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TREINO SG
Gabarito Comentado
Bloco II
Santo Graal
Jurídico
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correspondente
Santo Graal
Jurídico
03 Direito Civil
30 Processo Civil
57 Direito Empresarial
Santo Graal
Jurídico
DIREITO CIVIL
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
Ainda que o domicílio do autor da herança seja o Brasil, aplica-se a lei estrangeira da
situação da coisa (e não a lei brasileira) na sucessão de bem imóvel situado no exterior.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.362.400-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
28/4/2015 (Info 563).
Realmente, o art. 10 da LINDB afirma que a lei do domicílio do autor da herança
regulará a sucessão por morte. Ocorre que essa regra não é absoluta e deverá ser
interpretada sistematicamente, ou seja, em conjunto com os demais dispositivos que
regulam o tema, em especial o art. 8º, caput, e § 1º do art. 12, ambos da LINDB e o art.
23 do CPC:
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer
outra:
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Jurídico
(...)
II — em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento
particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da
herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território
nacional;
Desse modo, esses dispositivos revelam que a lei brasileira só se aplica aos bens
situados no Brasil e autoridade judiciária brasileira somente poderá fazer o inventário
dos bens imóveis aqui localizados.
LINDB: Art. 10.A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos
bens.
d) CORRETO. Deverão ser abertos dois inventários: um aqui no Brasil para reger o bem
situado em nosso território e outro no exterior para partilhar o imóvel lá localizado.
Ainda que o domicílio do autor da herança seja o Brasil, aplica-se a lei estrangeira da
situação da coisa (e não a lei brasileira) na sucessão de bem imóvel situado no exterior.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.362.400-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
28/4/2015 (Info 563).
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- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Art. 7° A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e
o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
(...)
§ 4° O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
c) INCORRETO. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei do
local onde serão apresentadas, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não
admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
LINDB: Art. 13.A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que
nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
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e) INCORRETO. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados
os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a
seu cargo, ainda que haja eventuais prejuízos dos direitos dos administrados.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
b) CORRETO. Comoriência.
“Comoriência vem do latim “commori”, que significa “morrer com”“. Nesse sentido,
busca exprimir uma situação de morte concomitante, ou seja, em que dois ou mais
indivíduos falecem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se alguém
precedeu ao outro.
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
d) INCORRETO. Ausência.
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e) INCORRETO. Morte paralela.
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
No caso concreto, havia um consenso prévio entre os genitores sobre o nome a ser
dado à filha. Esse acordo foi unilateralmente rompido pelo pai no momento do registro
da criança. Em palavras mais simples, os pais da criança haviam ajustado um nome,
mas o pai, no momento do registro, decidiu alterar o combinado.
Trata-se de ato que violou o dever de lealdade familiar e o dever de boa-fé objetiva e
que, por isso mesmo, não deve merecer guarida pelo ordenamento jurídico, na medida
em que a conduta do pai configurou exercício abusivo do direito de nomear a criança.
Vale ressaltar que é irrelevante apurar se houve, ou não, má-fé ou intuito de vingança
do genitor.
A conduta do pai de descumprir o que foi combinado é considerada um ato ilícito
independentemente da sua intenção.
Houve, neste caso, exercício abusivo do direito de nomear o filho, o que autoriza a
modificação posterior do nome da criança, na forma do art. 57, caput, da Lei nº
6.015/73.
Nomear o filho é típico ato de exercício do poder familiar, que pressupõe bilateralidade
e consensualidade, ressalvada a possibilidade de o juiz solucionar eventual desacordo
entre eles, inadmitindo-se, na hipótese, a autotutela.
STJ. 3ª Turma. REsp 1905614-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 04/05/2021
(Info 695).
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III – INCORRETO. É inadmissível o retorno ao nome de solteiro do cônjuge ainda na
constância do vínculo conjugal.
Gabarito
Está correto:
a) I e II, apenas;
b) II e III, apenas;
c) II, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
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Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
(...)
II - pelo casamento;
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
(...)
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
(...)
II - pelo casamento;
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
(...)
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.
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- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
ATENÇÃO: Pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos
morais relacionados à violação da honra ou da imagem, quando a credibilidade
institucional for fortemente agredida e o dano reflexo sobre os demais jurisdicionados
em geral for evidente.
Imagine que um particular profere palavras ofensivas contra a administração pública.
A pessoa jurídica de direito público terá direito à indenização por danos morais sob a
alegação de que sofreu violação da sua honra ou imagem?
NÃO. Em regra, pessoa jurídica de direito público não pode pleitear, contra particular,
indenização por dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem. Nesse
sentido: REsp 1.258.389/PB, REsp 1.505.923/PR e AgInt no REsp 1.653.783/SP.
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Suponha, contudo, que uma autarquia foi vítima de grande esquema criminoso que
desviou vultosa quantia e gerou grande repercussão na imprensa, acarretando
descrédito em sua credibilidade institucional. Neste caso, os particulares envolvidos
poderiam ser condenados a pagar indenização por danos morais à autarquia?
SIM. Pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos morais
relacionados à violação da honra ou da imagem, quando a credibilidade institucional
for fortemente agredida e o dano reflexo sobre os demais jurisdicionados em geral for
evidente.
Nos três julgados acima mencionados nos quais o STJ negou direito à indenização, o
que estava em jogo era a livre manifestação do pensamento, a liberdade de crítica dos
cidadãos ou o uso indevido de bem imaterial do ente público. No caso concreto é
diferente. A indenização está sendo pleiteada em razão da violação à credibilidade
institucional da autarquia que foi fortemente agredida em razão de crimes praticados
contra ela.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.722.423-RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 24/11/2020
(Info 684).
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A alternativa está incorreta e vai de encontro a entendimento sumulado pelo STJ:
Súmula 403-STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação
não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
a) INCORRETO. Nos casos de decadência previstos em lei, o juiz não poderá, de ofício,
conhecer da decadência, sendo necessária a provocação da parte interessada.
CC: Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida
por lei.
c) INCORRETO. A prescrição ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor.
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
CC: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
A simulação como causa de nulidade (não de anulabilidade), do negócio jurídico e,
dessa forma, como regra de ordem pública que é, pode ser declarada até mesmo de
ofício pelo juiz da causa (art. 168, parágrafo único, do CC/2002).
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e) INCORRETO. Para se reconhecer a simulação, é necessário o ajuizamento de uma
ação própria com essa finalidade.
“(...) Em todos os casos, não há necessidade de uma ação específica para se declarar
nulo o ato simulado. Assim, cabe o seu reconhecimento incidental e de ofício pelo juiz
em demanda que trate de outro objeto.” (TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Lei de
Introdução e Parte Geral. Vol. 1. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019, p. 489).
O próprio STJ já tinha um julgado no mesmo sentido:
O entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça é de que a nulidade absoluta é
insanável, podendo assim ser declarada de ofício.
Logo, se o Juiz deve conhecer de ofício a nulidade absoluta, sendo a simulação causa
de nulidade do negócio jurídico, sua alegação prescinde de ação própria. STJ. 1ª Turma.
REsp 1.582.388/PE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 03/12/2019.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O reconhecimento de simulação na compra e
venda de imóvel em detrimento da partilha de bens do casal gera nulidade do negócio
e garante o direito à meação a ex-cônjuge. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9877c66299c5b
98d81fed12827d87e4b>. Acesso em: 02/02/2024
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
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A condição, termo e o encargo são elementos acidentais do negócio jurídico não
implicando sua nulidade, ao contrário do que diz a assertiva.
e) INCORRETO. Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou
fraude contra credores.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
Art. 50, §5º, CC: Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração
da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.
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Art. 50, § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de
que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da
pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019).
Dessa forma, o STJ tem o entendimento de que "o encerramento das atividades ou
dissolução, ainda que irregulares, da sociedade não é causa, por si só, para a
desconsideração da personalidade jurídica prevista no Código Civil."
O Código Civil, em seu art. 50, caput, adotou a teoria maior da desconsideração da
personalidade jurídica:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou
indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019).
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- RESPOSTA: Alternativa B
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Caso concreto: um hacker invadiu o sistema informatizado da concessionária de
energia elétrica e de lá copiou os dados pessoais de inúmeros consumidores. O hacker
copiou os dados pessoais de Regina (nome completo, endereço, número do RG, data de
nascimento, número de telefone) e os vendeu para uma empresa de marketing.
Regina ajuizou ação de indenização contra a concessionária sustentando a tese de que
o vazamento de dados pessoais gera dano moral presumido.
O STJ não concordou com o argumento.
O art. 5º, II, da Lei 13.709/2018 (LGPD), prevê que determinados dados pessoais devem
ser qualificados como “sensíveis”, exigindo exigir um tratamento diferenciado por
parte de quem armazena essas informações. São aqueles relacionados com origem
racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a
organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à
vida sexual, dado genético ou biométrico.
Os dados que a concessionária armazenava eram aqueles que se fornece em qualquer
cadastro, inclusive nos sites consultados no dia a dia, não sendo, portanto,
acobertados por sigilo. Não eram, portanto, dados pessoais sensíveis. O conhecimento
desses dados “comuns” por terceiro em nada violaria o direito de personalidade da
autora.
O vazamento de dados pessoais, a despeito de se tratar de falha indesejável no
tratamento de dados de pessoa natural por pessoa jurídica, não tem o condão, por si
só, de gerar dano moral indenizável.
Desse modo, não se trata de dano moral presumido, sendo necessário, para que haja
indenização, que o titular dos dados comprove qual foi o dano decorrente da exposição
dessas informações.
STJ. 2ª Turma. AREsp 2130619-SP, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 7/3/2023
(Info 766).
II – CORRETO. O tratamento de dados pessoais sensíveis pode ocorrer, ainda que sem
consentimento do titular, quando for indispensável para cumprimento de obrigação
legal ou regulatória pelo controlador.
Lei nº 13.709/2018:
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas
seguintes hipóteses:
(...)
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for
indispensável para:
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
III – INCORRETO. Os dados pessoais sensíveis apenas poderão ser tratados com o
consentimento do titular.
Lei nº 13.709/2018:
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas
seguintes hipóteses:
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e
destacada, para finalidades específicas;
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II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for
indispensável para:
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração
pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos;
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a
anonimização dos dados pessoais sensíveis;
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial,
administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de
1996 (Lei de Arbitragem) ;
e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de
saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos de
identificação e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, resguardados os
direitos mencionados no art. 9º desta Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e
liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.
Gabarito
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
a) INCORRETO. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, sempre por escritura
pública, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
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b) INCORRETO. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela
destinados serão devolvidos ao instituidor.
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra
fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
c) INCORRETO. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou,
não havendo prazo, em cento e vinte dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
d) CORRETO. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é preciso que haja
deliberação por dois terços dos competentes para geri-la e representá-la.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz
supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
III – CORRETO. Não se deve admitir que na certidão de nascimento conste o termo "pai
socioafetivo", bem como não é possível afastar a possibilidade de efeitos patrimoniais
e sucessórios quando reconhecida a multiparentalidade.
Comentários
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- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
a) CORRETO. Detentor.
b) INCORRETO. Inquilino.
c) INCORRETO. Superficiário.
d) INCORRETO. Possuidor.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno
ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
e) INCORRETO. Proprietário.
- RESPOSTA: Alternativa C
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a) CORRETA. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança,
poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior
de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por
aceita.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém,
ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe
renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por
cabeça.
Art. 1.809. (...) Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes
da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão
aceitar ou renunciar a primeira.
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- RESPOSTA: Alternativa D
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo
da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Gabarito
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- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com
deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha
vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão
sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para
que possa exercer sua capacidade. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
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d) INCORRETO. Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada,
o juiz ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio,
independentemente de oitiva anterior do Ministério Público.
CC, Art. 1.783-A: (...) § 2 o O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela
pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio
previsto no caput deste artigo.
Conforme se extrai da interpretação sistemática dos parágrafos § 1º, § 2º e § 3º do Art.
1.783-A, a tomada de decisão apoiada exige requerimento da pessoa com deficiência,
que detém a legitimidade exclusiva para pleitear a implementação da medida, não
sendo possível a sua instituição de ofício pelo juiz.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.795.395/MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/5/2021.
- RESPOSTA: Alternativa A
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Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de
direito, curador do outro, quando interdito.
§1° Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta
destes, o descendente que se demonstrar mais apto.
§ 2° Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.
§ 3° Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do
curador.
e) INCORRETO. A autoridade do curador não se estende à pessoa e aos bens dos filhos
do curatelado.
Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do
curatelado, observado o art. 5º.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
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§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no
curso do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme
previsto nesta Lei.
Art. 50, §13º, ECA: II - For formulada por parente com o qual a criança ou
adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
III – INCORRETO. oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança
menor de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência
comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a
ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta
Lei.
Art. 50, §13º, ECA: III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de
criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de
convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja
constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts.
237 ou 238 desta Lei.
Gabarito
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
a) CORRETO. Excepcionalíssimo.
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar
e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
A regra é manter a criança ou adolescente no convívio da sua família natural ou
extensa.
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b) CORRETO. Incaducável.
Significa que a morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais
biológicos.
c) CORRETO. Personalíssimo.
Isso implica em uma das vedações da adoção que é a adoção por procuração (§ 2º do
art. 39).
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
(...)
§ 2° É vedada a adoção por procuração.
d) INCORRETO. Revogável.
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
§ 1 o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
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PROCESSO CIVIL
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
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A interpretação teleológico-sistemática da ordem jurídica, calcada na Constituição
Federal como documento maior da República, conduz a placitar-se a óptica
segundo a qual incumbe ao órgão da Administração Pública acionado, à pessoa
jurídica de direito público, apresentar os cálculos indispensáveis à solução rápida e
definitiva da controvérsia, prevalecendo o interesse primário – da sociedade – e
não o secundário – o econômico da Fazenda Pública. Os interesses secundários não
são atendíveis senão quando coincidirem com os primários, únicos que podem ser
perseguidos por quem axiomaticamente os encara e representa – Celso Antônio
Bandeira de Mello – Curso de Direito Administrativo 2010, página 23.
(ADPF 219, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 20-05-2021,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-200DIVULG 06-10-2021 PUBLIC 07-10-2021).
Relator do caso, o ministro Herman Benjamin destacou em seu voto que a execução
invertida é uma construção jurisprudencial – ou seja, não tem previsão expressa na lei
– e representa a modificação do rito estabelecido pelo Código de Processo Civil,
segundo o qual, como regra, cabe ao credor a apresentação dos valores atualizados do
débito.
De acordo com posicionamento do STJ – explicou o ministro – o fundamento da
execução invertida é a conduta espontânea da parte devedora, a qual busca se
antecipar na apresentação dos cálculos e, como recompensa, ter o benefício de não
ser condenada ao pagamento de honorários advocatícios, além de acelerar o trâmite
da ação.
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- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
b) CORRETO. O inquérito civil será instaurado por portaria e, se em seu curso novos
fatos indicarem a necessidade de investigação de objeto diverso do que está sendo
investigado, o membro do Ministério Público poderá aditar a portaria inicial ou
determinar a extração de peças para instauração de outro inquérito civil.
Art. 4º O inquérito civil será instaurado por portaria, numerada em ordem crescente,
renovada anualmente, devidamente registrada em livro próprio e autuada, contendo:
I – o fundamento legal que autoriza a ação do Ministério Público e a descrição do fato
objeto do inquérito civil;
II – o nome e a qualificação possível da pessoa jurídica e/ou física a quem o fato é
atribuído;
III – o nome e a qualificação possível do autor da representação, se for o caso;
IV – a data e o local da instauração e a determinação de diligências iniciais;
V – a designação do secretário, mediante termo de compromisso, quando couber;
VI - a determinação de afixação da portaria no local de costume, bem como a de
remessa de cópia para publicação.
Parágrafo único. Se, no curso do inquérito civil, novos fatos indicarem necessidade de
investigação de objeto diverso do que estiver sendo investigado, o membro do
Ministério Público poderá aditar a portaria inicial ou determinar a extração de peças
para instauração de outro inquérito civil, respeitadas as normas incidentes quanto à
divisão de atribuições.
32
Santo Graal
Jurídico
d) INCORRETO. Do indeferimento do pedido de instauração do inquérito civil não
caberá recurso sendo possível apenas pedido de revisão.
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
a) CORRETO. Unilateral.
Lembre-se que o enunciado pede para marcar a alternativa que NÃO traz uma
característica do inquérito civil.
De fato, o inquérito civil é unilateral, observe a redação do art. 1º da Resolução nº
23/2007 do CNMP:
33
Santo Graal
Jurídico
Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para
apurar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do
Ministério Público nos termos da legislação aplicável, servindo como preparação para
o exercício das atribuições inerentes às suas funções institucionais.
Parágrafo único. O inquérito civil não é condição de procedibilidade para o ajuizamento
das ações a cargo do Ministério Público, nem para a realização das demais medidas de
sua atribuição própria.
b) CORRETO. Facultativo.
d) INCORRETO. Sigiloso.
O inquérito civil, ao contrário do inquérito policial, em regra será público, sendo o sigilo
verdadeira exceção, vejamos o que diz a Resolução nº 23/2007 do CNMP:
Art. 7º Aplica-se ao inquérito civil o princípio da publicidade dos atos, com exceção dos
casos em que haja sigilo legal ou em que a publicidade possa acarretar prejuízo às
investigações, casos em que a decretação do sigilo legal deverá ser motivada.
34
Santo Graal
Jurídico
(...)
§ 2º A publicidade consistirá:
I - na divulgação oficial, com o exclusivo fim de conhecimento público mediante
publicação de extratos na imprensa oficial;
II - na divulgação em meios cibernéticos ou eletrônicos, dela devendo constar as
portarias de instauração e extratos dos atos de conclusão;
III - na expedição de certidão e na extração de cópias sobre os fatos investigados,
mediante requerimento fundamentado e por deferimento do presidente do inquérito
civil;
IV - na prestação de informações ao público em geral, a critério do presidente do
inquérito civil;
(...)
§ 4º A restrição à publicidade deverá ser decretada em decisão motivada, para fins do
interesse público, e poderá ser, conforme o caso, limitada a determinadas pessoas,
provas, informações, dados, períodos ou fases, cessando quando extinta a causa que a
motivou.
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
A fixação da multa diária só tem espaço no plano das obrigações de fazer e não fazer,
sendo vedada sua utilização no campo das obrigações de pagar.
STJ. 1ª Turma. REsp 1747877-GO, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 20/9/2022 (Info
Especial 8).
35
Santo Graal
Jurídico
b) INCORRETA. O plano de saúde não pode ser obrigado a fornecer o tratamento
pleiteado por se tratar de procedimento experimental, estético e não incluído no rol da
ANS.
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Santo Graal
Jurídico
7. A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que o descumprimento contratual
por parte da operadora de saúde, que culmina em negativa de cobertura para
procedimento médico-hospitalar, enseja compensação por dano moral quando houver
agravamento da condição de dor, abalo psicológico ou prejuízos à saúde já debilitada
da paciente, como afirmado pelo Tribunal de origem, na hipótese.
8. Sobre a análise do montante fixado pelas instâncias ordinárias a título de
compensação do dano moral, esta Corte somente afasta a incidência da súmula 7/STJ
quando se mostrar irrisório ou abusivo, o que não se configura no particular.
9. Recurso especial conhecido e desprovido, com majoração de honorários.
(REsp n. 2.097.812/MG, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em
21/11/2023, DJe de 23/11/2023.)
c) INCORRETA. Uma vez fixada, não é possível que o magistrado, de ofício, revise o
valor das astreintes.
O valor das astreintes é estabelecido sob a cláusula rebus sic stantibus, de maneira
que, quando se tornar irrisório ou exorbitante ou desnecessário, pode ser modificado
ou até mesmo revogado pelo magistrado, a qualquer tempo, até mesmo de ofício,
ainda que o feito esteja em fase de execução ou cumprimento de sentença, não
havendo falar em preclusão ou ofensa à coisa julgada.
STJ. Corte Especial. EAREsp 650536/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 07/04/2021
(Info 691).
e) INCORRETA. Caso seja fixada, não poderá o autor exigir o cumprimento das
astreintes antes do trânsito em julgado da sentença.
- RESPOSTA: Alternativa E
37
Santo Graal
Jurídico
Comentários
III – CORRETO. Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará
cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles
que se coligaram para lesar a parte contrária.
IV – CORRETO. Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser
fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
Gabarito
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Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Nos termos do art. 102, I, “r”, da Constituição Federal, é competência exclusiva do STF
processar e julgar, originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do
Conselho CNJ e do CNMP proferidas no exercício de suas competências
constitucionais, respectivamente, previstas nos arts. 103-B, § 4º, e 130-A, § 2º, da
CF/88.
STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
O STF abandonou a posição restritiva segundo a qual, tratando-se de ações ordinárias
a competência para processar e julgar as demandas que envolvessem o CNJ e CNMP
seria do juiz federal de 1ª instância.
CONEXÃO CONTINÊNCIA
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas)
mais ações quando lhes for comum o ou mais ações quando houver identidade
pedido ou a causa de pedir. quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo,
abrange o das demais.
39
Santo Graal
Jurídico
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada
ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de
domicílio do réu.
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na
contestação, sob pena de preclusão.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar
de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
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Santo Graal
Jurídico
Jurisprudência em Teses do STJ
EDIÇÃO N. 150: GRATUIDADE DA JUSTIÇA – III
6) A assistência judiciária gratuita limita-se aos atos de um mesmo processo, não
alcançando outras ações próprias e autônomas porventura ajuizadas.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte
ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
41
Santo Graal
Jurídico
b) CORRETO. Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou
a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às
partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e
deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de
nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
(...)
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral,
desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o
juízo.
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
42
Santo Graal
Jurídico
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou
ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por
tempo igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído
pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais
especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.
Gabarito
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
43
Santo Graal
Jurídico
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério
Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos
autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1°.
44
Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em
caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do
direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.
45
Santo Graal
Jurídico
e) CORRETO. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao
cumprimento provisório da sentença, no que couber.
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
(...)
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
46
Santo Graal
Jurídico
Art. 332. (...)
§ 2° Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da
sentença, nos termos do art. 241 .
§ 3° Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
47
Santo Graal
Jurídico
e) INCORRETO. É possível que o impetrante desista do mandado de segurança a
qualquer tempo, desde que antes da sentença que lhe for desfavorável.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
b) INCORRETO. A prova emprestada recebe o valor probatório que lhe foi dado no
processo de origem.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
CPC: Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação;
49
Santo Graal
Jurídico
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
(...)
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação
que venha a ser proposta.
Art. 371, CPC: O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicara na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
50
Santo Graal
Jurídico
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
(...)
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
b) INCORRETO. A reconvenção poderá ser proposta contra o autor desde que não
envolva terceiro.
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a
alteração da petição inicial para substituição do réu.
51
Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
52
Santo Graal
Jurídico
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em
decisão de saneamento e de organização do processo:
§ 3° Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá
o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou
esclarecer suas alegações.
Nem sempre a divisão do ônus da prova será estática, cabe ao juiz analisar o caso e
decidir, podendo estabelecer a distribuição dinâmica, conforme previsão legal:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput
ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em
que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
53
Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa C
Comentários
(F) INCORRETO. Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo,
motivando suas razões.
(F) INCORRETO. Haverá impedimento do juiz quando qualquer das partes for sua
credora ou devedora.
É hipótese de suspeição.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
(...)
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
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Santo Graal
Jurídico
Gabarito
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
55
Santo Graal
Jurídico
d) INCORRETO. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos se
efetivam a partir da sentença condenatória.
e) INCORRETO. A ação para a aplicação das sanções previstas na Lei n.º 8.429/1992
prescreve em cinco anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de
infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência.
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito)
anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do
dia em que cessou a permanência.
(...)
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção,
pela metade do prazo previsto no caput deste artigo .
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Santo Graal
Jurídico
DIREITO EMPRESARIAL
- RESPOSTA: Alternativa B
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- RESPOSTA: Alternativa C
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Veja que o artigo faz ressalva as garantias reais e fidejussórias: Art. 6º-C. É vedada
atribuição de responsabilidade a terceiros em decorrência do mero
inadimplemento de obrigações do devedor falido ou em recuperação judicial,
ressalvadas as garantias reais e fidejussórias, bem como as demais hipóteses
reguladas por esta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)
58
Santo Graal
Jurídico
É importante lembrar que o administrador judicial uma pessoa escolhida pelo juiz
para auxiliá-lo na condução do processo de falência ou de recuperação judicial
praticando determinados atos que estão elencados no art. 22 da Lei nº 11.101/2005.
A forma de remuneração está disciplinada no art. 24, e deve ser levado em
consideração, basicamente, a capacidade de pagamento do devedor, o grau de
complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de
atividades semelhantes.
Conforme entendimento do STJ, o pagamento do administrador judicial deve ser
considerado crédito extraconcursal, por duas razões:
1) Em primeiro lugar, pelo fato de o crédito ser extraconcursal, considerando que seu
fato gerador é posterior ao pedido de recuperação judicial (art. 49), além de ser assim
caracterizado expressamente no caso de falência (art. 84, I, “d”, da Lei nº 11.101/2005):
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do
pedido, ainda que não vencidos.
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência
sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, aqueles relativos:
(...)
I-D - às remunerações devidas ao administrador judicial e aos seus auxiliares, aos
reembolsos devidos a membros do Comitê de Credores, e aos créditos derivados da
legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços
prestados após a decretação da falência;
Assim, como crédito extraconcursal, não se submete aos efeitos do plano, seja para
sobre ele incidir eventual deságio ou carência, seja para ser pago de forma diferida ou
parcelada.
2) Em segundo lugar, porque a submissão dessa discussão no plano de credores não é
adequada.
A remuneração do administrador judicial é insuscetível de negociação quer com os
devedores, quer com os credores, diante da necessidade de garantir sua
imparcialidade.
A remuneração do administrador judicial é crédito extraconcursal, não se submetendo
aos efeitos do plano de recuperação judicial.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.905.591-MT, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
7/2/2023 (Info 764).
Muita atenção, pois é hipótese de suspensão da prescrição, conforme dispõe o art. 6º,
inciso I:
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação
judicial implica:
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime
desta Lei;
59
Santo Graal
Jurídico
Aqui é preciso ter muita atenção ao enunciado da questão. Embora não seja a regra, o
STJ já admitiu em recente julgado, conforme veremos abaixo:
A apreensão do passaporte do devedor é medida atípica e restritiva da liberdade de
locomoção do indivíduo, podendo caracterizar constrangimento ilegal e arbitrário,
susceptível de análise em sede de habeas corpus, como via processual adequada.
Em homenagem ao princípio do resultado na execução, o CPC/2015 inovou no
ordenamento jurídico ao prever, em seu art. 139, IV, a adoção de medidas executivas
atípicas, tendentes à satisfação da obrigação exequenda.
Sendo a falência um processo de execução coletiva decretado judicialmente, deve o
patrimônio do falido estar comprometido exclusivamente com o pagamento da massa
falida, de modo que se tem como cabível, de forma subsidiária, a aplicação da referida
regra do art. 139, IV, conforme previsto no art. 189 da Lei 11.101/2005.
No caso concreto, o STJ considerou que a apreensão do passaporte do falido foi uma
medida coercitiva dotada de razoabilidade tendo em vista que determinada mediante
decisão fundamentada e com observância do contraditório prévio, em sede de
processo de falência que perdura por mais de dez anos, após constatados fortes
indícios de ocultação de vasto patrimônio em paraísos fiscais e que as luxuosas e
frequentes viagens internacionais do paciente são custeadas com patrimônio
indevidamente transferido a familiares pelo próprio falido, tudo como forma de
subtrair-se pessoalmente aos efeitos da quebra.
STJ. 4ª Turma. HC 742879-RJ, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 13/09/2022 (Info 749).
- RESPOSTA: Alternativa D
Comentários
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Santo Graal
Jurídico
Conforme Marcelo Sacramone: Embora vulgarmente caracterizado o estabelecimento
como o local em que a atividade é realizada, a definição vulgar está incorreta. O
estabelecimento empresarial é composto por todos os bens, materiais e imateriais,
que permitem o desenvolvimento da atividade. Entre esses bens, o ponto comercial é
apenas um dos elementos integrantes do estabelecimento. Nesse sentido, a Lei n.
14.195/21 consagrou essa posição. O estabelecimento empresarial não se confunde
com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
Tal matéria insere-se na competência dos Municípios, isso porque é entendida como
sendo “assunto de interesse local”, cuja competência é municipal, nos termos do art.
30, I, da CF/88.
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Santo Graal
Jurídico
- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
SUBTÍTULO I
DA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DA SOCIEDADE EM COMUM DA SOCIEDADE EM CONTA DE
PARTICIPAÇÃO
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos Art. 991. Na sociedade em conta de
constitutivos, reger-se-á a sociedade, participação, a atividade constitutiva do
exceto por ações em organização, pelo objeto social é exercida unicamente pelo
disposto neste Capítulo, observadas, sócio ostensivo, em seu nome individual e
subsidiariamente e no que com ele forem sob sua própria e exclusiva
compatíveis, as normas da sociedade responsabilidade, participando os demais
simples. dos resultados correspondentes.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro
ou com terceiros, somente por escrito tão-somente o sócio ostensivo; e,
podem provar a existência da sociedade, exclusivamente perante este, o sócio
mas os terceiros podem prová-la de participante, nos termos do contrato social.
qualquer modo.
Art. 992. A constituição da sociedade em
Art. 988. Os bens e dívidas sociais conta de participação independe de
constituem patrimônio especial, do qual qualquer formalidade e pode provar-se por
os sócios são titulares em comum. todos os meios de direito.
Art. 989. Os bens sociais respondem Art. 993. O contrato social produz efeito
pelos atos de gestão praticados por somente entre os sócios, e a eventual
qualquer dos sócios, salvo pacto inscrição de seu instrumento em qualquer
expresso limitativo de poderes, que registro não confere personalidade jurídica
somente terá eficácia contra o terceiro à sociedade.
que o conheça ou deva conhecer.
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Santo Graal
Jurídico
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Santo Graal
Jurídico
b) INCORRETO. A sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples
são exemplos de sociedades não personificadas.
64
Santo Graal
Jurídico
A alternativa está incorreta.
O art. 985 prevê que a sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no
registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos.
No tocante a sociedade em conta de participação isso não acontece, é, portanto, uma
exceção. Observe o teor do art. 993, CC:
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade. Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão
dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do
sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este
pelas obrigações em que intervier.
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
b) INCORRETO. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos,
contados de acordo com a quantidade de sócios, independentemente do valor das
quotas de cada um.
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Santo Graal
Jurídico
A alternativa está incorreta. De acordo com o art. 1.010, CC:
Art. 1.010 Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre
os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos,
contados segundo o valor das quotas de cada um.
c) INCORRETO. Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação
interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação ainda que a aprovação
se dê independentemente de seu voto.
d) INCORRETO. A sociedade ALFA não poderá escolher um administrador que não seja
sócio.
- RESPOSTA: Alternativa B
Comentários
66
Santo Graal
Jurídico
O candidato deve estar atento pois somente a pessoa natural pode ser administrador,
nos termos do art. 997, VI e art. 1.062, §2º do CC:
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público,
que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
(...)
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
Art. 1.062 (...)
(...)
§ 2º Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja
averbada sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome,
nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o
ato e a data da nomeação e o prazo de gestão.
Esse artigo só menciona caracteres das pessoas físicas. O legislador omitiu caracteres
da pessoa jurídica intencionalmente.
O Código Civil adotava expressamente a Teoria “ultra vires” segundo a qual não seria
imputável à sociedade o ato praticado pelo administrador além dos limites a ele
atribuído pelo contrato social. De acordo com a mencionada teoria somente o
administrador responderia por tais atos.
De acordo com a antiga redação do Código Civil, o excesso por parte dos
administradores somente poderia ser oposto a terceiros se ocorresse pelo menos uma
das seguintes hipóteses:
I - Se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no contrato social;
II - Provando-se que o terceiro que contratou com a sociedade sabia que o
Administrador não tinha poderes para tanto;
III - Tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
No entanto, conforme a doutrina, tal previsão legal andou na contramão da
jurisprudência.
A 14.195/2021 revogou o parágrafo único do art. 1.015 do CC, acabando com as três
exceções acima explicadas. Essas exceções recebiam críticas de parcela significativa
da doutrina. Isso porque elas enfraqueciam a proteção que deve ser conferida ao
terceiro de boa-fé que contratava com a sociedade. Além disso, tais exceções
contribuíam para uma situação de insegurança jurídica.
Em suma:
·A sociedade responde pelos atos de seus administradores, ainda que estes tenham
extrapolado seus poderes e atribuições.
·As três exceções a essa regra, que eram previstas no parágrafo único do art. 1.015 do
CC, foram revogadas. O objetivo foi o de prestigiar, ainda mais, a boa-fé do terceiro
com quem os atos foram praticados e resguardar a segurança jurídica das relações.
Com a Lei nº 14.195/2021, o ordenamento jurídico brasileiro abandonou a teoria ultra
vires.
Direito Empresarial. Cadernos Sistematizados.
67
Santo Graal
Jurídico
c) INCORRETO. A administração atribuída no contrato a todos os sócios se estende de
pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.
A alternativa está incorreta, vai de encontro à disposição do Código Civil que prevê a
possibilidade de participação de não sócios no conselho fiscal:
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato
instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes,
sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembleia anual prevista no art. 1.078.
§ 1° Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1
o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela
controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o
cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
§ 2° É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto
do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho
fiscal e o respectivo suplente.
e) INCORRETA. A sociedade limitada somente pode ser constituída por duas ou mais
pessoas.
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- RESPOSTA: Alternativa B
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- RESPOSTA: Alternativa A
Comentários
Uma sociedade por ações será sempre uma sociedade empresária. Grave isso, e nesse
caso, o “sempre” vai estar correto. E acredite, confunde muita gente.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro
(art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu
objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
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A sociedade anônima opera somente com denominação. Observe a disposição do
Código Civil:
Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação integrada pelas
expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente,
facultada a designação do objeto social. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de
2022).
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou
pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
- RESPOSTA: Alternativa B
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Comentários
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A alternativa está correta. O art. 173 da Lei de Propriedade Industrial - LPI
expressamente autoriza a cumulação do pedido de nulidade com o pedido de
abstenção do uso da marca, que pode ser requerido inclusive liminarmente:
Art. 173. A ação de nulidade poderá ser proposta pelo INPI ou por qualquer pessoa com
legítimo interesse.
Parágrafo único. O juiz poderá, nos autos da ação de nulidade, determinar
liminarmente a suspensão dos efeitos do registro e do uso da marca, atendidos os
requisitos processuais próprios.
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Jurídico
O requerimento do registro da marca pode ser realizado por pessoas físicas e pessoas
jurídicas, estas últimas podem ser de direito público ou privado, conforme dispõe o art.
128 da Lei nº 9.279/96:
Art. 128. Podem requerer registro de marca as pessoas físicas ou jurídicas de direito
público ou de direito privado.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Impossibilidade de cumulação de ação de nulidade de registro com
indenização por danos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5c341d10c5596a0fd920fda9f33bcb
06>. Acesso em: 30/01/2024
- RESPOSTA: Alternativa E
Comentários
a) CORRETO. A constrição judicial que recaia sobre crédito representado por CCI será
efetuada nos registros da instituição custodiante ou mediante apreensão da
respectiva cártula.
§ 1º A CCI será emitida pelo credor do crédito imobiliário e poderá ser integral, quando
representar a totalidade do crédito, ou fracionária, quando representar parte dele, não
podendo a soma das CCI fracionárias emitidas em relação a cada crédito exceder o
valor total do crédito que elas representam.
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c) CORRETO. As CCI fracionárias poderão ser emitidas simultaneamente ou não, a
qualquer momento antes do vencimento do crédito que elas representam.
d) CORRETO. Sendo o crédito imobiliário garantido por direito real, a emissão da CCI
será averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na respectiva matrícula,
devendo dela constar, exclusivamente, o número, a série e a instituição custodiante.
e) INCORRETO. A CCI é título executivo judicial, exigível pelo valor apurado de acordo
com as cláusulas e condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.
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