tribunal Obs: o relator
deve verificar se em relação a controvérsia há repetidos processos em julgamento
OBS: a decisão do relator NÃO decide o incidente, mas apenas se o processo tem
possibilidade de ser encaminhado ao órgão colegiado.
➢ 2ª fase
○ Os autos são remetidos ao órgão maior, a quem caberá a decisão sobre a
ocorrência ou não do interesse público na assunção de competência (art. 947, §2º).
○ Haverá o deslocamento da competência: órgão colegiado menor (fracionado) para
órgão colegiado maior. Haverá mais uma análise de admissibilidade - verificação
da existência de interesse público (947, § 2º)
➢ 3ª fase
○ Remessa dos autos para análise do interesse público.
■ Negada: processo retorna ao órgão fracionário primitivo
■ Reconhecida: o colegiado julga o recurso, a remessa necessária ou o
processo de competência originária

Procedimento
● a) Preenchidos os requisitos, o relator propõe o redirecionamento da competência, de
ofício ou a requerimento.
● b) O órgão colegiado competente para conhecer do processo, envia os autos ao órgão
que o regimento indicar.
● c) O órgão indicado pelo regimento, reconhecendo o interesse na assunção da
competência, julga o processo em concreto.

Aplicação da tese jurídica


A tese fixada no julgamento da assunção de competência vinculará todos os juízes subordinados ao
tribunal e o próprio tribunal, salvo revisão de tese (salvo distinção ou superação). Logo, o incidente de
assunção de competência firma um precedente obrigatório.

➢ INCIDENTES DE ARGUIÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE - IAI

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
➢ Controle incidental
○ Qualquer órgão judicial, ao decidir alguma causa de sua competência, tem que
apreciar, como preliminar, a questão da constitucionalidade da norma legal
invocada pela parte. “... havendo o controle incidental, que é exercido por qualquer
órgão judicial (sistema difuso), onde a questão da constitucionalidade é examinada
como preliminar da decisão. É o chamado controle indireto de
inconstitucionalidade.”
➢ Controle direto
○ Realizado pelo STF e TJ’s (a inconstitucionalidade é objeto da ação)
LEI ESTADUAL ou LEI FEDERAL x CF (STF CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE)
ATO NORMATIVO (ESTADUAL OU FEDERAL) x CF (STF CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE)

LEI ESTADUAL ou LEI MUNICIPAL x CE (TJ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE)


ATO NORMATIVO (ESTADUAL OU MUNICIPAL) x CE (TJ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE)

Ação direta de inconstitucionalidade – ADIN Arguição de inconstitucionalidade de Lei e ato normativo


federal ou estadual.

Ação declaratória de constitucionalidade – ADC Declaração de constitucionalidade de lei ou ato


normativo federal.

PRINCÍPIO DA RESERVA DO PLENÁRIO Art. 97 CRFB.


Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público

INICIATIVA DA ARGUIÇÃO
Partes, Assistentes, Ministério Público, Relator ou outros julgadores do órgão do tribunal

Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder
público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à
câmara à qual competir o conhecimento do processo.
Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão
especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do
Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

JULGAMENTO DA ARGUIÇÃO
O Tribunal pode não reconhecer a incompatibilidade alegada pela parte, mas declarar a
inconstitucionalidade da lei frente a outro dispositivo de natureza constitucional
O órgão do tribunal encarregado da decisão do caso que motivou o incidente ficará vinculado ao
entendimento fixado pelo Tribunal Pleno.

➢ TUTELAS PROVISÓRIAS

Situações concretas em que a duração do processo e a espera podem gerar prejuízo para uma das
partes.
Medidas Cautelares - Conservar bens ou direitos, cuja preservação se torna indispensável à boa e
efetiva prestação final, na justa composição do litígio.

RISCO DE INJUSTIÇA / RISCO DE DANO.


FUMUS BONIS IURIS - Minimizar os inconvenientes suportados pela parte que se acha numa situação
aparente de vantagem.
PERICULUM IN MORA - O demandante terá de se privar de sua usufruição, ou teria de correr o risco
de ver o direito perecer, durante o aguardo da finalização do curso normal do processo.

Caracteristicas
Fundamenta-se em URGÊNCIA ou EVIDÊNCIA (294, CPC);
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em
caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer
tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o
período de suspensão do processo.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela
provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento
provisório da sentença, no que couber.
Tem eficácia no curso do processo, mas pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo (296, CPC)
O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
A decisão do juiz precisa ser motivada (298, cpc)

TUTELA DE URGÊNCIA
Baseia-se na necessidade de se assegurar o provimento jurisdicional, retirando do risco o bem jurídico

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.
TUTELAS CAUTELARES (conservativas) - proteger pessoas, provas e bens em situação de risco, Ex:
assegurar bens em execução, guarda provisória de pessoas.

TUTELAS ANTECIPADAS (satisfativas) - antecipa o resultado útil do processo e confere ao postulante


aquilo que somente teria quando da decisão final transitada em julgado, Ex: internação para cirurgia.

Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito.
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre
que possível.

TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA


Proteção sumária para um direito inconteste, suficientemente provado, de modo que a respectiva
proteção judicial possa ser concedida de imediato, sem depender das diligências e delongas do
procedimento comum, mesmo sem o direito estar sujeito a risco de dano iminente
Baseia-se apenas no fato de ser auto evidente a alegação ou no fato de persistir uma conduta
protelatória no feito. Independente de perigo de dano de risco ao resultado útil do processo. Ex: autor
propõe uma ação para obter a restituição de uma taxa que, em sede de recurso repetitivo, foi
reconhecida como devida.

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano
ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de
multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do
autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Sumariedade - Simplificar o rito, mas sem abdicar da finalidade de compor o mérito de maneira
definitiva.

Provisoriedade - Não se revestem de caráter definitivo. Destinam-se a durar por um espaço de tempo
delimitado.

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