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Quando falamos em educação é preciso, antes de mais nada, estabelecer o que de fato é educação.

Educação não é um fim, mas um processo de ensino e aprendizagem que ultrapassa os limites da
escola, ela está presente em todos os ambientes sociais.
Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, conhecido por sua rebeldia, considera o sistema
educacional superficial na formação do homem moderno, onde abdica da cultura em detrimento da
racionalidade técnica e demoliu o humano em favor do modelo de homem dócil, obediente e
destituído de personalidade. Para Nietzsche cultura e educação estão intrinsecamente ligados por
isso o modelo de educação existente é desqualificado, pois visa uma educação para o capital.
Para Nietzsche, educar não é apenas uma transmissão de conhecimento, sim, o educador tem o
dever de propiciar ao aluno o encontro com seu caminho, baseando- se numa educação vivencial,
sem uniformização avaliativa, mas de destaque dos talentos do indivíduo.
A escola moderna prepara o aluno para o trabalho tornando- os úteis, impedindo- os de pensar por si
próprios e impede a construção de um sociedade culturalmente incapaz de questionar. Segundo ele,
o ensino das artes e da filosofia nas escolas tira o mundo da sua zona de conforto e passa a ensinar
os alunos a terem uma educação mais reflexiva através da leitura. Esta tendência de uniformização
exacerbar a importância da memorização como a forma mais importante para se educar, em
detrimento da ação e da criação. Além desta necessidade de formar produtores para o
mundo do trabalho, baseada numa lógica econômica e não com o intuito de
elevação cultural, Nietzsche ainda vislumbra outros interesses nesta tendência
à extensão máxima da cultura. Um deles seria o medo da opressão religiosa do
passado, fazendo aumentar uma busca de elementos culturais contrários à
religião por parte de toda a sociedade. Outro elemento importante é o interesse
do Estado que, consciente de seu poder, investe na formação de seus
funcionários e de seus exércitos para melhor capacitar-se na luta contra outros
Estados.
Outro ponto da crítica de Nietzsche diz respeito a massificação das universidades que, segundo ele,
acaba produzindo formando tão medíocres quantos o professores que os ensinaram, pois esses
apenas servem aos interesses do Estado, não se importando com o verdadeiro ensinamento de
valores culturais e reflexivos, necessários a uma vida educacional plena.

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