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SUMÁRIO
No Brasil, o século XIX foi marcado por profundas alterações sociais, políticas
e econômicas. A questão racial apresentou-se como um dos elementos determinantes
para as configurações da sociedade e do Estado brasileiro.
O Estado brasileiro se caracterizou, por muito tempo, pelo
colonialismo/escravismo. Suas regras foram ditadas por Portugal e tudo o que se
produzia era para o sustento da metrópole. Dessa maneira, os indígenas, inicialmente, e
os negros, posteriormente, foram escravizados e coisificados, sendo excluídos do acesso
à riqueza produzida no país.
Uma das consequências dessa constituição histórica é que o Brasil tornou-se
um dos países com a pior distribuição de renda e com a maior desigualdade racial do
planeta e, o mais grave, com a perpetuação dessa condição até o século XXI.
Entretanto, para além desse “racismo residual”, conforme nomeado por
Florestan Fernandes (1978), o que vemos é a permanência de exclusão racial e atitudes
preconceituosas ressignificadas no cotidiano, corroborando a manutenção da
miserabilidade das populações negras. De outra parte, pois há especificidades, os povos
indígenas frequentemente se veem às voltas em conflitos acirrados na defesa de suas
formas de sobrevivência e cultura, que exigem do Estado brasileiro uma intervenção
qualificada nas disputas por terras.
As três fases desses movimentos apresentam como premissa básica a luta pelos
direitos dos negros, diferenciando-se apenas na dimensão dos temas e na organização
dos integrantes dos grupos. Na primeira fase, são estabelecidos métodos de luta, com a
criação de agremiações negras, palestras, atos públicos e publicações de jornais.
Durante todo o período que vai desde a chegada dos portugueses até a
década de 1970, a Educação escolar indígena esteve, na maior parte do tempo, a cargo
de entidades religiosas e grupos religiosos, dentre eles os franciscanos, conforme afirma
Saviani (2010, p. 40):
Em suma, a luta dos povos indígenas pela Educação é bem mais recente que a
das populações negras, contudo não menos importante. Essas populações têm o direito
de ter acesso e permanecer, com qualidade, em seu percurso educacional. Para tanto,
existem alguns princípios importantes a serem considerados para uma Educação voltada
para as relações étnico- raciais, como demonstrado a seguir.
REFERÊNCIAS
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2011.