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Racismo no Brasil
O racismo é um grave problema estrutural brasileiro. Embora tenha sido proi-
bido e declarado crime na Constituição de 1988, ainda é muito comum encontrar-
mos pessoas que tenham sofrido com atitudes racistas.
Leia as manchetes a seguir.
Atividades
1. Qual é o problema apresentado nas tionário, abordando os dados pes-
manchetes? soais dos entrevistados.
b) Reflitam sobre o problema do ra-
2. Você já vivenciou ou conhece alguém
cismo e escrevam seis perguntas
que tenha vivenciado racismo?
para compor o questionário.
3. Como esse problema afeta as pessoas c ) Definam se o questionário será dis-
com as quais você convive? Faremos ponibilizado por meios impressos
uma atividade de construção e uso ou digitais.
de questionários: d) Analisem os dados coletados e es-
a ) Organizem a introdução do ques- crevam uma síntese dos resultados.
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Dialogando com... Sociologia
A valorização da diversidade
Infelizmente, nos dias de hoje, ainda temos que enfrentar problemas como
preconceito, racismo, machismo, homofobia, intolerância, entre outros tipos de
discriminações. No entanto, você já parou para pensar sobre o que significam
esses comportamentos discriminatórios? E sobre como podemos combatê-los?
Vamos refletir sobre isso, analisando como o estudo da História pode contribuir
com a valorização da diversidade.
O etnocentrismo
Muitos dos comportamentos discriminatórios são causados por concepções
etnocêntricas. O etnocentrismo é a tendência de um grupo a julgar como infe-
rior uma cultura diferente da sua, desvalorizando a cultura de outros grupos. O
pensamento etnocêntrico é uma barreira para uma convivência harmoniosa e
democrática entre as pessoas.
O preconceito e o racismo
O preconceito pode ser entendido como um ato discriminatório de exclusão
social a tudo que se distingue do que é considerado adequado à moral da clas-
se dominante de uma sociedade. Existem vários tipos de preconceitos, entre
eles, sexual, linguístico, estético, social e étnico.
O racismo, por sua
Segregar: separar, desunir. Protesto antirracista, cidade de São Paulo (SP), 2020.
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Raça ou etnia?
Durante muito tempo, o termo raça foi
REPRODUÇÃO/ANADEP
utilizado para se referir a tipos humanos di-
versos. Porém, estudos científicos mostra-
ram que os seres humanos apresentam
uma grande semelhança biológica e que,
portanto, não existem as chamadas “raças”
humanas. O conceito mais adequado para
designar grupos sociais que se identificam
pela mesma origem e cultura é etnia.
Respeitando a diversidade
Para um convívio democrático que privile-
gie a diversidade, devemos buscar compre-
ender o outro. Para isso, não devemos julgar
as pessoas segundo nossos próprios valores,
pois os costumes e interesses são variados e
pessoais. Além disso, o fato de uma cultura
ser diferente de outra não significa que ela
Capa da cartilha Racismo se combate em
seja superior ou inferior. Devemos respeitar todo lugar, da Associação Nacional das
todas as culturas como elas são. Defensoras e Defensores Públicos, 2021.
[...]
É importante que se tenha uma preocupação real em não desrespeitar
os símbolos de outras culturas. Para isso, deve-se nutrir empatia pelos
diversos grupos existentes na sociedade, um processo intelectual que é
construído ao longo do tempo e exige comprometimento: quando eu
conheço uma cultura, eu a respeito. Então é essencial estudar, escutar e
se informar.
[...]
RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 72.
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Diversidade e Direitos Humanos
Como vimos, o Brasil apresenta grande diversidade étnica, religiosa e cultural.
Em um país democrático como o nosso, todos têm o direito de se expressar e de
viver livremente. Por isso, é muito importante também as pessoas saberem co-
nhecer e, assim, respeitar a diversidade.
Leia o texto a seguir, que trata dos Direitos Humanos e da importância do res-
peito às diferenças.
[...]
REPRODUÇÃO/PRG/UNICAMP
atitude apenas “tolerante”
diante das diferenças, o
que, inevitavelmente, colo-
caria o “tolerado” em con-
dição de inferioridade, mas
significa construir um novo
olhar para a diversidade e
a defesa da igualdade e da
dignidade, na perspectiva
do “reconhecimento”.
[...]
VLADO EDUCAÇÃO – Instituto Vladimir
Herzog. Secretaria Municipal de Educação
de São Paulo. Secretaria Municipal de
Direitos Humanos e Cidadania. Diversidade
Discriminação. Respeitar é preciso!
Educação em Direitos Humanos. 3. ed. São
Paulo, 2019. Disponível em: https://
respeitarepreciso.org.br/wp-content/
uploads/2019/10/diversidade-e-
discriminacao.pdf. Acesso em: 28 mar. 2022.
347
Atividades
Fonte A
[...]
A simples assinatura da Lei Áurea não é um evento que deve ser comemo-
rado, pois a assinatura dela apenas assegurou o lugar do sujeito negro na
marginalidade da sociedade. Após a libertação dos sujeitos negros escraviza-
dos, estes passaram a ocupar as periferias, os morros, os lugares em que não
se poderia ter condições dignas de se viver. O lugar do negro na sociedade
pós-abolição, portanto, continua sendo a vivência da experiência da base da
pirâmide social.
[...]
MACHADO, Pedro Henrique; SANTOS, Samara Silva dos. Memórias do Brasil: invasão,
tráfico de negros e violência. Contexto & Educação, ano 37, n. 116, p. 305, jan./abr. 2022.
Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/11478.
Acesso em: 20 maio 2022.
Fonte B
© JUNIÃO/ACERVO DO CARTUNISTA
a) De acordo com a fonte A, por que o evento da assinatura da Lei Áurea não
deve ser comemorado?
b) Na fonte B, quem é a personagem histórica que aparece no quadro pendu-
rado na parede? Como você chegou a essa conclusão?
c ) Por que essa personagem histórica se assusta com a fala de Dona Isaura?
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2. Os vários séculos de escravidão no continente americano deixaram um legado
de desigualdade social e racismo. Em países como o Brasil, são muito comuns
os casos de violência contra afrodescendentes. Analise as fontes a seguir.
Fonte A
R$ 3 100,00 R$ 1 764,00
Ganho médio
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$ $ $ $ $ $ $
$ $ $ $ $
(44% a menos
$ $ $ $ $
que não negros)
$
$ = R$ 100,00
Fonte B
261
Fonte D
[...]
[...]
MONTEIRO, Hugo. “Racismo é extremamente violento e está no nosso dia a dia”, diz doutor em educação. Relato cedido
a Pedro Lins. G1, 5 jun. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/06/05/racismo-e
-extremamente-violento-e-esta-no-nosso-dia-a-dia-diz-doutor-em-educacao.ghtml. Acesso em: 20 maio 2022.
Fonte E
262
Hora do tema
REPRODUÇÃO/LEGISLAÇÃO DO BRASIL
tuem um conjunto de medidas
que visam propiciar aos grupos
historicamente excluídos maior
acesso a saúde, educação, em-
prego e moradia, entre outros
direitos humanos fundamentais.
Por meio das ações afirmativas,
espera-se diminuir as desigual-
dades sociais, étnicas, religiosas
e de gênero.
No Brasil, entre as ações afir-
mativas destinadas às pessoas
negras estão algumas leis impor-
tantes, entre elas:
• Lei nº 10.639 (2003)
• Lei nº 11.645 (2008)
• Lei nº 12.288 (2010)
• Lei nº 12.711 (2012)
Capa do Estatuto da
Igualdade Racial, 2019.
1. Faça uma pesquisa sobre as quatro leis mencionadas nesta página e es-
creva no caderno um pequeno texto explicando cada uma delas.
2. Depois, com base na pesquisa, explique por que essas leis são considera-
das ações afirmativas e qual é a importância delas.
263
© CAZO/ACERVO DO CARTUNISTA 8. Observe a charge a seguir e responda às questões.
a) Descreva a charge.
b) Pesquise o número de jovens
mortos no Brasil atualmente
de acordo com a cor da pele.
Se possível, colete dados da
região onde você mora.
c ) Existem pessoas que afirmam
que, no Brasil, não existe
racismo em relação a afro-
-brasileiros. Você concorda
com essas pessoas? Justifi-
GAZO, Luiz Fernando. Brasil: jovens negros correm maior
risco de morte... Humor pol’tico, 20 jan. 2015. que sua resposta.
Organizando o aprendizado
Reúna-se em um grupo de três a quatro colegas de turma. Nesta atividade,
imaginem que são repórteres vivendo no Brasil na época da independência.
Para isso, sigam as instruções.
• Pessoa escravizada.
• Indígena.
• Colono brasileiro livre.
• Português que vive no Brasil.
203
Impactos da escravidão moderna
Os profundos impactos negativos da escravidão moderna são sentidos até os
dias atuais no continente americano. As pessoas negras enfrentam o racismo e a
desigualdade de renda e de oportunidades.
Leia o trecho de uma entrevista com a escritora estadunidense Saidiya Hartman,
uma mulher negra que estuda os impactos da escravidão até os dias atuais.
Atividades
201
11/08/2022 09:29:08