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Editora Cruzeiro, já devidamente quali cada nos presentes autos em que lhe é
movida ação indenização por danos morais com obrigação de fazer por Jaqueline, também
já devidamente quali cada, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de sua
procuradora (o), informar que, nos termos do art. 1.018, do Código de Processo Civil,
interpôs recurso de Agravo de Instrumento em desfavor da decisão de s. (xx), juntando,
nesta oportunidade, cópia da petição do referido recurso, do comprovante da sua
interposição e da relação de documentos que o instruíram
Nestes termos, pede e espera deferimento
OAB/xx
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAUL
Editora Cruzeiro, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número (…),
com sede na Rua (…), Bairro (…), CEP xxxxx-xxx , São Paulo- SP, vem, por seu
procurador infra-assinado (doc 1), nos autos da Ação de indenização por danos morais
com obrigação de fazer. Em trâmite na 1ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, Processo
nº xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx, que lhe é movido por Jaqueline, estado civil, cantora,
portadora do RG (…), inscrita sob o CPF sob o número (…), residente na (endereço
completo com CEP), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando
com a r. Decisão de s. xx e com fundamento nos Artigos 1015 se seguintes do CPC, inter
por o
AGRAVO DE INSTRUMENT
I - DO PREPARO
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O
II - DA TEMPESTIVIDAD
Sendo o prazo legal, previsto no CPC em seu Art. 1003 § 5.º, o prazo de 15 dias
úteis, para interposição de Agravo de Instrumento a partir da intimação das partes.
A intimação da referida decisão foi feita no dia 14/09/2022 (quarta-feira) e o presente
recurso será juntado no dia de hoje, 16/09/2022 (sexta-feira), sendo assim o prazo de 15 dias
úteis terminaria no dia 04/10/2022 (terça-feira). Portanto, manifesta é a tempestividade
deste recurso.
A Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos termos
do artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes
peças obrigatórias
Termos em que
Pede deferimento
Local, data
ADVOGADO
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OAB/…
RAZÕES DO RECURS
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMAR
A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em
franco confronto com os interesses da Agravada, já que o mantém em situação de risco pela
irresponsabilidade do Agravado
Trata-se de ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer
proposta pela ora Agravada “Jaqueline” em face da aqui Agravante “Editora Cruzeiro”
A agravada foi uma cantora de grade sucesso nas décadas de 80/90, que infelizmente,
em decorrência do abuso de drogas, teve que afastar da vida artística, vivendo de forma
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reclusa em uma chácara no interior de Minas Gerais, há quase 2o anos. Fatos estes, que são
informados na biogra a produzida pela Editora Cruzeiro, a qual é objeto desta lide.
Alega a autora, ora agravada, que os fatos expostos em sua biogra a, a respeito de
sua imagem e vida privada, não foram previamente autorizados, e que desta forma estaria
lesando sua personalidade, lhe causando dano moral, e que precisaria de imediata
interrupção para que estes danos não se tornem permanentes.
O Douto Juiz “a quo”, por sua vez, deu provimento para a argumentação da autora/
agravada, concedendo-lhe a antecipação da tutela para condenar a agravante a não mais
vender exemplares da biogra a, como também para recolher todas aquelas que já tivessem
sido remetidas aos pontos de venda, no prazo de 72 horas, sob pena de multa diária de R$
50.000,00.
Eis a síntese dos fatos.
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constituição aos artigos 20 e 21 do CC, (artigos estes usados como base de fundamentação
da decisão aqui atacada), declarando ser inexigível a autorização prévia para a publicação de
biogra as, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da
atividade intelectual, artística, cientí ca e de comunicação, independentemente de censura
ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográ cas literárias ou audiovisuais
(ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas)
Nesta caso, temos que a Agravante agiu no regular exercício da liberdade de
expressão, nos exatos termos do entendimento da Suprema Corte, que invocou o artigo 5.º,
inciso IX, da Constituição Federal, para decretar a inexigibilidade de autorização da pessoa
biografada, ainda mais considerando-se que se tratam de fatos verdadeiros e que Jaqueline é
pessoa pública, se tratando de uma artista de grande expressão no cenário artístico nacional
Por esta razão, é medida de rigor a reforma da r. decisão de primeira instância, para
permitir a venda da publicação
IV- DO PEDID
Termos em que
Pede deferimento
Local, data
Advogado
OAB/
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