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A cor “morena” não está tipificada no IBGE. A população brasileira é composta por
pessoas pretas, pardas, brancas, indígenas e amarelas.
Na academia, há críticas em relação à denominação “parda”, pois seria uma forma de
embranquecer as pessoas pretas. Contudo, a população negra é composta de pretos e pardos.
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IV – POPULAÇÃO NEGRA:
• É o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o que-
sito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), ou que adotam autodefinição análoga.
• O quesito cor ou raça é uma classificação usada pelo Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), desde 2020 para denominação étnica ou racial das pes-
soas no Brasil. Essa classificação inclui os termos: preta, parda, amarela, indígena
ou branca. Cada uma dessas categorias é autoatribuída, ou seja, a própria pessoa se
autodefine como pertencente a algum desses termos.
• O mito da democracia racial no Brasil configura a ideia de que o Brasil não é um
país racista, que é o país do samba, do carnaval e do futebol. Devido a essa ideia,
o racismo passou a ser algo muito velado em nossas relações. As pessoas têm difi-
culdade de se autodeclararem pretas e pardas por causa do próprio histórico que a
população negra vivenciou e ainda vivencia no Brasil.
• Quando se trabalha no serviço público e é preciso perguntar a cor/raça das pessoas,
lembre-se de que não é um desconforto ou uma ofensa fazer esse tipo pergunta,
pelo contrário, é algo necessário para a construção da identidade.
• Um método de identificação racial é um procedimento estabelecido para a deci-
são do enquadramento dos indivíduos em grupos definidos pelas categorias de
uma classificação, sejam estas manifestas ou latentes. Existem basicamente três
métodos de identificação racial, que podem ser aplicados com variantes.
– O primeiro é a autoatribuição de pertença, no qual o próprio sujeito da classifica-
ção escolhe o grupo do qual se considera membro (autodeclaração).
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– O segundo é a heteroatribuição de pertença, no qual outra pessoa define o grupo
do sujeito.
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V – POLÍTICAS PÚBLICAS
• As ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas
atribuições institucionais.
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VI – AÇÕES AFIRMATIVAS
• Os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada
para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de opor-
tunidades. Exemplos: cotas raciais nas universidades públicas e empresas privadas.
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Reparação Histórica
Trecho de uma entrevista feita com uma mulher negra porto-riquenha que ocupa
uma cadeira na ONU.
Reparação é reconhecer o que a História nos negou. Não é algo novo, que a humani-
dade desconheça, porque outros grupos já a fizeram. A humanidade quando reconhece
que um grupo foi prejudicado, degradado ao extremo, toma decisões políticas, econômi-
cas, culturais, que permitem devolver aos descendentes, às vítimas destes feitos histó-
ricos (as tragédias), os direitos que lhe foram negados. O que os afrodescendentes estão
pedindo é que a sociedade, como um todo e através de suas instituições, reconheça
essa humanidade e que possa abolir todo tipo de conceito de inferioridade em relação
à comunidade negra instaurado no sistema organizacional e institucional dos Estados.
Link da Entrevista:
https://www.geledes.org.br/reparacao-e-reconhecer-o-que-a-historia-nos-negou-e-nao-e-al-
go-que-ahumanidade-desconheca-diz-epsy-campbell/
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• Racismo Estrutural.
• Racismo Institucional: é o racismo praticado pelas instituições. Uma questão alar-
mante é a falta de acesso da população negra aos serviços de saúde, bem como prá-
ticas restritivas direcionadas a esse grupo. Exemplo: mulheres negras fazem menos
exames preventivos de câncer de mama e do colo do útero. Muitas vezes, quando
buscam atendimento, já estão em estágios avançados da doença e enfrentam jul-
gamentos institucionais em vez de receberem o devido tratamento.
• Mito da Democracia Racial.
Nos últimos anos, algumas provas de concurso trouxeram a questão racial como
tema de prova discursiva. Vejamos alguns exemplos:
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Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, disserte
acerca do posicionamento do serviço social diante do histórico racismo construído na
sociedade brasileira. Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes tópicos:
1. construção do racismo brasileiro e sua institucionalização; [valor: 11,00 pontos]
2. nexos entre as relações raciais e a questão social brasileira e suas múltiplas expressões;
[valor: 13,00 pontos]
3. debate sobre a questão racial pelo conjunto da categoria profissional — desafios e
posicionamento político. [valor: 14,00 pontos]
2. (FGV/2021)
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Enunciado da discursiva:
Considerando que o texto e a imagem apresentados têm caráter unicamente motivador,
redija um texto dissertativo, abordando os seguintes aspectos:
1. o racismo como um problema estrutural no Brasil; [valor: 12,00 pontos]
2. a criminalização do racismo no Brasil; [valor: 9,50 pontos]
3. a necessidade de representatividade para o combate à discriminação racial brasileira.
[valor: 7,00 pontos]
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• “Cor de pele”: Aprende-se desde criança que a cor bege é “cor de pele”, entretanto,
é evidente que ela não representa a pele de todas as pessoas.
• “Doméstica”: Negros eram tratados como animais rebeldes que precisavam de “cor-
retivos”, ou seja, serem “domesticados”.
• “A dar com pau”: A expressão é originada nos navios negreiros, em que muitos dos
capturados preferiam morrer a serem escravizados e faziam greve de fome na tra-
vessia entre os continentes. Para obrigá-los a se alimentar, um “pau de comer” foi
criado para forçar as comidas pela boca.
• “Meia tigela”: Os negros que trabalhavam à força nas minas de ouro nem sempre
conseguiam alcançar suas “metas”. Quando isso acontecia, recebiam como punição
apenas metade da tigela de comida e ganhavam o apelido de “meia tigela”, que hoje
significa algo sem valor e medíocre.
• “Mulata”: Na língua espanhola, referia-se ao filhote macho do cruzamento de cavalo
com jumenta ou de jumento com égua. A enorme carga pejorativa é ainda maior
quando se diz “mulata tipo exportação”, reiterando a visão do corpo da mulher negra
como mercadoria. A palavra remete à ideia de sedução, sensualidade.
• “Cor do pecado”: Utilizada como elogio, se associa ao imaginário da mulher negra
sexualizada. A ideia de pecado também é ainda mais negativa em uma sociedade
pautada na religião, como a brasileira.
• “Ter um pé na cozinha”: Forma racista de falar de uma pessoa com origem negra.
Teve início no período da escravidão, em que o único lugar permitido às mulheres
negras era a cozinha da casa grande.
• “Moreno(a)”: Racistas acreditam que chamar alguém de negro é ofensivo. Falar de
outra forma, como “morena” ou “mulata”, embranquecendo a pessoa, “amenizaria”
o “incômodo”.
• “Negro(a) de traços finos”: A mesma lógica do clareamento se aplica à “beleza exó-
tica”, tratando o que está fora da estética branca e europeia como incomum.
• “Cabelo ruim”: Fios “rebeldes”, “cabelo duro”, “carapinha”, “mafuá”, “piaçava” e outros
tantos derivados depreciam o cabelo afro. Por vários séculos, causaram a negação do pró-
prio corpo e a baixa autoestima entre as mulheres negras sem o “desejado” cabelo liso.
• “Não sou tuas negas”: A mulher negra como “qualquer uma” ou “de todo mundo” indica
a forma como a sociedade a percebe: alguém com quem se pode fazer tudo. Escravas
negras eram literalmente propriedade dos homens brancos e utilizadas para satisfazer
desejos sexuais, em um tempo no qual assédios e estupros eram ainda mais recorren-
tes. Portanto, além de ser profundamente racista, o termo é carregado de machismo.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Aline Menezes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.
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