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João Monlevade
2019
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João Monlevade
2019
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................4
2 DISCUSSÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 6
2.1 A DIVERSIDADE E O DIREITO: UM CONTEXTO HISTÓRICO ................. 6
2.2 DIREITOS HUMANOS: UMA RELAÇÃO MULTICULTURAL .................... 7
2.3 DIVERSIDADE CULTULRAL E MULTICULTURALISMO .......................... 8
2.3.1 O DESAFIO DA MODERNIDADE ........................................................ 8
2.3.2 A IDENTIDADE ÉTNICA DOS GRUPOS MINORITÁRIOS ................. 9
2.3.3 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE .................................................. 10
2.3.4 ESPAÇO SOCIAL E MULTICULTURALISMO .................................. 12
3 ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DO ARTIGO: “IMIGRAÇÃO, REFÚGIO E
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NO BRASIL: REFLEXÕES SOBRE ESCOLA
PLURILÍNGUE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES A PARTIR DE UMA
PRÁTICA EDUCACIONAL COM ESTUDANTES HAITIANOS” (BULLA, et. al.,
2007) .................................................................................................................... 14
3.1 “IMIGRAÇÃO E REFÚGIO” ...................................................................... 14
3.2 “O CASO DA IMIGRAÇÃO HAITIANA NO BRASIL E NO RIO GRANDE
DO SUL” .......................................................................................................... 15
3.4 “A ÁREA DO PLA E O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA IMIGRANTES E
REFUGIADOS”................................................................................................ 16
3.5 “O CASO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE QUE
ACOLHEU IMIGRANTES E REFUGIADOS” ................................................. 16
4 METODOLOGIA ............................................................................................... 17
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES........................................................... 17
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 19
ANEXO ............................................................................................................... 22
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1 INTRODUÇÃO
tenham ensino adequado para que possam aprender o português e que tenham a
devida socialização no meio em que agora estão inseridos.
O Brasil tem um fluxo de imigrantes/refugiados de três principais regiões:
Venezuela, Haiti e Síria. Assim, esse trabalho tem como Objetivo Geral compreender
como estudantes haitianos de uma escola do Rio Grande do Sul têm percebido o
direito fundamental à educação. Para isso, como objetivo específico tem-se fazer
uma análise dos resultados de um artigo acadêmico que apresenta essa situação
brasileira e também uma entrevista estruturada com imigrantes.
2 DISCUSSÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A DIVERSIDADE E O DIREITO: UM CONTEXTO HISTÓRICO
integrada. Ramos (1993) acrescenta que etnia é um termo que falta potencia e
legitimidade sendo relegado no âmbito cultural.
D’Adesky (2005) traz o foco para a distinção entre pluralismo cultural e
multiculturalismo, onde assegura que a base da política multicultural é o
reconhecimento da igualdade e o tratamento igualitário de grupos que possuem uma
cultura diferenciada. Conforme o autor, “o pluralismo cultural não abarca
necessariamente a política de tratamento em pé de igualdade das diferentes culturas
que se encontram num dado território geográfico” (D’ADESKY, 2005, p.199).
Santos e Nunes (2003) afirmam que as políticas indígenas constituem uma
negação dos direitos coletivos desses grupos, tendo como necessário a criação de
políticas emancipatórias e a invenção de novas cidadanias. A afirmação da diferença
induz a outro problema: a justificativa para exclusão dos “diferentes”, em frente a
essa tensão entre diferença e igualdade é perceptível a necessidade da reinvenção
da cidadania e de outras ideias pregadas por políticas liberais.
Assim pode ser argumentar em favor do “multiculturalismo democrático”
(D’,ADESKY, 2005, p.234) como uma política capaz de reconhecer cada cultura, sem
o intuito de a reconhecer como uma cultura universal, mas sim frente ao respeito com
a promoção de grupos culturais discriminados, e por meio das políticas multiculturais,
para que recebam princípios de dignidade e igualdade.
sócias entre o grupo que pertença e outros grupos. Assim, baseado nas relações
dialógicas com outros grupos, o individuo pode estabelecer que a identidade “é aquilo
que somos”, “de onde viemos”. Assim, a noção de reconhecimento atinge uma nova
dimensão de identidade e autenticidade.
Hall (1995) diferencia 3 tipos de identidades diferentes: a)Sujeito do
Iluminismo, centrado e unificado, cujas capacidades emergem no nascimento e
permanecem durante sua existência; b)Sujeito Sociológico, que surge pela
concepção do grupo ao qual esta inserido o individuo e sua identidade era formada
pelas interações com grupos diferentes; c)Sujeito Pós-moderno, isento de uma
identidade fixa, formada por como são tratados nos sistema cultural que os circulam.
É importante a diferenciação entre a identidade e os papeis desempenhados
pelos indivíduos na sociedade. Os papéis (trabalhador, pai, mãe, sindicalista,
esportista, etc.) são definidos por normas de organização sociais, construídos por
processos de individuação, embora as identidades, algumas vezes, também possam
ser formadas por essas normas, isso por que os indivíduos têm o desejo de construir
sua identidade baseado nessas normas de organização. Desse modo, podemos dizer
que toda identidade é construída, a questão é definir como ocorre essa construção.
Essa construção parte de uma série de fatores sociais e individuais, conteúdos esses
que são organizados pelos indivíduos ou pela sociedade em função de sua vida e
sua cultura. Para Castells (2001), existem três formas de construção de identidade: 1)
Identidade legitimadora: introduzida por instituições dominantes para expandir sua
dominação social; 2) Identidade de resistências, criados por atores sociais dominados
e de caráter minoritário; 3) Identidade de Projeto, que se trata da criação de uma
nova identidade.
Cada uma dessas formas de construção condiz a um resultado, a identidade
legitimadora origina uma sociedade civil, estruturada e organizada. A identidade de
resistência tem-se a formação de comunidades. Já na identidade de projeto tem-se a
formação de sujeitos que constroem suas vidas a partir de um projeto de vida
diferenciado, almejando a transformação social como prolongamento dessa
identidade.
A identidade é um conceito muito contestado, e que quando está em jogo
surge uma batalha a ser vencida. Para Bauman (2005), existem no liberalismo e no
comunitarismo tentativas opostas de impor à identidade um valor único. Para o autor,
as batalhas de identidades não devem seguir nenhuma das teorias, mas sim uma
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contexto o autor afirma que é necessário substituir as relações sociais capitalista por
outros que sejam apoiadores de políticas de reconhecimento (identidade) em política
de redistribuição (igualdade) a partir deste conceito é possível haver emancipação.
Refletir sobre a questão do multiculturalismo e perceber a importância da
diversidade cultural presentes nas sociedades contemporâneas, é um ato de extrema
urgência, diante das graves consequências provenientes dos processos da formação
homogênea do Estado-nação, e da concretização política de uma cidadania nacional
fundado no pressuposto liberais, que, em nome de uma heterogeneidade e
igualdade entre os indivíduos acarretou a exclusão de vários segmentos sociais,
uma vez que o paradigma político se torna ineficiente na capacidade de sugerir e
implantar um modelo adequado para o arranjo do espaço social. Desta maneira pode
se observar um crescente aumento nas lutas multiculturais, bem como a necessidade
de redefinição do espaço social, dando ênfase ao multiculturalismo enquanto
movimento teórico sobre a questão da homogeneidade. Assim, as lutas multiculturais
modificarão a configuração do espaço, ou seja, a homogeneidade do espaço público
dará lugar à heterogeneidade propiciando um espaço de conhecimento e troca de
saberes de diferentes culturas.
Semprini (1999) relata sobre a dificuldade sofrida pelas minorias e pelos
povos considerados diferentes, dissertando sobre alguns argumentos que podem
auxiliar em um espaço social baseado na igualdade. Deve se primeiro considerar o
papel das instâncias individuais, dos fatores socioculturais e reivindicações
identitárias, em segundo, faz se necessário o reconhecimento do espaço multicultural
comum em um espaço dinâmico e interativo, em terceiro a autora cita que deve ser
considerada as múltiplas percepções que os diferentes grupos e personagem
possuem do espaço social, em quarto lugar o autor disserta que as reivindicações
multiculturais devem ser situadas em suas próprias perspectivas, Semprini (1999)
finaliza dizendo que é necessário reconhecer os conflitos identitários típicos das
sociedades pós-industriais buscando a harmonia entre os sistemas temporários
vigentes.
Analisando sobre o prisma da democracia Touraine (1998) diz que a
ampliação do espaço social resignificou o conceito de democracia, redefinindo-a
como política do sujeito, ao elevar as comunidades tradicionais à condição de
cidadãs de Estado brasileiro e ampliar a noção de democracia, de solidariedade e
participação, constituem premissas básicas para se atingir a emancipação é inclusão
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pode ser visto apenas como um acréscimo de uma língua a outras línguas que o
aluno já tenha em seu repertório, e não veem como uma necessidade de adaptação
e sobrevivência do individuo ao meio estranho ali agora inserido como é o caso dos
haitianos. Portanto, se faz necessário uma metodologia diferente e especifica para o
ensinamento da língua de acolhimento, com particularidades fonológicas do
português brasileiro, direcionado á fala do haitiano.
que a turma em que foram inseridos não correspondia à seu grau de escolarização,
embora estes, a princípio objetivava a oportunidade de conviver com alunos falantes
do Português e aprender a língua oficial do Brasil. Compreende-se que é observável
o crescente aumento de imigrantes e refugiados desde o fim da Segunda Guerra
Mundial, e a língua, e uma problemática social, por se tornar um dificultador quanto a
socialização do estrangeiro. Portanto faz-se necessário que o campo escolar defenda
a diversidade plurilíngue, fazendo um intercâmbio da língua acolhida com a língua
acolhedora. Salvo que as academias de estudo deveriam oferecer disciplinas com
esta temática facilitando a cidadania tanto dos graduandos quanto dos estrangeiros.
4 METODOLOGIA
Para conhecer a situação da educação de imigrantes/refugiados no Brasil
utilizou-se a metodologia de Análise Bibliográfica. Também foi realizada uma
entrevista aberta com uma imigrante peruana, residente no Brasil com a finalidade de
estudar no Ensino Superior.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. O renascer dos povos indígenas para
o Direito. Curitiba. Ed.: Juruá Editora, 2004.
ANEXO
1) Por quê você veio para o Brasil? E como foi esse processo?
Para fazer faculdade. Foi um processo separado. Tive que pagar a documentação
toda para poder estudar e participar do concurso [de seleção para entrar na UFRJ].
2) Como foi seu aprendizado do Português? Você já sabia antes de vir para o
Brasil?
Eu tive que aprender português no dia a dia. Eu entendia, mas não sabia falar.
3) Em relação à Educação, como você avalia o ensino brasileiro? Você fez parte
Em relação à faculdade posso dizer que estou muito satisfeita com tudo o ensino que
tenho recebido aqui, nas aulas é aplicado um amplo conhecimento por parte dos
A minha vontade é ficar aqui no Brasil. Como meu caso foi um concurso, a