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Princípio da Isonomia
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, II da CF).
Pelo princípio da isonomia, deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente
os desiguais na medida de suas desigualdades.
Enquanto o art. 5º da CF determina a igualdade de modo genérico, o art. 150, II
da CF, explora-a de modo específico, no campo do direito tributário.
A concessão de isenção, dispensa legal do dever de pagar tributo, ou
tratamento diferenciado para algumas atividades, não viola o princípio da
Princípio da Irretroatividade
Princípio da Anterioridade
- IPI
- casos de redução e restabelecimento das Alíquotas da CIDE Combustível e do
ICMS Combustível (155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” da CF.
Importante: o art. 150, III, “b” e “c” que se refere aos princípios da anterioridade
do exercício e nonagesimal, só se aplicam no caso de instituição ou majoração de
tributo. A mudança da data do prazo de pagamento do tributo não está sujeita aos
princípios da anterioridade.
Súmula 669 do STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Os Princípios da Anterioridade e a Medida Provisória
Para o STF, o princípio da anterioridade nonagesimal é observado, via de
regra, no momento em que a medida provisória é editada. Conta-se 90 dias apenas da
data da conversão da medida provisória em lei, quando houver modificação substancial no
texto.
Princípio do não-confisco
O STF, ao julgar a ADI 551, compreendeu que as multas tributárias também estão
sujeitas ao princípio do não confisco. E, ao julgar o RE 838.302, entendeu que será
considera multa com efeito confiscatório aquela que ultrapassar a 100% do valor da
obrigação principal.
A União não pode conceder isenção para tributos que não estejam em sua
competência tributária.
A União não pode conceder isenções de tributos estaduais ou municipais, sob
pena de violar o princípio do pacto federativo.
Assim, só pode conceder isenção de determinado tributo o Ente Federativo que
tem competência para a sua instituição.
Quando um Ente Federativo diferente daquele que detém a competência para
instituir o tributo concede a isenção, tem-se a isenção heterônoma.
Será heterônoma, por exemplo, a concessão de isenção do ITBI pela União, vez
que esse imposto é de competência dos Municípios.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Empréstimo Compulsório
Art. 148, da CF;
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art.. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Competência da União, instituída só mediante lei complementar, pressupõe devolução e não pode ter
qualquer parcela de sua arrecadação desvinculada da lei de criação. Pode ser de duas espécies:
-Normal - investimento público de caráter urgente. Mesmo que urgente respeita a anterioridade!
Respeita a anterioridade de exercício e os 90 dias.
Contribuição de Melhoria
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito
de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para
cada imóvel beneficiado.
Pode ser instituída por qualquer ente da federação, mediante lei ordinária. Segue a anterioridade e tem
como requisitos obra pública da qual decorra valorização imobiliária para cada bem. Ex: afasto público.
O lançamento (cobrança) é de ofício. Respeita o limite global, valor gasto com a obra, e o limite
individual, o quanto valorizou o bem. Se houve desvalorização não se paga nada.
Taxas
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos
que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.
Podem ser instituídas por qualquer ente da federação mediante lei ordinária.
A CF indica quais são as espécies, porém, o art.. 77 do CTN é que traz quais as espécies de taxas.
Sejam elas:
-Pela utilização (efetiva OU potencial) de serviços públicos específicos E divisíveis prestados pelo
sujeito passivo (ou postos a sua disposição)
Especificidade porque o serviço é prestado em caráter individual, sendo possível identificar quem é o
interessado e o custo em relação àquela pessoa especifica.
Quanto à potencialidade da utilização de serviços públicos, para fins de exigência de taxa:
Art.. 145, §2 CF, As taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.
Contribuições Sociais
As contribuições sociais serão criadas, via de regra, por lei ordinária, salvo a contribuição social
residual, que nos termos do art. 195, § 4º da CF será criada por lei complementar.
A destinação do produto da arrecadação da CIDE-Combustível, nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei nº
10.336/2001 será para: i) pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás
natural e seus derivados e de derivados de petróleo; ii) financiamento de projetos ambientais
relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e iii) financiamento de programas de infra-estrutura
de transportes.
A CIDE - combustível pode ter as alíquotas reduzidas e restabelecidas por meio de decreto do Poder
Executivo, conforme dispõe o art. 177, § 4º da CF e não precisam respeitar o Princípio da
Anterioridade do Exercício, apenas a anterioridade nonagesimal.
Ademais, mencionado no tópico final das contribuições sociais, a CIDE também não incidirá sobre
exportação, porém poderá incidir sobre importação, conforme se verifica do art. 149, § 2º, I e II da CF.
Ademais, pode ter 20% do valor arrecadado desvinculado para outra finalidade que a União entender
importante, nos termos do art. 76 da ADCT.
Tratam-se das contribuições cobradas por instituições descentralizadas que fiscalizam o exercício de
determinadas profissões e atividades, além de representarem, coletiva ou individualmente, os interesses
dos respectivos profissionais. Em razão das atividades de fiscalização de profissão serem atividades de
interesse público, as contribuições exigidas por essas instituições, como: CREA, CRO, CRM e etc.,
apresentam natureza tributária, portanto, de pagamento obrigatório.
Destaca-se que a contribuição paga para a OAB não tem natureza tributária. Segundo o entendimento
do STF (RE 612015), é uma entidade de personalidade suis generis, pois a OAB foi criada para visar
o interesse da coletividade, não havendo que se falar em tributo. Segue jurisprudência neste sentido:
Outra contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica é a contribuição sindical exigida
de todos os trabalhadores celetistas, integrantes da categoria, sindicalizados ou não, cuja previsão
consta nos artigos 578 e 579 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
É importante ressaltar que a contribuição sindical de natureza tributária não se confunde com a
contribuição confederativa, exigida apenas dos sindicalizados e que é desprovida de natureza tributária.
Nesse sentido, temos a Súmula 666 do STF:
Trata-se de contribuição instituída pelos Municípios e pelo Distrito Federal para custeio do serviço de
iluminação pública. Essa contribuição poderá ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica, nos
termos do art. 149-A da CF.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Conforme prevê o art. 113 do CTN, a obrigação tributária pode ser Principal ou Acessória.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
É importante frisar nesse momento, que ainda que o art. 4º do CTN no inciso II menciona que seria
irrelevante a destinação legal do produto para ser tributo, temos que a partir da Cons- tituição Federal de 1988, para
as contribuições e empréstimo compulsório é relevante sim a destinação, pois nessas exações a denominação e a
destinação são destacadas pelo próprio legislador constituinte, não tendo relevância para a identificação do fato
gerador do tributo, co- mo ocorre com os impostos, taxas e contribuições de melhoria.
b) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: O legislador infraconstitucional incor- reu em
redundância ao repetir o caráter pecuniário da prestação, não havia a necessidade de insistir com a locução “em
moeda” “ou cujo valor nela possa se exprimir”, pois ao tratar de obri- gação pecuniária, é porque será paga em
dinheiro.
Ninguém poderá entregar ao fisco, como forma de pagamento, algo que não seja dinheiro, salvo o caso do
art.156, XI do CTN, que trata sobre a dação de bem imóvel, quando houver expressa previsão em lei. Observa-se
que mesmo nesse caso, por se tratar de uma exceção,
há necessariamente a previsão em lei para autorizar o pagamento do tributo com a entrega de bem imóvel.
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: Ninguém paga o tributo por ter desrespeitado uma lei, tributo
não é castigo. Ao contrário paga-se o tributo por incorrer em uma situação prevista em lei como hipótese de
incidência tributária, ou seja, o legislador elegeu uma situação que uma vez praticada pelo sujeito, no mundo
concreto, estará sujeita à incidência da norma tributária e por essa razão irá nascer a obrigação de pagar um tributo.
Por exemplo: A Lei prevê que a hipótese de incidência tributária do Imposto sobre Renda ou proventos de
qualquer natureza - IR é “auferir renda”, o sujeito terá que pagar IR quando aufe- rir renda, porque praticou o fato
previsto em lei.
As hipóteses de incidência da norma tributária são sempre constituídas por fatos lícitos, que uma vez ocorridos
no mundo jurídico nasce a obrigação de pagar o tributo.
Contudo, verifica-se que embora a hipótese de incidência tributária não possa ser algo ilícito, os frutos de uma
atividade ilícita podem ser objeto de tributação.
O artigo 118, I do Código Tributário Nacional – CTN prevê que a definição do fato gerador será interpretada
abstraindo-se da validade dos atos praticados pelo sujeito.
No caso do sujeito que aufere renda pela venda de entorpecentes, a ilicitude é irrelevante para fins tributários, o
que importa é que foi praticado o fato gerador, “auferir renda” e por essa razão o sujeito deverá pagar IR.
O STF tem o entendimento majoritário de que praticado o fato gerador previsto em lei, deve ser pago o imposto,
independentemente da atividade ser lícita ou ilícita, (HC 77.530/RS).
Os Tribunais Superiores aplicam o Princípio “Pecunia non olet”, segundo o qual o tributo não tem cheiro,
não importa de onde vem, nesse caso, a renda auferida, o que importa é que ocorreu o fato gerador do IR,
“auferir renda”, e por essa razão, aplicando-se o art. 118, I do CTN deve-se haver a tributação.
1) Impostos
2) Taxas
3) Contribuição de Melhoria
Ainda que o Código Tributário Nacional adote a teoria tripartida, por classificar as espécies tributárias em apenas
três, (impostos, taxas, contribuição de melhoria), a maioria dos doutrina- dores, dentre eles, Aliomar Balleiro, e o
Supremo Tribunal Federal adotam a teoria penta- partida, que seriam 5 espécies tributárias:
a) Impostos
b) taxas
c) contribuição de melhoria
d) contribuição
e) empréstimo compulsório
Competência Tributária é a outorga de poder concedido pela Constituição Federal aos En- tes Federativos
para que eles possam criar, instituir e majorar tributos.
Somente os entes federativos apresentam competência tributária, pois os tributos só po- dem ser instituídos
por meio de lei, e apenas os entes federativos apresentam Poder Legislati- vo.
Não podemos confundir competência tributária com competência para legislar em direi- to
tributário.
A competência para legislar sobre direito tributário é a outorga de poder concedido pela Constituição
Federal para editar leis que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles perti- nentes. É uma competência
concedida aos entes federativos para traçarem regras sobre o exercício do poder de tributar.
Criação, Instituição e Majoração de tribu- tos Leis que versem sobre tributos já instituí- dos e
relações jurídicas a eles pertinentes.
Todos os Entes Federativos apresentam competência para legislar sobre direito tributário.
O art. 24 da Constituição Federal prevê competência concorrente entre a União, os Estados e Distrito Federal
para legislar sobre direito tributário.
Compete à União a edição de normas gerais e aos Estados e Distrito Federal poderá suple- mentar a legislação
federal.
Mas se não existir norma federal, Estados e Distrito Federal apresentam competência plena para legislar sobre
direito tributário.
Se sobrevier a norma geral pela União, haverá suspensão da lei estadual no que lhe for con- trária. A lei federal
não irá revogar a lei estadual porque não há entre elas uma hierarquia.
Diante da ausência de norma geral da União sobre IPVA, cada Estado exerceu a competên- cia legislativa plena,
com base no art. 24, § 3º da CF.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar con-
correntemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico (...)
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limi- tar-
se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não ex- clui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a efi- cácia
da lei estadual, no que lhe for contrário.
O art. 30 da CF estabelece a competência dos Municípios para legislarem sobre assuntos de interesse local e
suplementar legislação federal, estadual no que lhe couber.
A competência Tributária como vimos é o poder concedido pela Constituição Federal aos Entes Federativos
para que eles possam instituir, criar e majorar tributos. A competência Tributária Apresenta 5 características
importantes:
a) Indelegabilidade:
A Constituição não só prevê a competência tributária como também reparte, partilha esse poder entre as pessoas
políticas que compõe a Federação, porque essas precisam ter auto- nomia financeira, não basta terem apenas
autonomia administrativa, autonomia política.
A base do federalismo é a autonomia dos Entes, por essa razão há a repartição do Poder de Tributar entre os Entes
Federativos. Quando a Constituição outorga o poder para os Entes Fe- derativos, ela estabelece exatamente quais
serão os tributos de competência de cada Ente e a competência tributária é indelegável, quer dizer,
intransferível.
O Ente Federativo não poderá transferir a sua competência tributária para nenhum outro En- te. Assim, se a
Constituição outorgou poder para a União instituir o Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) apenas ela poderá
instituir esse imposto, mais ninguém!
Vejamos quais são os tributos de competência tributária de cada Ente Federativo:
Obs: O Distrito Federal apresenta competência tributária para instituir o IPTU, ITBI e ISS por força do disposto
no art. 147 da CF que estabelece que os impostos dos Municípios serão do Distrito Federal. (Art. 147. Competem à
União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios,
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais).
Como vimos a competência tributária que consiste na criação, instituição e majoração de tributo é
indelegável. Contudo as funções administrativas de arrecadar, fiscalizar tributos e executar leis que
compreendem a capacidade ativa tributária essa sim pode ser delegável.
Exemplo é o caso do Imposto Territorial Rural (ITR) cuja competência tributária, ou seja, a competência para
criá-lo, institui-lo ou majorá-lo é da União, conforme estabelece o art. 153, VI da CF, que poderá, no entanto,
delegar a função de arrecadar e fiscalizar, ou seja, a capaci- dade ativa tributária aos Municípios, nos termos do
art. 153, § 4º, III da CF.
Pela literalidade do art. 7º do CTN a capacidade ativa tributária só pode ser delegada para uma pessoa jurídica de
direito público.
Para fixar, temos:
b) Facultatividade: Os Entes Federativos não estão obrigados a instituir os tributos, cuja competência
tributária lhe foi atribuída pela Constituição Federal.
O art. 145 da CF determina que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios “poderão”, e não “deverão”
instituir tributos. A partir dessa regra a doutrina diz que a competência tributá- ria no Brasil é facultativa.
Exemplo: o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, que compete à União a sua instituição, até hoje não foi criado
e não há problema algum, porque a competência tributária é facultativa! Muitos indagam sobre a Lei de
responsabilidade Fiscal, LC nº 101/2000 que estabelece em seu art. 11 que somente exerce uma boa gestão fiscal o
Ente Federativo que instituir e cobrar
todos os tributos.
Quanto a arrecadação não restam dúvidas dessa obrigatoriedade, mas a obrigatoriedade quanto à Instituição fere a
Constituição Federal que não obriga aos Entes Federativos instituí- rem os tributos.
Observa-se, ainda, que o parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 prevê uma sanção para o Ente Federativo
que não instituir todos os impostos de sua competência. O dispositivo legal proíbe a realização de transferências
voluntárias àquele que não instituir todos os im- postos.
O STF em Medida Cautelar ADI nº 2238 entendeu que o parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 não viola
a Constituição Federal porque a Lei trata de transferências voluntárias.
As transferências obrigatórias de impostos que estão nos artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159 da Constituição Federal
essas sim só poderão deixar de serem repassadas no caso do art. 160 da CF, quando o Ente Federativo não estiver
aplicando o percentual exigido na área da saúde, e também, no caso de débitos de um Ente, e suas Autarquias com
outro Ente que irá fazer o repasse.
O parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 proibiu apenas o repasse das transferências voluntárias e não das
obrigatórias, por isso não seria inconstitucional.
c) Incaducabilidade: O direito do Ente Federativo instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo. O
fato da União não ter instituído o IGF, em 1988, quando da promulgação da Constituição Federal, não lhe retira o
direito de institui-lo agora, passados mais de 20 anos.
d) Inalterabilidade: a competência tributária não pode ser alterada por lei infraconstitucio- nal. Assim, quando
a Constituição, no art. 156, I prevê que o IPTU irá incidir sobre a proprieda- de de imóvel urbano, não pode uma lei
modificar tal competência ao ponto de determinar que o IPTU tenha como hipótese de incidência, fato gerador a
mera posse de imóvel urbano.
Observe que o art. 32 do CTN prevê como fato gerador do IPTU a propriedade, a posse e o domínio útil de
imóvel urbano.
O fato é que o Código Tributário Nacional é de 1966 e a nossa Constituição é de 1988, as- sim esse artigo do
CTN só foi recepcionado pelo nosso ordenamento jurídico, ao considerar que será contribuinte do IPTU o possuidor
ou aquele que detenha o domínio útil se houver o animus domini.
Logo, o mero detentor da posse, como o locatário não é contribuinte do IPTU, porque a lei não pode alterar a
competência tributária e a CF determina que apenas o proprietário é contri- buinte desse imposto.
A competência tributária não pode ser alterada por meio de lei, mas Emenda Constitucional poderá alterá-la.
Como exemplo temos a EC nº 19/02 que inseriu na Constituição o art. 149-A e criou a Con- tribuição para
custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).
Irrenunciabilidade: A competência tributária é irrenunciável, o Ente Federativo não pode jamais renunciar sua
competência tributária em favor de outro Ente, ele pode apenas deixar de exercê-la.
Assim, o fato da União não ter criado ainda o IGF não confere o direito dos Estados, por exemplo, instituírem
esse imposto, porque a competência é Irrenunciável.
1) Indelegável
2) facultativa
3) Incaducável
4) Inalterável
5) Irrenunciável
A Constituição Federal prevê algumas hipóteses de transferência obrigatória da arrecadação dos impostos,
conforme os artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159.
No art. 153,§ 5º da CF – A União é obrigada a repassar 30% da arrecadação do IOF inciden- te sobre o ouro ativo
financeiro para o Estado, conforme a origem e 70% para o Município, con- forme a origem.
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita- se exclusivamente à
incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devi- do na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferên- cia do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II -
setenta por cento para o Município de origem.
a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer títu- lo, pelos Estados,
suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
b) 20% do produto da arrecadação do imposto residual.
Nos termos do art. 158 da CF competem aos Municípios:
a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer títu- lo, pelos
Municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
b) 50% do ITR, como via de regra, e 100% do ITR quando o Município detiver a capacidade ativa tributária, ou
seja, a função de arrecadar, fiscalizar esse imposto.
c) 50% do IPVA
d) 25% do ICMS
O art. 159 da CF, prevê que a União entregará 49% da arrecadação do Imposto sobre Ren- da e proventos de
qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) da seguinte forma:
a) 10% da arrecadação do Imposto sobre produtos industrializados será repassado aos Es- tados e ao Distrito
Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produ- tos industrializados.
b) 29% do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, §
4º aos Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, obser- vada a destinação a que se refere o inciso II,
c, do referido parágrafo.
Como vimos a competência tributária é o poder concedido pela Constituição Federal aos En- tes Federativos para
eles criarem, instituírem e majorarem tributos.
Os Entes Federativos irão criar, instituir e majorar os tributos apenas por meio de lei e via de regra lei
ordinária.
A lei ordinária é o instrumento por excelência da imposição tributária. Para efeito de votação parlamentar, indica
um quorum de maioria simples, o voto favorável de mais da metade do nú- mero de parlamentares presentes no dia
da votação.
Existem 4 tributos, todavia, que só podem ser instituídos ou majorados por meio de Lei Complementar, que
são: Contribuição Social Residual (art. 195,§ 4º da CF); Empréstimo Compulsório (art. 148 da CF); IGF (Imposto
sobre Grandes Fortunas – Art. 153, VII da CF) e Imposto Residual (art. 154, I da CF).
Segundo a literalidade do art. 62, § 2º da CF Medida Provisória, que é um instrumento normativo, com força
de lei, poderá instituir e majorar impostos.
Primeira Observação: Ainda que o art. 62, § 2º da CF estabeleça que a Medida Provisória poderá instituir e
majorar impostos, o STF tem entendimento de que as Medidas Provisórias podem instituir ou majorar outras espécies
tributárias, desde que essas não necessitem de Lei Complementar para sua instituição.
Nesse sentido, transcreve-se ementa do Acórdão AI-AGR 236.976/MG da relatoria do Minis- tro Néri da
Silveira:
Medida Provisória. Força de lei. A medida Provisória, tendo força de lei, é instrumento idô- neo para instituir e
modificar tributos e contribuições sociais.
A Medida Provisória, no entanto, para instituir ou majorar impostos deverá observar dois re- quisitos:
Primeiro: Que o Imposto possa ser instituído por meio de Lei Ordinária, pois o art. 62, § 1º, III da CF, veda a
MP tratar sobre matérias reservadas à Lei Complementar.
Segundo: Em se tratando de impostos, excepcionados o Imposto Extraordinário Guerra, Imposto sobre a
Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE), (imposto sobre operações financeiras) IOF e Imposto sobre
produtos industrializados (IPI), é necessário que a medida provisória que os criar seja convertida em lei até o final do
exercício financeiro, para que possa produzir efeitos no exercício subsequente.
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Nos termos do artigo 96 do CTN, a legislação tributária compreende: Leis, Tratados e Convenções
Internacionais, Decretos e Normas Complementares.
Assim, quando houver menção à expressão “legislação tributária”, não temos apenas a lei em sentido
estrito, mas os demais atos normativos que cuidam de relações jurídicas tributá- rias.
Lei Ordinária
A lei ordinária é o veículo, por excelência, da matéria tributária, pois é o instrumento de instituição,
modificação e extinção dos tributos. Os tributos irão ingressar no sistema jurídico pátrio, via de regra, por meio de lei
ordinária.
O artigo 97 do CTN estabelece as matérias que somente poderão ser tratadas por meio
de lei:
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base
de cálculo;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações
nela definidas;
Lei Complementar
Existem quatro tributos que só podem ser instituídos e majorados por meio de lei com- plementar.
Além desses 4 tributos que só podem ser instituídos por meio de lei complementar, a Constituição Federal
determina que algumas matérias também só podem ser tratadas por meio de lei complementar, nesse sentido, temos o
art. 146 da CF:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como dos impostos discrimi- nados nesta
Constituição, e dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da Uni- ão, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, observado que:
(...)
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributa- ção, com o
objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a
União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
Lei Delegada
Nos termos do art. 68 da CF, é um ato normativo de feitura do Poder Executivo, em que o Presidente da
República solicita autorização do Congresso Nacional para poder legislar so- bre a matéria.
O § 1º do art. 68 da CF proíbe a lei delegada tratar sobre matérias reservadas à lei com- plementar.
A lei delegada está praticamente em desuso atualmente, dado a possibilidade do Presi- dente da República
valer-se das Medidas Provisórias para instituir e majorar impostos, sem a necessidade de buscar autorização do
Congresso Nacional.
Decreto
Trata-se de instrumento normativo, utilizado pelo Presidente da República, conforme previsão do art. 84, IV
da CF, para obter a correta aplicação e execução da lei, sem ampliar ou restringir o conteúdo por ela definido.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam
expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabeleci- das nesta Lei.
A Convenção de Viena de 26 de maio de 1969, sobre o Direito dos Tratados, no art. 2º,
§1º, “a” esclarece não importar a terminologia atribuída aos atos internacionais, por essa razão não se faz distinções
entre as expressões “tratado” e “convenção internacional”.
Os tratados internacionais (ou Convenções) são atos firmados entre dois ou mais Esta- dos, no intuito de
estabelecer normas comuns a serem observadas no âmbito internacional.
Em matéria tributária, os tratados e convenções internacionais são muito utilizados para evitar a
bitributação, estabelecer a tributação de mercadorias exportadas e importadas.
Nos termos do art. 84, VIII, da CF compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados ou
convenções internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
Assim, tendo em vista que a legislação interna volta a vigorar, uma vez denunciado o tratado, não se pode
dizer que ela havia sido revogada, mas apenas estava com sua eficácia suspensa.
Os Tratados Internacionais podem conceder isenção de tributos estaduais e municipais, uma vez que o
Presidente da República ao assinar esses tratados, assina como chefe de Es- tado e não como chefe de governo e, por
isso, não seria considerado uma isenção heterôno- ma, vedada pela nossa Constituição Federal no art.151, III.
Normas Complementares
Nos termos do art. 100 do CTN, são quatros as normas complementares das leis, dos tratados e convenções
internacionais e decretos:
II - As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atri- bua eficácia
normativa;
IV - Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- pios.
A aplicação da lei a um caso concreto, seja pela autoridade administrativa, pelo julgador ou ainda pelo
próprio sujeito passivo, requer a sua interpretação para que seja identificado o seu significado e o seu alcance. Assim,
fazem-se necessárias no momento de aplicação da legislação considerações de ordem léxica, lógica, sistemática,
histórica e teleológica.
Por essa razão, admite-se em direito tributário, salvo as hipóteses previstas no art. 111 do CTN, a utilização
de todos os métodos de interpretação admitidos em direito, tais como o método literal, sistemático, teleológico e
histórico.
A interpretação literal analisa pura e simplesmente o significado das palavras constantes no texto legal.
Quanto às hipóteses de suspensão, exclusão do crédito tributário, bem como dispensa do cumprimento de
obrigação acessória, conforme disposto no art. 111 do CTN, o aplicador somente poderá se valer da interpretação
1) Causas de suspensão (art. 151 CTN) e Exclusão do Crédito Tributário (art. 175 CTN);
2) Outorga de isenção;
3)Matérias
Dispensaquedesócumprimento de obrigações
podem ser interpretadas acessórias.
LITERALMENTE nos termos do Art. 111 CTN
LITERAL.
Assim, todas as hipóteses de suspensão do crédito tributário previstas no art. 151 do CTN, e as de exclusão,
constantes no art. 175 do CTN, só podem ser interpretadas literalmen- te.
Ademais, nos termos do art. 112 do CTN a lei tributária que define infrações, ou que comina
penalidades, será interpretada da maneira mais favorável ao acusado, sempre que houver dúvida quanto:
(ii) à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efei- tos;
Vistas as possibilidades de interpretação da legislação tributária acima, tem-se ainda as situações em que há
obscuridade ou lacuna da lei e que se deve preencher o vácuo por meio de integração. O art. 108 do CTN permite
a utilização da integração desde que ocorra na se- guinte ordem sucessiva:
(i) analogia;
Conquanto, ninguém pode se valer da analogia para cobrar tributo, conforme estabelece o § 1º do art. 108
do CTN.
A equidade atua como instrumento de realização concreta da justiça. Mas ninguém pode utilizar a equidade
para ser dispensado do pagamento do tributo.
1) Analogia;
Sujeito Ativo
É a pessoa jurídica de direito público que detém a competência para exigir o cumpri- mento da obrigação
tributária. Pode ser o ente federativo, autarquia, ou qualquer outra pessoa jurídica de direito público que detenha
capacidade ativa tributária, ou seja, as funções de arre- cadar e fiscalizar os tributos, conforme estabelece o art. 119
do CTN.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular
da competência para exigir o seu cumprimento.
Sujeito Passivo
Para existir a solidariedade entre as pessoas, com relação ao inc. I do art. 124 do CTN, os sujeitos devem
estar no mesmo polo da relação, pois se estiverem em posições contrapos- tas, não haverá solidariedade.
O art. 124, parágrafo único, e o art. 125, ambos do CTN, determinam quatro efeitos da solidariedade, que
salvo disposição de lei em contrário:
(i) não comporta benefício de ordem;
(ii) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
(iii) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
(iv) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou pre- judica aos
demais.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O responsável tributário é a pessoa que, sem ter praticado o fato gerador, a lei lhe
impõe o dever de pagar o tributo, excluindo a responsabilidade do contribuinte (quem praticou o fato
gerador) ou atribuindo- lhe em caráter supletivo do cumprimento da obrigação tributária.
A responsabilidade tributária pode ser classificada, segundo a doutrina, por substituição ou
por transferência.
A responsabilidade por substituição surge contemporaneamente à ocorrência do fato gerador,
vez que no momento da ocorrência do fato gerador o dever de pagar o tributo já recai sobre o
responsável.
Já a responsabilidade por transferência decorre de um evento posterior à ocorrência do fato
gerador, quando a lei determina que não mais o contribuinte deverá pagar o tributo, mas outra pessoa,
por essa ter incorrido na situação estabelecida em lei como modificadora da sujeição passiva. A
responsabilidade por transferência pode ser dividida em responsabilidade por sucessão, por solidariedade
e de terceiros.
Responsável por Substituição
A responsabilidade por substituição é quando a lei determina que uma terceira pessoa deve
pagar o tributo em substituição ao contribuinte. Essa modalidade de responsabilidade é muito utilizada
para facilitar a fiscalização e a arrecadação para o Fisco.
Há dois casos de responsabilidade por substituição no ordenamento pátrio: a substituição
para trás (regressiva ou antecedente) e a substituição para frente (progressiva ou subsequente).
Substituição para trás
A substituição para trás, regressiva ou antecedente é quando ocorre o fato gerador e o
pagamento do tributo será realizado posteriormente, por uma terceira pessoa (o responsável), em
substituição àquele que praticou o fatogerador (contribuinte). Se não fosse a substituição, ocorrendo o
fato gerador, o pagamento seria imediato e efetuado pelo contribuinte.
Um exemplo de substituição para trás é da cadeia de produção e circulação. Quando o
produtor vende a sua mercadoria para a indústria, ocorre uma operação de circulação de mercadoria
o que o abrigaria a recolher o ICMS, mas a lei determina que quem irá recolher esse tributo em
substituição ao produtor (contribuinte, por ter praticado o fato gerador) será o próximo da cadeia, ou seja
a indústria.
Nos termos do art. 130 do CTN, o adquirente de um bem imóvelresponde pelos créditos
tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, posse, o domínio útil de bens
imóveis, bem como o pagamento das taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou
contribuições de melhoria, salvo se houver prova de quitação desses débitos.
O título de prova de quitação a que se refere o art. 130 do CTN é uma Certidão Negativa de
Débitos (CND). Logo, se o Comprador do bem imóvel retirar perante a Autoridade Administrativa uma
CND referente a esse bem, ainda que sejam lançados créditos tributários posteriormente, o adquirente
não estará responsável por esses pagamentos, pois os créditos foram lançados após a emissão da CND.
Assim, se uma pessoa compra um bem imóvel com dívidas de IPTU ou ITR, taxas e
contribuição de melhoria, será o responsável pelo pagamento dos respectivos créditos tributários, apenas
se não houver uma CND, uma prova de quitação. Por essa razão pode-se afirmar que os créditos
tributários sub- rogam-se na pessoa do adquirente do bem imóvel nessa situação.
Conquanto, se a aquisição do bem imóvel for por arrematação em hasta pública, o parágrafo
único do art. 130 do CTN determina que os créditos tributários sub-rogam-se no respectivo preço:
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a
taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste
do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre
sobre o respectivo preço.
Assim, se um sujeito arrematar um imóvel por R$ 100.000 em hasta pública, e existir uma
dívida de R$ 50.000 de IPTU, essa dívida sub-roga-se no valor arrematado. E se a dívida for superior
ao valor arrematado, ainda assim, o adquirente não ficará responsável pelo pagamento do excedente,
pois a aquisição ocorreu em hasta pública.
Ressalta-se, ainda, que o STJ tem entendido que diante dos termos do art. 886, VI, do CPC,
que prevê que o edital da hasta pública deve conter a "menção da existência de ônus, recurso ou processo
pendente sobre os bens a serem leiloados", admite-se que, em havendo expressa menção no edital de que
o pagamento dos créditos tributários concernentes ao IPTU será suportados pelo arrematante do bem
imóvel, passe a ser a ele atribuída a responsabilidade pelo pagamento do referido débito:
CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA
1) Tributo Real – Leva em consideração os tributos da coisa. Exemplo: IPTU, IPVA, etc..
Tributo Pessoal – Lei va em consideração os atributos da pessoa. Exemplo: IR
3) Tributo Direto – Entre a ocorrência do fato gerador e a obrigação de pagar tributo não existe
intercalação de sujeitos.
Tributo Indireto - Entre a ocorrência do fato gerador e a obrigação de pagar tributo existe in-
tercalação de sujeitos. Exemplo: (IPI, ICMS)
4) Tributo Progressivo: A alíquota do tributo irá aumentar de acordo com o aumento da base de
cálculo do tributo. (IR, ITR, IPTU e ITCMD)
Tributo Proporcional: A alíquota é invariável ainda que a base de cálculo do tributo.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A lei que rege o lançamento é a da data do fato gerador, ainda que posteriormente modificada
ou revogada. Sempre vale a lei da data do fato, não importa se depois diminuiu ou não tem mais o
imposto. Não vale a regra do mais benéfico no direito tributário. O lança- mento é o ato constitutivo do
crédito tributário.
A data do fato gerador é a regra geral para o lançamento. Salvo, artigo 106, CTN, se a lei vier a reduzir
penalidade ou excluir infração, ou ainda, nos termos do artigo 144, §1º, CTN se a lei vier a dispor
sobre novos meios de fiscalização.
O Crédito tributário é constituído por meio do Lançamento que pode ser de três moda- lidades: de
ofício, por declaração e por homologação.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO
Ex: IPTU- quem faz tudo é a autoridade administrativa, IPVA, taxa, contribuições de melhoria.
Ex: ITBI.
Por homologação é aquele lançamento no qual todos os atos de apuração, quantificação, cál- culo etc.,
relativos à liquidação da obrigação tributária, são efetuados pelo próprio sujeito pas- sivo. Depois de
calcular o montante do tributo devido, o sujeito passivo submete essa apuração à autoridade
administrativa, para que esta a homologue. O dever de efetuar o pagamento res- pectivo, entretanto, é
antecipado, devendo ser o tributo recolhido antes do exame da autorida- de e da respectiva
homologação.
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de:
I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Em primeiro lugar, vale destacar a importância da notificação. Através dela é que se aper- feiçoa o
lançamento e que se pode considerá-lo realizado, pronto e acabado para surtir os efeitos que lhe são
próprios, inclusive o de afastar a decadência.
Em segundo lugar, o art. 145 deixa claro que o lançamento surge para ser definitivo. Não se trata de um
ato provisório. Pode ser alterado, sim, mas apenas por força de impugnações ou recursos ou nos casos
excepcionais previstos no art. 149 do CTN, como “quando deva ser apreciado fato não conhecido ou
não provado por ocasião do lançamento anterior” (inciso VIII) ou “quando se comprove que, no
lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela
mesma autoridade, de ato ou formalidade especi- al” (inciso IX).
O parcelamento – está previsto no art. 155-A do CTN. Trata-se de dilação legal do prazo
de pagamento do tributo, realizado em parcelas. O Parcelamento deve ser concedido por lei específica
do Ente Federativo que possui competência tributária para instituir o tributo.
Pelo art. 155-A do CTN, o fato de ter sido concedido o parcelamento não vai excluir a
incidência de juros e de multas. No entanto, nada obsta de existir uma legislação que exclua juros e
multa. Alguns exemplos de leis que excluem a incidência de juros e multa são: REFIS, PAES, PAEX,
etc.
Ademais, o legislador entende que o parcelamento e a moratória são causas de suspensão
muito semelhantes, assim, determina o legislador que se deve aplicar ao parcelamento subsidiriamente a
Lei que regulamenta a Moratória.
Vale destacar ainda que os parágrafos 3º e 4º do art. 155-A do CTN estabelece um
tratamento diferenciado para os contribuintes que estiverem em recuperação judicial, devendo ser
regulamentado em lei específica. E, no caso de inexistência de lei específica, prevê a possibilidade de se
aplicar a lei geral.
I - o pagamento;II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no arti- go 150
e seus §§ 1º e 4º;
PAGAMENTO
COMPENSAÇÃO
A compensação é uma forma de extinção da obrigação tributária, uma forma de pagamento. Crédito
e débito se compensam quando houver credor e devedor simultaneamente.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a
compensação de créditos tributários líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do
sujeito passivo contra a Fazen- da Pública
Súmula 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação
cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória
Mediante disposição expressa em lei. Só a lei pode autorizar a transação entre o contribuinte e a fazenda.
REMISSÃO
Perdão, indulto: art. 172, do CTN: A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I – à situação econômica do sujeito passivo;
II – ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto à matéria de fato; III – à diminuta importância do
crédito tributário;
IV – a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V – a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Aqui estamos diante do instituto da remissão como forma de extinção da obrigação de do crédi- to tributário. A
anistia, que está no capítulo da exclusão do crédito tributário, exclui a penalida- de, a multa e deve ser antes da
constituição do crédito tributário. Se a lei da anistia exclui a multa, permanece devido o tributo. A anistia é só
mediante lei.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição: Art. 174, do CTN: A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco (cinco anos),
contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pela citação pessoal feita ao devedor; II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimen- to do
débito pelo devedor.
B) Decadência: Art. 173, do CTN. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II – da data em que
se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lan- çamento anteriormente efetuado.
O prazo dela não se interrompe Pode ser decretada “ex offício” Do fato gerador ao lançamento é prazo decadencial.
Com o lançamento que constitui o direito da Fazenda a cobrar começa a prescrição.
Decadência - cinco anos- regra: começa a contagem no primeiro dia do exercício seguinte aquele que deveria
ter ocorrido o lançamento.
No lançamento por homologação conta cinco anos do fato gerador para decadência. Exceção: Salvo quando houver
fraude, dolo ou simulação ou ausência de pagamento! O prazo prescrici- onal pode ser interrompido, o despacho do
juiz que determinar a citação do devedor zera e vol- ta a contar novamente. Não é com a citação válida. (Art.. 150,
parágrafo 4º.)
Consistem em causas de inibição do Lançamento do tributo, previstas no Art. 175 do CTN. Por- tanto, ocorre o fato
gerador, porém não haverá o lançamento. Com isso, é possível concluir que a isenção e a anistia têm início antes
do lançamento e surgem após a ocorrência da obri- gação tributária.
Art. 175 do CTN, há o estabelecimento de que, ainda que exista o direito à isenção ou anistia, o
contribuinte deverá cumprir as obrigações acessórias
Isenção - A lei concede a isenção, para que determinada situação ou pessoa não esta obriga- do de pagar o tributo.
Ocorre que, a isenção não observa o princípio da anterioridade, do exer- cício, nem o da nonagesimal, porque a
revogação da isenção não configuraria uma instituição ou majoração do tributo.
No CTN, em seu art. 104, prevê revogação de isenção, cujo o imposto é sobre renda ou sobre o patrimônio, essa lei
só produzirá efeitos no primeiro dia do exercício seguinte:
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorá- vel ao
contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.
O art. 177 do CTN, estabelece que a concessão de isenção não se estende às taxas e contri- buição de melhoria, bem
como aos tributos que venham a ser criados ou instituídos posterior- mente à lei que cria a isenção.
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às
contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
A lei que estabelece isenção deve ser interpretada literalmente, nos termos do art. 111 do CTN. Portanto, no caso de
tributos que venham a ser criados ou instituídos posteriormente à lei que cria a isenção, não serão abrangidos pela
isenção.
Em relação à não extensão da isenção às taxas e contribuição de melhoria, deve-se observar que esses tributos são
criados em virtude de uma contraprestação direta, por isso, não há em- basamento para se estender determinada
isenção concedida em lei para estes tributos, salvo disposição de lei em contrário.
Sobre a revogação, existe uma exceção, nos termos do art. 178 do CTN e na Súmula 544 do STF, que consiste nos
casos de isenção por prazo determinado ou por determinadas condi- ções onerosas.
CTN - Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975)
STF - SÚMULA Nº 544: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente
suprimidas.
Anistia - Trata-se de perdão, concedida por lei, das penalidades pecuniárias, de forma a abranger os créditos
tributários anteriores ao lançamento. Importante destacar que a anistia poderá abarcar apenas os tributos, cujos fatos
ocorreram anteriores à lei, nos termos do art. 180 do CTN.
A anistia não poderá ser concedida em casos de crimes ou contravenções, praticados com do- lo, fraude ou simulação
do sujeito passivo, bem como às infrações resultantes de conluio de outras pessoas.
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vi- gência da
lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro
em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais
pessoas naturais ou jurídicas.
Esse perdão pode ser geral ou limitado, conforme dispõe o artigo 181 do CTN.
I - em caráter geral;
II - limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conju- gadas
ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cu- ja fixação seja atribuída
pela mesma lei à autoridade administrativa.
IMPOSTOS FEDERAIS – ART. 153 CF
Art. 1228 CC: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e
o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou a
detenha.
Regulamentando inciso III do § 4º do art. 153 da CF, a Lei nº 11.250/05 permitiu que o ITR
seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, mediante formalização de Convênio
firmado com a União através da SRF. Assim, ocorre a delegação da condição de sujeito ativo ao
Município de situação do imóvel.
Lei nº 9.393/96 - Art. 1º § 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser
enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no
município onde se localize a maior parte do imóvel.
Decreto nº 4.382/02 - art. 32. O Valor da Terra Nua - VTN é o valor de mercado do imóvel, excluídos os
valores de mercado relativos a:
plantadas.
Alíquotas: Art. 11 da Lei nº 9.393-96. O grau de utilização é a relação percentual entre a área
efetivamente utilizada pela atividade rural e a área aproveitável do imóvel, constituindo-se critério,
juntamente com a área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas do ITR.
Características: tributo fiscal, mas nos termos do art. 153, 4º, I da CF extrafiscal;
direto; real; progressivo.
Imunidade: Art. 153, § 4º, II da CF, não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel.
Súmula 498 do STJ: não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.
Súmula 136 STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço
não está sujeito ao IR.
Súmula 125 STJ: O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está
sujeito a incidência do IR.
Súmula nº 463 STJ - Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de
indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.
Critério Temporal:
Critério Pessoal:
Sujeito Passivo: As pessoas físicas domiciliadas no Brasil, nos termos do art. 1º da Lei nº
7.713/88.
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo:
Art. 44 CTN, o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos
tributáveis.O art. 3º Lei nº 7.713/88 estabelece como base de cálculo da Pessoa Física, o seu rendimento
bruto.
Lei nº 9.718/98. Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-
calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano- calendário anterior,
quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com
base no lucro presumido. (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013)
(Vigência)
Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a
aplicação do percentual de oito por cento sobre a receita bruta auferida
mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20 de
janeiro de 1995. (Vide Lei nº 11.119, de 205) (Vide Medida Provisória nº 627,
de 2013) (Vigência)
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de:
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981,
de 20 de janeiro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida
Lei;
III - trinta e dois por cento, para as atividades de: (Vide Medida Provisória nº
232, de 2004)
b) intermediação de negócios;
Alíquotas:
Pessoa Física: Lei nº 11.482/07; para Pessoas Jurídicas: 15%; para Ganho de Capital:
alíquotas progressivas nos termos do art. 21 da Lei n 8981/95.
Lei nº 9.250/95 Art. 23. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital
auferido na alienação do único imóvel que o titular possua, cujo valor de alienação
seja de até R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais), desde que não tenha
sido realizada qualquer outra alienação nos últimos cinco anos.
"Art. 22. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação
de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em
que esta se realizar, seja igual ou inferior a:
Art. 39. Fica isento do imposto de renda o ganho auferido por pessoa física
residente no País na venda de imóveis residenciais, desde que o alienante, no
prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato, aplique o
produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País.
(Vigência)
§ 1o No caso de venda de mais de 1 (um) imóvel, o prazo referido neste artigo será
contado a partir da data de celebração do contrato relativo à 1a (primeira)
operação.
Art. 153, inciso IV, Arts. 46 a 51 do CTN, Lei nº 4.502-64, e Decreto nº 7.212-2010,
Critério Material:
Sujeito Passivo:
b) o industrial quando o fato jurídico tributário se der pela saída do produto que
industrializar em seu estabelecimento;
E aqueles produtos que tenham como hipótese de incidência a arrematação, a base de cálculo
será o preço de arrematação.
O art. 73 do Decreto nº 6.759/09 considera ocorrido o fato gerador para fins de cálculo desse
imposto na data do registro da declaração de importação.
(i) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria
estrangeira no território aduaneiro;
Critério Quantitativo:
A base de cálculo do Imposto sobre exportação, art. 214 do Decreto 6.759/09, é o preço normal que a
mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre
concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio
Exterior.
IOF
Nas operações de crédito: a alíquota máxima de IOF será de 1,5%, conforme prevê o art.
6º do Decreto nº 6.306/07.
Nas operações de câmbio: A alíquota máxima de IOF será de 25%, nos termos do art. 15
do Decreto nº 6.303/07.
Nas operações de seguro: A alíquota máxima do IOF é de 25%, nos termos do art. 22 do
Decreto nº 6.303/07.
Causa mortis, é o próprio falecimento que determina a imediata transmissão desses bens
ou direitos aos seus herdeiros ou legatários. Isto porque no nosso ordenamento jurídico não se admite
que um bem não tenha proprietário ou possuidor
O artigo 1.784 do novo Código Civil dispõe que “aberta a sucessão, a herança transmite-se,
desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. Assim, pode-se afirmar que o fato gerador do
ITCMD ocorre na abertura da sucessão.
Súmula nº 112 do STJ: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela
alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Assim, tem-se que pela abertura da sucessão se transmite a posse e a propriedade da herança
aos herdeiros legítimos e testamentários (Código Civil, art. 1.572).
Até a partilha, no entanto, os herdeiros têm os seus direitos expressos em frações ideais no
conjunto dos bens do monte.
Somente após a homologação da partilha é que se obterá a distribuição especificada, uma
vez que a partilha tem efeito meramente declaratório e não atributivo da propriedade.
Critério Temporal:
Com relação à DOAÇÃO pode-se afirmar que o ITCMD deve ser recolhido no momento em
que há a efetiva transmissão de propriedade.
O artigo 1.267 do Código Civil dispõe que “a propriedade das coisas não se transfere pelos
negócios jurídicos antes da tradição”.
O recolhimento do ITCMD, em virtude da transmissão de bens em decorrência de óbito,
ocorre somente após a homologação do cálculo, pois em que pese a abertura da sucessão ser o fato
gerador do imposto de transmissão causa mortis, neste momento não se faz surgir ainda o crédito
tributário líquido e certo. Por essa razão, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 114 que
estabelece: “O Imposto de Transmissão Causa Mortis não é exigível antes da homologação do
cálculo".
Critério Espacial:
Quando o ITCMD incidir sobre a transmissão de bens imóveis, competirá o seu
recolhimento ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, conforme o parágrafo primeiro do
art. 155 da CF. Se o de cujus possuía bens em vários Estados, a cada um deles competirá o imposto,
relativamente à transmissão do bem nele situado.
Se a transmissão for de bens móveis, títulos e créditos, a competência para a cobrança do
respectivo imposto será do Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou onde tiver
domicílio o doador, ou do Distrito Federal e, nos termos da Súmula 435 do STF, quando houver
transmissão de ações, o imposto sobre transmissão causa mortis será devido ao Estado em que tenha
sede a companhia.
Todavia, a competência para a cobrança do imposto será regulada por lei complementar,
quando o doador tiver domicílio ou residência no exterior, ou se o de cujus possuía bens, era residente
ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior.
Sujeito Passivo: o art. 42 do CTN autoriza as leis dos Estados a elegerem qualquer das
partes envolvidas no negócio como contribuintes do imposto. Entretanto, em se tratando de causa
mortis, somente poderão ser contribuintes do tributo os herdeiros ou legatários, isto é, os beneficiados
pelatransmissão hereditária. Podendo haver responsabilidade dos tabeliães, escrivães ou serventuários
de ofício, art. 134, VI, do CTN.
Base de Cálculo: o art. 38 do CTN determina que a base de cálculo do ITCMD será o
valor venal dos bens ou direitos transmitidos. O valor venal do bem é aquele valor pelo qual este
pode ser negociado no mercado. Porém, em se tratando de causa mortis, se no curso do inventário
o Poder Público conferir novo valor venal ao imóvel, será válido aquele em vigor na data da avaliação.
Neste sentido tem-se a Súmula 113 do Supremo Tribunal Federal: “O imposto de transmissão causa
mortis é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação”. Com relação, ao compromisso de
compra e venda, se o bem imóvel for objeto desse contrato, o imposto será calculado sobre o crédito
existente na abertura da sucessão.
Súmula 590 do STF: calcula-se o Imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo
credor da promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente
vendedor.
O art. 155, § 1º, IV da CF dispõe que as alíquotas máximas serão fixadas pelo Senado
Federal. A Resolução 9/92 determina que a alíquota máxima para o ITCMD seja de 8%.
Critério Material:
H) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo
financeiro ou instrumento cambial;o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes,
crustáceos e moluscos;
2) Tratando-se de Operação de Serviço de Transporte:
A) onde tenha início a prestação;
B) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de
documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação
tributária;
C) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIII do art. 12 e para
os efeitos do § 3º do art. 13;
3) tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação:
A) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o
da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção;
I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor da operação;
II - na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da operação, compreendendo mercadoria
e serviço;
III - na prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço
Alíquota: art. 155, § 2º, IV e V – As alíquotas mínimas e máximas do ICMS serão
estabelecidas por meio de Resolução do Senado Federal.Proposta pelo Presidente da República ou por
1/3 dos Senadores e aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal.
Características:
Respeita o Princípio da Não-cumulatividade: art. 155, § 2º, I da CF.
O STF tem negado o direito à correção monetária ao crédito de ICMS, forte na sua natureza
escritural, mesmo que se trate de créditos extemporaneamente escriturados. Só poderá ser corrigido
caso haja previsão legal nesse sentido.
A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação não implicará
crédito para a compensação devido nas operações ou prestações seguintes;
OBS: Não Há ofensa ao Princípio da Não-cumulatividade se a legislação não consentir com
a compensação de créditos de ICMS advindos da aquisição de bens destinados ao consumo e ao ativo
fixo do contribuinte.
Poderá ser Seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
Imunidades Específicas do ICMS: art. 155, § 2º, X da CF.
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados
a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
cobrado nas operações e prestações anteriores
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e
de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
Conforme o art. 155, §6º da CF, terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal e poderá
ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.
Iluminação pública;
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na
determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em
caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração,
aformoseamento ou comodidade.
Alíquotas:
Tributo Progressivo: Art. 182, § 4º, II da CF e art. 156, § 1º, I da CF
Art. 182, § 4º, II da CF: Progressividade no tempo, extrafiscal para estimular o
cumprimento da função social.
Art. 156, § 1º, I da CF: Progressividade fiscal, em razão do valor venal do imóvel.
Critério Material: “transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição
Súmula nº 111 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre
a restituição, ao antigo proprietário, de imóvel que deixou de servir a finalidade da sua desapropriação.
1) Serviço
2) Que não seja de Competência dos Estados e DF, ou seja, de inci- dência do ICMS
A Lista anexa à LC nº 116/03 é taxativa, porém pode ter interpretação extensiva para
serviços congêneres.
Súmula 424 STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários
congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987.
Serviço X Industrialização:
O processo de industrialização compreende as atividades materiais de produção ou
beneficiamento de bens, realizadas em massa, em série, estandardizadamente; os bens industrializados
surgem como espécimes idênticos dentro de uma classe ou de uma série intensivamente produzida (ou
produtível denotando homogeneidade não-personificada nem personificável de produtos), sendo certo
que industrializar em suma, é conceito que reúne dois requisitos: a) Alteração da configuração de um
bem material; b) padronização e massificação. (Marçal Justen Filho. O Imposto sobre Serviços na
Constituição. São Paulo: RT, 1985, p. 115).