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Agência Estado
O menino Marco Antônio, de 9 anos, foi agredido por cinco garotos da mesma faixa etária
dentro da sala de aula e na saída de uma Escola Estadual, anteontem, numa cidade próxima à
região de Ribeirão Preto (SP). Devido à agressão, ele foi internado e passou por exames de
tomografia e ressonância magnética em Ribeirão Preto. Marco terá alta hospitalar amanhã e
usará colar cervical por 15 dias.
Segundo a mãe, de 27 anos, o filho sofre com as brincadeiras de colegas porque é gago.
Após a agressão na escola, ele não mencionou nada em casa. Dentro da sala de aula (3ª série),
ele foi atingido por um soco, um tapa e um golpe de mochila. Na saída da escola, a inspetora o
mandou sair pelos fundos, mas os agressores perceberam e o cercaram, desferindo socos e
chutes em seu corpo.
Na manhã de ontem, Marco acordou com o pescoço imobilizado. A avó o levou à escola e
os cinco agressores foram mandados para casa pela direção. Revoltada, a mãe quer processar a
escola e ainda retirar os três filhos de lá — Marco é o mais velho dos irmãos. A delegada Maria
José Quaresma, da DDM, disse que cinco garotos foram identificados e serão ouvidos nos
próximos dias.
O caso, registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), será investigado e passado à
Curadoria da Infância e da Juventude. A Secretaria Estadual da Educação informou que foi aberta
uma apuração preliminar para averiguar a denúncia de agressão entre alguns alunos da escola.
“Caso seja constatado que o fato aconteceu dentro da escola, o Conselho Escolar vai definir as
medidas punitivas em relação aos estudantes, como, por exemplo, a transferência de unidade”,
disse a nota da Secretaria.
Agência Estado, 18/9/2009. (Para uso neste Caderno, os nomes, assim como outras informações
que possam identificar os envolvidos, foram substituídos ou suprimidos).
1. De acordo com as informações fornecidas pela notícia, qual foi o motivo mais provável da
agressão? Pode-se concluir que o garoto foi agredido em razão da escalada de
hostilidade (por parte dos colegas) motivada unicamente por sua gagueira.
2. Segundo a mãe, Marco Antônio costuma ser alvo de “brincadeiras” dos colegas.
Considerando o conjunto da notícia, que tipo de brincadeiras seria esse? Por que teriam
chegado a um nível tão elevado de violência?
Muito provavelmente as brincadeiras a que a mãe se refere seriam as hostilidades já
mencionadas. Entre crianças e adolescentes, essas brincadeiras costumam ser chamadas de
“zoação”. Atualmente esse tipo de comportamento é mais conhecido por bullying.
Frequentemente, esses comportamentos provocam mal-estar e também distúrbios mais graves
entre os alunos. Nesse caso, teriam chegado ao ponto da agressão física; ao que parece, por não
terem sido, oportuna e eficazmente, questionados nem por adultos – pais, professores,
funcionários - , nem por outros colegas.
3. Na base desse caso de violência está o preconceito contra o que parece “estranho”, “fora
do normal” etc. que outros casos freqüentes de intolerância é possível lembrar? Magros, gordos,
narigudos, tímidos, “delicados”, com algum problema físico etc.
4. O que é preconceito? Preconceitos são idéias preconcebidas que se apresentam como
verdades tão bem estabelecidas que dispensariam argumentos: “os negros são inferiores aos
brancos”; “as mulheres são menos inteligentes que os homens” tec.
5. O que teria de ser feito para evitar esse tipo de violência? Seria possível estabelecer um
consenso para todos? Uma forma eficaz de evitar e combater esse tipo de hostilidade e de
violência é o debate aberto, constante e sistemático sobre questões incômodas que se
manifestam no cotidiano, com vistas em estabelecer consensos sobre o que se deve e o que
não se deve fazer.
Maioridade penal Contra: Redução da idade penal Wandyr Zafalon
Quando cenas violentas se repetem e repercutem por todo o território nacional, o assunto
redução da idade penal volta com intensidade. Em primeiro lugar, não podemos deixar de
entender e respeitar o sentimento de perda e luto dos parentes próximos. São inteiramente
compreensíveis as manifestações de revolta e intenções de vingança surgidas em momentos tão
inesperados e dolorosos. Revolta e vingança são mecanismos utilizados como forma de suportar
a própria dor e podem até ajudar na elaboração do luto.
Devemos ficar atentos, quando crimes violentos comovem toda a sociedade, para não
permitirmos que nossas emoções cheguem a eliminar nossa própria racionalidade.
Ao fazermos a pergunta: Quem é esse criminoso??? Na maioria das vezes, vamos deparar
com respostas que nos levarão à seguinte conclusão: somos vítimas de vítimas.
Pensando e sentindo assim, é fácil perceber que a sociedade precisa reduzir muitas outras
coisas: reduzir a corrupção, reduzir a desigualdade social, reduzir a injustiça, reduzir os políticos
desonestos, reduzir a falta de educação, porque ela, infelizmente, ainda não é para todos.
Reduzir a idade penal isoladamente é apenas um desejo vingativo que faz emergir e
transparecer a nossa própria violência.
Muito se critica o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém, o mesmo já existe há
mais de uma década, e pouco, muito pouco, saiu do papel. Nenhum governo (federal, estadual ou
municipal) colocou em foco, como prioridade, os direitos que nossas crianças e adolescentes
adquiriram e merecem. Os setores mais conservadores da sociedade criticam os defensores do
ECA, que só enxergariam os "direitos". Mas esses direitos são tão básicos e elementares que
mostram o tamanho do descaso com as causas sociais de nosso país. O estatuto quer toda
criança e todo adolescente na escola; no esporte; nas artes; no meio de famílias com renda
suficiente para proporcionar uma vida digna e qualificada.
Enquanto tudo isso não vier, reduzir isoladamente a idade penal é se vingar, dos outros, por
um crime cometido por nós mesmos. O não cumprimento de nossa parte, enquanto sociedade, é
talvez mais violento do que a própria violência.
Wandyr Zafalon Junior é psicólogo-clínico, em Araçatuba (Folha da Região, 25/11/2003)
A favor
93% dos mineiros são a favor da redução da maioridade penal
Rodrigo Lopes
BELO HORIZONTE - Uma pesquisa realizada de 12 a 18 deste mês em Belo Horizonte,
mostra que 93% dos mineiros são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
O Instituto Olhar ouviu 1200 pessoas, apenas 6% se manifestaram de forma contrária e 0,5% não
sabem ou não responderam. A discussão sobre o tema ressurgiu após o assassinato do casal
Liana Friedenbach e Felipe Caffé, que teria sido comandado por um adolescente de 16 anos, em
Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.
O diretor do Instituto Olhar, Rodrigo Mendes Ribeiro, disse que resultado da pesquisa a
influenciada pelo assassinato dos estudantes paulistas. Na pesquisa foram ouvidos moradores de
nove regiões de Belo Horizonte, Oeste, Centro-Sul, Leste, Noroeste, Barreiro, Nordeste, Norte,
Venda Nova e Pampulha, sendo 133 em cada uma delas. A margem de erro é de 2,9%. 28,4%
dos entrevistados têm idade entre 20 e 29 anos; 23,9% entre 30 e 39 anos; 18,8% entre 40 e 49
anos e o mesmo percentual acima de 50 anos. Apenas 10,2% dos ouvidos têm entre 16 e 19
anos.
A maior parte dos entrevistados, 39,8% tem grau de escolaridade médio, seguido do
fundamental (5ª a 8ª série), 28,7% e 1ª a 4ª, 17,8%. Com ensino superior, manifestaram sua
opinião 9,5% e sem estudos, 4,3%. (Jornal do Brasil, 23/11/2003)
Proposta de redação
Depois de ler os textos acima, redija um texto dissertativo de 30 linhas, emitindo sua opinião a
respeito da maioridade penal. Faça rascunho, coloque título.
CUIDADO! NÃO COPIE NADA DOS TEXTOS DE APOIO, REDIJA SUA DISSERTAÇÃO
COM SUAS PALAVRAS.
Couro de Boi
Palmeira e Teddy Vieira
Gravação de Luizinho, Limeira
e Zezinha
Conheço um velho ditado
Que é do tempo do zagais
Diz que um pai trata dez filhos
Mas dez filhos não trata um pai
Sentindo o peso dos anos
Sem podê mais trabalhar
O velho peão estradeiro
Com o seu filho foi morá
E o rapais era casado
E a mulher deu de implicar
Você mande o velho embora
Se não quiser que eu vá
E o rapais coração duro
Com o velhinho foi fala.
Para o senhor se mudar
Meu pai eu vim lhe pedir
Hoje aqui da minha casa
O senhor tem que sair
Leva este couro de boi
Que eu acabei de curtir
P'ra lhe servir de coberta
Aonde o senhor dormir.
O pobre velho calado
Pegou o couro e saiu
Seu neto de oito anos
Que aquela cena assistiu
Correu atrás do avô
Seu palitó sacudiu
Metade daquele couro
Chorando ele pediu.
O velhinho comovido
P'ra não ver o neto chorando
Partiu o coro no meio
E ao netinho foi lhe dando
O menino chegou em casa
Seu pai foi lhe perguntando
P'ra que você qué esse couro
Que seu avô ia levando.
E o menino respondeu
Um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho
E comigo vem mora
Pode ser que aconteça
De nóis não se combinar
Esta metade de couro
Vou dar pro senhor levar.
1)O texto informa e comenta os resultados de uma pesquisa sobre o trabalho infantil em nosso
país. No 1º parágrafo, além de informar, a jornalista também emite uma opinião sobre a pesquisa.
Essa opinião consiste na ideia principal do texto, que é desenvolvida pelos parágrafos seguintes.
De acordo com o primeiro parágrafo:
a)O trabalho infantil em nosso país aumentou ou diminuiu?
b)Qual é o ponto de vista expresso pela jornalista, que constitui a idéia principal do texto?
2)O parágrafo pode ser constituído de diferentes formas. Uma delas, a mais comum, é a
declaração inicial. Esse tipo de parágrafo é introduzido por meio de uma afirmação, desenvolvida
por idéias secundárias. Qual é a declaração inicial que abre o 1º parágrafo?
PROPOSTA 1
Muitas crianças ajudam em casa, tomando conta de irmãos menores ou fazendo tarefas
domésticas: cozinhar, passar, limpar a casa, etc. Na sua opinião, a criança deve ou não ajudar
em casa? Se acha que sim, explique por que e em que condições esse trabalho deve ocorrer. Se
acha que não, explique por quê.
PROPOSTA 2
A lei de proteção à criança e ao adolescente permite que o menor de 16 e maior de 14 anos
trabalhe, desde que seja na condição de aprendiz, isto é, durante certo tempo o adolescente
aprenderia determinada profissão e trabalharia um número reduzido de horas, a fim de continuar
os estudos. Contudo, o que se verifica na realidade é que muitos adolescentes, para garantirem o
emprego, deixam de estudar e chegam a trabalhar 40 horas por semana, como os adultos.
Na sua opinião, a lei que regula o trabalho do menor aprendiz, deve ser mantida?
PROPOSTA 3
Até alguns anos atrás, as crianças do meio rural deixavam de ir à escola na época de colheita
para ajudar seus pais. Com o projeto Bolsa-Escola, o governo passou a pagar uma pequena
quantia mensal às famílias que têm filhos na escola, com a condição de não faltarem. Essa
iniciativa melhorou sensivelmente os índices de evasão e reprovação escolar. O que você acha
dessa iniciativa? Que outras iniciativas poderiam ser tomadas pelo governo, a fim de manter a
criança na escola?
01. Na frase "Mas a família, esse chão sobre o qual caminhamos por toda a vida ...", o
uso da palavra sublinhada mostra que, para a autora, a família
(A) apoia o indivíduo.
(B) resulta de escolha.
(C) propicia sucesso.
(D) agrada sempre.
03. Na frase "deixemos de lado os estereótipos...", a palavra sublinhada pode ser substituída,
sem prejuízo para o sentido, por
(A) fórmulas criativas.
(B) moldes antiquados.
(C) modelos desgastados.
(D) métodos inventivos.
04. De acordo com o texto, os membros de uma família devem permanecer unidos quando
(A) existir entre seus membros uma relação conflituosa.
(B) houver uma dependência entre jovens e adultos.
(C) existir preocupação dos filhos com os pais.
(D) houver aceitação e respeito entre seus membros.
06. Infere-se que, para a autora, a família é "misto de amor e de conflito", porque nela
existe
(A) baixa estima e abandono.
(B) concordâncias e desencontros.
(C) segurança e rivalidade.
(D) indiferença e autonomia.
9. Em "Ela não tinha problema, claro." o termo destacado foi empregado para demonstrar o
preconceito
(A) do autor do texto.
(B) dos colegas da negra.
(C) da gerente negra.
(D) dos colegas negros.
Namoro e Futebol
01. Sobre o interesse da moça pelo futebol, é correto afirmar que ela
(A) sempre fora maluca pelo esporte.
(8) começou a gostar vendo o namorado jogar.
(C) só se envolveu quando precisou cobrar um pênalti.
(D) passou a jogar obrigada pelas outras meninas.
2.No quinto parágrafo, o uso dos advérbios "radicalmente" e "absolutamente" indica que
(A) nem a moça nem o rapaz estavam convictos quanto à posição que assumiram na discussão.
(B) embora o rapaz tivesse se excedido, a moça de forma alguma discordaria dele.
(C) a moça e o rapaz agiram de modo refletido e ponderado mesmo em situações controversas.
(D) a uma posição extrema do rapaz correspondeu uma reação proporcional da
moça.
3.O sentido dos trechos "foi o legítimo amor à primeira vista" e "os dois formavam o casalzinho
ideal" é retomado, no texto, pela expressão
(A) idílio mais perfeito. (B) postura machista. (C) jeito para a coisa. (D)
dar um tempo.
4. O primeiro conflito que rompe a situação inicial de equilíbrio vivida pelos personagens localiza-
seno (A) primeiro parágrafo. (B) sétimo parágrafo. (C) quinto parágrafo. (D) penúltimo
parágrafo.
5. A afirmação, no segundo parágrafo, de que "Alguma coisa sempre aparece para perturbar"
éconfirmada no trecho do texto:
(A) E talvez tenha razão. (B) Mas uma dúvida o persegue. (C) Ele era maluco pelo
esporte. (D) Sob os aplausos da torcida.
2. No segundo parágrafo, o autor insinua que um dos motivos do baixo número de leitores no
Brasil é
(A) o analfabetismo funcional.
(B) a falta de motivação.
(C) o tempo de TV.
(D) a falta de dinheiro.
4.. No último parágrafo, o autor afirma que bons leitores há poucos com a seguinte
expressão
(A) "opiniões diferentes".
(B) "grandes ideias".
(C) "pequenos erros".
(D) "ave rara".
6. No texto, o autor, para aqueles que "podem ler e não lêem", apresenta uma proposta
direta:
(A) vá menos ao cinema.
(B) reserve um tempo para a leitura.
(C) fundamente seus argumentos.
(D) concentre-se nos pequenos erros.
9. Identifique, nos trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor (autor) com o
leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...”
(B) “Pessoas competentes têm foco...”
(C) “Elas não gastam tempo...”
(D) “Pense nisso. Sucesso!”
11. Há pessoas com opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para elas, basta
que a empresa tenha funcionários
(A) éticos e incompetentes.
(B) participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade.
(D) disciplinados e dispersos.