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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
NÃO!
Norma de ordem pública é aquela norma inafastável, imodificável pelas partes. Ex.:
dever de pagar imposto de renda, normas de capacidade civil, impedimento para
casamento.
·Escola do serviço público: o D.A. estuda o serviço público. Naquela época o serviço
público abrangia toda a ação do Estado. Tudo estava dentro do conceito de serviço
público. Se tudo que o Estado faz é D.A., nós eliminamos os demais ramos. Direito
Tributário, Financeiro, por exemplo. Daí a crítica à referida escola, pois é um conceito
amplo demais, que invade outras áreas, por isso ele não prosperou. Não foi acolhida
pelo ordenamento
·Critério negativo ou residual – o D.A. é definido como aquilo que não é julgar ou
legislar. O conceito é formado por exclusão. Exclui-se a atividade legislativa e
jurisdicional. Não é suficiente. O critério residual foi aceito pelo Brasil, mas também foi
dito como insuficiente.
FONTES
d) Costumes – prática habitual, acreditando ser ela obrigatória. O costume não cria nem
exime obrigação;
SISTEMAS DE CONTROLE
SEPARAÇÃO DE PODERES
CF. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
PODER: pode significar soberania (todo o poder emana do povo), órgão (são poderes
da União o Legislativo, o Executivo, o Judiciário) e função (O Poder Legislativo,
Executivo etc).
ADMINISTRAÇÃO/ESTADO/GOVERNO
Estado: Vem de status, que significa estar firme. É a pessoa jurídica de direito público.
Tem personalidade jurídica. Pode ser sujeito de Direito.
·Teoria da Dupla Personalidade: dizia que o Estado ora aparecia como pessoa pública,
ora aparecia como pessoa privada. Se o Estado estivesse atuando nas atividades
públicas, ele seria pessoa pública. Se estivesse atuando nas atividades privadas, seria
pessoa privada. Essa Teoria não existe mais. Não importa em que atividade ele está, ele
sempre será pessoa pública.
a) Poder Legislativo:
·Atípica: outras atividades, como, por exemplo, julgar o Presidente por crime de
responsabilidade, realizar licitação (atividade administrativa).
b) Poder Judiciário:
·Típica: solução de lides, aplicando coativamente a lei aos litigantes. Aplicar lei não
produz inovação à ordem jurídica. É uma atuação concreta, em regra, e indireta,
dependente de provocação. Outra característica é a intangibilidade jurídica, isto é,
imutabilidade.
·Atípica: Natureza Legislativa: quando elabora regimento interno de seus tribunais (art.
96, I, "a"); e, natureza executiva: quando administra, v.g., ao conceder licenças e férias
aos magistrados e serventuários (art. 96, I, "f").
c) Poder Executivo:
·Típica (executar o ordenamento jurídico vigente): não inova, concretiza, é direto, mas
pode ser revisado pelo Poder Judiciário. Não produz intangibilidade jurídica para o
Judiciário. Faz coisa julgada administrativa, isto é, a impossibilidade de mudança na via
administrativa.
Obs.: Há algumas funções que não se encaixam em nenhuma das três funções citadas.
Celso Antônio fala em uma quarta função: Função de Governo ou Função Política, que
surge de certos atos que não se alocavam satisfatoriamente nas três funções clássicas do
Estado. Não se confundem com o simples administrar, que se restringe à gestão
rotineira, habitual.
Governo: Comando; direção. Para que o nosso Estado seja independente, o Governo
tem de ser soberano. Governo soberano é aquele que possui independência na ordem
internacional e supremacia na ordem interna.
Administração Pública: Todo o aparelhamento do Estado. A máquina estatal. Ela pode
ser analisada sob dois enfoques diferentes:
Percebe-se, assim, uma participação efetiva de todos os agentes que venham a ser
atingidos pela atuação estatal.
AULA 2
O direito administrativo é a parte do direito público que tem por objeto específico o
regime jurídico comum da função administrativa do Estado. Trata-se de subsistema de
normas jurídicas, integrado no direito público, disciplinador da organização, das formas
de expressão e dos limites jurídicos comuns a qualquer desempenho da função
administrativa do Estado, realizada por entidades, órgãos e agentes governamentais ou
por particulares em atividade delegada.
De outra parte, parece importante frisar que as disposições do direito administrativo não
se limitam a regular a atividade do Poder Executivo.
Não é direito "próprio", embora seja o direito por excelência da atividade do Poder
Executivo, porque regula também o desenvolvimento da função administrativa nos
demais Poderes, órgãos ou entidades públicas, bem como o exercício da função
administrativa a cargo de particulares em função delegada.
Não é também setor normativo ocupado apenas com a disciplina dos serviços públicos,
pois é disciplinador de todas as atividades subsumíveis na função administrativa do
Estado, regidas pelo direito público.
Possui autonomia, assegurada por um feixe de princípios próprios, que lhe garantem a
consistência de subsistema específico de normas.
Por fim, parece óbvio que o conjunto das "leis administrativas" não esgota o objeto do
estudo do direito administrativo, que também se ocupa dos princípios expressos e
implícitos na lei e na Constituição.
O direito administrativo recusa também qualquer outra definição em termos subjetivos,
como direito da Administração Pública em sentido orgânico, ou direito de uma especial
classe de órgãos do Estado, pois, como antecipado, pelo menos no Brasil, é ramo do
direito público aplicado também a particulares no exercício da função administrativa
delegada e a toda atividade administrativa dos Poderes do Estado.
ELEMENTOS DA DEFINIÇÃO
a) direito público
Para a primeira teoria, de nítido caráter teleológico, o direito privado diria respeito às
normas que cuidam de disciplinar a "utilidade privada" ou os "interesses individuais"; o
direito público, as normas respeitantes à prossecução de "interesses públicos",
"interesses gerais" ou da "utilidade pública".
Crítica: situações de mistura. Ex. direito privado de direto interesse público (ex. direito
de família) e normas de direito público que zelam de forma intensa por interesses
privados (ex. direito dos concessionários).
Para a segunda teoria, o critério distintivo é a "forma" ou o "processo" de atuação da
entidade pública: quando os sujeitos atuam de forma equiparada, igualitária, inclusive o
Estado, tem-se direito privado; quando a entidade pública atua com superioridade,
munida de supremacia ou de poderes de sujeição unilaterais, tem-se direito público.
Crítica: Esta concepção foi dominante por bastante tempo, mas entrou em crise com a
superação do Estado Liberal, caracterizado pela administração restritiva ou
disciplinadora, limitada a regular e a policiar os interesses privados em face do interesse
comunitário.
Para a terceira teoria, ao menos em sua formulação inicial, entendia-se que seria direito
público toda a regulação dirigida ao Estado ou a outro qualquer ente público; direito
privado, o direito regulador das situações dos particulares.
Crítica: A teoria era insatisfatória, porque os entes públicos também podem ser
regulados e atuar em termos jurídico-privados, ainda que submetidos a derrogações de
direito público.
É certo que, sob o prisma de qualquer das três grandes teorias, o direito administrativo é
sempre direito público. Porém, como a Administração também pode atuar sob formas
jurídico-privadas, não é destituído de interesse prático a discussão sobre os critérios de
identificação para aplicação do direito público ou do direito privado em cada caso.
Esse fato não deixa de ter relevância prática, pois justifica o recurso a normas e
princípios do direito administrativo na integração de possíveis lacunas nas disciplinas
especiais autônomas do direito público interno ocupadas também com a disciplina da
Administração (ex. lacunas do direito tributário, previdenciário, urbanístico etc.)
Pode-se falar hoje, sem maiores ressalvas, num direito administrativo internacional,
formado por fontes de direito comunitário ou internacional, ao lado do tradicional
direito administrativo interno;
De fato, para uns o direito administrativo nada mais é senão o direito privilegiado do
Estado, o direito das prerrogativas exorbitantes do Poder Público, o direito especial da
atividade administrativa autoritária do Estado (o que pode ser denominado também
enfoque “ex parte principe”).
Essas ideologias, ora de forma velada ora explicitamente, condicionam em grande parte
a interpretação dos institutos de direito público e, em especial, dos institutos de direito
administrativo.
No Brasil, por fatores variados, inclusive pela forma predatória de nossa colonização,
predominou sempre uma compreensão autoritária do direito administrativo, uma
interpretação bonapartista do regime da administração pública, que enfatizava antes as
prerrogativas excepcionais do poder público do que os deveres jurídicos da
Administração e as garantias do administrado.
Administração não é, portanto, por natureza, parte prevalente nas relações com
particulares. Será assim apenas quando, realizando hipóteses típicas, estiver a serviço de
interesses públicos objetivamente caracterizados na lei, vale dizer, quando funcionar
como a longa manus do legislador na tutela de interesses e valores prioritários.
a) direito recente
A ausência de uma ordenação sistemática geral unitária, sem dúvida, dificulta o estudo
da disciplina, ampliando ainda mais a relevância da pesquisa sobre os princípios
comuns e juridicamente obrigatórios nos distintos setores da atividade administrativa do
Estado ou de seus delegados.
d) direito extenso
e) direito comum
O direito administrativo também é considerado direito extenso por tratar dos mais
variados aspectos da atividade administrativa do Estado, bem como direito comum, no
sentido de ser o direito normal, rotineiro, constante da atividade administrativa do
Estado.
No Brasil, essa tarefa desbravadora tem sido cumprida sobretudo pela doutrina. Esse
fato torna difícil e fascinante a investigação, o ensino e o aprendizado do direito
administrativo.
b) organização administrativa;
d) processo administrativo;
e) controle administrativo;
h) bens públicos;
Esses temas podem ainda ser desdobrados em diversos outros, bem como ser
aglutinados ou restringidos, conforme o ordenamento jurídico e a fase de
desenvolvimento da atividade do Estado.
Pré aula : 3
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LER Art 37 ao 39
AULA 3
Não existe um princípio que se sobreponha aos outros ou que seja absoluto. Assim,
deve-se utilizar o critério de ponderação dos interesses na situação concreta (não há
nulidade nem exclusão na hipótese de conflito). As regras são operadas no modo
disjuntivo, pois uma exclui a outra quando da sua aplicação. O conflito entre elas é
resolvido no plano da validade.
a) Legalidade
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
Art. 37, caput - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte;
Enfoques:
B) para o Direito Privado, o particular pode tudo, salvo o que está vedado pela lei
(critério de não contradição à lei). O controle de legalidade é a verificação de
compatibilidade de um determinado ato com a lei, regras e princípios constitucionais
(controle em sentindo amplo).
Obs.: o princípio da reserva legal não se confunde com o princípio da legalidade, pois
aquele determina que para certa matéria seja reservada (escolhida) a espécie normativa.
a) Nas relações privadas: Aqui, os particulares buscam seus próprios interesses e são
livres para atuarem, desde que não contrariem o disposto na legislação. A lei funciona,
neste caso, como limitadora de vontades.
b) Nas relações públicas: A Poder Público (Administração) só pode atuar nos moldes
autorizados ou determinados pela legislação. Aqui, a lei funciona como reguladora de
vontade, ou seja, como ponto de partida para que a Administração possa atuar.
Ocorre que, segundo o Prof. Celso Antônio Bandeira de Melo (Curso de Direito
Administrativo, 26ª Ed., pág. 105 e 126-136), é possível apontar três restrições
excepcionais ao princípio da legalidade:
a) Medida provisória
b) Estado de defesa
c) Estado de sítio
Nesses três casos, deve a Administração atuar mesmo que não haja lei regulamentando
sua atuação, o que revela a mitigação da obrigatoriedade do princípio da legalidade.
b) Impessoalidade
Exemplos: licitação (todos tem a chance de serem contratados pelo Poder Público),
concurso público.
c) Moralidade
Lei n. 8.112/90. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais.
IV - improbidade administrativa;
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.
MUITO IMPORTANTE:
Além disso, o STF determinou que o CNJ pode fazer o controle administrativo do
cumprimento das suas resoluções.
Nesse caso, não caracteriza. Inicialmente, sobre o nepotismo, vale a pena destacar que
não há necessidade de lei formal para a vedação ao nepotismo, considerando que tal
proibição decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF/88.
Quando do julgamento da Rcl 18564/SP, o STF deixou claro que não se caracteriza
como nepotismo a nomeação de pessoa que possui parente no órgão, quando este não
tem influência hierárquica sobre a nomeação.