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CRISE DOS

REFUGIADOS
EDUARDA VANACOR, JOÃO PEDRO, RODOLFO
TURMA 104 – 09, 18, 31
REFUGIADOS, DESLOCADOS INTERNOS E APÁTRIDAS

■ Refugiados são pessoas que tiveram de exilar de seu país por causa de perseguição, guerra ou
desastres, no entanto elas continuam mantendo a sua nacionalidade. Temos como principal
exemplo de refugiados os sírios e os afegãos.
■ Deslocados internos estão na mesma situação dos refugiados, que estão fugindo do seu país
pelos motivos citados, mas ao contrário dos refugiados, eles ainda não passaram por uma
fronteira internacional para buscar proteção, dependendo do governo da sua pátria mãe para
proteção e outros serviços, o que os deixa vulneráveis. Atualmente esse grupo é composto por
venezuelanos.
■ Apátridas são pessoas que legalmente não tem título de nacionalidade, ou seja, não são
considerados nacionais por qualquer estado. Na história, os judeus foram considerados
apátridas nos países controlados pela Alemanha Nazista durante a segunda guerra mundial,
quando tiveram a sua nacionalidade revogada por causa da sua orientação religiosa.
INTRODUÇÃO
Refugiados existem desde o início da história da humanidade, já que em muitos
momentos, tribos foram forçadas a sair de seus lugares por causa da expulsão do
território por outra tribo ou por desastres naturais. Mesmo assim, os direitos atuais dos
refugiados só começaram a surgir a partir dos anos 50 com a formação da ACNUR
(Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) após a convenção de 1951.
Nela foi assinado o estatuto dos refugiados, que definiu quem seriam os refugiados e os
direitos e os deveres entre os refugiados e os países que adotarem eles.
A existência de refugiados está relacionada à perseguição ou guerra portanto, é de
extrema importância entender sobre o tema, observando que a cada dois segundos
alguém foge de seu país por esses motivos. Essa movimentação em massa de
imigrantes gera então a CRISE DOS REFUGIADOS.
Principais crises de refugiados da história:
■ Segunda guerra mundial: 40 milhões de pessoas
■ Partição da Índia e o Paquistão: 14 milhões
■ Guerra civil Síria: 12 milhões
■ Guerra de independência de Bangladesh: 10 milhões
■ Invasão soviética do Afeganistão: 6 milhões
CRISES HUMANITÁRIAS
As crises humanitárias são situações que acabam gerando grandes impactos em diversos
segmentos, tais como na saúde e na política, esse tipo de ocorrência pode acabar afetando
vários setores básicos da sociedade, como vem ocorrendo com certa frequência nos últimos
10 anos.
Tudo isso acaba influenciando para que a crise de refugiados aumente cada vez mais.
Diversas agências estão muito preocupadas com o Iêmen por exemplo, um lugar que
embora esteja passando pela maior crise humanitária do mundo, continue recebendo
diversos migrantes e candidatos a asilo mesmo não tendo condições de oferecer boas
condições de vida a muitas dessas pessoas. Segundo diversos relatos, as taxas de extorsão,
tráfico e deportação no país vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos. Muitos
migrantes acabam sendo presos ou detidos, vítimas de abuso e ainda sendo forçados a
regressarem aos seus países de origem.
ORIGEM
Mais de 68% dos refugiados e pessoas
deslocadas vêm de cinco países:
1. Síria – 6,8 milhões
2. Venezuela – 4,8 milhões
3. Afeganistão – 2,8 milhões
4. Sudão do Sul - 2,2 milhões
5. Myanmar - 1,1 milhão
CAUSAS
Síria Afeganistão
■ Guerra civil ■ Guerra do Afeganistão (Talibã x EUA)
■ Estado Islâmico ■ Avanço do Talibã no país
Venezuela Sudão do Sul
■ Índices econômicos baixíssimos ■ Guerra civil
■ Instabilidade política/ duplo governo Myanmar
■ Violência ■ Perseguição aos rohingyas
■ Instabilidade política
DESTINO
Os refugiados normalmente vão aos
seguintes países para buscar refúgio:
1. Turquia - 3,5 milhões
2. Colômbia - 1,7 milhões
3. Paquistão - 1,4 milhões
4. Uganda - 1,3 milhões
5. Alemanha - 1,1 milhões
CONSEQUÊNCIAS
As consequências, em geral, são sentidas nos países que abrigam os refugiados. Quando ocorre uma leva
repentina e grande de fluxo migratório para um local, ocorre o fenômeno que a geografia chama de “explosão
demográfica”, afetando diretamente a economia e as relações sociais, pois ela acarreta uma cadeia de eventos:
■ Há uma grande e repentina quantidade de pessoas migrando para um mesmo local
■ Não há infraestrutura nesse local para receber essas pessoas, fazendo com que o acesso à saúde, ao
saneamento, à segurança e à educação fique comprometido
■ Não há emprego e geração de renda para todos, pois o aumento populacional aconteceu de repente
■ A fome e a miséria instalam-se entre a população migrante e até entre a população local, pois a falta de
emprego começa a afetar os moradores locais
■ Há o aumento da criminalidade pela falta de estrutura e de organização
■ Aumento da xenofobia
Esse ciclo vicioso tende a manter-se se não houver esforços conjuntos dos governos, da iniciativa privada, de
ONGs e até mesmo da população local para o acolhimento dos refugiados. Quando os refugiados e imigrantes
em geral não são acolhidos e inseridos na sociedade, eles podem acabar vivendo nas ruas ou caindo na
criminalidade.
POSSÍVEL SOLUÇÃO
Muitas pessoas acham que para resolver o problema é necessário apenas inserir os refugiados em outros
países, mas solucionar um problema assim depende de que os imigrantes encontrem emprego, casas, inclusão
pela população, ou seja, necessita de investimentos e de soluções duradouras, para amenizar os impactos do
aumento populacional. Os principais aspectos para uma solução duradoura são:
■ Montar um banco de dados de refugiados: um compartilhamento maior das informações sobre os
imigrantes por exemplo, do registro de suas impressões digitais e identidade – poderia permitir um
melhor acompanhamento dos seus movimentos pela região.
■ Criar cotas para distribuição de refugiados: a chamada "Regulação de Dublin", diz que o imigrante
precisa pedir asilo para o primeiro país europeu em que põe os pés e não para seu destino final, com a
mudança dessa regulação e a criação de cotas entre os países, poderia se distribuir os refugiados de modo
a não superlotar determinados países, já que o sistema não foi criado para aguentar uma crise como a
atual. Em 2014, apenas cinco Estados europeus tiveram de processar 72% de todas as solicitações de
asilo.
■ Construir caminhos legais de imigração: outro grande desafio para a UE é criar centros de acolhimento na
África e no Oriente Médio para conseguir dar conta de todos os pedidos de asilo. Isso ajudaria a evitar
tragédias como as que aconteceram na travessia do Mar Mediterrâneo.
■ Incentivar a integração local: nos casos em que a repatriação não é uma opção, encontrar uma casa no
país anfitrião e integrar-se à comunidade local pode representar uma solução duradoura à situação e a
chance de construir uma nova vida.
■ Reassentamento: o reassentamento é a transferência de refugiados de um país anfitrião para outro Estado
que concordou em admiti-los e, em última instância, conceder-lhes assentamento permanente. Os países
para reassentamento proporcionam ao refugiado proteção legal e física, incluindo o acesso a direitos
civis, políticos, econômicos, sociais e culturais semelhantes aos desfrutados pelos nacionais.
■ Reunião Familiar: a separação familiar acidental geralmente é uma consequência direta da família que
foge de um conflito. Todos têm o direito de estar com a família, mas para os refugiados isso torna-se
particularmente importante porque pode oferecer proteção a cada membro da família, o que geralmente é
mais eficaz do que os esforços de ajuda externa.
■ Assistência em Dinheiro: a maioria dos refugiados vive em ambientes onde eles têm acesso a mercados e
serviços da mesma maneira que as comunidades locais. Fornecer dinheiro aos refugiados permite que eles
atendam às suas necessidades de forma digna e contribuam para a economia local.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.unrefugees.org/refugee-facts/statistics/

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