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Resumo da matéria
2. homologação de sentença estrangeira pelo STJ (art. 105, I, alínea "i", CF)
Nesta segunda hipótese, as partes ajuizaram a ação no exterior, ou seja, perante o juiz estrangeiro.
O STJ, ao homologar sentença estrangeira, analisa apenas requisitos de índole formal previstos no
art. 15 da LINDB.
• Pegadinhas
Não confundir os seguintes termos:
- sentença estrangeira e carta rogatória:
Decisão final de autoridade estrangeira passível Decisão interlocutoria de juiz estrangeiro que
de execução deve ser cumprida no Brasil (ex: apreensão de
bens, oitiva de testemunha, etc.)
É a decisão final de autoridade competente de É a decisão emitida por uma corte internacional
outro país (ex: juiz, rei, rabino, prefeito, etc.) criada por tratado (ex: corte interamericana de
direitos humanos)
Executada pelo Juiz Federal competente Executada pelo Juiz Federal competente
Regra geral (art. 88, CPC): o juiz brasileiro tem competência concorrente ou relativa para julgar os
casos concretos, o que significa que a parte pode escolher ajuizar a ação no Brasil ou no exterior.
Observação: a regra geral permite eleição de foro pelas partes.
Exceção (art. 89, CPC): competência absoluta ou exclusiva. Em duas hipóteses a ação deverá
OBRIGATORIAMENTE ajuizada no Brasil:
a) processo relacionado a bem imóvel situado no Brasil (direitos reais)
b) processo de inventário ou partilha de bens situados no Brasil (versa sobre bens móveis ou
imóveis)
Nas duas hipóteses de competência absoluta ou exclusivamente eventual sentença estrangeira não
será homolaga pelo STJ.
Os elementos de conexão são temas de direito civil que indicam o direito material aplicável ao caso
concreto: a lei brasileira ou a lei estrangeira.
1. Direito de Família, capacidade civil e personalidade jurídica (art. 7º, LINDB): é a lei do
domicílio que será aplicada.
3. Classificação de bens (art. 8º da LINDB): aplica-se a lei do local da situação do bem (onde o
bem se encontra);
5. Sucessões (o "de cujos" deixou bens, mas não fez testamento) (art. 110 da LINDB): aplica-se a
lei do domicílio do falecido.
a) Primária ou originária: são os brasileiros natos. Podem adquirir essa nacionalidade de duas
formas: por local de nascimento "ias solo", e decorrente da consanguinidade "ius sanguínis".
b) Secundária ou adquirida: é adquirida pela naturalização, a pessoa não nasceu no Brasil e nem
consanguinidade. Ela gosta da pátria brasileira e quer se tornar brasileiro naturalizado.
a) Nascidos no Brasil, salvo filhos de pai E mãe estrangeiros (ambos) a serviço de seu país
• ATENÇÃO 1: ambos devem ser estrangeiros, mas apenas um deles a serviço. Não há
necessidade dos dois estarem a serviço. Portanto, quem nasce no território brasileiro de regra é
brasileiro nato, mesmo que de pais estrangeiros. Pouco importa se eles estão no país de forma
• ATENÇÃO 2: Deve haver coincidência entre a nacionalidade do casal e o serviço prestado por
esse ao seu Estado. Assim, caso o país de origem dos pais não seja o mesmo daquele a cujo
serviço se encontram, serão brasileiros os filhos nascidos no Brasil (ex: será brasileiro o filho de
casal italiano que preste no Brasil serviço para a França. Se a prestação do serviço for para a
Itália, o filho não será brasileiro).
• **ATENÇÃO 2: não deixa de ser brasileiro nato, o nascido no estrangeiro, filho de pai OU mãe
que sejam brasileiros naturalizados, estando qualquer deus a serviço do Brasil no exterior.
Porque a CF ao falar de "pai ou mãe" brasileiro, não distingue entre nato e naturalizado. Não é
requisito para estar a serviço do Brasil a qualidade de brasileiro nato.
• *Quase naturalidade - art. 12, parágrafo 1º, CF: há portugueses com residência permanente no
Brasil que queiram continuar com a nacionalidade portuguesa (estrangeiro), e não façam a opção
pela naturalização. Havendo reciprocidade em favor deles será atribuído aos portugueses com
residência permanente no Brasil os mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo os casos que
a CF vedar - Tratado de amizade entre Brasil e Portugal (convenção sobre igualdade de direitos).
Perda da nacionalidade
O brasileiro poderá perder a nacionalidade sob duas formas - art. 12, parágrafo 4º, I, II, CF:
a) tiver cancelada a naturalização por sentença judicial em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional. Nesse caso, a reaquisição apenas se dar por meio de ação rescisória (perdeu de uma
forma judicial, é só poderá ganhar de novo de forma judicial também).
b) a dupla nacionalidade
• Atenção! A dupla nacionalidade não é permitida, salvo quando a nacionalidade que deseja
adquirir for originária (decorrente do "ius solis" ou do "ius sanguis"); ou quando a nacionalidade
que se deseja adquirir for requisito de permanecia ou exercício do direito civil no estrangeiro.
Estrangeiro
O art. 5º da Constituição Federal em relação aos direitos fundamentais no Brasil estabelece que
brasileiros e entrangeiros são iguais perante a lei.
Obs: na deportação quem pratica irregularidade para entrar no país é um terceiro e não o próprio
estrangeiro. Se for este que praticou a irregularidade a medida será a expulsão. Isso não se aplica
para permanência.
Deve ter o devido processo legal. O estrangeiro permanece no país até ser julgado. Se condenado,
envia-se a condenação ao Presidente da República e este decidirá se o estrangeiro será expulso.
ATENÇÃO!!! Essas causas só impedem a expulsa. NÃO podem ser arguidas para exportação,
deportação ou entrega.
O art. 5º, LI, CF, dispõe que o brasileiro nato não poderá ser extraditado, mas o naturalizado em
duas situações:
- Prática de crime de crime comum antes da naturalização;
- Prática de tráfico de drogas a qualquer tempo.
O art. 5, LII, CF, dispõe que ninguém (nato, naturalizado e estrangeiro) será extraditado se praticar:
- Crime político:
- Crime de opinião:
São crimes contra as instituições do Estado. Quem pede a extradição é o Estado que sofreu o crime.
Com isso, a pessoa pode sofrer perseguição. Isso visa proteger a vida, os direitos dessa pessoa.
c) Expressões empregadas:
I. Para fins da presente convenção:
• Tratado: significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e pelo Direito
Internacional, que conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos,
qualquer que seja sua denominação específica;
• Reserva: significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou denominação,
feita por um Eatado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um Tratadoo, ou a ele aderir, com o
objetivo de excluir ou modificar o efeito de certas disposições do Tratado em sua aplicação a
esse Estado;
• Estado contratante: signiica um Estado que consentiu em se obrigar pelo Tratado, tenha ou não o
Tratado entrado em vigor;
• Parte: significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo Tratado e em relação ao qual este
esteja em vigor;
• Organização internacional: