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Texto 1

Crônica Tannus: A crise dos refugiados

Um novo êxodo com proporções bíblicas tinge de sangue as praias da Europa.


Os refugiados compostos por numerosas famílias que buscam a paz estão sendo tratados como invasores
indesejados pela Comunidade Europeia.
As imagens do sofrimento estampadas nas faces dos expatriados são verdadeiras pinturas expressionistas
contaminadas pelo sofrimento e pela discriminação e, lamentavelmente, têm a anuência dos governos que se
recusam a aceitar os estrangeiros.
A segregação e o preconceito somam-se às crises econômicas, à ausência de postos de trabalho e ao aumento
dos problemas sociais que os Estados querem evitar.
Mas a que custo.
As organizações internacionais buscam explicações para os canhões de água, para as bombas de efeito moral, de
gás mostarda, que explodem não só nos corpos dos alienígenas invasores, mas também, espocam ruidosamente
sobre os compromissos firmados pela Carta das Nações Unidas.
A contradição moral dos signatários da Declaração Universal dos Direitos Humanos, persiste nas ações dos países
que sofreram com o autoritarismo e a perseguição do regime comunista, ou com o tormento da Segunda Guerra
Mundial, nada disso hoje é levado em conta.
Dinheiro, renda, postos de trabalho, economia estável estão acima da solidariedade e da compaixão.
O mundo dito ‘civilizado’ está na contramão da sua própria história.
PALAVRA DE HONRA!

A situação dos Refugiados e Imigrantes no Brasil

Em meio a pandemia da Covid-19 e conflitos incessantes ao redor do mundo, entenda esse grupo e conheça a uma
das instituições que lhes presta apoio no Brasil

por

Marina Daquanno Testi e Thayná Alves|

08/12/2020 -

O número de refugiados no Brasil vem crescendo a cada ano. Só no ano de 2018, segundo a
Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR) foram relatadas 80 mil solicitações de reconhecimento
de condição de refugiado no Brasil. Os grupos de maior número entre as solicitações são os
venezuelanos (61.681), que saíram do país devido à crise humanitária, e os haitianos (7.030), cujo
fluxo de migração se intensificou após o terremoto que atingiu o país em 2010.

A lei brasileira considera refugiado todo indivíduo que está fora de seu país de origem devido a
guerras, terremotos, miséria e questões relacionadas a conflitos de raça, religião, perseguição
política, entre outros motivos que violam seus direitos humanos. Isso pode acontecer, por exemplo,
quando a vida, liberdade ou integridade física da pessoa corria sério risco no seu país.

Para que o imigrante seja reconhecido como refugiado, é necessário enviar uma solicitação para
o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). O processo de reconhecimento, que antes era
mais burocrático e mais demorado, atualmente é feito no site do Ministério da Justiça, a partir do
preenchimento do formulário que pode ser feito ainda no país de origem. Todas as etapas podem ser
acompanhadas pela internet, mas para o processo começar a tramitar, o solicitante deverá
comparecer a uma unidade da polícia federal.
Dentre a população refugiada reconhecida no Brasil, segundo o censo da ACNUR de 2018, a
maioria se concentra nas faixas etárias de 30 a 59 anos (41,80%), seguido de pessoas com idade entre
18 a 29 anos (38,58%). Do total, 34% são mulheres e 66% são homens, ressaltando os sírios, os
congoleses como nacionalidades em maior quantidade (respectivamente 55% e 21%).

Em janeiro de 2020, o Brasil tornou-se o país com maior número de refugiados venezuelanos
reconhecidos na América Latina, cerca de 17 mil pessoas se beneficiaram da aplicação facilitada no
processo de reconhecimento, segundo a Agência da ONU para Refugiados. As autoridades
brasileiras estimam que cerca de 264 mil venezuelanos vivem atualmente no país. Uma média de 500
venezuelanos continua a atravessar a fronteira com o Brasil todos os dias, principalmente para o
estado de Roraima.

Apesar de em grande quantidade, apenas 215 municípios têm algum tipo de serviço
especializado de atenção a essa população. As maiores dificuldades encontradas por pessoas
refugiadas são a adaptação com o mercado de trabalho, com o aprendizado do idioma, o preconceito
e a xenofobia, educação (muitos possuem diplomas em seus países de origem que não são aceitos aqui
no Brasil), moradia e saúde.

Texto 3

O amparo aos refugiados por


Marina Daquanno Testi e Thayná Alves
|
08/12/2020

Diante de um quadro de crise em escala global, como o que acontece este ano com a pandemia
da Covid-19, essa população de migrantes e refugiados, que já se encontram em extrema
vulnerabilidade, conta com o apoio de poucas instituições voltadas especialmente para suas
necessidades. Este é o caso da Missão Paz, uma instituição filantrópica de apoio e acolhimento a
imigrantes e refugiados, com uma das sedes na cidade de São Paulo, como conta o padre Paolo
Parise.

Nascido e criado na Itália, Parise atua desde 2010 na Missão Paz, atualmente como um dos
diretores, e explica que esta instituição está ligada a uma congregação da Igreja Católica chamada
Scalabrinianos, que atua com imigrantes e refugiados em 34 países do mundo. “Na região do Glicério
- município do estado de São Paulo-, a obra se iniciou nos anos 30 e atualmente está presente em
Manaus, Rio de Janeiro, Cuiabá, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Foz do Iguaçu,
Corumbá e outros lugares.”

Sua estrutura atual conta com a Casa do Migrante, um abrigo com capacidade de 110
indivíduos que são acolhidos com alimentação, material de higiene pessoal, roupas, aulas de
português, acompanhamento de assistentes sociais e apoio psicológico; e o Centro Pastoral e de
Mediação dos Migrantes (CPMM) que oferece atendimento e serviços voltados aos imigrantes,
quanto aos seguintes temas: documentação e jurídico; trabalho, capacitação e cidadania; saúde;
serviço social; família e comunidade. “Além disso, temos a área de pesquisa em parceria com a
revista Travessia, que é o Centro de Estudos Migratórios (CEM), uma biblioteca especializada em
migração e a WebRadio Migrantes”, completa Pe. Paolo.

[...]A Missão Paz se mantém através de projetos e dinheiro injetado pela congregação da Igreja
Católica. “Neste momento, a Missão Paz não recebe apoio financeiro nem do município, nem do
estado e nem do Governo Federal”, relata Parise. Durante a pandemia receberam ajuda da
sociedade civil, “[A Instituição] Conseguiu muitas doações de pessoas físicas, de instituições, de
campanhas, fosse em dinheiro, em cestas básicas ou kits de higiene pessoal”, e com 200 cestas básicas,
por mês, da Prefeitura de São Paulo. Também receberam ajuda com testes de COVID em nível
municipal.

A instituição filantrópica ainda conta com a ajuda de vários parceiros, como explica seu diretor
“na área de incidências políticas, por exemplo, nós atuamos com a ONG Conectas Direitos Humanos,
temos na área de refugiados um projeto com a ACNUR, estamos preparando outro com a OIM
(Organização Internacional para as Migrações) e temos algumas ações com a Cruz Vermelha”.

Escreva uma crônica em que um refugiado sofre uma situação de preconceito.

Pode ser em 1ª ou 3ª pessoa;

Deve ter pelo menos dois personagens ativos e se passar no Brasil;

Os personagens podem ser nomeados.

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