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Unidade Educacional Coração Imaculado De Maria

Grupo: Ana Júlia Gurgel, Ana Lívia Paiva, Gabriel Dantas e Will
Wilde.
Professor: Zé Wilson
Série: 2 série 2
Matéria: Filosofia e Sociologia

O racismo no Brasil – Esclarecimento ou falta dele?


O Brasil é um País racista mesmo não se assumindo como tal

Russas, ceara
21\08\2020
Introdução
O presente trabalho é sobre o Racismo, mais concretamente sobre o Racismo no Brasil
e a maneira como ele ainda se encontra presente nos dias de hoje.
Este trabalho está dividido em três partes. Na primeira parte, será registrado dados e
casos de Racismo notificados pela mídia. Na segunda parte, retratamos entrevistas que
foram feitas pelos integrantes do grupo. E na terceira e última parte, conclui-se com
comparações da primeira parte e da segunda, a partir da ideia do filosofo Kant.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida e aprofundada com as
entrevistas, conhecimentos gerais dos envolvidos e sites.
Desenvolvimento
O racismo é a denominação da discriminação e do preconceito (direta ou
indiretamente) contra indivíduos ou grupos por causa de etnia ou cor. O mesmo é um
dos principais problemas sociais enfrentados atualmente, causando exclusão,
desigualdade social e violência.
No Brasil, o percentual de pessoas que se declaram negras é de 56,10%, sendo assim a
maioria da população. Embora sejam essa metade, ainda assim se encontram como
minoria nas posições de liderança no mercado de trabalho e entre os representantes
políticos. Também são a maior parte entre as vítimas de homicídio e compõem mais de
60% da população carcerária do Brasil. “O Brasil é um país racista, mesmo não se
assumindo como tal.”. A frase comprova que, mesmo diante de todos esses fatos,
existem pessoas que não acreditam que o racismo existe no pais, ou que não existe
nos dias de hoje.
Os casos de racismo no Brasil vem sendo cada vez mais frequentes e se tornando
visíveis a mídia, alguns exemplos a seguir; Um caso que ganhou visibilidade
recentemente, em 2020, foi registrado em um bairro aparentemente de classe alta,
em Valinhos, quando um sujeito de camisa azul e short preto ofende e humilha o
entregador do iFood Matheus Pires, além de fazer gestos e afirmações racistas. O
entregador não reage e tenta argumentar contra o homem, que, exaltado, continua
com seu repertório de ofensas. Com a viralização do caso, a plataforma de entregas
baniu o sujeito de sua rede.

Um segundo caso, de 2020. A Polícia Civil de Belo Horizonte concluiu investigações


sobre um assassinato ocorrido no final de maio em 10 de junho e o desfecho foi de
que a morte foi provocada por racismo. De acordo com as investigações, o suspeito, de
66 anos, tinha por hábito ofender pessoas de pele negra, inclusive o vizinho, que
chegou a matar. Nem mesmo o neto, fruto do casamento do filho com uma mulher
negra, ele quis conhecer, relatam testemunhas, já que não aprovava a união pura e
exclusivamente por questões raciais.
O terceiro caso ocorreu em 2014, quando, em uma decisão sem precedentes na
América Latina, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o Grêmio da
Copa do Brasil pelas injúrias disparadas por sua torcida contra Aranha, goleiro do
Santos. O fato ocorreu durante uma disputa entre os dois times na Arena do Grêmio.
Uma torcedora foi flagrada por câmeras de TV chamando o atleta de "macaco".

O quarto e último, Em 2015, os ataques sofridos pela jornalista Maria Júlia Coutinho,
conhecida como Maju, apresentadora da previsão de tempo do "Jornal Nacional", da
TV Globo, trouxeram à tona a força do preconceito na internet. Uma publicação na
página do telejornal no Facebook recebeu dezenas de injúrias raciais contra a
profissional. Em resposta, a campanha com a hashtag #SomosTodosMaju inundou as
redes sociais. A onda de solidariedade também serviu para ampliar a denúncia contra
o racismo no Brasil. Maju, que recentemente se tornou a primeira mulher negra a
apresentar o "JN", afirmou na época que não perderia o ânimo apesar das difamações.
A partir do exposto, realizamos entrevistas com três pessoas distintas e anônimas,
afim de expandir o nosso conhecimento sobre o assunto.

1º Entrevistado A.G.N (comunidade)


2º Entrevistado A.S.P (familiar)
3º Entrevistado G.P.G (pessoa da escola)
*Você acredita que o racismo é real e presente na nossa realidade?
A.G.N: “Sim. Até mesmo de forma indireta.”
A.S.P: “Sim, sem dúvidas.”
G.P.G: “Sim, e está bem explícito na nossa sociedade.”

*Você já foi vítima de racismo?


A.G.N: “Sim, já sofri e conheço pessoas que sofreram com esse tipo de injustiça até
mesmo de forma indireta.”
A.S.P: “Não.”
G.P.G: “Não, por ser branco e “privilegiado”, mas isso não quer dizer que não exista.”

*Você conhece alguém ou algum caso de racismo?


A.G.N: “Sim. No mercado de trabalho é muito presente, mesmo que seja invisível para
algumas pessoas, é muito comum esse tipo de preconceito racial no âmbito do
comércio.”
A.S.P: “Sim, conheço algumas pessoas que já passaram por isso.”
G.P.G: “Sim. Com amigos, já presenciei situações constrangedoras para eles, onde uma
pessoa de fora ignorava ou até mesmo menosprezava. Infelizmente esses situações
acontecem, e não podemos ficar calados.”

* O que você acha que pode ser feito para combater o racismo?
A.G.N: “Educação! Empatia, valores. Não basta apenas dizer que não é racista, deve ser
provado em atitudes também.”
A.S.P: “Não ser conivente com nenhuma situação racista, ter posição sempre que
necessário, não tolerar esse tipo de preconceito em lugar nenhum, não se calar.”
G.P.G: “Não acho que baste apenas não ser racista, e sim antirracista também. Aprendi
muito com todo esse movimento contra o racismo recentemente e acho que muitas
pessoas também, então eu acredito que esse tipo de ampliação sobre o assunto
influencie muito a combater. Devemos sempre ter atitude e tentar corrigir aqueles em
que pecam nos atos.”
Comparando os dados do primeiro momento com as respostas feitas nas entrevistas,
podemos notar o quão o racismo é realmente presente na sociedade afetando a vida
de muitos brasileiros. Segundo o filósofo Kant e o seu conceito de esclarecimento, o
homem se encontra estagnado em uma situação no qual ele mesmo produz, não
conseguindo sair dessa condição sem necessitar da ajuda dos alheios. Trazendo para a
realidade do preconceito racial, pode-se deduzir que as ações dos homens influenciam
diretamente na forma com qual ele está inserido, submetendo-se a aquela situação.
Ou seja, é preciso buscar o saber, o autocontrole e a liberdade de si para que se fuja do
estado de minoridade que se é imposto. Como conclusão diante desses pensamentos,
nota-se que não se deve ser conivente com o racismo, seja ele sofrido por terceiros ou
por si. Aceitar essas situações levam o agravamento e a persistência dessa
problemática enraizada, pois não basta apenas não ser racista, deve-se ser antirracista.
Ter o conhecimento que cor de pele não define uma pessoa, classificar uma pessoa por
tonalidade de pele é um erro gravíssimo. Ressaltando novamente que devemos
manter-se coerente no combate ao racismo.
Conclusão
Em virtude dos fatos mencionados e pela observação feita pelos integrantes do grupo,
é notório que os números de casos e o quanto o racismo ainda é presente no nosso
cotidiano de forma lamentável afeta a evolução do país e a vida do seu povo. Percebe-
se que lutar contra o racismo é muito necessário, pois nenhuma pessoa merece passar
por tais discriminações por sua origem, cor ou etnia.
Neste trabalho, cumprimos todos os objetivos que nos foram propostos, dando ênfase
no tema “O Brasil é um pais racista mesmo não se assumindo como tal”.
Todo o desenvolvimento foi muito importante para o conhecimento geral dos alunos
envolvidos, para o aprofundamento e compreensão deste tema, uma vez que
permitiu-nos o aprofundamento de uma temática muito importante e de grande valor
na vivencia da sociedade.

Relatório
Todos os 4 integrantes tiveram e cumpriram papeis essenciais para que o trabalho
ocorresse de forma eficaz. Foram divididas as etapas e o que cada um pesquisaria,
fazendo assim com que quem não fizesse sua parte se prejudicasse. Gabriel Dantas
ajudou mais diretamente nas informações sobre os casos e imagens, Will colaborou
diretamente nas entrevistas, Ana Lívia e Ana Júlia nas partes de digitação, pesquisa de
dados, dentre outras funções.

Fontes de pesquisa
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-esclarecimento-
kantiano.htm#:~:text=Kant%20come%C3%A7a%20pelo%20pr%C3%B3prio%20termo,n
ecessitar%20da%20ajuda%20de%20alheios.
https://www.unimonte.br/blog/combate-ao-racismo-como-um-estudante-pode-
ajudar/
https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/dia-contra-discriminacao-racial-
dez-reportagens-sobre-casos-de-racismo-desde-1988.html
https://oglobo.globo.com/sociedade/preto-no-branco-9-visoes-sobre-onde-esta-
racismo-estrutural-24466876

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