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RESUMO

DIREITO CIVIL
2021/01

CÓDIGO CIVIL + DOUTRINA = DIREITO CIVIL

CÓDIGO/LEIS + EXPLICAÇÃO

CONCEITO DE DIREITO CIVIL:


A conceituação de Direito é informação útil ao civilista, porque passa a compreender o
pressuposto elementar da própria existência do Direito Civil, que é reger as relações
familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre os indivíduos, enquanto
membros da sociedade. (O Direito Civil é o ramo do direito privado que trata das
normas que regulam os direitos e obrigações das pessoas físicas e jurídicas nas
suas relações patrimoniais, familiares e obrigacionais.)
Conjunto de normas que disciplinam a vida do homem em sociedade, revestidas de
coercibilidade física e material.
“Ubi homo, Ubi jus”: onde há homem, há direito
O objetivo do Direito é disciplinar e organizar a vida em sociedade, resolver os
conflitos de interesses e promover a justiça.
O homem é um ser social, e a convivência impõe uma certa ordem; essa ordenação
pressupõe a existência de restrições que limitam a atividade dos indivíduos. O fim do
Direito é determinar regras, aos quais todos indistintamente devem se submeter,
que permitam aos humanos a coexistência social.

CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO:
Direito Natural – Direito natural ou jusnaturalismo é uma teoria que procura
fundamentar o direito no bom senso, na racionalidade, na equidade, na igualdade, na
justiça e no pragmatismo. Ela não se propõe a uma descrição de assuntos humanos
por meio de uma teoria; tampouco procura alcançar o patamar de ciência social
descritiva.
Direito Positivo – juspositivismo, é o direito institucionalizado pelo Estado, nas suas
diversas formas, seja ela escrita ou costumeira, e efetivamente observado em uma
comunidade, abrangendo as leis votadas pelo poder competente. (O conceito de
direito positivo, também referido como direito positivado, designa o conjunto de
princípios e normas jurídicas aplicáveis a um determinado povo em determinada
época.)
Direito Objetivo – O direito objetivo é o conjunto de normas que o estado mantém em
vigor. Constitui uma entidade objetiva frente aos sujeitos de direitos, que se regem
segundo ele. Sendo assim, é o conjunto de normas que obrigam a pessoa a um
comportamento consentâneo com a ordem social.
Direito Subjetivo – O direito subjetivo, designa a faculdade da pessoa de agir dentro
das regras do direito (facultas agendi). É o poder que as pessoas têm de fazer valer
seus direitos individuais.
Direito Público – disciplina os interesses gerais da coletividade (Direito
Constitucional, Tributário, Administrativo, Penal, Processual, Financeiro, Internacional
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Público e Privado). Direito Público é o conjunto de normas que regula as atividades e


as funções entre Estado, particulares e servidores.
Direito Privado– disciplina as relações dos indivíduos entre si (Direito Civil,
Comercial). Estabelece direitos e impõe obrigações em temas como os direitos da
família e sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e
patrimônio, entre outros.
Direito Misto – Direito Ambiental, agrário, transindividuais etc. O Direito Misto pode ser
considerado como o conjunto de normas jurídicas que possuem natureza pública e
privada como, por exemplo, a hipótese da regulamentação das relações dos
produtores e consumidores ou dos empregadores e empregados.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO CIVIL:
Direito de formação histórica: tradições e práticas costumeiras romanas.
Direito estável: mantém uma linha de continuidade com poucas variações no tempo e
no espaço.
Direito altamente desenvolvido: técnica bastante aperfeiçoada, com regras que se
aplicam a todos os ramos jurídicos.
Direito personalista: proteção da pessoa e seus interesses de ordem familiar e
patrimonial.
Direito liberal: consagra a liberdade da pessoa humana

DIREITO E MORAL:
O direito se aplica as normas e as relações entre o cidadão e o estado. Ele busca
estabelecer o regulamento de uma sociedade. Moral e direito juntos tem em comum a
ética, pois a ética (justificativa) interligada ao direito (regra obrigatória) e a moral
(norma por adesão) são de fato um subconjunto de ações. Assim compreendemos que
a moral é a regulamentação do agir das pessoas (instintos, impulsos).
SISTEMA E DIREITO: SISTEMA JURÍDICO E ORDENAMENTO JURÍDICO
Sistema jurídico ou legal é o conjunto de normas jurídicas interdependentes,
reunidas segundo um princípio unificador. Essas regras utilizam uma linguagem
prescritiva, cuja finalidade é disciplinar a convivência social.
O ordenamento jurídico é o sistema de normas (regras ou princípios) que se
relacionam de uma forma hierarquizada em um estado. Organiza as lacunas e
antinomias das leis, estabelecendo a ordem que o direito deve seguir em relação às
normas estabelecidas. Tem como objetivo atingir melhor convívio e paz social.
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PRINCÍPIOS DO DIREITO CIVIL:


Princípio da Personalidade Individual: separação pessoa física, entidades morais
(pessoa jurídica) e entidades coletivas.
Princípio da Personalidade: todo o ser humano é sujeito de direitos e obrigações.
Princípio da Autonomia da Vontade: prática negocial de acordo com a vontade do
agente, a oportunidade e a conveniência.
Princípio da Igualdade: igualdade formal e material.
Princípio da Liberdade: autodeterminação pessoal.
Princípio da Liberdade Negocial: pode o indivíduo outorgar direitos e assumir
obrigações, sempre atento aos limites legais (ninguém pode ofertar mais direitos do
que efetivamente possui).
Princípio da Propriedade: esforço próprio construir seu patrimônio; o Estado o
assegura.
Princípio da Intangibilidade Familiar: cerne social. Todos devem proteger. Buscar
manter a família como verdadeira instituição jurídica.
Princípio da Solidariedade Social: interesse coletivo x interesse individual.

SISTEMA DE CODIFICAÇÃO:
O Código Civil (CC) é um conjunto de disposições que visa criar, regular, modificar,
reconhecer e extinguir relações jurídicas, direitos e deveres na ordem civil –
sobretudo, em aspectos que tratem das pessoas físicas e jurídicas, das coisas e
bens, dos fatos e negócios jurídicos, das obrigações (inclusive das obrigações
contratuais), dos direitos de empresa, do direito de família e das sucessões.
Os Códigos são importantes instrumentos de unificação do direito, consolidando por
esse meio a unidade política da nação. Constituem a estrutura fundamental do
ordenamento jurídico e um eficiente meio de unificação dos usos e costumes da
população.
CODIFICAÇÃO BRASILEIRA

 Código Civil de 1916.


 Formalismo herdado do Corpus Juris Civilis.
 Influência do Código Civil francês e alemão.
 Herança portuguesa (Ordenações).
 Completude e plenitude legislativa.
 Divisão: parte geral e parte especial.
No período colonial vigoravam no Brasil as Ordenações Filipinas. Com a
Independência, a legislação portuguesa seria aplicada até que se elaborasse o Código
Civil. Houve o esboço feito por Teixeira de Freitas, o qual não foi acolhido pela
comissão revisora. Somente após a Proclamação da República, com a indicação de
Clóvis Beviláqua, foi o projeto de Código Civil por ele elaborado, depois revisto,
encaminhado ao Presidente da República, que o remeteu ao Congresso
Nacional, em 1900. Foi aprovado em 1916, entrando em vigor no ano seguinte.
Era um código de acentuado rigor científico. Miguel Reale Elaborou Código Civil de
2002, Lei 10.406/02. Deixou de incorporar o objeto de diversas leis, de conteúdo
volátil, suscetíveis de modificações. Rompeu com a tradição patrimonialista do direito
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civil, introduziu um capítulo sobre os direitos da personalidade. Valorizou o sistema de


cláusulas gerais e a função social.
DIVISÃO DO CÓGIDO DE 2002:
PARTE GERAL
LIVRO I - Das Pessoas (art. 1º a 78 do CC)

 Naturais (art. 1º a 39 do CC)


 Jurídicas (art. 40 a 69 do CC)
 Domicilio (art. 70 a 78 do CC)
LIVRO II - Dos Bens (art. 79 a 103 do CC)

 Considerados em si mesmos (art. 79 a 91 do CC)


 Reciprocamente considerados (art. 92 a 97 do CC)
 Públicos e Particulares (art. 98 a 103 do CC)
LIVRO III - Fatos jurídicos (art. 104 a 237 CC)

 Do Negócio jurídico (art. 104 a 184 do CC)


 Atos Ilícitos (art. 186 a 188 do CC)
 Prescrição e Decadência (art. 189 a 211 do CC)
 Da prova (212 a 232 do CC)
LIVRO III - Fatos jurídicos (art. 104 a 237 CC)

 Do Negócio jurídico (art. 104 a 184 do CC)


 Atos Ilícitos (art. 186 a 188 do CC)
 Prescrição e Decadência (art. 189 a 211 do CC)
 Da prova (212 a 232 do CC)
PARTE ESPECIAL

 LIVRO I - Direito das Obrigações (art.233 a 965)


 LIVRO II - Direito de Empresa (art. 966 a 1.195)
 LIVRO III - Direito das Coisas (art. 1.196 a 1.510)
 LIVRO IV - Direito de Família (art. 1.511 a 1.783)
 LIVRO V - Direito das Sucessões (art. 1.784 a 2.027)
 LIVRO COMPLEMENTAR - Disposições finais e transitórias (art. 2028 a
2046).
ESTRUTURA DA NORMA:
Preâmbulo Livro Título Parágrafo Inciso Capítulo Alínea

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