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1. INTRODUÇÃO
2. LEITURA EXTENSIVA
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3. ALGUNS EXEMPLOS EXPERIMENTADOS
3 . 2 Orientação do Trabalho
Leitura Extensiva 49
Observar durante a leitura:
2. a fase: Debate.
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9. Que sentimento nutria Santiago em relação aos peixes de um
modo geral?
10. Comparando os peixes com os homens, a quem Santiago atri..
buía mais valor e nobreza? Por quê?
11. Aponte, nessa linha de pensamento, em que os animais são
superiores ao homem.
12. Você classificaria como fracasso ou como vitória a pescaria
de Santiago? - fracasso de que ponto de vista? - vitória
de que ponto de vista?
13. No início do livro Manolin ofereceu-se para arranjar sardinha
para isca pelo velho. Como você classificaria a atitude de
Santiago: a) comodismo? b) lição de humildade? c) in-
centivo a Manolin?
14. Reflita sôbre dar e receber. Responda: o que é mais difícil:
saber dar sem ostentação? ou receber com simplicidade, sem
humilhar-se? Analise cada uma das situações.
15. Adiante, Santiago recusa-se a pedir emprestado, dizendo:
"primeiro pede-se emprestado, depois pede-se esmola". Esta
atitude e a anterior são antagônicas? Justifique.
16. Que lição nos dá Santiago quando diz: "não é o momento
de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que
pode fazer com aquilo que tem"!
17. Que sentimento nutria Santiago em relação ao mar? No livro,
Santiago referia-se ao mar de uma forma especial. Lembra-se
qual?
18. Numa passagem Santiago diz: "É melhor ter sorte. Mas eu
prefiro fazer as cousas sempre bem, se a sorte me sorrir, estou
preparado". Comente a lição que encerra êste pensamento.
19. Cite uma passagem que revele o espírito observador de
Santiago.
20. Santiago numa passagem diz: "imagine só se um homem
tivesse de matar o sol. Nascemos com sorte". - Que quali-
dade revela êle neste trecho?
21. Que qualidade de Santiago o autor deu mais ênfase no livro:
inteligência, perseverança ou bondade?
22. Que sentimento Manolin nutria pelo velho Santiago:
respeito, admiração, amizade?
23. Você pensa que Manolin sentia-se superior ao velho?
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24. O que Manolin pregava, poder-se-á aproveitar convivendo com
Santiago?
25. O que o autor valorizou no homem, em seu livro: inteligência,
coragem ou experiência de vida?
26. Santiago atribui a ao peixe qualidades humanas e conversava
com êle. Que nome damos a êste recurso literário?
27. Há uma passagem em que se observa a filosofia otimista de
Santiago mais nitidamente, quando êle joga o jôgo do con-
tente descrito no livro Poliano. Sabe qual é? Que você enten-
deu por jôgo do contente?
28. Quantos dias levou Santiago sem conseguir pescar e que
alcunha lhe deram por isso?
29. Quais os concorrentes de Santiago, na conquista do espadarte?
30. Como o velho se sentiu psicologicamente depois da pesca?
31. Como o velho conseguiu vencer a monotonia da' solidão?
32. Com que prêmio foi laureado o livro de E.H.?
33. Santiago falava a todo momento em Manolin e em sua ajuda.
Seria sintoma de fraqueza?
II. O livro
1. Personagens
a) físico
b) traços psicológicos
2. O enrêdo
3. As lições que encerra (citar trechos do livro)
4. Aspecto literário
a) vocabulário
b) estilo
c) recursos empregados para dar colorido e evitar a
monotonia.
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lU. Apreciação pessoal.
Esta passagem nos mostra que, por mais cultos que sejamos,
devemos aceitar a ajuda alheia e ouvir a opinião dos outros.
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Agora não é o momento de pensar naquilo que você não tem. Pense
antes no que pode fazer com aquilo que tem". (Hemingway nesse
trecho nos ensina que devemos contentar-nos com o que temos
e não nos desesperarmos por não possuirmos o que gostaríamos)
(J.F.)
"Lendo êste livro, que é considerado um monumento literário, so-
mos ao mesmo tempo apreciadores e alunos de Hemingway pelas
tantas mensagens que nos envia através de um velho na solidão
do mar.
Para sermos grandes homens, bem sucedidos na vida, precisamos
mantermo-nos fiéis a nós mesmos, íntegros, autênticos e ainda
receber os triunfos e as derrotas com a mesma disposição de es-
pírito". (J.E.F.)
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3. Qual o motivo da contenda entre os 2 grupos?
4. Que fato determinou o início da briga?
5. Houve uma cena logo no início do livro, quando os meninos
saem do colégio, em que Boka, Csele e Geréb participam.
nesta cena Boka demonstra sua superioridade sôbre Geréb.
Qual foi?
6. °
Que motivo teria levado Geréb a trair grupo?
7. Analisemos Boka:
8. Analisemos Áts:
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23. Cite uma outra passagem onde a omissão também foi fun-
cional e elegante.
24. Em que consistia o einstand?
25. Quem era o Heitor?
26. Como os meninos camisas vermelhas mostraram sua intenção
de brigar?
27. O que fizeram os da rua Paulo?
28. O que provocou a doença de Nemecsek?
29. Quem tentou subornar o eslovaco Iano?
30. O que motivou o nome de traidor a Nemecsek na sociedade
de Betume?
31. Que atitude tomou Chico Áts quando soube da tentativa de
subôrno de Geréb?
32. Presume-se que o autor tenha participado do grupo da rua
Paulo - você observou por quê?
33. :Êste livro motivou um fato de exploração da opinião pública.
Sabe qual?
Sugestões de roteiro.
I. Introdução
n. O livro
1. O enrêdo
2. Os personagens
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3. Conclusão.
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zação literária tão importante, não poderia deixar de ser traduzida
e figurar em várias cabeceiras, em vários pontos dêsse grande
mundo - um mundo que lembra o mundo dos meninos da
rua Paulo - o grund.
o enrêdo:
Antes de situar-me na história do livro, darei um intróito, que
creio eu, aqui bem cabe para a facilitação do princípio da engre-
nagem dos acontecimentos.
A gente nasce. E cada dia que passa, é sinal que a vida está em
andamento. A gente nasce, olha, sente, pensa, sonha, ri, ama e
chora. Depois a gente morre. Acaba o chorar, o viver, o amar;
acaba tudo. Se houve alegrias? Poucas, mas houve. Situemo-nos
num ponto bem elevado. Imaginemos que ao ler um livro, estamos
assistindo todo o desenrolar da estória, do alto, numa visão geral,
estamos numa platéia bem alta. Vejo vários meninos a viver um
momento de suas vidas. São meninos como quaisquer meninos.
Mas como quaisquer meninos, êle:s têm sua própria história.
Êsses meninos a que me refiro, são os meninos da rua Paulo.
Êles têm um país. O nome do seu país é grund. O grund é um
pequeno país, mas nenhum país por maior que seja é tão amado,
tão coeso, tão unânime, com ideais tão comuns, quanto o é o grund.
A vida dêles estava ali. Era um grupo belo, chefiado por um rapaz
inteligente e de grande sensibilidade. As atividades no grund eram
muitas. Havia o jôgo de péla, a sociedade do Betume, que tinha
como finalidade armazenar os betumes retirados das vidraças re-
cém-concluídas. Havia um outro grupo, que se situava no imenso
Jardim Botânico. Porém, êsse grupo contava com rapazes mais
fortes, que tinha como líder um rapaz enérgico e audaz. Apesar
de tôda imensidão do seu território, êles invejavam o pequeno ter-
reno dos meninos da rua Paulo. Isto porque era o único lugar
suficientemente plano e descampado para a realização do jôgo de
péla. A conseqüência dessa inveja viria acarretar uma guerra entre
êsses dois grupos. Depois de determinado tempo, os embaixadores
de cada grupo marcaram o dia e a hora da contenda. A situação
era de vida ou morte. Os meninos da rua Paulo iam lutar para
salvar o seu grund. Começou a etapa que consistia em traçar os
planos.
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Porém, houve um imprevisto. Um rapaz despeitado por ter perdido
a eleição para presidente do grupo dos da rua Paulo, passou a
fazer o papel de traidor, informando tudo ao grupo dos camisas-
-vermelhas, grupo do Jardim Botânico. Todavia, um menino loiro,
franzino, cabo do exército dos da rua Paulo, descobriu tudo, e,
informou a seu líder os acontecimentos. Porém para tudo isso
descobrir, êle muito se sacrificou. Êle chegou a ser descoberto, e
só não foi torturado por ser pequenino. Entretanto, êle foi atirado
na água de uma lagoa por invadir território inimigo. Era a terceira
vez que êle tomava um banho dêsses. A primeira numa missão de
reconhecimento pelo Jardim Botânico, quando escorregou do barco,
a segunda quando teve que se esconder dos camisas-vermelhas num
tanque de água de uma estufa, e a terceira atirado pelos Pásztor,
os dois mais fortes do bando de Chico Áts, líder severo, porém
justo, dos camisas-vermelhas.
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Além disso delirou muito. Sua única alegria fôra a vitória e o título
de capitão que recebera. Seus pais choraram muito a partida do
filho. Boka também sentiu muito. Os membros da Sociedade do
Betume, se arrependeram, de precipitadamente, consideraram-no
culpado de algo que êle não fizera de certa feita.
Dias depois, Boka, só pelas ruas, pensava nas tantas vêzes que
andara com Nemecsek, ora na escola, ora nos montes de lenha
do grund, ora a brincar com o cachorro de Eslovaco. Resolvera
então visitar o grund. Lá êle ainda podia ver as pegadas, a terra
revolvida pela luta. Nisso algo o sobressaltou. Vira instrumentos
de construção. Não demorou muito para concluir que ali, onde
êles tanto lutaram, tanto amaram, ia ser construído um edifício.
Lágrimas fizeram-se preseI1tes. A dor era grande. Seu coração
acelerava mais rápido, seu sofrimento era, pràticamente, inconso-
lável. Sua única consolação era a de que Nemecsek não estaria
ali para ver a terra, pela qual morrera, ser tomada para carregar
um pesado edifício em suas costas, para todo o sempre.
No dia seguinte, na escola todos estavam cientes da morte de
Nemecsek e da morte de grund.
Boka sentira, então, na sua alma o que era vida. A vida é algo
que tem em suas mãos soldados que, conforme sua vontade, são
alegres ou tristes. A vida tem nesses soldados servidores, enfim,
verdadeiros fantoches.
Os personagens
Nemecsek - Era o mais fraco. Porém se mostrou muito corajoso
durante tôda a sua pequena existência.
Boka - Espírito de líder. Justo, de idéias coordenadas e inteligen-
tes. Como general revelou-se um grande estrategista.
Geréb - Era ambicioso, e possuia certos defeitos. Só depois com-
preendeu seus erros, e tornou-se novamente digno dos meninos da
rua Paulo, pois não o fôra quando os traiu. O principal motivo da
traição de Geréb foi quando não ganhou a eleição para a presidên-'
cia. Boka o vencera por onze votos contra três. Outro motivo era
que êle pensava que teria, no outro grupo, um meio de se distinguir
mais do que com os meninos da Rua Paulo.
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Personalidade de Chico Ats
Conclusão
Apreciação pessoal
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3.5 O pequeno príncipe de Anioine de Saini-Exupéry.
Durante a leitura:
a) Observar os símbolos e a línguagem simbólica.
b) Destacar os tipos humanos apresentados sob esta forma sim-
bólica. Anotar em uma ficha.
c) Observar o vocabulário e o estilo do autor.
d) Anotar as passagens que não compreender.
Sugestão de roteiro:
c) Apreciação pessoal.
3. a fase: Debate.
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Neste livro demos maior ênfase à expressão oral e à interpretação.
Apesar de os debates terem levado a algumas conclusões deixamos
bem claro que interpretação é tarefa subjetiva e pessoal, sendo
muito relativos os conceitos de certo ou errado.
A discussão despertou tanto interêsse que ocupamos três aulas
nos debates.
Houve muita troca de opiniões, muitas divergências e algumas
lições foram tiradas: "Tôdas as pessoas grandes foram um dia
crianças (Mas poucas se lembram disso)" - mensagem aos adultos
que pensam serem as crianças homens em miniatura.
"Eu fôra desencorajado pelo insucesso do meu desenho n. o 1" -
mensagem às pessoas que tiram o estímulo pela crítica e incom-
preensão.
"Então eu não lhe falava nem de jibóias, nem de florestas virgens,
nem de estrêlas. Punha-me ao seu alcance" - refere-se ao fato
de, às vêzes, têrmos de falar sôbre banalidades com certas pessoas.
"As pessoas grandes adoram os números" - crítica ao pragmatismo
e materialismo dos homens.
"O astrônomo repetiu sua demonstração, numa elegante casaca.
Então, dessa vez, todo o mundo se convenceu" - ironia à valori-
zação dos aspectos exteriores.
"Quando a gente lhes fala de um nôvo amigo, elas jamais se
informam do essencial" - crítica aos homens que só vêem a posição
social das pessoas.
"Meninos! cuidado com os baobás" - significando que devemos
"atacar o mal pela raiz".
O rei diz "é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar"
- ensinando que só se deve dar ordens razoáveis, as que podem
ser cumpridas.
"Tu julgarás a ti mesmo. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar
a si mesmo que julgar os outros".
O acendedor de lampiões - crítica aos regulamentos absurdos e
que não se atualizam de acôrdo com as novas realidades: "No
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entanto, é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é o
único que se ocupa ou outra coisa que não seja êle mesmo".
o geógrafo - crítica ao aprendizado excessivamente teórico.
Homem de negócios - crítica aos avarentos e excessivamente
pragmáticos.
Falando à nossa sensibilidade, destacaram, entre outros, os se-
guin tes trechos:
"Quando a gente está triste demais, gosta de pôr do sol" ...
"Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras ... "
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos".
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Os trabalhos escritos apresentaram algumas deficiências porém
as novas interpretações dadas a passagens do livro durante as
discussões revelaram a importância e o valor dessa atividade.
4. CONCLUSÕES
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