Luiza Vitoria dos Santos Souza1, Danilo Rodrigues Brito2, Maiara Hora da Cruz 3 1 Estudante Integrado ao Ensino Médio do Colégio da Polícia Militar, Unidade Lobato. E-mail: luizavitoriasouza@hotmail.com 2 Orientador/Professor do GEOTEC Graduando na Faculdade Social da Bahia. E-mail: maiarahora@hotmail.com 3 Estudante Integrado ao Ensino Médio do Colégio da Polícia Militar, Unidade Lobato. E-mail: danilorbrito@hotmail.com.
PALAVRAS-CHAVE: Educação. História Oral. Rádio Escolar.
moradores, levando em consideração sua formação histórica, Introdução social e espacial, não era de certa forma aquela que se encontra registrada nos livros. Constamos que a deficiência causada pela Com o intuito de aprofundar os conhecimentos sobre a falta de oportunidade e de recursos à informação da maioria da geografia, a história da cidade do Salvador e seus bairros, população pode alterar a construção sócio espacial de uma realizamos pesquisas de campo, entrevistas, recolhimento de região, em que os meios de acesso à educação tendem a ser o dados, mapeamento através de softwares como Google Earth e principal agente auxiliador na construção dessa sociedade. ferramentas web de visualização como o Google Maps, Com base no que foi elaborado pelos pesquisadores sobre o escolhemos o bairro de Pirajá, foco da batalha do 2 de Julho, bairro de Pirajá, percebemos que a segregação sócio espacial como objeto de pesquisa que terá sua história contada na rádio de uma determinada região provém da ação de sua população on-line. Ressaltamos que esta pesquisa integra o projeto “A formadora, que muitas vezes saem de outras regiões em busca rádio da escola na escola da rádio: resgate e difusão de de melhores qualidades de vida e constroem moradias conhecimentos sobre os espaços da cidade de Salvador (Ba)”, irregulares e se adaptam às condições de um determinado do Grupo de Pesquisa Geotecnologias, Educação e espaço, criando um forte sentimento de pertença ao espaço Contemporaneidade (GEOTEC) da Universidade do Estado da vivido. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, Bahia (UNEB) em parceria com o Colégio da Policia Militar p. 26), “A aquisição da noção de espaço é um processo da Bahia (CPM), financiada pela FAPESB. Segundo Azevedo, complexo e progressivo de extrema importância no Peruzzo e Rinaldi (2011), “A rádio na escola reforça um desenvolvimento das pessoas”. Sabendo disso construímos o modelo comunicacional horizontal, democrático e sentimento de revelar aos alunos-moradores que sua história é participativo, na medida em que em seus agentes de outra, é ensinar-lhe a “ler” o local e não somente o livro. transformação são sujeitos”. Com base nisso a intenção da criação dessa rádio é fazer com que durante a elaboração da Conclusões programação, outros alunos possam ouvir a história de seus bairros e assim perceberem que a história oral dos moradores Concluímos que a busca de dados e registros a campo, as nem sempre é a mesma relatada nos livros e compreenderem pesquisas e mapeamentos, proporcionam conhecer e entender a que podem desmitificar a ideia que outros tenham do lugar estrutura, a formação e a história do bairro como também onde vivem. É relevante que eles possam ver as próprias proporcionou ao corpo discente e também à escola como um histórias e de suas famílias veiculadas com intenção de mostrar todo, avanços nos processos educacionais. Trazer isso para ser a riqueza cultural do bairro. apresentado dentro da escola, é mostrar que há muito mais possibilidades onde moramos do que aquelas que se Materiais e Métodos apresentam para nós. A história do bairro de Pirajá é muito bonita, mas não se encontra nos livros, e sim no imaginário da Para atingir tais objetivos nos utilizamos da pesquisa população local onde podemos extraí-las e mostrá-las na qualitativa. Primeiro fizemos uma pesquisa bibliográfica sobre escola, possibilitando assim, “outros olhares” para o que não a origem e história do bairro e o mapeamento do mesmo, pois está estampado nas mídias impressas e televisivas. assim poderíamos planejar nossa visita. Segundo Nevis e Freitas (2006, p. 18), “O mínimo que podemos dizer é que a Agradecimentos história oral é uma fonte, um documento, uma entrevista gravada que podemos usar da mesma maneira que usamos uma Agradecemos a professora Tânia Maria Hetkowski, notícia do jornal, ou uma referência em um arquivo”. Diante coordenadora do Projeto GEOTEC e ao Maj PM Copérnico dessa informação fizemos uso também da história oral que é Mota da Silva pelo apoio durante a pesquisa. uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas com pessoas de certas localidades para extrair a Referências concepção de mundo que mesmas têm desses espaços. Ao realizarmos as entrevistas as mesmas eram transcritas e AZEVEDO, Adriana B. de; PERUZZO, Cicília M. K.; transformavam-se em conteúdos para a programação da rádio RINALDI, Maria Luisa. Rádio-Escola Mauá: da concepção on-line, isso possibilitava um melhor diálogo entre os alunos e teórica à prática. Disponível: encipecom.metodista.br/mediawi a tomada de decisões era realizada de forma colaborativa. ki/images/d/d7/GT6_- _021.pdf. Acesso: 19 mar. 2011. CURRICULARES NACIONAIS. 2001 p. 26; AZEVEDO, Resultados e Discussão Adriana B. de; PERUZZO, Cicilia M. K.; RINALDI, Maria Luisa. Rádio-Escola Mauá: da concepção teórica à prática. Durante a realização da pesquisa e nos encontros do grupo, percebemos, que a história conhecida e vivida pelos seus Número do ISSN 2236-9848 para a publicação intitulada: "Anais Eletrônicos das 11ª Feira dos Municípios e 2ª Mostra de Iniciação Científica – FEMMIC 2012, Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Catu.