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Como aprendem as crianças?

Estilos de aprendizagem: as diferentes formas de adquirir conhecimento

Cada indivíduo possui e apresenta uma maneira própria de aprender, a forma individual
de adquirir conhecimento é definida como Estilo de Aprendizagem. Por exemplo: algumas
crianças aprendem com maior facilidade cantando músicas, outras através de brincadeiras,
brinquedos pedagógicos, entre outros.
Conforme referido anteriormente, o Estilo de Aprendizagem é um
estilo pessoal e único, vale ressaltar que não se trata do que o
indivíduo aprende e sim a forma que ele utiliza durante o
aprendizado.
No intuito de identificar qual o melhor tipo de abordagem para seu
aluno ou filho, fazendo com que crie e oriente estratégias
educacionais personalizadas de acordo com o perfil de aprendizagem e proporcionando um
aprendizado de forma prazerosa e com maior facilidade, conheça os tipos de aprendizagem
existentes, bem como a maneira ideal de ser utilizada.

Os sete tipos de Estilo de Aprendizagem identificados no indivíduo:

1. Físico: definido como o indivíduo que utiliza bastante a expressão corporal, as pessoas
que apresentam esse perfil geralmente são inquietas, bisbilhoteiros e “destruidores” de
brinquedos, pois buscam saber como ocorre o funcionamento desses. Interagem melhor
através do contato manual e corporal, costumam ter gosto pela prática de desportos,
dança, invenção e construção de algo.

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Seguem algumas atividades recomendadas aos indivíduos que apresentam esse Estilo de
Aprendizagem:

Sugestões de atividades:
• Realizar aulas práticas com montagens e construções de objetos e simulações;
• Incluir aulas virtuais em computadores;
• Alternar momentos teóricos e práticos durante a aula.

2. Intrapessoal: definido como o indivíduo que apresenta característica introspetiva,


costuma ser solitário, tímido, antissocial, porém costumam apresentar melhor
desempenho quando deixados à vontade.
Na escola tendem a identificar-se com atividades de escrita, pesquisa e projetos
independentes, apresentando raciocínio lógico muito apurado e são bastante reflexivos.

Sugestões de atividades:
• Realizar projetos independentes com eles;
• Devido a serem considerados pesquisadores natos, pode requisitar inúmeros trabalhos de
pesquisas;
• Evitar trabalhos em grupo, pois apresentam melhor desempenho em atividades
isoladas.

3. Interpessoal: definido como um indivíduo extrovertido, relaciona-se melhor com o


mundo através das suas interações com os outros, apresenta melhor entendimento com
pessoas que trabalham em grupo. São considerados prestativos e autênticos, apresentam
melhor desempenho em atividades com equipas desportivas, grupos de discussões e
organização de eventos, trabalhos de pesquisa em grupo, ou trabalho em pequenas
equipas.

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Sugestões de atividades:
• Realizar projetos em grupos;
• Organizar trabalhos onde possam lidar com o público, como debates e entrevistas.

4. Linguístico ou Verbal: definido como o indivíduo que apresenta maior facilidade em


expressar-se com palavras, são consideradas como “devoradores” de livros, sendo
extremamente cultas, têm sempre domínio do assunto que é abordado. São
simpatizantes de atividades que envolvem o uso da palavra falada, escrita de poemas e
leitura literária.

Sugestões de atividades:
• Realizar projetos literários, concursos para redação de textos publicitários;
• Realizar debates de temas polémicos;
• Criar peça de teatro, etc.

5. Matemático: geralmente esses indivíduos utilizam mais o pensamento (raciocínio lógico),


números, padrões e sequências, contagem e classificação de objetos, criação de tábuas
cronológicas e tabelas, e solução de problemas complexos. São considerados génios
matemáticos e tendem a ser apaixonados por jogos.

Sugestões de atividades:
• Ensinar atividades que tenha como comprovar a resolução;
• Realizar projetos que propiciem a organização e classificação de coisas e objetos;
• Realizar projetos de pesquisas científicas ou comportamentais.

6. Musical: são indivíduos que se interessam mais por sons e músicas, geralmente vivem
cantando ou entoando algum som, mesmo com a boca fechada. Apresentam habilidade
natural para interagir e entender os sons, musicais ou não.

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Sugestões de atividades:
• Realizar projetos para criação de teatros musicais;
• Escrever letras para músicas já existentes;
• Realizar projetos de pesquisa, biografia e bibliografia musicais;
• Realizar projetos para criação de trabalhos em multimédia.

7. Visual: são indivíduos que tendem a explorar mais o aspeto visual das coisas,
apresentando um talento natural para lidar com cores e harmonizar ambientes.
Identificam-se através de pinturas, imagens, bem como criação de artes gráficas.

Sugestões de atividades:
• Criar projetos voltados para a criação de cenários para peças de teatro;
• Criar um Site para a turma ou escola;
• Solicitar apresentações multimédia dos trabalhos da escola;
• Realizar projetos com interpretação de mapas, diagramas e obras de arte;
• Trabalhar com ilustrações, gráficos, slides e filmes nas aulas.

Como aprendemos, segundo a Pirâmide de William Glasser (1925-2013)


William Glasser foi um psiquiatra americano (1925-2013), conhecido como o
desenvolvedor da Teoria da Escolha e sua aplicação na área da Educação.
Através da qual ele afirma que nenhum ser humano é totalmente desmotivado:
“Ninguém, apesar de todos os problemas enfrentados, acredita e deseja o seu próprio
fracasso. Pelo contrário, gosta de aprender diariamente”.

O pesquisador acreditava que ameaças, castigos e punições não eram suficientes para a
aprendizagem, pois ela não nasce de fora para dentro.
Ao contrário dessa postura, a escolha e o desejo pelo estudo nasce de dentro para fora,
pois, segundo o autor, é um movimento de liberdade pessoal.

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A partir de toda essa ideia chegamos à pirâmide de aprendizagem proposta pelo autor:
A educação, para que seja assertiva, não deve se limitar à memorização mecânica e técnicas
similares que contribuem pouco para essa aprendizagem.

De acordo com a pirâmide de Glasser:


• Aprendemos e assimilamos apenas 10% quando lemos o conteúdo proposto.
• Já quando ouvimos, a aprendizagem é de 20% do que nos é ensinado.
• Quando observamos, conseguimos assimilar cerca de 30% daquela matéria.
• Quando observamos e ouvimos ao mesmo tempo conseguimos atingir 50%.
• Quando ocorre a discussão, o debate e a interação com os nossos colegas, aumentamos
a assimilação para 70%.
• Quando colocamos a mão na massa, ou seja, quando colocamos em prática tudo que
assimilamos podemos atingir 80%.
• No entanto, a aprendizagem atinge o seu topo 95%, quando ensinamos uns aos outros,
aqui está o verdadeiro diferencial, ensinar para que o conteúdo seja efetivamente
assimilado.

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