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Não é porque a parte está inconformada com a decisão desfavorável que caberá
recurso.
O recurso tem como objetivo reanalisar a questão, com uma expectativa de que
ela seja modificada, invalidada, esclarecida ou complementada.
Possibilidade de arbítrio;
Devido processo legal: estar de acordo com a lei e devido, ou seja, justo.
Interposição ao juízo a quo (do qual vai - recebe) para o juízo ad quem (para onde
vai - julga). Porém, no agravo de instrumento, pode ser interposto direto ao ad
quem, quando seguidos alguns requisitos.
Princípios:
Situação Recurso
Sentença Apelação
C) Voluntariedade
E) Dialética
a) Há recursos que são interpostos diante do próprio órgão que prolatou a decisão
recorrida, para que esse mesmo órgão julgue o recurso interporto.
c) Há recursos, como por exemplo a apelação, que são interpostos diante do órgão
que prolatou a decisão recorrida, mas que são julgados pelo Tribunal. (o juiz
recebe o recurso, recolhe a manifestação da parte contrária e sobe para o 2°grau)
Requisitos de admissibilidade:
REQUISITOS OBJETIVO/INTRÍNSECOS:
2) Legitimidade recursal
São legitimados: a parte sucumbente (vencida), o MP, como parte ou fiscal de ordem, e
terceiros prejudicados com a decisão.
OBS.: amicus curiae podem ingressar com embargos de declaração e recorrer das
decisões em incidentes de demandas repetitivas.
3) Interesse recursal
REQUISITOS EXTRÍNSECOS:
1) Tempestividade:
Trata-se do prazo para a interposição do recurso. Dessa forma, a peça interposta
intempestivamente (fora do lapso legal) não será conhecida. O prazo padrão de recurso
é de 15 dias e, 5 dias, para embargos de declaração (dias úteis).
recursos.
2) Preparo
É o pagamento das custas relativas ao recurso, que inclui: porte, remessa e retorno, sob
pena de deserção (abandono de recurso).
Custos recursais + Porte de remessa e retorno (apenas para processos físicos- agravo de
instrumento não tem porte de remessa, só de retorno)
Súmula 484, STJ -Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia
útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o
encerramento do expediente bancário.
Possibilidade de prorrogação.
3) Regularidade formal
O recurso deverá ser proposto sob a forma preconizada em lei. Em regra, por escrito,
mas os embargos de declaração no Juizado Especial, por exemplo, podem ser
interpostos de forma oral (reduzido a termo).
Pressupostos negativos de admissibilidade, ou seja, que não podem estar presentes para
que seja admitido.
1) Expansivo
Divide-se em:
2) Translativo:
3) Regressivo:
Trata-se do juízo de retratação pelo juiz que proferiu a decisão, que poderá reformar ou
anular o que decidiu.
4) Obstativo:
Impedir que haja o trânsito em julgado da sentença, mas isto não impede, porém, que a
decisão produza efeitos.
5) Devolutivo:
6) Suspensivo:
Impede que a decisão produza efeitos, porém, apenas para: apelação, salvo:
ATENÇÃO! O efeito suspensivo poderá ser previsto em lei ou concedido pelo juiz.
Recurso adesivo
É uma forma de interposição de alguns recursos, os quais pode ser oposto sob a forma
adesiva a apelação, o recurso especial e o extraordinário.
Fica subordinado ao principal, assim, não será admitido, por exemplo, se o recorrente
do principal desistir.
Requisitos:
Assim, será interposto como principal, quando dentro do prazo, e adesivo, quando não
interpõe no prazo, dando-se uma segunda oportunidade de recorrer (pega carona).
Sentença >> prazo para recurso (que pode ser por ambos, de forma autônoma)
Sucumbência reciproca >> apenas uma recorre >> intima o outro para contrarrazões >>
dentro deste prazo >> pode apresentar o recurso adesivo (em peça distinta das
contrarrazões)
Recebeu o recurso adesivo >> intima a outra parte para contrarrazões (ou seja, há 2
contrarrazões)
A principal passa pelos requisitos de admissibilidade, e o adesivo, está subordinado ao
resultado.
OBS.: quem interpôs de forma principal, não pode, depois, recorrer sob a forma
adesiva.
Recursos em espécie
Apelação
É cabível contra sentenças definitivas (extingue o processo com resolução de mérito) ou
terminativas (sem resolução de mérito), ou seja, o último ato do juiz no primeiro grau de
jurisdição. Sentença é o ato do juiz que põe fim à fase cognitiva do procedimento ou
extingue a execução.
OBS.: conforme o §3°, as questões interlocutórias não previstas no artigo 1.015 poderão
ser suscitadas em preliminar de apelação ou em contrarrazões.
São 15 dias para apelar e 15 dias para o apelado apresentar contrarrazões, contados da
intimação.
Requisitos:
O relator será competente para instruir o recurso e emitir relatório para o julgamento do
colegiado. Assim, poderá:
Efeitos da Apelação
Poderá ser:
Efeito suspensivo
Hipóteses em que a apelação não será recebida no efeito suspensivo, nesse caso,
será atribuído efeito devolutivo, com produção imediata de efeitos:
Efeito regressivo
Cabível nas sentenças que indeferem a petição inicial, extinguem o processo sem
resolução de mérito e de improcedência liminar do pedido, por meio da qual o
Julgador que proferiu a decisão pode retratar-se (prazo de 5 dias) daquilo que for
decidido, isto é, reconsiderar o que fora pedido.
Efeito translativo
Possibilidade de o Juiz examinar de ofício matérias de ordem pública, mesmo que não
tenham sido objeto da apelação.
Procedimento
Teoria da causa madura: mesmo anulando a sentença apelada, passa ele mesmo a
apreciar o mérito, mesmo quando este não tenha sido examinado em 1°grau. Ou seja, o
Tribunal poderá decidir o mérito quando estiver em condição de julgamento.
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve
decidir desde logo o mérito quando:
I - Reformar sentença fundada no art. 485; (não resolve o mérito pelos incisos I a
X)
II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do
pedido ou da causa de pedir;
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser
suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de
força maior
Mesmo que não discuta no 1° grau, questões de fato podrão ser analisadas
em sede de apelação.
Agravo de instrumento
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei
O agravo será feito por meio de petição, endereçado ao tribunal (ad quem), contendo os
nomes das partes, a exposição dos fatos/direitos, razões do pedido de reforma ou de
invalidação da decisão com o próprio pedido, o nome e endereço dos advogados.
Assim, será necessário um instrumento, com as cópias das principais peças do processo,
para enviar ao juízo ad quem para compreensão e exame.
Caso os processos NÃO forem eletrônicos, o agravante deverá informar o juízo a quo
sobre a interposição do recurso em 3 dias junto com a cópia da petição do agravo, sob
pena de inadmissibilidade do recurso. Esta comunicação é necessária para que o possa
haver o juízo de retratação e comunicação ao relator (recurso prejudicado).
Há efeito devolutivo (todos recursos têm), mas não há efeito suspensivo (condicionado
ao artigo 995), possui efeito translativo, expansivo e substitutivo.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal
ou decisão judicial em sentido diverso.
Procedimento:
Primeiro manda para o Presidente do Tribunal que distribui para o relator (por sorteio),
que ficará a cargo das providencias e solicitar o julgamento. Assim, o relator, primeiro:
a) Pode dar efeito suspensivo ao recurso (pertinente sempre que a decisão agravada
tiver um conteúdo positivo, ou seja, deferiu para a outra parte), ou deferir, em
tutela antecipada (quando houver conteúdo negativo, ou seja, não deu/indeferiu),
total ou parcial, a pretensão recursal, comunicando o juiz da decisão.
b) Intimar o agravado pessoalmente, por AR, se não tiver advogado, ou pelo Diário
de Justiça ou AR ao seu advogado, para apresentar suas
contrarrazões/contraminutas, em peça escrita, em 15 dias, endereçada ao relator
(e 2° cópia ao órgão. como boa técnica)
c) Intima o MP, por meio eletrônico (preferenc.) se for o caso, para manifestar em
15 dias.
Por fim, o relator solicitará dia para julgamento, em prazo não superior a 1 mês da
intimação do agravado.
Embargos de declaração
Obscuridade: é falta de clareza do ato, ou seja, não é compreensiva para quem lê.
Omissão: quando o juiz deixa de se pronunciar sobre algo que exigia a sua
manifestação. Isto é, a decisão apresenta uma lacuna. Importante ressaltar que questões
irrelevantes ou sem relação com o processo, não constituem omissão.
Efeito devolutivo limitado, ou seja, limita-se aos vícios alegados. Quanto ao efeito
regressivo, não há o que se falar, visto que é dirigido ao próprio órgão que prolatou a
decisão embargada. Possui efeito expansivo, alcança a todos.
Por sua vez, não possuem efeitos suspensivos, mas sim interruptivo, assim, interrompe
o prazo de interposição de outros recursos cabíveis contra a decisão embargada.
Art. 1.026.
Multa de até 2% do valor da causa podendo ser elevada para 10%, em caso
de reiteração.
Assim, os embargos de declaração NÃO têm a função de serem utilizados para que o
juiz reconsidere sua decisão e oposto quando inexistentes vícios.
Procedimento: é interposto ao juiz que prolatou a decisão e este decidirá sobre ele.
Caso ocorra a modificação, a parte contrária apresentará a contestação.
Ambos são considerados recursos extraordinários lato sensu, ou seja, tem por finalidade
impedir que as decisões judiciais contrariem a CF ou as leis federais, mantendo a
uniformidade de interpretação, em todo país, de uma e outras. Diferente dos recursos
ordinários que permitem ao tribunal reexaminar a decisão, por desconformidade.
Requisitos:
Para o STJ, não basta a interposição, é preciso que, de fato, tenha sido
efetivamente examinada.
Súmula 356 do STF: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
Prequestionamento ficto.
Nesse caso, apenas para o STF, basta a oposição dos embargos, para que
a questão constitucional se considere prequestionada, ainda que ela não
seja efetivamente apreciada nos embargos.
A questão a ser discutida deve ter sido suscitada e decidida anteriormente, nas instancias
ordinárias. Não pode RE/REsp sobre questões não previamente discutidas e decididas,
isso se chama prequestionamento.
prequestionamento
Procedimento de interposição
1° Negar seguimento
Primeiro vai para o STJ, para exame do recurso especial. Julgado, será
necessário verificar se o extraordinário não ficou prejudicado.
Em caso negativo, será enviado ao STF, para que o RE seja julgado.
Efeitos:
a) Efeito devolutivo;
RE não possui efeito suspensivo, saldo nas hipóteses do art. 937, §1°, mas poderá o
interessado requerê-lo conforme o artigo 1029, §5°, que será concedido se for relevante
a fundamentação do recurso, quando a demora puder causar dano irreparável ou de
difícil reparação.
Ambos não possuem efeito translativo, pelo prequestionamento, não é permitido o
reexame de matéria não ventilada, ainda que de ordem pública.
Recurso especial