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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ – PUCPR

ESCOLA DE DIREITO

DANIEL GONSCHOROVSKI STOFFELLA

GABRIELA BABANAKOVAS OKONOSKI

JOÃO PEDRO VACCARELLI KNOPIK

KALLED IBRAHIM KANSOU

MARIA EDUARDA MULLER VENTURA

MAYTHE RUDEK GARCIA

TDE - IMIGRANTES

CURITIBA

2023
DANIEL GONSCHOROVSKI STOFFELLA

GABRIELA BABANAKOVAS OKONOSKI

JOÃO PEDRO VACCARELLI KNOPIK

KALLED IBRAHIM KANSOU

MARIA EDUARDA MULLER VENTURA

MAYTHE RUDEK GARCIA

TDE - IMIGRANTES

Trabalho Discente Efetivo apresentado


para a obtenção de nota parcial do 1°
bimestre de 2023 em História e
Socioantropologia do Direito.

CURITIBA
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................4
2. MOVIMENTO DE REFUGIADOS ............................................................5
3. LEIS BRASILEIRAS DE REFÚGIO.........................................................6
4. RESUMOS................................................................................................8
4.1 BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS E JOÃO ARRISCADO
NUNES................................................................................................8
4.2 DOCUMENTÁRIO – REVISTA SENTIDO..........................................9
5. FORMAS DE AJUDAR OS REFUGIADOS...........................................10
6. CONCLUSÃO.........................................................................................11
7. REFERÊNCIAS......................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

Refugiados são pessoas que foram deslocadas à força de seu país em busca
de uma vida melhor em outro lugar, muitas vezes não tendo opção senão deixar o seu
país de origem. Estima-se que mais de 37.000 pessoas são forçadas a abandonar
sua nacionalidade devido a conflitos e perseguições por dia.
Para compreender como ajudar os refugiados, é preciso entender, em primeiro
lugar, o porquê das pessoas se tornarem refugiados. As causas diferem de país para
país, no entanto, existem alguns suspeitos primários da atual crise de refugiados.
Nos últimos anos, depois de algumas mudanças o CEIBS se tornou o mais
novo centro do desastre A crise humanitária nomeado como crise de refugiados. Na
qual foi iniciado com a guerra civil da Síria, onde milhares de sírios foram forçados a
sairem de seus países e migrar para o continente europeu, na época considerado um
país mais desenvolvido.
No entanto, esse movimento continua até os dias e hoje. Segundo dados
recentes divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), existem cerca de
250 milhões de migrantes internacionais no mundo, ou seja, pessoas que vivem em
países diferentes do seu nascimento. 68 milhões deles estão em deslocamento
forçado.
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2. MOVIMENTO DE REFUGIADOS

Refugiados são pessoas que vão embora do país que vivem por motivos de
ameaça à sua integridade física e até mesmo sua vida e a dos seus familiares, alguns
desses motivos pode ser um confronto armado ou até mesmo uma crise política. A
maior parte dos refugiados são dos países da África ou do Oriente Médio
A maioria dessas pessoas vem da Síria, eles se deslocam-se em massa para
a Europa, através do Mar, com embarcações inseguras e com uma situação precária.
Com esse deslocamento gerou um enorme crescimento demográfico na região
próxima ao mar mediterrâneo e depois esse crescimento se expandiu para outras
partes do continente, causando conflito com os moradores locais, pois os europeus
diziam que os refugiados estavam roubando os empregos dos cidadãos.
As condições de vida de um refugiado são precárias, a maior parte dos seus
abrigos são feitos com tendas ou lugares improvisados exposto a ventos, chuvas,
lama, lixo e doenças. Segundo a organização Médicos sem fronteiras, a sarna é o
principal problema que essas pessoas enfrentam.
Segundo pesquisas do Alto Comissariado de Refugiados, para a ONU, em
1950, cerca de dois milhões de pessoas se movimentam pelo mundo. Já no ano de
2015 foram 53 milhões. hoje em dia mais de 67,6 milhões de pessoas deslocam-se
pelo mundo, e são consideradas refugiadas.
Em 2011 foi o ano que o mundo enfrentou a pior fase crise de refugiados desde
o fim da II Guerra Mundial, maior responsável por essa fase da crise foi a guerra da
Síria. Foi uma sangrenta guerra civil, por conta dessa situação mais de três milhões
de pessoas procuraram refúgio em diversos países.
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3. LEIS BRASILEIRAS DE REFÚGIO

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), foi criado
durante a segunda guerra mundial para ajudar milhares de pessoas que foram
deslocadas de suas casas e procurar outro lugar para chamar de lar. Posteriormente
o ACNUR foi convocado para dar continuidade ao seu trabalho e responder os
chamados das crises de refugiados que ocorria em todo o mundo. Depois de tempos,
as pessoas que o Brasil recebia, contribuíram para a melhoria da sociedade, da cultura
e principalmente da economia do país durante anos.
Mais de 60 anos depois da criação, as pessoas continuaram sendo obrigadas
a abandonar suas vidas em busca de segurança e proteção. Isso porque tinha, e ainda
há muitos conflitos, violência e violações dos direitos humanos. O número de pessoas
que foram forçadas a se deslocar e deixar suas casas e famílias para trás já passou
de 43 milhões.
O Brasil é um exemplo para os demais países, em um mundo onde esses
estrangeiros são tratados com desrespeito e estereotipados como alguém sem valor,
sofrendo racismo e xenofobia nossa nação tem recebido refugiados e migrantes
durante anos, e tem feito isso com acatamento aos seus direitos e à sua dignidade
humana. Esperamos que possam aprender e colher os princípios com a positiva
experiência brasileira em relação a eles.
Depois da criação oficial da ACNUR em 1950 o mundo ainda pedia por uma lei
normativa que demonstrasse com precisão quem é uma pessoa refugiada, após 1 ano
de espera a Convenção sobre o Estatuto de Refugiados foi aprovado, e assim, ficou
conhecido como Convenção de 1951 das Nações Unidas.
Uma agenda de propostas nos leva a compreensão da prática e da reflexão
das autoridades que atuam nesta causa em nosso país, abaixo algumas situações
que na época considerava-se novas ou pelo menos não conhecidas estabelecido no
marco jurídico, citando as dificuldades aos órgãos implementadores da lei e das
políticas dela:
• “Lutar pelo respeito ao ser humano, a “cidadania universal” como valor
ético, que assegura o respeito à dignidade e os direitos humanos fundamentais dos
migrantes e dos refugiados, independentemente do espaço geográfico em que se
encontram, de sua nacionalidade, cor, etnia, situação social (...); Refúgio no Brasil
Atores e Ações por uma Lei de Refugiados no Brasil 247”;
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• Fortalecer os mecanismos de execução dos dispositivos legais


(reconhecimento de títulos e certificados, acesso a créditos públicos, inclusão no
mercado de trabalho, possibilidades de acesso à moradia);
• Promover a inclusão dos refugiados nas Políticas Públicas existentes e
proposição de novas ou específicas, quando for o caso;
• Dispensar especial atenção às situações e segmentos maios expostos à
vulnerabilidade – crianças, idosos e mulheres;
• Proteger e garantir a reunião familiar;
• Avançar em parcerias com o poder público local para o estabelecimento
de políticas e práticas de acolhida e integração dos refugiados e refugiadas;
• Sensibilizar o Governo e os responsáveis pela política financeira e
orçamentos públicos para a disponibilidade de recursos para apoio aos refugiados e
refugiadas;
• Continuar a capacitação do pessoal, tanto agentes públicos, quanto da
sociedade civil;
• Envolver novas instituições acadêmicas e do setor privado no estudo,
reflexão e práticas de atenção e integração da população refugiada;
• Motivar e desencadear ações concretas de solidariedade;
• Esclarecer e superar todo e qualquer estigma na sociedade em relação
aos refugiados;
• Obter recursos financeiros para capacitação das Redes de Proteção e
para apoiá-las na acolhida, assistência, integração, qualificação e sobrevivência;

• Avançar em iniciativas conjuntas com envolvimento das instâncias de


governo na causa e ação junto aos refugiados e fortalecer a ação tripartite – governo,
organizações internacionais e entidades da sociedade civil;
• Fortalecer a articulação com os meios de comunicação social”.
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4. RESUMOS

Após breve associação, leituras e pesquisas segue agora um resumo sucinto


sobre a leitura do livro “Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da
diferença e da igualdade” de Boaventura de Sousa Santos e João Arriscado Nunes, e
o resumo do documentário “Um País Para Recomeçar – documentário sobre a vida
dos refugiados do Brasil” produzido pela Revista Sentido.
4.1 BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS E JOÃO ARRISCADO NUNES
O texto aborda o tema multiculturalismo, justiça multicultural, direitos coletivos
e cidadania plurais, atentando para as tensões entre diferença e igualdade e para as
lutas dos movimentos de emancipação que buscam as concepções de diferença
inclusivas e respeitosas.
Pergunta-se como conciliar o reconhecimento da diversidade e a exigência de
igualdade, como abordar a desigualdade e a opressão com a diferença, como conciliar
direitos coletivos e individuais e reconciliar cidadãos cosmopolitas e locais. O texto
enfatiza a importância de descontruir o pensamento eurocentrista, explorando formas
de criar um vocabulário emancipatório baseado na sociologia da ausência e na teoria
da tradução da ausência. O conceito de multiculturalismo é controverso e evoluiu ao
longo do tempo apesar das críticas e contradições. No entanto, as versões
emancipatórias do multiculturalismo procuram reconhecer as diferenças e construir
uma vida em conjunto através das diferenças.
O autor afirma que os direitos dos povos indígenas na América Latina não são
concebidos na matriz individualista das teorias jurídico-constitucionais liberais, mas
como direitos coletivos que garantem o reconhecimento sobre a diversidade cultural
e multiétnica das sociedades latino-americanas. Agora se faz necessário, ter
estratégias de organização e convocação que enfatizem a importância das parcerias
entre vários movimentos indígenas, e a necessidade de um Governo Federal que
garanta os direitos coletivos desses povos.
O autor também destaca a importância de status e a necessidade de encontrá-
lo de acordo com a "lógica do povo", ou seja, resistência à "lógica principal". Além
disso, o estudo reconhece a necessidade de discriminação entre as atividades de
ONGs internacionais e movimentos de base e sua exploração, interações em
processos competitivos que se tornam transnacionais. O autor informa que as lutas
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locais devem continuar a liderar o processo de solidariedade e as relações devem ser


horizontais para evitar hierarquias ou subordinação entre os participantes.
O texto também discute a relação entre movimentos sociais e conquistas
diferentes, formas opostas de justiça, e como o conceito de justiça se relaciona com
conceitos de reconhecimento da identidade e exigência das diferenças locais.
Além disso, o autor também enfatiza que alguns acordos feitos com grupos
armados podem envolver sacrifícios, mas tudo é feito com o intuito de preservar os
direitos populares dos cidadãos em nome da paz e da sociedade, o que torna a
emancipação mais difícil e muitas vezes incompatível com o estado de direito
nacional.
4.2 DOCUMENTÁRIO – REVISTA SENTIDO
Conforme evidenciado no documentário, é comum que os imigrantes deixem
seus países de origem não por decisão própria, mas sim forçados por inúmeros
motivos, como guerras, perseguições e instabilidades políticas internas.
Todos os refugiados, apresentados, que encontraram abrigo no Brasil têm em
comum a compaixão da população brasileira diante de pessoas que enfrentaram um
passado tão doloroso. Ademais, ONGs oferecem oportunidades de emprego, moradia
e integração à sociedade brasileira, fazendo do Brasil um lugar para recomeçar, livre
da violência e das condições desfavoráveis que caracterizam seus países de origem.
Cada refugiado tem uma história de superação, tendo enfrentado situações
inimagináveis para sobreviver, tal como retratado no documentário, que mostrou um
ataque terrorista que resultou em milhares de mortes.
Vale ressaltar que a fuga desses refugiados não é um processo fácil ou
tranquilo, pelo contrário, muitas vezes sujeitam-se a condições desumanas, como
atravessar o mar em um bote inflável com mais de 50 pessoas a bordo. Diante disso,
somos encantados pelo projeto social Missão Paz, em conjunto com a infraestrutura
oferecida pela Casa do Migrante, por proporcionarem um ambiente de conforto e
amparo aos que perderam tudo.
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5. FORMAS DE AJUDAR OS REFUGIADOS

Como cidadãos, temos o dever moral de ajudar todos aqueles que pudermos,
com ações simples, você também pode ajudar. Siga algumas de nossas indicações!
Voluntarie-se em projetos voltados para os refugiados. Para ajudar essas
pessoas, procure projetos que acolhê-las, existe instituições que ajudam refugiados
através da gastronomia.
Doe para instituições, é preciso que ocorram doações para instituições
humanitárias, como os Médicos Sem Fronteiras e Acnur, agência da ONU que oferece
abrigo, água potável, saneamento e assistência médica vital aos refugiados.
Reserve um tempo para ensiná-los. Se você tem um maior conhecimento sobre
a língua que predomina no seu país, você pode ensinar algumas expressões usadas
no dia a dia, algumas gírias que predominam na sua região, com isso você está
ajudando a pessoa se inserir na sociedade.
Ofereça trabalho. Se você tem alguma empresa ou até mesmo um comercia,
ofereça emprego para refugiados, mostrem a eles novas profissões e os ensinem a
exercer essa profissão.
Dê as boas-vindas e os acolha da melhor maneira possível. Uma boa forma de
receber esses refugiados, é dando um lugar para eles morar, acolher uma família em
seu lar, ou até mesmo dando comida, oferecendo saneamento básico para essas
pessoas.
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6. CONCLUSÃO

Imigração é um dos temas mais importantes tendo relações com a crise de


refugiados, onde teve seu ponto central na Europa. É preciso compreender a crise de
refugiados como um fenômeno global, na qual mais de 65 milhões de pessoas foram
deslocadas do mundo por conta de conflitos e guerras.
O Brasil vem aos poucos se inserindo como um país defensor dos direitos
humanos, da solidariedade e da paz. A principal lei brasileira 9.474/97 pertencente
aos refugiados, faz elogios ao nosso povo por conceder direitos importantes ao
mesmo tempo em que precisavam de moradia. Apesar do Brasil já se encontrar em
movimento de mudança nesse sentido, ainda existem muitos problemas a serem
enfrentados para garantir uma vida digna aos migrantes forçados que já existem e os
que procuram acolhimento no país.
Haja visto, as realidades apresentadas, tanto no texto como no documentário,
das situações desumanas que os imigrantes sofrem diariamente, estão
correlacionadas com a visão eurocêntrica e etnocêntrica do mundo, considerando seu
grupo étnico superior aos demais, e, portanto, passiveis de terem seus direitos
suprimidos, um fato que apesar de não ser assistido de razão vem ocorrendo nos dias
atuais. Sob o mesmo prisma vemos o projeto social Missão Paz, o qual visa ajudar
estes imigrantes e refugiados que deixaram para traz suas casas e famílias, com o
intuito de buscar uma vida melhor.
Dentre muitas mudanças necessárias que ainda é preciso fazer, a principal
delas é o reconhecimento humanitário que é de maior responsabilidade da política,
inclusive no plano retórico, onde se liga com uma prática política garantindo direito a
todos. Na questão dos refugiados, isso significa melhoria na manutenção de políticas
públicas específicas para esses refugiados e demais migrantes, que permitem o
acesso à saude, à moradia, à educação, ao trabalho e diversas outras coisas.
Uma crise de refugiados pode ser causada por muitas razões. A intensidade e
escala destas causas é o que obriga as pessoas a abandonar as suas casas e países
de nascimento para procurar abrigo noutro lugar. Estes fatores como perseguição,
guerra, fome, dificuldades financeiras, etc., forçam a deslocação em massa de
pessoas na esperança de sobreviver.
A capacidade limitada das organizações internacionais para controlar e mais
tarde restabelecer os refugiados leva a uma grande carga social, política e económica
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à escala global. Estão a ser feitos esforços para resolver estas questões para melhorar
a vida das pessoas em todo o mundo.
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7. REFERÊNCIAS

NOGUEIRA, Ricardo. Crise dos refugiados, as principais causas do suplício,


Disponível em: https://ricardonogueira85.jusbrasil.com.br/artigos/265263982/crise-
dos- refugiados-as-principais-causas-do-suplicio. Acesso em: 20 abr. 2023
UM PAÍS para recomeçar – documentário sobre a vida dos refugiados do brasil.
Produção: Revista Sentido. Youtube. 24/06/2017. (32min). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=j_Wu-ICX66o. Acesso em: 18 abr.
2023
SANTOS, Boaventura de Sousa; NUNES, João Arriscado. Introdução: para ampliar o
cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade in SANTOS, Boaventura de
Sousa. Reconhecer para libertar- os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003
COMO AJUDAR os refugiados, Disponível em: acnur.org. Acesso em: 22 abr. 2023

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