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Questões de direito internacional privado podem ser

resolvidas com: CPC, LINDB.

→ Artigos importantes:

LINDB 7°. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as


regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a
Direito Internacional: capacidade e os direitos de família.

É o conjunto de princípios e normas, positivas e costumeiras, § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei
representativa dos direitos e deveres aplicáveis no âmbito da brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades
sociedade internacional. da celebração.

• Direito Internacional Público: § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante


O Estado dialoga com diversos outros Estados, Organismos autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os
Internacionais e pessoas (nacionais e estrangeiras). nubentes. (Se aplica apenas quando os nubentes estrangeiros
tiverem a mesma nacionalidade).
A personalidade jurídica de direito internacional se dá a partir
da soberania, e a partir da aptidão de contrair direitos e § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso (cada um morava em um
deveres na esfera internacional. lugar), regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do
primeiro domicílio conjugal.
Obs.: ONGs não tem aptidão de contrair direitos e
deveres na esfera internacional. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país
em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do
primeiro domicílio conjugal.

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,


mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no
ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo
a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
• Direito Internacional Privado:
→ Soluciona problemas de BENS:
Regula a relação entre os particulares e seus interesses de
ordem privada com características internacionais.
LINDB 8°. Para qualificar os bens e regular as relações a eles
Há uma Pessoa Natural se relacionando com outra Pessoa concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
Natural, ou uma ou mais Pessoas Jurídicas se relacionando
com uma ou mais Pessoas Jurídicas. Há relações privadas com § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário,
características internacionais. quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a
transporte para outros lugares.
É uma norma de sobredireito, pois indica a norma aplicável
àquela situação e não soluciona o litígio (traz normas § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em
conflituais e indiretas). cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Para saber qual norma irá solucionar aquele conflito, é preciso
que se identifiquem os ELEMENTOS DE CONEXÃO. → Soluciona problemas de OBRIGAÇÕES:

Os elementos de conexão são regras determinadas pelo LINDB 9°. Para qualificar e reger as OBRIGAÇÕES, aplicar-se-á a lei
direito internacional privado que apontam o direito aplicável do país em que se constituirem.
a uma ou várias situações jurídicas unidas a mais de um
sistema legal. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e
dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as
São, entre outros: nacionalidade, domicílio e a residência peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos
habitual da pessoa física, lex rei sitae (lei do local da situação do ato.
da coisa), lex coci delicti commissi (lei do lugar onde foi
cometido o ato ilícito), lex fori (lugar do foro), e lex loci actus § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no
(lei do lugar da ação ou obrigação). lugar em que residir o proponente. (Regra aplicada para ausentes)

Questões que norteiam o Direito Internacional Privado: → Competência do Brasil e de outros países:

I. O Brasil é competente para analisar e julgar o Em regra, quem solucionar primeiro resolverá a discussão.
problema?
II. Qual norma é aplicada para solucionar o problema? Para saber SE a autoridade judicial brasileira é competente para
analisar a demanda, é norma processual (está entre o artigo 21 e
25 do CPC).
Para saber COMO a autoridade brasileira resolve a demanda: é a § 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência
LINDB que deve ser analisada. internacional exclusiva previstas neste Capítulo.

CPC 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e § 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º .
julgar as ações em que: Exemplos:

I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado 1. Questão de direito de família (casamento):
no Brasil;
João é inglês e Maria é japonesa. João mora na Austrália,
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; Maria mora em Dubai. Ambos trabalhavam em uma empresa
de aviação. João e Maria se conheceram em Paris, namoraram
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. e se casaram em Paris/França. Depois do casamento, passam
a morar juntos em Lisboa/Portugal, onde viveram durante 10
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se anos. Decorrido esse tempo, mudaram-se para o Brasil, Rio de
domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver Janeiro. Tiveram 02 filhos portugueses e 01 filho brasileiro.
agência, filial ou sucursal. Hoje, desejam o divórcio.

a) A autoridade brasileira pode realizar o divórcio?


CPC 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar
e julgar as ações: R: CPC 23, III: Sim, pois em divórcio, separação judicial ou
dissolução de união estável, proceder à partilha de bens
I - de alimentos, quando: situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
O CPC 22, III também se encaixa.
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou Ademais, quando o réu é domiciliado no Brasil, a Justiça
propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de Brasileira também é competente para julgar.
benefícios econômicos;

II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor b) Qual é o regime de bens de João e Maria, uma vez que
tiver domicílio ou residência no Brasil; não foi feito pacto antenupcial?

R: LINDB 7°, § 4o . O regime de bens, legal ou convencional,


III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à
jurisdição nacional. obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio,
e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
→ Competência exclusiva do Brasil (CPC 23): Portanto, será o regime legal previsto em Portugal, pois Lisboa
foi o primeiro domicílio do casal.
CPC 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão
de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 2. Negócio Jurídico internacional:


II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de O COI (Comitê Olímpico), cuja sede se localiza na Suíça, propõe uma
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados contratação entre ele e 02 empresas, para que as empresas
no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade prestem serviços para o COI no Brasil durante as Olimpíadas – Rio
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 2016.
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, As empresas são:
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular
seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do Empresa A – sede na Alemanha;
território nacional.
Empresa B – sede na China
CPC 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz
a) A Justiça Brasileira pode julgar este conflito?
litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira
conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as R: CPC 21, II. Sim. Compete à autoridade judiciária brasileira
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos processar e julgar as ações em que:
bilaterais em vigor no Brasil.
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição
brasileira não impede a homologação de sentença judicial b) Se sim, com qual lei solucionará o conflito?
estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
R: LINDB 9°. Para qualificar e reger as OBRIGAÇÕES, aplicar-
CPC 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o se-á a lei do país em que se constituírem.
processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída
eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional,
no lugar em que residir o proponente.
arguida pelo réu na contestação.
O contrato foi feito na Suíça. O juiz brasileiro pode solucionar d) estar traduzida por intérprete autorizado;
a demanda, mas com as leis da suíça.
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

→ Decisão arbitral deve ser homologada?


NOVAMENTE:
Sim, se homologa como sentença estrangeira.
Questão de direito Processual = CPC
CPC 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por
Questão de qual direito material aplicar = LINDB ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição
especial em sentido contrário prevista em tratado.

§ 1º A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no


Brasil por meio de carta rogatória.

LINDB 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do § 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em
país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de
que seja a natureza e a situação dos bens. Justiça.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será § 3º A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja disposições deste Capítulo.
mais favorável a lei pessoal do de cujus. A carta rogatória só pode ser cumprida no Brasil após ser concedida
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a a exequatur (homologação pelo STJ).
capacidade para suceder. CPC 961. A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil
após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão
do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido
contrário de lei ou tratado.
LINDB 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro
rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de § 1º É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem
produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a como a decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza
lei brasileira desconheça. jurisdicional.

LINDB 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz § 2º A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente.
exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.
§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de
urgência e realizar atos de execução provisória no processo de
Houve uma Convenção sobre Produção de Provas no Estrangeiro homologação de decisão estrangeira.
em matéria civil e comercial.
§ 4º Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de
Nessa convenção, o Brasil não autorizou a OBTENÇÃO DE execução fiscal quando prevista em tratado ou em promessa de
PROVAS POR REPRESENTANTES DIPLOMÁTICOS, reciprocidade apresentada à autoridade brasileira.
AGENTES CONSULARES OU COMISSÁRIOS, pois não aceito estes
elementos previstos no tratado internacional. § 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos
no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça.

§ 6º Na hipótese do § 5º, competirá a qualquer juiz examinar a


Sentença estrangeira Sentença Internacional validade da decisão, em caráter principal ou incidental, quando
É um Tribunal estrangeiro. Vem de um Tribunal Internac., essa questão for suscitada em processo de sua competência.
Ex: Tribunal da Itália, da o qual tem jurisdição em
Alemanha. vários países. → E se houver competência exclusiva da autoridade
Deve-se pedir a homologação Ex: COIDH, TPI. judiciária brasileira? A decisão será homologada?
de sentença estrangeira ao
STJ. CPC. 964. Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese
de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.

Quem homologa é o STJ, mas quem cumpre a decisão homolada Parágrafo único. O dispositivo também se aplica à concessão
pelo STJ é o STF. do exequatur à carta rogatória.

LINDB 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no → O CUMPRIMENTO da decisão estrangeira será feito na
estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: Justiça FEDERAL:

a) haver sido proferida por juiz competente; CPC 965. O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o
juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à
normas estabelecidas para o cumprimento de decisão nacional.
revelia;
§O pedido de execução deverá ser instruído com cópia autenticada
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades
da decisão homologatória ou do exequatur , conforme o caso.
necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;
Atos unilaterais de um país não fazem fonte de direito
internacional. Ex.: decisão do STF não vincula outros países, por
exemplo.

→ Território:

É o espaço onde se exerce a soberania estatal. Ele determina os


limites do exercício do poder do Estado.
O D.I. Público estabelece um:
Delimitar um território significa estabelecer seus limites, o que é
• País soberano; feito por tratados ou costumes. Demarcar um território significa
• Manifesta vontade; implantar marcos físicos sobre o território.
• Pacta sunt servanda (pactuar com outros países).
Limite não se confunde com fronteira. Limite é um ponto que
Logo, o DIP estabelece um país soberano, o qual manifesta vontade determina com certa precisão até onde vai o território do Estado.
de pactuar com outro país soberano. Os dois países juntos Fronteira é uma região em torno do limite territorial, sobre o qual
celebrarão a principal fonte do DIP: os acordos internacionais. o Estado tem interesse de zelar para garantir sua segurança
nacional.
→ Acordos internacionais: são fonte primária do DIP.
→ Personalidade jurídica de direito internacional:
Sinônimos:
Estabelece uma aptidão de contrair direitos e deveres na esfera
• Acordo internacional.
• Tratado
• Pacto Quem possui?
• Convenção
Quem tem personalidade jurídica internacional, ou seja, são
• Protocolo sujeitos do Direito Internacional?

→ Fontes do DIP: I. Estados (Países/Nações)


II. Organizações internacionais intergovernamentais (OII)
I. Primárias: tratados internacionais, costume III. Particulares ou indivíduos
internacional e princípios gerais de direito.
II. Secundárias: doutrina, jurisprudência da Corte Atenção: ONGs NÃO possuem personalidade jurídica
Internacional de Justiça de 1945 – Corte de Haia – internacional!!!
art. 38 (decisões da corte, convenções e tratados, A anistia internacional e o comitê internacional da cruz vermelha
costumes e princípios gerais do direito). não são organizações internacionais, mas sim ONGs de atuação
Os costumes reconhecidos e praticados nas relações exteriores internacional, por este motivo não celebram tratados, e por este
vinculam as partes, sem necessitar que esta norma esteja escrita. motivo não são considerados sujeitos de direito internacional.

Princípios gerais de direito: são os valores que apontam um Estado Governo


caminho a seguir e que servem de base para as decisões População permanente Exerce sua autoridade como
sendo a única no Estado.
internacionais.
Território determinado O reconhecimento de um
As jurisprudências das cortes internacionais CIJ (corte internacional governo gera:
de justiça) e TPI (tribunal penal internacional) fazem fonte de - Estabelecimento de relações
direito internacional, no entanto, as jurisprudências dos Tribunais diplomáticas
Governo - imunidade de jurisdição
Constitucionais internos de cada nação não). Apesar de terem
Soberania - capacidade para demanda
relevância do direito internacional privado, não são fontes de DIP.
em tribunal estrangeiro
→ Lei 8.617/93: - admissão da validade das leis
e atos governamentais
Da linha base até 12 milhas marítimas (art. 1°): há o mar territorial,
que é território brasileiro.
O ato de reconhecer um Estado: é individual de cada país. É um ato
De 12 linhas marítimas até 24 linhas marítimas (art. 5°): há a zona discricionário, unilateral, irrevogável e incondicional.
contígua, que não é mais território brasileiro, porém, a jurisdição
brasileira ainda lhe é aplicada para fins de defesa do território O ato de reconhecer o governo: é efetivo (controla da máquina e
nacional. obediência civil), será feito desde que o governo cumpra as
obrigações internacionais, tenha Constituição própria e seja
Da linha base até 200 milhas marítimas (art. 7°): há a ZEE (Zona democrático.
Econômica Exclusiva): área de exploração científica e econômica
exclusiva do Brasil. - Condutas antidemocráticas farão com que o governo de
um país não seja reconhecido.
Plataforma continental (art. 11 e 12): é o solo do mar.
→ Diferenças importantes:
→ Atenção!
No Brasil há:
i. Chefe de Estado: é soberano. Comanda a república Os demais tratados terão força supralegal.
federativa do Brasil (PJ de Direito Público Externo).
ii. Chefe de governo: é o administrador. É o chefe da III. Tratados internacionais que não falam de DH:
União Federal (PJ de Direito Público Interno). Terão força de lei ordinária.
Em repúblicas federalistas, chefe de governo e chefe de Estado IV. Demais normas.
serão a mesma pessoa (Presidente da República), como no Brasil,
por exemplo.
→ Agentes diplomáticos:

É aquele que trabalha para um país em território estrangeiro, em


regra. São responsáveis pela representação do próprio Estado em
→ Assinatura e incorporação ao sistema legal brasileiro: território estrangeiro, perante o governo.

É feito em diversos passos. → Missão diplomática:

1. É o Presidente da República ou um representante em É formada pelo conjunto de diplomatas que representam os


nome do soberano que assina o tratado. Estados ou organizações intergovernamentais.

CF 84. Compete privativamente ao Presidente da República: → Os embaixadores:

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus São a própria representação da nação no Estado estrangeiro ou no
representantes diplomáticos; organismo internacional, são responsáveis pela representação
política. Os prédios das embaixadas são invioláveis.
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional; → Direito e legação:

2. O tratado então será apresentado ao Congresso Nacional Consiste na prerrogativa dos Estados de enviar (ativa) e receber
para análise e referendo. (passiva) agentes diplomáticos (embaixadores) de outros estados.
3. O CN analisará o tratado.
a. Poderá não aprovar o tratado e, com isso, o → Agentes consulares:
mesmo não será válido no Brasil.
São funcionários públicos enviados pelo Estado para a proteção de
b. Poderá aprovar o tratado e com isso haverá o
seus interesses e de seus nacionais.
4° passo.
4. Aprovado o tratado, o CN irá editar um decreto legislativo → Consulados:
autorizando o presidente da república a ratificar o
tratado referendado. São repartições públicas estabelecidas pelos Estados em portos ou
5. O Presidente da República emitirá uma carta de cidades de outros Estados. São responsáveis pela representação
ratificação para o depositário do tratado e emitirá um comercial, administrativa e a de caráter notarial.
decreto para ser publicado internamente o tratado no
• Espécies de cônsul:
Brasil.
Honorário: eleito entre os nacionais do país onde está o consulado.
Apenas a partir da publicação é que o tratado terá força de lei no
brasil. De carreira: funcionário público do país que o consulado
representa.
→ Hierarquias dos tratados incorporados à legislação
brasileira: → Embaixador:

I. CF e Tratados de DH com força de Emenda É uma função ocupada e não uma classe de carreira diplomática, o
Constitucional. último nível da carreira diplomática é ministro de primeira classe.
Terá força de emenda à constituição se for
incorporado pelo processo legislativo da CF 5°, → Proteções aos diplomatas:
§3°. Os locais da missão diplomática não podem ser violados;
Há 02 tratados com força de emenda: O agente diplomático goza de isenção de impostos e taxas,
- Convenção sobre direito das pessoas com havendo exceções a esse respeito.
deficiência. Os bens da embaixada são invioláveis e não podem ser objetos de
- Tratado de Marraqueche. penhora.

OU A correspondência e a comunicação oficial da missão diplomática é


inviolável.
II. Tratados de DH com Força Supralegal.
Força supralegal: abaixo da CF e acima das demais A mala diplomática não poderá ser aberta ou retida.
leis. Terá força supralegal quando for incorporado à
→ Imunidades dos diplomatas:
legislação brasileira sem ser pelo processo
• Imunidade de jurisdição civil, administrativa e criminal
legislativo acima. O processo de incorporação será o
• Isenção fiscal
comum/ordinário (CF 47).
• Inviolabilidade
II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4
(quatro) anos;
CF 12. III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições
A nacionalidade pode ser adquirida de 2 modos: do naturalizando; e

I. Originária: adquirida com o nascimento; IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos
Pode ser adquirida por 2 critérios: termos da lei.
a. Jus soli: nasceu no território do país. Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65
b. Jus sanguinis: por filiação; tem o sangue de será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando
nacional do país. preencher quaisquer das seguintes condições:
No Brasil, a regra o jus soli. Porém, há exceções: I - (VETADO);
CF 12. São brasileiros: II - ter filho brasileiro;
I - natos: III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que separado legalmente ou de fato no momento de concessão da
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a naturalização;
serviço de seu país; IV - (VETADO);
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou
República Federativa do Brasil;
c) Nacionalidade potestativa: os nascidos no estrangeiro de VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou
pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam artística.
registrados em repartição brasileira competente ou Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos
venham a residir na República Federativa do Brasil e incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a regulamento.
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao
Quem nasce no Brasil, brasileiro é. estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações:
Exceção: filho de um casal de estrangeiros e um desses estrangeiros I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de
precisa estar a serviço de seu país no Brasil. Ou seja, um dos pais integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa
estrangeiros precisa estar a serviço do Consulado ou da embaixada a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
da China no Brasil. Nesse caso, o filho não será brasileiro nato.
II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em
Atenção! repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos
Nascidos entre 1994 a 2007: pais de filhos nascidos nesse ininterruptos.
período podem registrar seus filhos a qualquer tempo. Art. 69. São requisitos para a concessão da naturalização especial:
EC n° 54, art. 95. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional,
filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados II - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições
em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou do naturalizando; e
em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do
Brasil." III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos
termos da lei.
II. Derivada ou secundária: adquirida por vontade
posterior Art. 70. A naturalização provisória poderá ser concedida ao
a. Pode se dar por casamento, trabalho ou migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em
residência. território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e
deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal.
Lei 13.445/2017.
Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida
Art. 64. A naturalização pode ser: em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer
no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade
I - ordinária;
→ Efeitos da naturalização:
II - extraordinária;
A naturalização começará a valer quando for publicada no diário
III – especial (é para aquele que NÃO mora no Brasil); ou oficial.
IV - provisória.
Obs.: brasileiros natos e naturalizados são tratados igualmente, só
Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que a lei poderá diferenciá-los.
preencher as seguintes condições:

I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;


O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada por decisão
judicial em virtude da realização de atividade nociva ao interesse
nacional.

O nato não perderá, só perderá a nacionalidade se adquirir outra


nacionalidade.

→ Saída compulsória de estrangeiro:

I. Repatriação: o estrangeiro vem de seu país para o


Brasil, chega no Brasil, apresenta-se a Polícia
Federal, e a polícia não o deixar entrar porque seus
documentos não condizem ou por algum outro
motivo justo. Ele será mandado embora.

II. Expulsão: o estrangeiro comete crime no Brasil e,


diante disso, será expulso.

III. Extradição: o estrangeiro comete crime no exterior


e será extraditado do Brasil.

IV. Deportação: é uma irregularidade administrativa.


Ex.: entrar no Brasil com visto de turista e está
trabalhando – está ilegal – receberá o prazo de 60
dias para regularizar o visto e, caso não o faça, será
deportado.

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