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RESUMO DE AULAS
1. Introdução
Historicamente a convivência sempre surgiu como imperativo da própria
natureza humana, traduzido no empenho de promover as relações e
intercâmbios, tanto no aspecto social como comercial.
2. Conflito de leis
Cada Estado soberano cria e impõe o seu próprio Direito, o seu próprio
ordenamento jurídico. Como existem vários Estados soberanos no
mundo, consequentemente, existem vários ordenamentos jurídicos.
Para resolver essa dúvida, foi criado o direito internacional privado, que
cuida de indicar quais regras materiais devem ser aplicadas em cada
caso. No exemplo acima, as normas de DIP indicarão se será o direito de
família brasileiro ou argentino que disciplinará o casamento.
5. Definição de DIPr
“(...), o conjunto de regras de direito interno que determinam as leis
aplicáveis às relações jurídicas concernentes aos particulares, quando
intervém dado estrangeiro, chama-se direito internacional privado.” (IS,
36)
6. Conflito de jurisdições
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou
propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de
benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor
tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à
jurisdição nacional”.
Da antiguidade ao feudalismo, não existiram normas de DIPr tal qual hoje ele é
considerado. O DIPr nasceu no fim da idade média, por volta do século XII, no
norte da Itália. Veremos a seguir, no entanto, como era feita a apreciação dos
fatos anormais antes do nascimento das normas de DIPr.
1. Antiguidade (3.000a.C./200a.C.)
Em Roma, havia dois direitos: um que era aplicado aos cidadãos romanos,
chamado jus civile, e outro, aplicado aos estrangeiros, denominado jus
gentium.
Não se tratava o jus gentium de gênese do direito internacional privado, uma vez
que continha normas materiais, emanadas pelo Império Romano, destinadas a
regulamentar as questões envolvendo estrangeiros.
Nos atos extrajudiciais, a pessoa declarava qual era o direito por que se
governava, e quando ia a Juízo fazia também a declaração de qual fosse o seu
direito;
Pergunta do juiz:
Sistema da territorialidade
Enquanto no primeiro período da Idade Média esteve em vigor o sistema da
personalidade do direito, viu-se pouco a pouco afirmar-se e triunfar o sistema
contrário, qual seja, o regime territorial.
Uma das causas que mais contribuíram para o advento do regime territorial foi a
implantação de sistema feudal após a dissolução do Império Carlovíngio, em
seguida à morte de Carlos Magno.
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1. Introdução
Após a morte de Carlos Magno, assistiu-se a uma grande luta contra as cidades
italianas setentrionais.
Nos séculos XIII e XIV, surgiu a chamada Escola dos pós glosadores, nas
cidades italianas de Perusa, Pádua, Pisa e Pavia, cujo maior representante foi
Bártolo. Os pós glosadores, também chamados de comentaristas ou
bartolistas, não se restringiam a comentar o direito romano, mas, mais que
isso, preocupavam-se em revelar um direito novo.
2.1. Estatutos
Em primeiro lugar, são os estatutos (direitos particulares) que aproximam
essas três escolas.
Segundo ele, para os direitos reais sobre bens móveis, deveria se aplicar a lei
do país onde é domiciliado o proprietário, enquanto que aos imóveis, aplicar-se-
ia a lei do local onde se encontrassem.
Previsão dos estatutos mistos e incertos, além dos reais e pessoais. O princípio
da territorialidade deveria vigorar para os estatutos mistos, incertos e reais.
Não havia preocupação com critérios científicos, mas somente com o bom
senso e com o dever de justiça.
1ª máxima: o direito de cada Estado reina nos limites de seu território e rege
todos os seus súditos, mas além não tem nenhuma força.
Foi também sem razão que deram efeito territorial ao estatuto real, e eficácia
extraterritorial ao pessoal, estabelecendo regra e exceção.
No sul dos Estados Unidos havia um direito codificado (por influência da França),
e no norte, um direito consuetudinário (influência da Inglaterra, da Common
Law).
Graças à essa idéia de relações entre nações que Story adotou a terminologia
“direito internacional privado”.
Máximas de Story:
Para Story, influenciado pelo direito inglês, a jurisprudência deve ser a principal
fonte do direito internacional privado.
Savigny assenta sua teoria numa comunhão de direitos entre os povos que têm
relação entre si, pressupondo que a respeito dos fatos anormais, o direito de
cada Estado seja comum a qualquer outro.
Cada fato anormal deve ser apreciado pelo direito mais conforme à sua natureza,
nada importando seja esse direito nacional ou estrangeiro, já que a aplicação
deste é dever internacional.
O direito da sede só não prevalece por dois motivos: ser ofensivo à ordem
pública, ou inexistência da instituição no fórum (p.ex. a escravidão), únicos
limites à comunhão do direito.
1ª regra: estatuto pessoal (estado, capacidade, direitos de família e direitos
sucessórios): lei do domicílio da pessoa (lex domicilii).
2ª regra: Bens: a sede é sempre o lugar da respectiva situação dos bens,
regulados, desse modo, pela lex rei sitae.
3ª regra: obrigações: a sede é o lugar da execução em que está a prestação do
devedor, que é a essência da obrigação, onde se concentra a atenção das
partes. Dessa forma, prevalece a lex loci executionis.
4ª regra: processo: parte do direito que põe em andamento a atividade
jurisdicional do Estado. A sede da relação jurídica é dada pela lex fori.
5ª regra: forma extrínseca dos atos: a forma dos atos que foram objeto de uma
relação de direito deve ser regida pela lei do Estado onde ele é praticado, ou
seja, pelo locus regit actum (por exemplo: o mérito da questão é uma dívida. A
forma pode ser um contrato de mútuo, uma nota promissória, uma letra de
câmbio, etc).
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Os bens devem ser regidos pelas leis do lugar da sua situação (lex rei sitae).
Quanto à forma dos atos, aplica-se a lei do lugar onde tais atos foram praticados
(lex locus regit actum). Quanto à sua substância, adota-se a lei do lugar de sua
execução (lex locus executionis).
1. Introdução
2. Leis internas
O DIPr é direito interno, é direito nacional de cada país. No Brasil, a lei interna é
a grande fonte do DIPr.
Cada país resolve seus problemas de DIPr com regras de direito interno que
obrigam apenas dentro das fronteiras onde os respectivos juízes exercem sua
jurisdição. Os indivíduos pedem o reconhecimento ou a aquisição de um direito,
pouco importando o que disponham outras leis em conflito. (IS, 98, citando Pillet)
Em 1916, foi promulgado o Código Civil, em cuja “Introdução”, nos arts. 8º a 21,
foram determinadas regras de direito interno sobre DIPr.
Até o meado do século XVIII, não havia leis de direito internacional privado,
conquanto já se conhecessem e se observassem desde o século XII muitas
normas jurisprudenciais e doutrinárias.
3. Tratados
3.1. Tratados normativos e contratuais
O sistema constitucional brasileiro – que não exige a edição de lei para efeito de
incorporação do ato internacional ao direito interno (visão dualista extremada) –
satisfaz-se, para efeito de executoriedade doméstica dos tratados internacionais,
com a adoção do iter procedimental que compreende a aprovação congressional
e a promulgação executiva do texto convencional (visão dualista moderada).
(NA, 166)
Critério hierárquico: lex superior derogat legi inferiori (norma superior revoga
inferior).
Critério cronológico: lex posterior derogat legi priori (norma posterior revoga
anterior).
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1. Costumes
A lex mercatoria é revelada por vários fatos, tais como convenções, regras
uniformes, contratos-tipo, jurisprudência estatal e arbitral, etc.
Os Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de
Comércio) foram criados pela Câmara de Comércio Internacional (ICC –
International Chamber of Commerce).
3. Doutrina
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Assunto: Obrigações
1. Conceito
Obrigação é vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra
prestação economicamente apreciável. (Caio Mário, in César Fiúza, pág. 139)
2. Classificação
“Art. 9º, LINDB. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país
em que se constituírem.”
As obrigações ex lege (legais) reger-se-ão pelo direito que as tiver
estabelecido. Exemplo: a) a obrigação alimentar entre parentes, decorrente de
imposição legal relativa ao direito de família, será regida pela lei domiciliar (art.
7º, LINDB); b) as obrigações decorrentes da relação de vizinhança disciplinar-
se-ão pela lex rei sitae (art. 8º, LINDB), por constituírem consequência do direito
real. (Maria Helena Diniz, pág. 295)
“Art. 47, NCPC. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é
competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se
o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e
demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa,
cujo juízo tem competência absoluta..”
6. AS PARTES E AS NEGOCIAÇÕES
Observância de princípios:
a) JURISDIÇÃO
Aplica-se a regra sobre competência internacional (art. 21, NCPC) para verificar
em que país a demanda será ajuizada.
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
A situação concreta encaixa-se nos três incisos do art. 21, NCPC, razão pela
qual, conclui-se que o Brasil tem jurisdição.
b) COMPETÊNCIA
Aplicam-se as regras de competência interna para verificar perante qual juízo
brasileiro a demanda será ajuizada.
Aplicar-se-á a regra geral do art. 94, CPC, uma vez que não existe nenhuma
exceção no caso concreto a excepcionar tal regra.
c) LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
O juiz brasileiro (ou de belo horizonte ou de porto alegre) será competente para
apreciar e julgar as ações. Como se trata de um fato normal, não há dúvidas
sobre qual legislação aplicar: a brasileira. Não existe nenhum elemento de
estraneidade, fator estrangeiro, nos fatos deduzidos em juízo.
d) EFETIVAÇÃO
a) JURISDIÇÃO
Idem ao tópico 1 supra.
b) COMPETÊNCIA
Será competente o juiz escolhido pelas partes.
“Art. 47, NCPC. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é
competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se
o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e
demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
d) EFETIVAÇÃO
Idem ao tópico 1.1. supra.
a) JURISDIÇÃO
Aplica-se a regra sobre competência internacional (art. 21, NCPC) para verificar
em que país a demanda será ajuizada.
I - de alimentos, quando:
b) COMPETÊNCIA
Aplicam-se as regras de competência interna para verificar perante qual juízo
brasileiro a demanda será ajuizada.
“Art. 46, NCPC. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
c) LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
O juiz brasileiro (ou de belo horizonte ou de porto alegre) será competente para
apreciar e julgar as ações. Como se trata de um fato anormal, há dúvidas sobre
qual legislação aplicar: se a brasileira ou se a francesa.
As partes não podem escolher qual é a lei aplicável, pois a autonomia da vontade
não está prevista no Dec Lei 4657/42.
d) EFETIVAÇÃO
Caso o brasileiro perca a demanda, e não cumpra voluntariamente a
determinação do juiz, o francês poderá executar a ordem judicial aqui no Brasil
de acordo com as normas processuais sobre cumprimento de sentença,
previstas pelo NCPC.
a) JURISDIÇÃO
Problema 1 (o brasileiro aciona o francês): encaixa-se no inciso II do art. 21,
NCPC, razão pela qual, conclui-se que o Brasil tem jurisdição.
Problema 2 (o francês aciona o brasileiro): encaixa-se no inciso I do NCPC. A
obrigação é a entrega das balas, e ocorrerá na França. Dessa forma não se
aplica o inciso II.
b) COMPETÊNCIA
Problema 1: como o réu da ação de cobrança será o comerciante francês, o foro
competente será uma das varas cíveis da comarca de Porto Alegre (domicilio do
autor, exceção à regra geral).
c) LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
O juiz brasileiro será competente para apreciar e julgar as ações. Como se trata
de um fato anormal, há dúvidas sobre qual legislação aplicar: se a brasileira ou
se a francesa.
d) EFETIVAÇÃO
Idem ao tópico 1 supra.
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Exemplo: Telecom Italia SpA (empresa constituída na Itália) > TIM Brasil
Serviços e Participações S/A (empresa constituída no Brasil) > TIM Participações
S/A (empresa constituída no Brasil).
A exceção prevista pelo art. 11, §3º, LINDB encontra sua justificação na comitas
gentium. Tal cortesia há de ser entendida sob o prisma proposto por Joseph
Story (doutrina moderna americana), e não por Ulrich Huber (escola estatutária
holandesa). Trata-se de cortesia internacional entre dois Estados soberanos,
motivada por interesses públicos e recíprocos, e não de uma cortesia de um
magistrado para com um jurisdicionado.
5. Propriedade intelectual
03. Qual é o critério adotado pelo legislador brasileiro para definir a legislação
aplicável às ações que versem sobre bens?
Se a ação versar sobre direitos reais, tomando em consideração os bens a título
singular, aplicar-se-á a legislação do lugar em que estiverem situados. (lex rei
sitae – art. 8º, caput, LINDB)
Se a ação versar sobre regime de bens no casamento, aplicar-se-á a legislação
do país em que tiverem os nubentes o domicílio, e, se este for diverso, à do
primeiro domicílio conjugal. (lex loci domicilii – art. 7º, 4§º, LINDB)
Se a ação versar sobre partilha de bens em sucessão internacional por morte ou
por ausência, aplicar-se-á a legislação do lugar do último domicílio do de cujus,
salvo se a legislação nacional do defunto seja mais favorável ao cônjuge e/ou
filhos brasileiros. (lex loci domicilii – art. 10, caput e §1º, LINDB)
05. Um argentino, domiciliado nos EUA, morreu deixando bens e herdeiros, tanto
na Argentina, quanto nos EUA, quanto no Brasil. Os bens são uma casa de praia,
situada na cidade do Rio de Janeiro, um apartamento em Buenos Aires, e um
apartamento em Miami. Todos os herdeiros moram na Argentina. Pergunta-se:
a) onde tramitará o processo de inventário? b) qual a legislação aplicável?
06. Para uma pessoa jurídica estrangeira fazer negócios no Brasil é preciso
autorização específica do Governo Brasileiro?
Segundo o art. 11, LINDB e o art. 1.126, CC, é nacional a sociedade organizada
de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua
administração. Dessa forma, se a empresa não foi constituída segundo a lei
brasileira, nem tenha a sede de sua administração aqui no Brasil ela será
considerada estrangeira.
Dependendo do negócio a ser feito pela empresa estrangeira aqui no Brasil, ela
precisa de autorização do Governo Brasileiro.
Caso este negócio não exija que a empresa estrangeira esteja situada aqui no
Brasil, como por exemplo, importação/exportação e representação comercial,
não é necessária autorização do Governo Brasileiro.
Caso este negócio exija que a empresa estrangeira esteja situada aqui no Brasil,
com a exploração de atividade econômica direta aqui, com abertura de filiais, a
autorização do Governo Brasileiro faz-se necessária.
No entanto, nada impede que a exploração da atividade econômica seja feita
através da criação de uma empresa subsidiária brasileira, cujo quotista /
acionista controlador seria a empresa estrangeira.
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1. Introdução
Por aplicação do princípio da territorialidade, “a decisão judicial tem eficácia
limitada à jurisdição onde foi proferida. Para o forum, as sentenças estrangeiras
não passam de fatos relevantes; sem dúvida, são atos oficiais de jurisdições
autônomas, mas destituídos de obrigatoriedade”. (Amílcar de Castro, 472)
Para que uma sentença estrangeira produza efeitos no Brasil, não é necessário
o ajuizamento de novo processo de conhecimento, basta que ela seja
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
2. Do juízo de delibação
5. Trânsito em julgado
7. Imprescindibilidade da citação
Exemplos:
“Art. 17, LINDB. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como
quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil,
quando ofenderem soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes.”
Não serão cumpridas no Brasil cartas rogatórias estrangeiras referentes a
processo de competência exclusiva dos tribunais brasileiros (constitui uma
violação de ordem pública). Mas a jurisprudência é pacífica no sentido de que,
em se tratando de lide cuja competência da autoridade judiciária brasileira é
meramente relativa ou concorrente, a possibilidade do interessado em não
aceitar a jurisdição estrangeira não impede a concessão do exequatur para a
sua citação, notificação ou intimação. (Bregalda, 225)
Exemplos:
a) Sentença estrangeira contestada 4415/Estados Unidos, STF, 11.12.1996.
Questionamento sobre ausência de fundamentação de sentença estrangeira
proferida em sistema que adota o júri civil. No Brasil, somente se admite o júri
para julgamento dos crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, “d”, CF). O
STF entendeu que tal sentença não ofendeu a soberania brasileira, nem a ordem
pública.
AULA – 13
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6. Imprescindibilidade da citação (art. 15, “b”, LINDB; art. 5º, II, Resolução 9)
“Art. 238, NCPC. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu,
o executado ou o interessado para integrar a relação processual”.
Exemplos:
7. Trânsito em julgado (art. 15, “c”, LINDB; art. 5º, III, Resolução)
“Art. 17, LINDB. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como
quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil,
quando ofenderem soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes.”
Não serão cumpridas no Brasil cartas rogatórias estrangeiras referentes a
processo de competência exclusiva dos tribunais brasileiros (constitui uma
violação de ordem pública). Mas a jurisprudência é pacífica no sentido de que,
em se tratando de lide cuja competência da autoridade judiciária brasileira é
meramente relativa ou concorrente, a possibilidade do interessado em não
aceitar a jurisdição estrangeira não impede a concessão do exequatur para a
sua citação, notificação ou intimação. (Bregalda, 225)
Exemplos:
a) Sentença estrangeira contestada 4415/Estados Unidos, STF, 11.12.1996.
Questionamento sobre ausência de fundamentação de sentença estrangeira
proferida em sistema que adota o júri civil. No Brasil, somente se admite o júri
para julgamento dos crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, “d”, CF). O
STF entendeu que tal sentença não ofendeu a soberania brasileira, nem a ordem
pública.
“Art. 109, CF. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...)
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro,
a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença
estrangeira, após a homologação, as causas referentes à
nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;”
“Art. 515, NCPC. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de
acordo com os artigos previstos neste Título:
(...)
Paraísos fiscais
Tipos de paraíso: