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Aula – 02/03/2021

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

O direito Internacional público, é o conjunto de normas jurídicas que regulam as


relações mútuas dos Estados soberanos e das demais pessoas internacionais.
(Organizações Internacionais).
Fontes do Direito Internacional Público
1) Tratados Internacionais
2) Costume Internacional
3) Princípios gerais do direito
4) Jurisprudência, Doutrina e Equidade
Tratado Internacional
Conceito:
Todo acordo formal concluído entre os sujeitos de Direito Internacional Público
(Estados, Organizações Internacionais e outras coletividades) destinada a produzir
efeitos jurídicos na orbita internacional.
Exemplo da utilização de nomes para Tratados
1) Compromisso arbitral: é o tratado através da qual as partes submetem um
litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou
extrajudicial.
2) Acordo de Sede: Tratado bilateral entre o Estado e uma organização
internacional cujo o objeto é o regime jurídico da instalação física da
organização do território do Estado.
3) Carta: geralmente reservado para uso em Tratados Institucionais. Ex.
Carta da ONU, Carta da OIT, etc.
4) Concordata: reservado para tratados bilaterais em que uma das partes é a
“Santa Sé”, tendo por objeto as relações entre Igreja Católica e um
Estado.
Formalidade:
1) Acordo formal
2) Guarda relação com momento histórico
3) Precisão e contornos bem definidos
Partes ou Atores:
Pessoas jurídicas de Direito Internacional Público:
1) Organizações Internacionais
2) Estado Soberano
3) Santa Sé
Aula – 09/03/2021

Efeitos Jurídicos

O Tratado tem por finalidade produzir efeitos jurídicos entre as partes

Já o (Gentlemen Agreement) é um compromisso moral, não gerando vínculo jurídico


com o Estado.

Classificação dos Tratados

Quanto ao número de partes:

1) Bilateral: duas partes


2) Multilateral: de três a mais partes

Quanto a natureza jurídica do ato:

1) Os tratados normativos ou tratados lei: fixados entre muitos Estados,


normalmente tem por objetivo fixar normas de Direito Internacional
Público. Ex. Convenção de Viena; Criação da OMS, etc.
2) Os tratados contratos: vão regular os interesses recíprocos dos Estados,
podendo ser executados ou executórios.

 Tratado contrato executado: são aqueles que devem ser logo


executados e aplicados tornando-se permanentes. Ex. Permuta de
território.
 Tratado contrato executório: são aqueles que preveem sua
aplicação regularmente.

Validade dos Tratados

O Tratado só será válido quando as partes contratantes possuírem:

 Capacidade:
1) Organizações Internacionais;
2) Estado Soberano;
3) Santa Sé.
 Agente Habilitado:
1) Chefes de Estado: Primeiro Ministro; Presidente; Etc.
2) Plenipotenciários: Terceiros que possuem qualidade de representação
 Amplo: Ministro das Relações Exteriores
 Restrito: Embaixador ou encarregado
3) Delegações nacionais: Chefe da delegação negocia o Tratado, mas não
assina.
 Consentimento mutuo: aprovado por no mínimo 2/3.
 Objeto lícito e possível: não pode ser nada que vá contra a lei. Ex. Tratado de
Genocídio.

Efeitos dos Tratados sobre Terceiros Estados

O Tratado apesar de produzir efeitos jurídicos apenas entre seus contratantes,


podem refletir seus efeitos sobre Estados Terceiros, neste caso, reconhece a Convenção
de Viena que:

1) Se gerar obrigações, o terceiro poderá protestar, assegurar seus direitos e


pedir reparações.
2) Se for apenas prejudicial aos seus interesses, poderá apenas reclamar
diplomaticamente.
3) Quando um Tratado resulta em consequências favoráveis para um Estado
Terceiro, não há que se reclamar.

Ratificação, Adesão e aceitação dos Tratados

1) Ratificação: é o ato administrativo no qual o chefe de Estado confirma


um Tratado firmado em seu nome ou em nome do Estado, declarando
aceito oque foi acordado pelo agente signatário.
 No Brasil, o Tratado deve ser aprovado pelo Congresso
nacional, através de um decreto legislativo, promulgado
pelo Presidente do Senado.
2) Adesão e aceitação: quando um Estado deseja fazer parte de um Tratado
multilateral já vigente.

Registro e Publicação

Por força do Art. 102 da Carta da ONU, todo Tratado Internacional de qualquer
membro deverá ser registrado no secretariado e por este publicado.
Aula – 16/03/2021

Interpretação dos Tratados


Regra no Art 31 da Convenção de Viena de 1969:
O Tratado deve ser interpretado de boa-fé, segundo o sentido comum atribuível
aos termos do Tratado em seu contexto e a luz de seu objeto e finalidade.
No Tratado bilateral redigido em duas línguas, se houver discrepância entre os
seus textos, cada parte será obrigada apenas pelo texto em sua própria língua, salvo
disposição expressa em contrário.

Extinção dos Tratados


Causa de extinção dos Tratados, previstos nos Arts 42 a 72 da Convenção de
Viena de 1969:
a) Por execução integral do Tratado. Ex. Tratado que já atingiu seu
objetivo.
b) Por vontade comum. Ex. Vontade comum entre as partes.
c) Predeterminação ab-rogatória (condição resolutiva de cunho temporal)
Ex. Prazo de vigência de um Tratado predefinido.
d) Decisão ab-rogatória superveniente: No Tratado bilateral, poderão as
partes desfaze-lo ainda que interrompa o curso de um prazo certo de
vigência. Ex. Mesmo que ainda existe um prazo para finalização, as
partes em comum acordo podem dar fim ao Tratado.
e) Vontade unilateral ou denuncia: Feito por escrito (notificação, carta ou
outro instrumento) onde um governo informa que não deseja mais ser
parte no Tratado.
f) Quando as partes se reduzem a ponto de não igualar ao número mínimo
de Estados para garantir a vigência do mesmo. A menos que o Tratado
disponha o contrário. Ex. Tratado sobre as fronteiras de 04 (quatro)
Nações, e 02 (duas) ou mais saem do Tratado.
g) Em virtude da violação do mesmo, pela impossibilidade superveniente
de cumprimento ou mudança fundamental de circunstância.
h) Se sobrevier uma norma imperativa de Direito Internacional Geral
(normas cogentes – que obrigam a todos). Ex. Qualquer Tratado
existente que estiver em conflito com essa norma, torna-se nulo e
extingue-se – Art. 64 da Convenção de Viena de 1969.
Costume Internacional
É a prática reiterada de certas condutas na convivência entre os Estados.
Conforme o Estatuto da Corte de Haia, a norma jurídica costumeira resulta de
uma prática geral aceita como sendo direito.
Aula – 23/03/2021

Elementos do Costume Internacional


Elemento Material: É a prática, a repetição, algo que sempre foi feito igual.
Elemento Subjetivo: “Opinio Juris”, a convicção de que nós estamos fazendo
aquilo porque é justo e correto.

Prova do Costume
Pode-se encontrar a prova desse Costume na jurisprudência internacional dentro
de Tratados e nos trabalhos preparatórios destes trabalhos.

Hierarquia dos Costumes e Tratados


Não há uma hierarquia entre os Costumes e Tratados, nenhum é mais importante
que o outro.

Fundamento de validade dos Costumes


É o consentimento. Pode ser expresso ou silencioso.

Princípios
Art. 38, inciso III da Corte de Haia - Os princípios gerais de Direito são aqueles
reconhecidos pelas Nações civilizadas.
São grandes princípios gerais do Direito Internacional Público.
a) Princípio da não agressão
b) Princípio da solução pacífica dos litígios entre os Estados.
c) Princípio da autodeterminação dos povos.
d) Princípio da coexistência pacífica
e) Princípio do desarmamento
f) Princípio da proibição da propaganda de guerra
g) Respeito aos Direitos adquiridos
h) Justa indenização por nacionalização de bens.
A validade dos princípios decorre do consentimento dos Estados.

Jurisprudência e Doutrina
Jurisprudência: Decisões jurídicas dos Tribunais.
Doutrina: Teses jurídicas.
Analogia e Equidade
Analogia é fazer valer uma situação fática a norma jurídica criada para ser
aplicada a uma situação semelhante, caso não exista um regramento sobre o caso.
Equidade é quando o Direito aplicado a um caso pode ser atribuído a um outro,
dependendo da concordância expressa das partes.

ESTADO
O Estado é constituído por três elemento:
1) Território delimitado
2) Comunidade Humana estabelecida nessa área
3) Um poder soberano
Formas atuais de aquisição de território
a) Aquisição ou perda de território mediante a cessão onerosa (compra e
venda, permuta). Ex. Aquisição do Acre pelo Brasil; Aquisição do
Alaska e do Texas pelo EUA, Etc.
b) Aquisição mediante cessão gratuita. Ex. Tratados de paz.

Aula – 30/03/2021

Delimitação territorial

As linhas limites podem ser:

a) Artificiais: linhas geodésicas. (linha reta). Ex. Divisa dos EUA e Canadá.
b) Naturais: rios e cordilheiras. No caso de montanhas podemos ter sua
fixação pela base ou pela cumeeira. Ex. Divisa entre Argentina e Chile.
No caso do Rio, temos dois sistemas:

b.1) Linha da equidistância das margens. Ponto central da largura do rio.


Ex. Divisa de Brasil e Bolívia.

b.2) Linha do Talvegue: é na maior profundidade, ou seja, a estria mais


profunda do leito do rio. Ex. Brasil e Argentina (Rio Uruguai e Rio
Iguaçu).
Imunidade a jurisdição Estatal

Temos duas convenções:

 Convenção de Viena sobre relações diplomáticas de 1961.


 Convenção de Viena sobre relações consulares de 1963.

Dimensão pessoal do Estado – comunidade nacional

Conjunto de indivíduos daqueles Estados incluindo os que ficaram no exterior.

 Jurisdição Pessoal: jurisdição sobre o indivíduo, inclusive os que estão


fora do país.
 Jurisdição Territorial: jurisdição sobre os indivíduos que moram no
Estado, bem como os estrangeiros que estiverem dentro do território.

Nacionalidade

É o vínculo político entre o Estado soberano e o indivíduo, que faz deste um


membro da comunidade constitutiva da dimensão pessoal do Estado.

Tipos de nacionalidade:

 Jus Sanguinis: pelo laço de sangue dos pais.


 Jus Soli: No território em que nasce.

Nacionalidade em Direito Internacional

Princípios Gerais

1) O Estado soberano deve obrigatoriamente, estabelecer distinção entre


seus nacionais e os estrangeiros, ou seja, deve definir e seguir uma
dimensão pessoal.
2) O Estado não pode arbitrariamente privar um indivíduo de sua
nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
3) Princípio da efetividade: o vínculo patrial não deve ser fixado em
formalidade ou artifícios, mas sim, na existência de laços sociais entre o
Estado e o indivíduo.
4) Proibição do banimento: nem Estado pode expulsar um súdito seu com
destino a um território estrangeiro ou espaço comum.

Tratados multilaterais

Temos tratados multilaterais que procuram reduzir o problema da apatria e


polipatria, entre eles:

 Convenção de Haia (1930): que determinava Estados onde a lei subtraia


a nacionalidade a mulher em razão do casamento com um estrangeiro,
que se certifiquem a aquisição por aquela nacionalidade do marido,
evitando a perda não compensada, ou seja, a apatria.

Aula – 06/04/2021

Continuação

 Convenção de Nova York (1957): tem por objetivo imunizar a esposa


contra todo efeito automático do casamento, do divórcio ou das
alterações da nacionalidade do marido na constância do vínculo
enquanto casamento.
 Declaração Universal dos Direitos Humanos – Art 15º: Todo ser
humano tem direito a uma nacionalidade.
 Convenção Americana sobre os Direitos Humanos (1969) – também
conhecida também como Carta de São José da Costa Rica: toda pessoa
tem direito a nacionalidade do Estado, cujo o território estiver nascido,
sem não tiver direito a outra.

Brasileiros natos
No Art. 12º, inciso I, alínea “a” da Constituição Federal diz que são
considerados brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (mesmo que
apenas um deles esteja a serviço). Ex. Dois chilenos que estiverem no brasil, o filho será
considerado brasileiro, mas, caso sejam dois chilenos a serviço (embaixadores, etc),
neste caso o filho não será considerado brasileiro.

Também adotamos o “jus sanguinis” no Art. 12, inciso I, alínea “b” da


Constituição Federal diz que são considerados brasileiros natos os nascidos no
estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
da República Federativa do Brasil. Ex. Qualquer brasileira que esteja fora do país, mas a
serviço do Brasil.

No Art. 12º, inciso I, alínea “c” da Constituição Federal diz que são
considerados brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Ex. Um ou dois brasileiros que não
estejam a serviço do Brasil, podem estar apenas a passeio ou trabalho privado fora do
país.

Brasileiros naturalizados

No Art. 12º, inciso II da Constituição Federal, favorece a naturalização aos


originários dos países de língua portuguesa, aos quais se exige o prazo de residência no
Brasil apenas um ano ininterrupto e idoneidade moral. Prevê também a naturalização de
estrangeiros que se fixarem no brasil a mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação
penal.

No art. 12, inciso II, parágrafo § 3º diz: São privativos de brasileiro nato os
cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;


V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Perda na nacionalidade brasileira:

No art. 12, inciso II, parágrafo § 4º diz: Será declarada a perda da nacionalidade
do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de


atividade nociva ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:     

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;   


b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis;  

O Presidente da República declara a perda da nacionalidade do indivíduo.

Admissão de Estrangeiros

Nenhum Estado soberano é obrigado a admitir estrangeiro.

 Convenção de Havana de 1928: os Estados podem disciplinar por lei as


condições de entrara e residência de estrangeiros.
 Convenção de Asilo diplomático de 1954: todos os Estados tem direito
de conceder asilo, mas não são obrigados a conceder, e nem dar
explicação, porque nega.

No Brasil, a Lei 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro: regula os institutos de


admissão de entrada de estrangeiro no território brasileiro, regula todos os tipos de visto
a transformação deles, a prorrogação do de prazo de estada, a condição do asilado no
Brasil, o registro de estrangeiro, sua saído e seu retorno em território nacional, sua
documentação para viagem, a deportação, a expulsão, a extradição, os direitos e deveres
do estrangeiro e a naturalização.

Atual Legislação brasileira de imigração inspirasse:

a) Atendimento a segurança nacional


b) Organização Institucional
c) Interesses políticos, socioeconômicos e culturais do Brasil
d) Defesa do trabalhador nacional

É proibido conceder visto ao estrangeiro (Art 7º do estatuto):

a) Menor de 18 anos, desacompanhado de responsável legal ou sem


sua autorização expressa
b) Considerados nocivos a ordem pública ou aos interesses nacionais
c) Pessoa anteriormente expulsa pelo país
d) Aquele condenado ou processado em outro país por crime doloso
e) Aquele passível de extradição segundo a lei brasileira
f) Que não satisfaça as condições de saúde estabelecidas pelo
Ministério da Saúde.

Aula – 13/04/2021

Continuação

Visto de Entrada
Decreto 82.307/78 – Reciprocidade: o estrangeiro antes de sair do país de
origem, ele precisa de um visto para entrar no Brasil. Dependendo do tratamento que o
brasileiro tiver para entrar naquele país, seu cidadão terá o tratamento igual quando
quiser entrar em solo Brasileiro.
Tipos de Visto de entrada:
a) Visto de Trânsito: concedido ao estrangeiro, que para chegar a um país
de destino, precisa entrar em nosso território. No Brasil é válido para
uma estada de até 10 dias, improrrogável em uma só estada. Obs.: não é
exigido Visto de trânsito para estrangeiros em viagem contínua que só se
interrompa para as escalas obrigatórias no meio de transporte utilizado
(Art 8º do Estatuto do Estrangeiro).
b) Visto de Turista: concedido ao estrangeiro por um período determinado
para fins recreativos sem finalidade migratória, de trabalho e de estudos.
(Art 8º do Estatuto do Estrangeiro). Obs.: O Visto de Turista de 90
(noventa) dias, podendo ser reduzido a qualquer momento pelo
Ministério da Justiça.
c) Visto Temporário: concedido ao estrangeiro que pretende permanecer no
país por período e finalidade pré-determinada, podendo ser:
 Viagem cultural ou missão de estudos
 Viagem de negócios
 Artistas ou desportistas
 Para estudos na condição de estudante
 Na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de
outra categoria por contrato ou a serviço do governo
Prazo de 90 (noventa) dias ou pela duração da missão do contrato ou
da prestação de serviços, e no caso de estudantes, de até 01 (um) ano
podendo ser prorrogado pela prova do aproveitamento escolar e da
matrícula.
d) Visto Permanente: é aquele concedido ao estrangeiro que pretenda morar,
se fixara definitivamente no país. O Visto permanente poderá ser
concedido nos seguintes casos:
 Chefes de empresas, tendo contrato de trabalho aprovado pela
coordenação geral de imigração do Ministério do Trabalho.
 Estrangeiro que representará uma instituição financeira ou
equivalente, acentuada no brasil após autorização da coordenação
geral de imigração do Ministério do Trabalho.
 Investidores apresentando prova de investimento no Brasil,
antecipadamente aprovados pelo Ministério do Trabalho, em
valor de pelo menos R$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares), e
aprovação da coordenação geral de imigração.
 Estrangeiro para exercer a função de Diretor de instituições sem
fins lucrativos, com ou sem remuneração no Brasil.
 Esposo ou Esposa de cidadão brasileiro residente no país ou de
estrangeiros com Visto Permanente.
 Filhos ou filhas de estrangeiros titular de Visto Permanente no
Brasil, desde que sejam menores de 21 anos.
 Ascendentes de cidadãos brasileiros ou de estrangeiros com Visto
Permanente, desde que esses comprovem dependência financeira.
 Irmãos, netos, etc, se órfãos, solteiros ou menores de 21 anos,
buscando dependência financeira.
 Aposentado estrangeiro, comprovando transferência da
aposentadoria de no mínimo R$ 2.000,00 (dois mil reais) por mês
e por pessoa, podendo ser acompanhado por até 02 (dois)
membros de sua família.
 Companheiro de cidadão brasileiro em união estável a mais de 05
(cinco) anos com a pessoa.
Observação:
Pedido de Visto Permanente de pais estrangeiros, de menor brasileiro,
deve ser solicitado na Polícia Federal local.
Já o visto de União Estável é solicitado na coordenação geral de
imigração.
Imigração Dirigida
É a concessão de Visto Permanente condicionado em alguns casos para que
durante o prazo de 05 (cinco) anos, o estrangeiro exerça uma atividade específica ou se
fixe em determinada região.
Visto Diplomático
É concedido a autoridades e funcionários estrangeiros e de organizações
internacionais que possuam Status Diplomático e que se encontre em missão oficial no
brasil.
Visto oficial
É concedido para autoridade e funcionários estrangeiros e de organizações
internacionais que estejam no Brasil em viagem oficial de caráter transitória ou
permanente.

Aula – 27/04/2021

Visto em Cortesia
Concedido para autoridade ou personalidade estrangeira em viagem não oficial.
Também pode ser concedido para dependentes maiores de 18 anos e serviçais (a serviço
do funcionário diplomático)

Direito dos Estrangeiros


1) Exceções ao direito do Trabalho, Art. 5º da CF/88.
2) Não possui direitos políticos (não pode votar nem ser votado)
3) Não podem prestar concurso público
4) Não podem abrir ações populares
5) O único estrangeiro que pode votar são os portugueses (em alguns casos,
Art. 14º § 2º CF/88)
Exclusão do Estrangeiro
Por iniciativa local (deportação e expulsão) ou através da solicitação de outro
Estado (extradição).
Deportação: forma de exclusão de um estrangeiro do território nacional, que
aqui se encontra após uma entrada irregular ou cuja a estada tenha se tornado regular.
Ex. Quando o visto expira, a estadia torna-se irregular (competência da Polícia Federal).
Expulsão: é quando tira-se do nosso território o estrangeiro residente condenado
por crime ou por comportamento nocivo aos interesses do Brasil, sendo feito através de
um inquérito pelo Ministério da Justiça, durante esse inquérito é concedido o direito de
defesa e cabe ao Presidente da Republica decidir sobre a expulsão por meio de um
decreto.
Proibida a expulsão nos seguintes casos (Lei 6.815/80):
 Quando o estrangeiro tiver cônjuge brasileiro por no mínimo 5
anos antes do fato motivador da expulsão.
 Quanto tiver filho brasileiro sob sua guarda e sob sua
dependência financeira. (Adoção de filho, reconhecimento de
paternidade/maternidade; abandono do filho ou término do
casamento após o fato, ele poderá ser expulso).
Poderá retornar ao país, se sair um novo decreto Presidencial, revogando
o anterior (onde foi pedido a expulsão).
Extradição: é quando um País solicita entrega de um cidadão, para que ele
responda o processo penal em seu território. (não sendo necessário que ele seja
natural deste País que solicitou sua extradição, basta que ele tenha um processo
penal neste País).
Condições para Extradição:
1) O crime precisa ser comum e não político.
2) O crime tem que ser de direito comum (o crime no País que
solicita a extradição, precisa ser crime também aqui dentro deste
território)
3) O crime precisa ser de certa gravidade (ou seja, com pena
privativa de liberdade de pelo menos 1 ano)
4) Crime sujeito a jurisdição do requerente e estranha a jurisdição
brasileira, ou seja, crime cometido dentro do País requerente e
não aqui dentro do território (se aqui for cometido, ele precisará
cumprir pena também aqui, antes de ser extraditado)
5) Punibilidade não extinta pelo tempo em nenhum dos dois países
(quando o crime não prescrever em nenhum dos dois países).
6) Não se extradita se lá fora tivermos um tribunal ou juízo de
exceção (juízo montado não de acordo com as leis do país,
montado apenas para punir aquela pessoa).
Quando o STF indefere o pedido de extradição, o individuo é libertado do
cárcere privado. O executivo comunica o desfecho ao Estado requerente.
Quando o STF defere o pedido de extradição, caberá ao executivo efetiva-la.
Mas o Estado requerido pode e deve exigir alguns compromissos ao Estado
requerente, sendo eles:
1) Que o País requerente não irá punir a pessoa por outros fatos que não
estavam no pedido de extradição. Princípio da especialidade da
extradição.
2) O País requerente deve descontar da pena o período em que ele ficou
preso no País requerido.
3) Para o caso do País requerente que contenha em sua Constituição a pena
de morte, é solicitado pelo País requerido que a pena passe a ser privativa
de liberdade apenas.
4) Que o País requerente não poderá extraditar o individuo para um outro
Estado sem a prévia autorização do País requerido.
5) Qualquer motivação política não será utilizada para agravar a pena do
extraditando.
Caso o País requerente não aceite as condições importas pelo País requerido, o
STF irá indeferir o pedido.
Caso o País requerente concorde com os compromissos impostos pelo País
requerido, o governo colocará o extraditado a disposição do País requerente e
esse País terá 60 (sessenta) dias (salvo se existir um tratado entre os dois Países,
que diga o contrário), para retirá-lo do País requerido. As custas são pagas pelo
Estado requerente. Após esse prazo, caso o Estado requerente não venha buscar
o extraditado, o País requerido poderá solta-lo.
Soberania
É atributo do Estado que impõe sanções sobre os domínios subordinados a ele.
O reconhecimento de um novo País pode ser:
1) de júri (quando ele está definitivo e completo);
2) de fato (quando é provisório ou limitado);
3) individual (quando o reconhecimento emana de um só Estado);
4) coletivo (quando o reconhecimento emana de vários Estados).
O reconhecimento pode ser:
 Tácito: Decorre de algum ato que acabe tornando aparente o tratamento
desse novo Estado como membro de uma comunidade internacional. Ex.
Estabelecer relações diplomáticas com outro Estado.
 Expresso: Por decreto, tratado, ou qualquer documento que se reconheça
o Estado.
O reconhecimento na ONU passa pela aprovação dos 05 (cinco) membros do
conselho de segurança (EUA, Inglaterra, França, Rússia e China) e depois irá
para assembleia
Reconhecimento de Governo
Não significa que estou reconhecendo sua legitimidade, significa apenas
que este possui de fato o poder de dirigir o Estado ou de representa-lo. Esse
reconhecimento pode ser:
1) Expresso (por meio de nota diplomática, etc.)
2) Tácito (atos que reconheçam o governo)
3) De júri (quando ele está definitivo e completo);
4) De fato (quando é provisório ou limitado);
O Brasil adota o Principio das Situações de Fato para reconhecer o novo
governo, com as seguintes situações:
1) exige a existência real de um governo aceito e obedecido por um
povo.
2) Estabilidade deste governo.
3) Aceitação por parte deste governo da responsabilidade pelas
obrigações internacionais desse Estado.
Tendo reunido estes 03 (três) elementos, o Brasil reconhecerá o novo
Governo. Caso esteja ausente algum dos elementos, o Brasil não
reconhecerá o novo Governo.
Organizações Internacionais
Trata-se de uma sociedade entre Estados, constituída através de um tratado com
a finalidade de buscar interesses comuns através de uma permanente cooperação entre
seus membros.
Dois órgãos são obrigatórios
1) Assembleia Geral é obrigatório e indispensável, não é permanente, em
geral se reúne uma vez por ano de forma ordinária e ela pode ser unidade
extraordinariamente a qualquer momento sempre que uma determinada
situação exija a reunião dessa assembleia.
2) Secretaria que é o órgão de Administração, onde possui servidores
neutros em relação à política (não estão lá para representar nenhum
Estado específico).
3) Conselho Permanente encontrado em organizações com vocação política
(órgão montado de funcionamento ininterrupto para uma situação de
urgência).
Classificação das organizações internacionais:
A. De natureza política: são aquelas organizações que cuidam de situações
vitais dos Estados membros, como Soberania, Interdependência
Nacional, e tem um caráter político diplomático nas suas atividades. Ex.
Conselho de Segurança da ONU.
B. Cooperação técnica: especializadas sobre algum fato, cuidando de
problemas que só podem ser enfrentados com ação coletiva
internacional. Ex. Pandemias através da OMS; OIT, etc.

Aula – 04/05/2021

Classificação das organizações internacionais pelo tipo de função:


a) Organizações que se esforçam para aproximar posições dos Estados
membros, por meio de diplomacia. Ex. Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
b) Aquelas que se esforçam para adotar normas comuns de comportamento
de seus membros nas áreas de Direitos Humanos, questões trabalhistas,
saúde, etc. Ex. OIT, OMS, etc.
c) Organizações vinculadas a uma ação operacional de urgência no caso de
crises nacionais ou internacionais por catástrofes naturais, conflitos
internacionais, guerras civis, etc. Ex. OIPC (Organização Onternacional
de Proteção Civil), AIAOGDPC (Associação Ibero Americana de
Organismos Governamentais de Defesa e Proteção Civil).
d) Organizações de gestão que prestam serviços aos Estados membros no
campo da cooperação financeira e desenvolvimento. Ex. BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento), BIRD (Banco Internacional para a
Reconstrução e Desenvolvimento), FMI (Fundo Monetário Internacinal).

Quanto ao poder decisório:

a) Unanimidade e consenso: Somente em caso de votação unanime.


b) Unanimidade limitada: Ausência de um dos membros não impede que se
determine um resultado unanime, mas limitado. Ex. Conselho de
Segurança da ONU.
c) Unanimidade fracionada: Somente será aplicada aos países membros que
votaram a favor, os demais, que votaram contra, não participam da
matéria.
d) Unanimidade formal ou consenso: Ausência de qualquer objeção
expressa.
e) Maioria:
1) Quantitativo: Significa que cada Estado tem direito a um voto,
pelo número de Estados, ganha a maioria.
2) Qualitativa: Votos ponderados, os membros são diferenciados de
acordo com critérios estabelecidos pela organização.
3) Misto: Quando precisa de dupla maioria, a quantitativa e a
qualitativa, Ex. Conselho de Segurança da ONU, ou seja, 2/3 dos
votos e obrigatoriamente todos os votos dos 05 (cinco) membros
permanentes.

Admissão de novos membros:

1) Limite de abertura da carta aos Estados não membros: limitem que


contém o justo e acertado para que um País esteja apto a entrar neste
Tratado. Ex. União Europeia, não poderá aceitar um País de outro
continente.
2) Adesão a carta: o Estado que tem interesse de ingressar, precisa
manifestar a sua adesão a esse Tratado.
3) Aceitação da adesão pelos Estados membros: Apesar do interesse, os
Estados membros precisam aprovar.
4) Retirada:
 Pode ser voluntária, desde que, se faça um aviso prévio a
Organização.
 Atualização das contas: comprovar que está em dia com as
obrigações financeiras. Regularizar a situação financeira para
pedir a retirada.

Aula – 11/05/2021

Direito de Integração

É a criação de um bloco Regional de Países próximos.

Fases da integração:

a) Zona de livre comércio: redução dos encargos, equalizando o regime


tributário dos Estados membros para que seus produtos possam circular
sem gravames.

b) União aduaneira: mantem-se a zona de livre comércio e o bloco passa a


negociar com países de fora do bloco. Ex. Mercosul

c) Mercado comum: 05 (cinco) liberdades básicas:

1) Livre circulação de bens.


2) Livre circulação de pessoas.

3) Livre prestação de serviços.

4) Liberdade de capitais. (liberdade de circulação de dinheiro)

5) Liberdade de concorrência.

d) União econômica e monetária: é quando se agrega ao mercado comum,


toda coordenação dos setores da economia, como moeda comum contábil
ou escritural, estratégia cambial unificada e o aperfeiçoamento das
instituições comuns. Ex. União Europeia.

e) União política: sistema ainda não existe na atualidade, mas seria o


próximo passo da União Europeia, em busca de uma unificação política
do bloco.

Domínio Público Internacional

Domínio fluvial: domínio dos cursos de água, quando cortam o território de 02


(dois) ou mais Estados, podendo ser:

 Contíguos: os que correm entre os territórios de 02 (dois) ou mais


Estados, dividindo os países. Na prática Internacional, há liberdade plena
de navegação e caso queira usar para outros fins, precisa ser feito um
Tratado sobre o tema. Ex. Rio Iguaçu, entre Brasil e Paraguai.

 Sucessivos: aquele que atravessa 02 (dois) ou mais Estados. Ex. Rio


Amazonas.

Domínio marítimo: cuida das águas internas, mar territorial, e a zona contígua
entre o mar territorial e o alto mar.

São direitos do Estado ribeirinho:

1) Direito exclusivo de pesca

2) Exploração e extração de seu leito e subsolo

3) Direito de cabotagem (navegação junto a costa) e de polícia, incluindo a


faculdade de estabelecer regulamentos sobre sinais, manobras,
instalações de boias, serviço de pilotagem e a jurisdição civil e penal.
 Submarinos devem navegar na superfície e arvorar o respectivo pavilhão
(bandeira com a identificação do país).

 Navios de guerra são isentos da jurisdição local desde que concordem com as
regras do Estado.

 Hot Pursuit (perseguição quente) é o direito de um Estado ribeirinho de


perseguir um navio estrangeiro que esteja violando as leis e as regras daquele
Estado, dentro de suas águas territoriais. Desde o mar territorial do Estado até o
alto mar, só vai sessar o direito a perseguição quando ele entrar em mar
territorial de um terceiro, ou em seu próprio Estado.

 A largura do mar territorial brasileiro é de 12 milhas marítimas, conforme lei nº


8.617/93.

Estreitos e canais

É a forma de comunicação entre dois mares ou dois oceanos.

Os estreitos são formações naturais. Ex. Estreito de Bering entre a América no


norte da Ásia.

Canais são formações artificiais feitas pelo homem. Ex. Canal de Suez no Egito.

 Solo marítimo: é a planície submarina. No brasil temos 02 (dois) decretos,


28.840/50 e 63.164/69, declarando que a plataforma submarina corresponde ao
território brasileiro.

 Alto mar: não pertence a nenhum Estado, é comum para uso comunitário, desde
que para fins pacíficos.

Domínio Aéreo

É quando vai do solo até a atmosfera, e, acima da atmosfera o domínio é


comum.

A convenção de Chicago de 1944 consagra 05 (cinco) liberdades do ar, sendo


elas:

1) Direito se sobrevoo: Passagem por dentro do território, sem parar.


2) Direito de escala técnica para reparações

3) Direito de embarcar no território do Estado contratante, mercadorias,


passageiros e correio, com destino ao Estado de que a aeronave é
nacional.

4) Direito de desembarcar no território do Estado contratante, mercadorias,


passageiros e correio, com destino ao Estado de que a aeronave é
nacional.

5) Direito de embarcar passageiros, mercadorias, correios com destino ao


território de qualquer país contratante.

Direito Internacional Privado

Conceito:

Estuda os sujeitos do Direito ao cuidar da nacionalidade e da condição jurídica


do estrangeiro, o exercício do Direito, ao tratar dos conflitos de lei e sansão dos Direitos
ao versar sobre conflitos de jurisdições.

Cabe ao Direito Internacional Privado, orientar sobre a escolha a ser feita entre
as duas normas concorrentes.

Conflitos interespaciais

Uma lei tem o âmbito de validez temporal (sua vigência) e um âmbito de validez
espacial (o território do Estado).

Ocorre, porém, casos de interferência de estrangeiros sobre relações jurídicas


surgidas em território nacional ou no exterior.

Extraterritorialidade da lei

É a aplicação de uma lei de determinado Estado, no âmbito da jurisdição de


outro Estado.

Dois princípios para a aplicação de leis concorrentes:


a) Princípio da personalidade ou princípio da extraterritorialidade: afirma
que o interessado pode invocar a lei de seu País onde quer que se
encontre.

b) Princípio da territorialidade: afirma que se deve aplicar a todas as


pessoas e coisas situadas no território de um País, o direito desse País.

 O Direito Internacional Privado moderno adota o princípio da territorialidade


moderada, que exclui do princípio da lei territorial:

 O Estado e a capacidade das pessoas

 O Direito de família e de sucessões que ficam regidos pela lei pessoal.

Aula – 18/05/2021

Regras de Conexão

São as normas instituídas pelo Direito Internacional Privado que indicam o


direito aplicável as diversas situações jurídicas conectadas a mais de um sistema legal.

A conexão é a ligação entre uma situação fática e a norma que será aplicada.

O processo de localização leva em consideração um de 03 (três) aspectos:

 O sujeito, o objeto ou o ato jurídico.

Estatuto pessoal da pessoa física

Estado da pessoa é o conjunto de atributos constitutivos de sua individualidade


jurídica, como o nascimento, a filiação, o nome, casamento, pátrio poder, divórcio,
morte, etc.

Capacidade é a aptidão da pessoa individual de exercer direitos e contrair


obrigações.
Para determinar a lei aplicável ao estatuto pessoal temos 03 (três) critérios:

1) Territorialidade: é o regime de direito internacional privado que


determina a aplicação irrestrita da lei local (lei do foro), sem levar em
consideração a nacionalidade ou domicilio da pessoa.
2) Nacionalidade: é o regime que determina que deve ser aplicado a pessoa
a lei de sua nacionalidade.
3) Domicilio: é o regime da lei a ser aplicada ao estatuto pessoal é a lei de
domicilio da pessoa.

No Brasil, sobre o estatuto pessoal é aplicável a lei de domicilio, nos termos dos
Arts. 7º, 8º, § 1º, 2º, 10º e 12º da LICC (Lei de Introdução ao Código Civil).

Exceção: será aplicada ao estatuto pessoal a lei da nacionalidade da pessoa


quanto a capacidade de um indivíduo comprometer-se por letra de cambio,
cheque ou nota promissória.

Estatuto pessoal da pessoa jurídica

Ordenamento jurídico para determinar qual a regra aplicável ao estatuto pessoal


da pessoa jurídica.

Teoria da incorporação: aplica-se a lei do lugar da constituição da pessoa


jurídica.

Teoria da sede social: aplica-se a lei do lugar da sede efetiva da pessoa jurídica.

No Brasil, adotou-se a Teoria da Incorporação. Art. 11º Caput da LICC.

Autonomia da vontade

Quando a própria lei estabelecer limites a autonomia da vontade, teremos uma


limitação, assim se for escolhido um direito que não respeite tal limite, a escolha será
juridicamente ineficaz (não será aplicado).

Ordem Pública
Fica a critério do Juiz decidir se uma lei estrangeira afronta com as regras sociais
do País. Em caso positivo, será aplicada a lei do local. (Art. 17º da LICC)

Fraude a Lei

Quando a agente artificialmente altera o elemento de conexão que indicaria a lei


aplicada.

Competência Internacional da Justiça brasileira

É regulada pelos Arts. 88 e 89 do CPC e o Art. 12º da LICC (é aquele que prevê
a competência do domicilio do réu).

Homologação de Sentença Estrangeira no Direito brasileiro

A homologação é mecanismo pelo qual se confirma e reconhece que a decisão é


estrangeira, outorgando a esta os requisitos para sua recepção pelo nosso ordenamento
jurídico.

De acordo com a emenda constitucional nº 45/04, a competência para homologar


sentenças estrangeiras e determinar a execução em cartas rogatórias (pedido que a
justiça de um país faz a justiça de outro país), é do STJ.

Apreciação pelo STJ

O STJ analisará a decisão estrangeira verificando se ela está apta a ser executada
em território nacional. O STJ ao homologar uma sentença estrangeira não analisará o
mérito da decisão, ele exercerá apenas o juízo de deliberação, ou seja, a homologação
da sentença estrangeira.

São requisitos para homologação: Art. 15º da LICC

1) Proferida por juiz competente.


2) Partes citadas ou revés com citação válida.
3) Transitada em julgado com formalidades necessárias para execução no
lugar em que foi proferida.
4) Traduzida por intérprete autorizado.
5) Ele ficam homologado pelo STJ.

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