Racismo Estrutural - O Que É Racismo - Entenda

16/12/2023, 10:58 Racismo Estrutural - O que é racismo?
Entenda
Home > Atualidades > Combate ao racismo > Notícia

 GLOSSÁRIO
COMBATE AO RACISMO
A naturalização de pensamentos e situações que promovem a discriminação

racial formam o racismo estrutural. Entenda o significado do termo, e as
consequências do fenômeno
Escrito em 26 de Agosto 2019 por

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, de acordo com a Política de Privacidade que pode ser
Maria Teresa Ferreira - Momunes
encontrada em nossos Termos e Condições. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
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16/12/2023, 10:58 Racismo Estrutural - O que é racismo? Entenda
Para entender do que se trata o racismo estrutural, é preciso dar um passo atrás.
Entender, antes de tudo, o que é racismo — e o lugar que ele ocupa na formação da
sociedade brasileira. Pois bem:
O que você vai ler neste artigo:

O que é Racismo?
O que é racismo estrutural?
Por que essa discussão importa?
Como acabar com o racismo?
O que é Racismo?
Vamos pensar nos materiais usados para a construção de uma casa. São necessários
cimento, vergalhões, tijolos, areia e água para a construção do alicerce. Ao subir os
vergalhões, os tijolos são sobrepostos um ao outro, fixados sobre camadas de
cimento. Isso dará sustentação a toda construção.
Conseguiu imaginar a construção desse alicerce? E o que essa história toda tem a ver
com a definição de racismo?
Na construção da sociedade brasileira, o racismo é o cimento. Ele é o elemento que

sustenta a estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira.
>> "Nada substitui o trabalho de base", diz Opal Tometi, fundadora do Black Lives
Matter
O Brasil carrega uma história de 300 anos de escravidão. Dentre os países da

América, o nosso foi o último a abolir a escravidão negra formalmente, em 1888.
x
Depois de mais de um século, ficou enraizado no inconsciente coletivo da sociedade
brasileira um pensamento que marginaliza as pessoas negras, as impede de se
constituírem como cidadãs plenas.
Esse impedimento está expresso em números: pretos e pardos representam 56% da

população. Mesmo assim, são minoria nos espaços de decisão: ocupam pouco mais
de 29% dos cargos de gerência nas empresas brasileiras. Entre os mais pobres, os
negros são muitos: dentre os 10% dos brasileiros com menor renda familiar mensal,
75% são negros. Entre os que morrem, eles são maioria: uma pessoa negra tem 2,7
vezes mais chances de ser vítima de homicídio que uma pessoa branca.
Isso posto, vamos adiante:

O que é racismo estrutural? Que bom que você perguntou!
O que você vai ler neste artigo:

O que é Racismo?

É essa naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos que já fazem
parte da vida cotidiana do povo brasileiro, e que promovem, direta ou indiretamente,
a segregação ou o preconceito racial. Um processo que atinge tão duramente — e
diariamente — a população negra.
>> Novas demarcações serão principal desafio dos povos indígenas

x
No cotidiano da sociedade brasileira estão normalizadas frases e atitudes de cunho
racista e preconceituoso,
Utilizamos cookies é o para
e outras tecnologias semelhantes que chamamos
melhorar sua experiência de racismo
em nossos cultural.
serviços, de acordo com aSão
Política piadas que
de Privacidade que pode ser
associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou criminosas. Ou

atitudes baseadas em preconceitos, como desconfiar da índole de alguém pela cor

de sua pele.
Outra forma comum de racismo é a adoção de eufemismos para fazer referência a

negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude
evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou
“preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos.
Essas ações reverberam nas instituições públicas e privadas como no mercado de

trabalho, por exemplo.
No Estado e nas leis que alimentam a exclusão da população negra. Elas se

materializam, por exemplo, na ausência de políticas públicas que possam promover
melhores condições de vida a esses grupos étnicos.
Dizemos que o racismo brasileiro é estrutural porque toda a nossa sociedade se

formou assentada em bases racistas. Por aqui, esse fenômeno é tão naturalizado
que chega a constituir o funcionamento normal da sociedade.
O professor Silvio Almeida, filósofo e atual ministro dos Direitos Humanos, explica
que, quando a sociedade brasileira funciona dentro da sua normalidade, o resultado
é o racismo.

As questões raciais são estruturantes porque fazem parte da construção das nossas
sociedades. As subjetividades que nos compõem — os nossos preconceitos, por
exemplo — acabam construindo as relações sociais que estabelecemos. E essas
relações estão impregnadas de uma construção histórica equivocada, que mantém a
população negra em posição de subalternidade.
>> "Guia para Comunicadores" traz dicas para falar sobre direitos humanos x
Como explica
Utilizamos cookies Silvio
e outras Almeida,
tecnologias autor
semelhantes para desua“O
melhorar queem
experiência é nossos
racismo
serviços,estrutural”, longe
de acordo com a Política de ser
de Privacidade que pode ser
uma anomalia, o racismo é “o normal”: “Independentemente de aceitarmos o racismo

ou não, ele constitui as relações no seu padrão de normalidade”.
Esse equívoco de narrativa resulta na desvalorização da cultura, intelecto e história

da população negra. Mina suas potencialidades e, principalmente, aumenta o abismo
criado por desigualdades sociais, políticas e econômicas.
É um problema evidenciado pelas estatísticas. No Brasil, pessoas negras são mortas

com mais frequência que pessoas não negras: os negros representam 75% das
vítimas de homicídio, segundo o Atlas da Violência de 2019.
São maioria, também, em meio à camada mais pobre da população: dos 10% de
brasileiros mais pobres, 75% são negros, segundo o IBGE.
Para falar sobre os efeitos do racismo na sociedade brasileira é preciso encará-lo

como um fenômeno essencialmente transversal:
É preciso entender que ele forma uma teia de violências que afeta jovens, homens e mulheres encarceradas e
encarcerados;
Que define os mecanismos que regem o tráfico de mulheres e meninas;
Que afeta a vida da população LGBTQI+, da população quilombola e ribeirinha; e
Que explica o preconceito contra as religiões de matriz africana, ameaçando seu direito de existir.

A filósofa negra estadunidense Angela Davis disse, certa vez, que numa sociedade
como a nossa, não basta não sermos racistas: é preciso sermos anti-racistas.
Isso significa que, frente à naturalização do racismo, devemos combatê-lo

ativamente, ou seja, com ações afirmativas.
Esse é um compromisso diário, e que se expressa de diferentes formas:
Na cobrança de políticas públicas que combatam a exclusão da população negra; na valorização do

x
conhecimento gerado por intelectuais negros;
Na valorização da beleza da negritude. E
Na compreensão
Utilizamos urgentesemelhantes
cookies e outras tecnologias de que a para
lutamelhorar
antirracista não pode
sua experiência ser exclusiva
em nossos serviços, deda população
acordo negra.
com a Política de Privacidade que pode ser
Ela cabe a todos e todas, e é essencial para a construção de sociedades justas e

democráticas.
Quer saber mais? Brasil de Direitos conversou com quatro ativistas de direitos
humanos que contam como ser antirracista.
*Com edição de Rafael Ciscati

glossário racismo estrutural o que e racismo estrutural racismo Maria Teresa Ferreira Jurado
3 comentários
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MARCUS CASTANHOLA
3 anos atrás
Comunico que o ensaio lançado na UFRJ/IFCS em 2002: SOCIALISMO NEGRO: O COMUNITARISMO

REVOLUCIONÁRIO se encontra nestes endereços:HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/OPEN?
ID=1P8RMZS1IQ7II10MJSNC-
JJBEH2ACYL61HTTPS://MEGA.NZ/FILE/BVWKIIOQ#6PCXGVLXJ84EAE8ITX9SJ2EYOSHYIFSRI0DQCGKVTEY SEU
MANIFESTO: HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/OPEN?ID=1P8RMZS1IQ7II10MJSNC-
poderão ler e (ou) fazer o download dos arquivos. Nesses

textos, apresentando-se como uma antítese ao “socialismo branco” e com o
chancela intelectual e prática do senegalês CHEIKH ANTA DIOP, o protagonismo
negro e a afrocentralidade transcende os frágeis limites simplistas da mera
crítica intelectual (histórica, sociológica, psicológica, antropológica, moral
e ética), apresentando-se como uma proposta concreta e robusta de desconstrução
do racismo estrutural, que à médio e longo prazo, irá desmontar a complexa
egrégora segregacionista espelhada secularmente pelos privilégios sociais,
culturais e econômicos que a branquitude europeia globalizou, e que
deliberadamente foi culturalmente enraizada ao longo dos séculos.Mas
que nessa antítese (política e econômica) ao socialismo e ao liberalismo
branco, repele definitivamente, de maneira científica, em sua teoria e prática.Forte
abraço.Atenciosamente, MCASTANHOLA@GMAIL.COM x
(21) 98646-0285 - ZAP
MARCUS CASTANHOLA
3 anos atrás
Comunico que o ensaio lançado na UFRJ/IFCS em 2002: SOCIALISMO NEGRO: O COMUNITARISMO

REVOLUCIONÁRIO se encontra nestes endereços:HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/OPEN?
ID=1P8RMZS1IQ7II10MJSNC-
MANIFESTO: HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/OPEN?ID=1P8RMZS1IQ7II10MJSNC-
poderão ler e (ou) fazer o download dos arquivos. Nesses

textos, apresentando-se como uma antítese ao “socialismo branco” e com o
chancela intelectual e prática do senegalês CHEIKH ANTA DIOP, o protagonismo
negro e a afrocentralidade transcende os frágeis limites simplistas da mera
crítica intelectual (histórica, sociológica, psicológica, antropológica, moral x
e ética), apresentando-se como uma proposta concreta e robusta de desconstrução
do racismo estrutural, que à médio e longo prazo, irá desmontar a complexa
egrégora segregacionista espelhada secularmente pelos privilégios sociais,
culturais e econômicos que
encontrada a branquitude
em nossos europeia
Termos e Condições. globalizou,
Ao continuar e que
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deliberadamente foi culturalmente enraizada ao longo dos séculos.Mas
que nessa antítese (política e econômica) ao socialismo e ao liberalismo
branco, repele definitivamente, de maneira científica, em sua teoria e prática.Forte
abraço.Atenciosamente, MCASTANHOLA@GMAIL.COM
(21) 98646-0285 - ZAP
2 anos atrás
Texto Fundamental.
CARREGAR + x
Momunes
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Rafael Ciscati
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A naturalização de pensamentos e situações que promovem a discriminação

Escrito em 26 de Agosto 2019 por

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No Estado e nas leis que alimentam a exclusão da população negra. Elas se

Dizemos que o racismo brasileiro é estrutural porque toda a nossa sociedade se

Por que essa discussão importa?

uma anomalia, o racismo é “o normal”: “Independentemente de aceitarmos o racismo

ou não, ele constitui as relações no seu padrão de normalidade”.

Esse equívoco de narrativa resulta na desvalorização da cultura, intelecto e história

É um problema evidenciado pelas estatísticas. No Brasil, pessoas negras são mortas

vítimas de homicídio, segundo o Atlas da Violência de 2019.

Para falar sobre os efeitos do racismo na sociedade brasileira é preciso encará-lo

Como acabar com o racismo?

Isso significa que, frente à naturalização do racismo, devemos combatê-lo

Esse é um compromisso diário, e que se expressa de diferentes formas:

Na cobrança de políticas públicas que combatam a exclusão da população negra; na valorização do

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*Com edição de Rafael Ciscati

Comunico que o ensaio lançado na UFRJ/IFCS em 2002: SOCIALISMO NEGRO: O COMUNITARISMO

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(21) 98646-0285 - ZAP

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