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Coimbra, 2015
Cláudia Sofia Rodrigues Ferreira Dias
Constituição do Júri:
Presidente: Professora Doutora Anabela Panão Góis Ramalho
Arguente: Professora Doutora Anabela Maria de Sousa Pereira
Orientador: Professor Doutor João Pimentel Vaz
AGRADECIMENTOS
- Agradeço ao meu orientador, o Senhor Professor João Pimentel Vaz, pela forma
como se mostrou sempre disponível e atento, permitindo que este trabalho se
realizasse de uma forma mais rigorosa e completa.
- Agradeço a M., a nossa aluna, por gostar tanto de um afeto, porque eu tanto gosto
de os oferecer.
- Agradeço mais uma vez a M. e a todos os meus alunos por permitirem a minha
realização enquanto professora.
- Agradeço aos meus pais e ao meu irmão por serem as pessoas maravilhosas que
são, por serem o meu maior suporte afetivo.
- Agradeço ao meu marido por me fazer companhia nas longas noites de trabalho e
por me transmitir calma e tranquilidade.
I
Escola Superior de Educação | Politécnico de Coimbra
II
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
Resumo:
Este projeto de intervenção, desenvolvido segundo o modelo de investigação-ação,
surgiu da necessidade de melhorar as competências pessoais, socioemocionais e
cognitivas de uma aluna do 2.º CEB com Deficiência Intelectual e Desenvolvimental
(DID) associada à Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA).
Neste sentido, propusemo-nos agir sobre o comportamento da aluna para o
adequarmos ao trabalho educativo, por forma a melhorar o seu envolvimento e as
suas competências relacionais. Ao mesmo tempo procurámos desenvolver as suas
competências de leitura, uma área na qual a aluna apresentava particulares
dificuldades.
Como filosofia de intervenção usámos o modelo da modificação
comportamental, com particular destaque para a perspetiva do ensino positivo e a
valorização da pessoa e das suas capacidades, tendo especial preocupação em
estabelecer uma relação pedagógica marcada pela qualidade do afeto.
O processo de intervenção foi desenvolvido pela autora enquanto professora
de Educação Especial no âmbito do acompanhamento da aluna ao abrigo do Decreto-
Lei n.º 3/2008 ao longo do ano letivo de 2013/2014.
À luz dos objetivos pretendidos e seguindo as linhas de orientação apontadas,
a intervenção realizada permitiu: reduzir os comportamentos desajustados, passando
a aluna em causa a revelar-se muito mais autocontrolada e colaborante; melhorar as
suas competências de leitura e o gosto por esta atividade, com implicações
igualmente ao nível da escrita; aumentar o gosto da aluna pela leitura e atividades
escolares associadas; melhorar a sua autoimagem e a autoperceção das próprias
competências.
O trabalho realizado mostrou assim que a intervenção levada a cabo foi uma
via para o alcance dos objetivos pretendidos, descrevendo-se ao longo deste relatório
os elementos sobre o processo, os resultados e as possíveis conclusões.
III
Escola Superior de Educação | Politécnico de Coimbra
Abstract
Our intervention project, developed according to the model of research
action, arose from the need to improve personal, socio-emotional and cognitive skills
of a primary school student with Intellectual and Developmental Disabilities (IDD)
associated with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD).
In this sense, we aimed to act on the behaviour of that student to adapt it to
the educational work in order to improve her involvement and her relational skills.
At the same time, we sought to develop her reading skills, an area in which the
student showed particular difficulties.
As a philosophy of intervention we applied the behaviour modification
model, with particular emphasis on the perspective of positive education and the
valorization of the person and his or her capacities, being specially concerned in
establishing a pedagogical relationship marked by the quality of the affection.
The intervention process was developed by the author as a Special Education
teacher to follow up a student under Decree-Law No. 3/2008 throughout the school
year 2013/2014.
In the light of the intended goals and following the identified guidelines, the
performed intervention allowed to: reduce maladaptive behaviours, considering that
this student became much more self-controlled and cooperative; improve her reading
skills and the pleasure for this activity, having also implications at the level of
writing; increase the pleasure of the student for reading and associated educational
activities; improve her self-image and self-perception of her own skills.
The developed work demonstrated that the performed intervention was a way
to achieve the intended goals, describing throughout this report the details of the
process, the results and possible conclusions.
IV
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
ÍNDICE
INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------1
V
Escola Superior de Educação | Politécnico de Coimbra
VI
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
VII
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ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------77
Anexo I – grelhas 1- Grelhas de Registo de Comportamento --------------------------78
- grelha 1.1. – Grelha de Registo de Duração ----------------------------------78
- grelha 1.2. – Grelha de Registo de Frequência e de Duração de
Comportamento ------------------------------------------------------79
Anexo II, grelha 2 - Grelha de Registo de Leitura ---------------------------------------80
Anexo III, grelha 3 - Grelha de Registo de Compreensão de Narrativa Oral --------81
Anexo IV – grelhas 4 - Grelhas de Registo de Automonitorização--------------------82
- grelha 4.1. - Grelha de Registo de Automonitorização do 1.º período ------ 82
- grelha 4.2. – Grelha de Registo de Automonitorização para os 2.º e 3.º
Períodos --------------------------------------------------------------------83
Anexo V- Quadro de Comportamento e Ocorrências – 1.º Período -------------------84
Anexo VI – Quadro da Leitura – 1.º Período ---------------------------------------------87
Anexo VII – Quadro de Compreensão de Narrativa Oral – 1.º Período --------------88
Anexo VIII – Quadro de Automonitorização – 1.º Período ----------------------------89
Anexo IX- Quadro de Comportamento e Ocorrências – 2.º Período ------------------90
Anexo X – Quadro da Leitura – 2.º Período ----------------------------------------------94
Anexo XI – Quadro de Compreensão de Narrativa Oral – 2.º Período ---------------97
Anexo XII – Quadro de Automonitorização – 2.º Período ----------------------------100
Anexo XIII- Quadro de Comportamento e Ocorrências – 3.º Período --------------101
Anexo XIV – Quadro da Leitura – 3.º Período -----------------------------------------102
Anexo XV – Quadro de Compreensão de Narrativa Oral – 3.º Período -------------105
Anexo XVI – Quadro de Automonitorização – 3.º Período ---------------------------106
VIII
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
ABREVIATURAS
DA – Dificuldades de Aprendizagem
IX
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 ‒ Registo de Comportamentos Problemáticos e de Comportamentos
Problemáticos Associados à Resolução de Exercícios de Português--- 61
Gráfico 2 – Registo da Leitura: Episódios de Leitura e Reações de Recusa---------62
Gráfico 3 – Registo de Automonitorização na Área do Português Funcional -------63
Gráfico 4 – Registo de Automonitorização na Área da Matemática Funcional -----63
Gráfico 5 – Registo de Automonitorização na Área do Conhecimento de Si
e do Mundo --------------------------------------------------------------------64
Gráfico 6 – Registo de Automonitorização na Área das Expressões ------------------64
Gráfico 7 – Registo de Automonitorização na Área do Comportamento -------------64
X
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
INTRODUÇÃO
Desde a implementação nas escolas portuguesas de uma política preconizadora da
filosofia de uma “Escola Inclusiva” – “Educação Para Todos” (UNESCO,1994), todos
aqueles que se envolvem na Educação, sejam governantes sejam intervenientes
diretos no processo educativo, não devem esquecer que a “Escola Inclusiva” implica
“acolher todos, comprometendo-se a fazer qualquer coisa que seja necessária para
proporcionar a cada aluno da comunidade - e a cada cidadão de uma democracia –
o direito inalienável de pertença de grupo, a não ser excluído.” (Correia, 2010, p.
59).
É uma realidade que a Escola assume cada vez mais um papel básico na
formação dos indivíduos, quer no desenvolvimento das suas capacidades cognitivas,
quer na aquisição de competências pessoais e sociais.
As crianças passam uma grande parte do seu tempo na escola, sendo para
muitas delas um espaço seguro e de conforto. Aí estabelecem vínculos afetivos
seguros com os diferentes intervenientes (professores, assistentes operacionais,
psicólogos, outros profissionais e pares), os quais vão ganhando a forma de modelos
sociais, ajudando-as a encontrar a sua identidade pessoal e social. Também aí podem
vivenciar situações de fracasso tanto ao nível académico como na relação com os
outros, acabando por influenciar negativamente todo um percurso de vida (Roeser,
2000).
Segundo Palacios (1995), citado por Borsa (2007, p.4), a Escola para além da
sua função de transmissora de conhecimento científico, assume a responsabilidade
pelo “ desenvolvimento das relações afetivas, a habilidade de participar em
situações sociais (…) [o desenvolvimento] de condutas pró-sociais e da própria
identidade pessoal.”
A Escola tem, assim, de dar a cada aluno, ao longo do seu percurso escolar,
todos os instrumentos necessários ao sucesso pessoal, social e académico. Daí que a
Escola nunca possa esquecer que “cada aluno” é um “ser humano único” com
características muito próprias.
E se falamos em “ser humano”, não podemos ignorar a importância que os
afetos assumem na trajetória do desenvolvimento de uma criança, uma vez que,
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como defendia Aristóteles, o “homem é um animal social” que precisa dos outros
para atingir a plenitude do seu ser.
Então, a Escola, uma das entidades responsáveis pelo processo de ensino e de
aprendizagem das crianças (juntamente com a família e a comunidade), deve seguir
políticas educativas que envolvam a afetividade no ensino de conteúdos académicos
e condutas sociais, na medida em que o afeto faz parte das nossas necessidades mais
básicas logo que nascemos. Na verdade, é através dos afetos que o recém-nascido
estabelece os primeiros contactos sociais, geralmente, com os progenitores, que lhe
permitirão sentir-se seguro para encarar os vários desafios ao longo da vida.
A afetividade na prática pedagógica permite, de facto, criar relações
vinculatórias mais seguras entre professores e alunos, na medida em que a
honestidade na atuação de ambos vai criar confiança, equilíbrio e desejo de fazer
cada vez melhor, um pelo outro.
É também importante referir que um aluno que sinta que o professor tem
expectativas positivas em relação a si, mesmo se apresentar um percurso de retenções
e episódios de comportamentos inadequados, vai sentir mais vontade de melhorar o
seu desempenho, interessando-se mais pelas aprendizagens e pelo cumprimento das
regras socialmente estabelecidas. Como comprovaram Rosenthal e Jacobson (citados
por Abreu, 1979), um professor que formule expectativas favoráveis para com os
seus alunos, acabará por exercer uma influência igualmente favorável no seu
rendimento intelectual e escolar – o apelidado “Efeito de Pigmalião”. Ainda neste
sentido, segundo Maia (2011, p.89), “quanto mais motivada está uma criança para
realizar um comportamento, maior é a probabilidade de apresentar esse mesmo
comportamento”, que poderá ser fortificado, por pais e educadores, através do uso de
reforços positivos aquando das atuações adequadas.
Pelo contrário, se o aluno se sente mais um número na lista de alunos do
professor, vai desmotivar, acabando por encarar os conteúdos programáticos como
desinteressantes, e consequentemente passará a estar desatento nas aulas
desencadeando, em muitos casos, problemas de comportamento e aproveitamento
não satisfatório. Mais ainda, se se tratar de uma criança ou jovem com um percurso
familiar e/ou escolar problemático, esta acabará por entrar num círculo de
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2.1.1. CONCEITO
A “Deficiência Intelectual e Desenvolvimental” (DID)1é um défice
caracterizado por limitações significativas tanto ao nível do funcionamento
intelectual, como do comportamento adaptativo, afetando muitas competências
concetuais, sociais e práticas; comparando com indivíduos da mesma idade, género e
ambiente sociocultural.
A DID não tem definida uma idade específica para se manifestar, mas os seus
sintomas devem apresentar-se durante o período de desenvolvimento, sendo a idade
limite a considerar de 18 anos (AAIDD, 2013; APA, 2013).
2.1.2. PREVALÊNCIA
A DID afeta indivíduos de todas as raças, culturas e géneros. Tem uma
prevalência, na população global, de 1% (APA, 2013).
2.1.3. ETIOLOGIA
A organização americana The Arc (2011) salienta que a DID pode ser causada
por qualquer fator que condicione o desenvolvimento do cérebro nos períodos pré-
1
A terminologia “Deficiência Intelectual e Desenvolvimental” (Intellectual and Developmental
Disability) que será utilizada ao longo do nosso trabalho é da responsabilidade da Associação
Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimental (AAIDD).
Na última atualização do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - DSM-5,
publicado em maio de 2013, a Associação Americana de Psiquiatria (APA), procurando aproximar-se
do conceito utilizado por outros organismos, nomeadamente a AAIDD e a ICD-11, substituiu o termo
“Atraso Mental” por “ Deficiência Intelectual (Perturbação Intelectual e Desenvolvimental)
[Intellectual disability (intellectual developmental disorder)] (APA, 2013).
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natal, perinatal e pós-natal. As causas são de natureza diversificada, sendo que num
terço da população afetada ainda continuam por descobrir.
Assim, dentro das causas já consideradas, podemos nomear as seguintes (The
Arc, 2011):
- condições genéticas: anomalias dos genes herdados dos pais, erros de combinação
dos genes ou de outro tipo de desordens causadas durante a gravidez (infeções,
sobre-exposição de raios x,…);
- problemas durante a gravidez: uso de álcool ou drogas, malnutrição, toxinas
ambientais, doenças da mãe (rubéola, toxoplasmose,…);
- problemas no nascimento: prematuridade, baixo peso, privação temporária de
oxigénio, lesões no nascimento;
- problemas depois do nascimento: doenças da infância (que podem desencadear
meningites e encefalites), lesões (pancadas na cabeça ou quase afogamento), toxinas
ambientais;
- pobreza e privação cultural: crianças que crescem em situação de pobreza estão em
maior risco de desnutrição, doenças da infância, a exposição a riscos para a saúde
ambiental e muitas vezes recebem cuidados de saúde inadequados. Além disso,
crianças de meios socioculturais desfavorecidos estão privadas de muitas
experiências culturais e educacionais comuns a outros jovens.
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2.2.1. CONCEITO
Segundo a literatura revista (U.S. Department of Education, 2006, 2008;
LDA, Minnesota, 2007; APA, 2013; Neto, 2014), a Perturbação de Hiperatividade
com Défice de Atenção (PHDA), terminologia utilizada pela Associação Americana
de Psiquiatria, a partir da publicação do DSM-IV2, em 1994, é uma perturbação
neurobiológica caraterizada por problemas de desatenção ou falta de concentração
e/ou impulsividade – hiperatividade mal adaptativos e inconsistentes com a etapa
desenvolvimental em que o sujeito se encontra, pondo em causa as suas atividades
sociais, académicas e ocupacionais.
2.2.2. PREVALÊNCIA
Em Portugal, entre 5% a 8% das crianças em idade escolar sofre desta
perturbação; ou seja, estima-se que haja pelo menos 80 mil crianças com PHDA. A
nível mundial, estima-se uma prevalência de 5,3% (Neto, 2014).
2
O DSM (versões 4 e 5) e a CID-10 estão em consonância na definição da PHDA, apesar de
utilizarem diferentes terminologias. No DSM-5, a PHDA foi colocada no capítulo das doenças
neurodesenvolvimentais.
3
A APA fez atualizações na classificação da PHDA, no DSM-5, em especial na definição do
diagnóstico em adultos, para que a pessoa possa ser clinicamente acompanhada desde a infância à
idade adulta. O DSM-5 traz mais exemplos ilustrativos de comportamentos-tipo de crianças, jovens e
adultos com PHDA para um melhor diagnóstico e acompanhamento por parte dos clínicos.
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2.2.3. ETIOLOGIA
Quanto às causas da PHDA, muitas dúvidas se mantêm, havendo, no entanto,
alguma concordância acerca da influência dos fatores genéticos. Se ao pai ou à mãe
foi diagnosticada a PHDA, há pelo menos 50% de probabilidade de a criança sofrer
da mesma perturbação. De igual forma, devem ser considerados fatores ambientais,
familiares e socioculturais bem como lesões pré e pós natais. Há igualmente algum
consenso em considerar como causa de PHDA a incapacidade, em termos das
funções do cérebro, de monitorizar a inibição, o autocontrolo e a atenção (LDA,
Minnesota, 2007; U.S. Department of Education, 2008).
Segundo Neto (2014), a PHDA está associada a uma disfunção ao nível dos
circuitos do sistema nervoso, com a redução da disponibilidade de
neurotransmissores, tais como a dopamina, a noradrenalina e a serotonina.
A mesma autora refere que os estudos de neuroimagiologia realizados junto
de crianças com PHDA concluem que estas “apresentam consistentemente
diferenças subtis na estrutura e função cerebral, com diminuição da substância
cinzenta mais acentuada nos lobos frontais e gânglios da base do crânio”. (p.18)
Na realidade, as zonas cerebrais afetadas são responsáveis pela nossa
capacidade de autorregulação e de controlo inibitório. Da mesma forma, são
responsáveis por manter a atenção e os níveis de concentração sobretudo sobre
aspetos que não são do nosso interesse. São igualmente responsáveis pelo controlo da
organização e planeamento, pela motivação, cognição e atividade motora e pelas
funções executivas (processos que envolvem o planeamento, raciocínio abstrato,
flexibilidade mental e a memória de trabalho).
4
Predominantemente desatento – (a)com frequência não presta atenção suficiente aos pormenores ou
comete erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras atividades lúdicas; (b) com
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frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; (c) com
frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra; (d) com frequência não segue
instruções e não termina os trabalhos escolares, encargos ou deveres no local de trabalho; (e) com
frequência tem dificuldades em organizar atividades ou tarefas; (f) com frequência evita, antipatiza
ou tem relutância em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; (g) com frequência
perde objetos necessários a tarefas ou atividades; (h) é facilmente distraído por estímulos alheios à
tarefa; (i) esquece-se com frequência das atividades quotidianas.
Predominantemente hiperativo-impulsivo - (a) frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe
na cadeira; (b) frequentemente abandona a sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais
se espera que permaneça sentada; (c) frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas
quais isto é inapropriado; (d) com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver
silenciosamente em atividades de lazer; (e) está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se
estivesse "a todo vapor"; (f) frequentemente fala em demasia; (g) frequentemente dá respostas
precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; (h) com frequência tem dificuldade para
aguardar sua vez; (i) frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (APA, 2013).
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As crianças com PHDA do tipo desatento podem revelar-se mais tímidas nas
relações sociais, sendo importante incentivá-las a tomar a iniciativa de procurar fazer
novos amigos (Neto, 2014).
Ainda para efeito de diagnóstico, a criança deve, pelo menos, durante os seis
meses que precedem ao diagnóstico, manifestar seis sintomas ou do grupo de
critérios de desatenção ou do grupo de critérios de hiperatividade-impulsividade ou,
então, 6 sintomas de ambos os grupos de critérios, caso seja do tipo misto ou
combinado, desde que não coexistam com outras perturbações do desenvolvimento
ou do foro psiquiátrico. Para diagnóstico de jovens ou adultos (com idade acima de
17 anos) devem manifestar-se apenas cinco sintomas (APA, 2013).
5
A APA (2013) refere, ainda, a alteração feita, no DSM-5, na idade limite para a manifestação dos
sintomas, passando dos 7 anos para os 12 anos. A investigação feita nesta área demonstrou não haver
diferenças clínicas entre crianças identificadas aos 7 anos e crianças identificadas posteriormente, em
termos de trajetória, severidade, resultados e resposta ao tratamento.
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Moreno Garcia (2001) refere que crianças com PHDA podem apresentar
transtornos de conduta em diferentes contextos, dificuldades de aprendizagem
situadas ao nível percetivo-cognitivo, relacionamentos conflituosos com pares e
irmãos e défices de autoestima originados por conflitos sucessivos com o meio social
e por experiências sucessivas de insucesso. Nesta mesma linha, Neto (2014) afirma
que as crianças com PHDA têm tendência a desenvolver sentimentos de baixa
autoestima pela forma negativa como pais, professores e colegas lidam com o seu
problema, acabando por se desmotivar pela vida académica e afastar-se do grupo de
pares.
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Presidente da CNPCJR (Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco).
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utilizada, deve ser sempre acompanhada de uma explicação, pois é essencial que a
criança ou jovem compreenda a razão da punição. A punição tem valor imediato, não
é apreendida nenhuma competência, sendo, por isso mais eficaz guiar a criança a
aprender a resolver os seus problemas, a antever as consequências dos seus atos
(positivas e negativas), a envolver-se no seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento (Maia, 2011).
Assim, a punição controla o comportamento da criança, a disciplina positiva
ensina a criança a controlar os seus próprios comportamentos (Maia, 2011).
De acordo com autores como Maia (2011) e Webster-Stratton (2013),
quando procuramos moldar o comportamento de uma criança, devemos optar por
uma disciplina positiva, utilizando estratégias tais como as abaixo referidas:
‒ apresentar regras simples e realistas bem definidas e em pequeno número e
fazê-las cumprir;
‒ ser um exemplo na forma de se comportar, ensinando a criança a
comportar-se adequadamente;
‒ elogiar, adequada e imediatamente, os bons comportamentos para os fazer
aumentar, oferecendo reforços de preferência sociais por serem os mais eficazes;
‒ ignorar comportamentos que se pretendem eliminar - a chamada de atenção
poderá reforçá-los;
‒ criticar o mau comportamento e não a criança;
‒ dar à criança alguma margem de manobra no poder de decisão,
desenvolvendo o sentido de autocontrolo, automonitorização, autoavaliação e
autorregulação.
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‒ explicar claramente o que se pretende que a criança faça e o que não se quer
que ela faça;
‒ propor tarefas curtas ou por etapas, permitindo que a criança consiga estar
concentrada em tarefa e, por outro lado, não levando à recusa da sua execução por
parte desta ;
‒ alternar momentos de trabalho com momentos de pausa (dentro ou fora da
sala de aula), para que o aluno relaxe e recupere a atenção e concentração para a
próxima tarefa.
Grskovic & Zentall (2010) propõem que as raparigas com PHDA, pelo seu
comportamento pró-social, devem ser incentivadas a participar em atividades
escolares de complemento curricular, nomeadamente desporto escolar, para que se
sintam mais integradas socialmente, seguras e motivadas para a vida académica,
afastando-as de possíveis comportamentos disruptivos.
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O psicoestimulante mais utilizado atualmente é o metilfenidato (Neto, 2014).
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A dificuldade de diagnóstico de PHDA antes de iniciado o período escolar, leva a uma séria
ponderação da toma de medicação por crianças em idade pré-escolar, mesmo porque os estudos
científicos ainda não dão uma resposta segura aos profissionais de saúde (Neto, 2014).
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3.1. PROBLEMA
A afetividade na prática pedagógica torna-se particularmente importante junto
de crianças com necessidades educativas especiais, contando que promova as suas
competências pessoais, socioemocionais e cognitivas. De facto, são crianças que,
pelo seu percurso de vida de insucessos múltiplos, desenvolvem um sentimento de
baixo autoconceito, sentindo-se incapazes de fazer aprendizagens e de se relacionar
com os outros.
Este sentimento de fracasso acaba, muitas vezes, por gerar comportamentos
de bloqueio às aprendizagens e aos relacionamentos, resultado da revolta que sentem
contra si mesmas, a família, a escola ou mesmo a sociedade em geral.
Assim, tratando-se de uma metodologia de investigação-ação (como será
explanado no capítulo quatro) a questão que se coloca é a seguinte: A afetividade na
relação educativa permite modificar comportamentos e consequentemente melhorar
as competências pessoais, socioemocionais e cognitivas de uma criança com NEE?
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3.3.1.CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO
3.3.1.1.Contexto Escolar
O nosso estudo decorreu numa escola básica de 2.º/3.º ciclos, situada no
distrito de Leiria, numa região marcada pela desertificação e por contextos
socioeconómicos desfavorecidos. A professora/observadora desempenhava aí a
função de professora de educação especial.
A nossa intervenção centrou-se no estudo de uma aluna e foi conduzida,
maioritariamente, em contexto de apoio pedagógico personalizado, em sala de
educação especial.
9
Os pais da M. revelam um défice cognitivo que vem influenciar o percurso desenvolvimental da
aluna, uma vez que as aprendizagens geralmente feitas durante a primeira infância, muitas delas
adquiridas pela imitação dos seus progenitores, ficam comprometidas.
Soubemos no início do ano letivo 2014/2015 que M. e os seus irmãos já não se encontravam naquela
escola por terem sido retirados aos pais e entregues aos cuidados de uma instituição.
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Os irmãos mais velhos da M. apresentam também uma deficiência intelectual e desenvolvimental
beneficiando igualmente do artigo 21.º - Currículo Específico Individual, previsto no decreto-lei n.º
3/2008, como referido anteriormente.
11
A irmã do meio revela mais capacidades intelectuais que os seus irmãos, sendo também mais
preocupada e empenhada na vida escolar. Apesar de também estar a beneficiar das medidas educativas
previstas no decreto-lei n.º 3/2008 de 7 de janeiro, ponto 2 do artigo 16.º - a) apoio pedagógico
personalizado, b) adequações curriculares individuais e d) adequações no processo de avaliação - tem
conseguido obter resultados escolares satisfatórios. É uma criança que tem uma maior noção do
funcionamento da realidade, pelo que alerta M. para as suas atitudes desajustadas. Em contrapartida, é
mais tímida e triste que os restantes irmãos, isola-se muitas vezes dos seus pares, procurando a
companhia da professora de educação especial. Quando questionada sobre a sua manifestação de
tristeza, mantém-se em silêncio ou procura mudar o tema de conversa.
12
Segundo Oliveira (2012), o termo atraso global no desenvolvimento psicomotor utiliza-se em
diagnósticos feitos a crianças com idades inferiores ou iguais a cinco anos, evoluindo o termo para
Deficiência Intelectual e Desenvolvimental (DID), quando o quadro clínico se mantém a partir da
idade escolar.
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- ao nível das funções do corpo: dificuldades graves nas funções intelectuais (b117),
da atenção (b140), da perceção (b156), mentais da linguagem (b 167) e do controlo
do movimento voluntário (b760) e dificuldades moderadas nas funções da memória
(b144);
- ao nível da atividade e participação: dificuldades graves no aprender a ler (d140),
aprender a escrever (d145), aprender a calcular (d150), concentrar a atenção (d60),
pensar (d163), realizar uma única tarefa (d210), manter uma conversa (d3501) e
dificuldades moderadas em compreender mensagens faladas complexas (d3102);
- ao nível dos fatores ambientais: a família funciona como barreira, pela falta de
suporte parental na aquisição de competências básicas, bem como pela falta de
expetativas positivas face ao futuro dos filhos; como fatores facilitadores, temos a
escola que desempenha um papel fundamental do desenvolvimento desta criança,
procurando incutir-lhe o gosto pela leitura e fomentando a capacidade de escrita, de
comunicação, de abstração de conceitos e de socialização.
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4.2. METODOLOGIA
A nossa opção metodológica recaiu sobre o modelo da investigação-ação.
Trata-se de “um tipo de investigação aplicada no qual o investigador se envolve
ativamente na causa da investigação” (Bogdan & Biklen, 1994, p. 293).
Segundo este modelo, o investigador recolhe informação sistemática com o
intuito de promover a mudança. Assim, numa investigação-ação podem utilizar-se
tanto os métodos qualitativos como os quantitativos. Os métodos qualitativos
apoiam-se em processo de recolha que podem partir da observação direta, mas
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13
A referir que do grupo dos cinco alunos supramencionados todos beneficiavam do artigo 21.º -
Currículo Específico Individual, previsto no decreto-lei n.º 3/2008 de 7 de janeiro. São todos oriundos
de meios socioeconómicos desfavorecidos, sendo que dois desses alunos são irmãos da aluna em
causa.
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O facto de a criança estar a ser medicada - o que era uma constatação sobre a qual não podíamos
interferir - determinou, em parte, o nosso modelo de intervenção.
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Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
4.5. RECURSOS
Ao longo do nosso estudo, utilizámos um conjunto de técnicas e instrumentos
que nos permitiram recolher, tratar, analisar e interpretar o maior número possível de
dados de forma a podermos avaliar a eficácia da nossa intervenção.
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Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
15
Anexo I – Grelhas de registo de comportamento: Grelha 1.1.: Grelha de registo de duração e Grelha
1.2.: Grelha de registo de frequência e de duração do comportamento
16
Anexo II – Grelha 2: Grelha de registo de leitura
17
Anexo III – Grelha 3: Grelha de registo de compreensão de narrativa oral
18
Anexo IV – Grelhas de registo de automonitorização: Grelha 4.1.: Ficha de automonitorização do
primeiro período e Grelha 4.2.: Grelha de automonitorização para os segundo e terceiro períodos
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4.6. CALENDARIZAÇÃO
O nosso estudo divide-se em três momentos, correspondentes a cada período
letivo que compõe um ano escolar.
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Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
nos apercebemos que esta grelha se mostrava desajustada, na medida em que a aluna,
no final da sessão, realizava, de modo geral, as tarefas propostas, sendo os momentos
fora de tarefa motivados por birras. A aluna acabava por retomar a tarefa face à
atitude de indiferença demonstrada pela professora/observadora e pelo colega (que
havia sido instruído para tal).
As birras surgiam em situações de contrariedade, nomeadamente correção das
respostas erradas, exercícios de leitura e escrita, tarefas com maior grau de
dificuldade, correção de posturas e atitudes inapropriadas ao contexto.
Nestes momentos de birra, M. podia apresentar várias posturas: amuava e
ficava fora de tarefa; amuava e continuava a tarefa, recusando-se a estabelecer
contacto com a professora/observadora; se aceitava a ajuda, dizia que a professora
não sabia (“Não é nada”); levantava-se, arrumava os materiais e punha a mochila às
costas e colocava-se junto à porta.
De referir que, quando a tarefa proposta não era concluída até ao final da
sessão, a aluna teria de fazê-la na sessão seguinte. Da mesma forma, era retirado o
reforço da “ida ao computador terminadas as tarefas planificadas”. Em situação de
grupo, os colegas tinham o reforço e M. costumava dizer com voz zangada “ Eu
também não quero ir ao computador”.
Em meados de novembro, M. retomou o seu tratamento farmacológico ‒
Rubifen ‒ fazendo a medicação no início da manhã e no início da tarde. Notaram-se
melhorias no seu desempenho, nos períodos pós toma, sendo que, passado o efeito da
medicação, a aluna voltava à sua habitual postura agitada e com muitas birras.
Procurámos, então, construir um novo instrumento de observação que se
mostrasse mais eficaz e que nos cedesse indicações mais precisas acerca dos reais
comportamentos que perturbavam o bom funcionamento das sessões de apoio
pedagógico personalizado e que necessitavam ser modificados. Decidimos, desta
vez, optar por um registo de frequência e duração. Selecionámos, inicialmente, oito
comportamentos para testarmos qual ou quais tinham maior impacto no
funcionamento de M: “Pausas durante a realização da tarefa”; “Sentar-se
incorretamente”; Levantar-se sem autorização”; Reagir negativamente às ordens
dadas”; “Falar com o colega fora de contexto”; “Reagir negativamente à crítica”;
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palavras por sílabas, não reconhecendo alguns casos de leitura (ch/lhe/nhe; ga, go,
gu, ge/gi; xa,…).
Este seu reconhecimento das dificuldades, associado à falta de autoestima e
de autoconfiança, levava M. a reagir desadequadamente, procurando evitar ser
confrontada com as suas limitações. Sabemos ser uma das características de crianças
com PHDA, o procurar evitar resolver atividades que lhes pareçam de difícil
concretização, desencadeando comportamentos inapropriados.
No sentido de melhorar as competências leitoras da aluna e
consequentemente prevenir comportamentos disruptivos, procurámos aplicar duas
estratégias-chave a partir do segundo período, que a seguir se apresentam.
‒ Desenvolver um ensino para a aprendizagem da leitura – procurando,
sequencialmente, ajudar a aluna a identificar a correspondência entre fonema-
grafema e grafema-fonema19; a ler fonemas, sílabas e palavras e a realizar leitura
sequencial de sílabas e de palavras. Desta forma, pouco a pouco pensámos ser
possível melhorar o nível da fluência e correção da leitura de M., para uma mais fácil
compreensão da mensagem escrita e uma mais correta ortografia.
‒ Apelar ao gosto pelos livros e pela leitura através da audição de narrativas
orais. A professora/observadora faria leitura de obras literárias variadas, com
diferentes graus de dificuldade. O livro estaria sempre virado para a aluna para que
pudesse estar atenta e concentrada, visionando as imagens e a mancha gráfica. A
leitura seria acompanhada pelo dedo da professora/observadora para que a aluna
pudesse seguir visualmente a leitura das palavras.
Ao longo da leitura, seriam feitas várias perguntas sobre o conteúdo da
narração, em especial a ação, as personagens, o tempo e o espaço.
De acrescentar que nos propusemos diversificar as estratégias e o tipo de
exercícios de aplicação de leitura, de forma a irmos ao encontro das potencialidades
da aluna e a conseguir a sua motivação. Paralelamente à melhoria da sua
competência leitora, pretendíamos que esta melhorasse o seu autoconceito e reagisse
positivamente às atividades propostas.
19
M. desconhecia alguns casos de leitura trabalhados em APP, pelo que se tornou necessário
ensiná-la a fazer a correspondência entre o grafema e o fonema.
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Em determinadas situações, a professora/observadora iniciava a leitura sem fazer o
acompanhamento com o dedo para averiguar acerca do interesse e da atenção da aluna.
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Citado por Cerdeira (1995).
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Há referência a dois registos de comportamento adequado.
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Por vezes, durante as sessões de apoio, a aluna, acompanhada pela professora/observadora, ia fazer
recados à reprografia e ao bar o que permitia observar a forma como interagia com os funcionários.
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O segundo período terminou a 4 de abril de 2014
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O terceiro período iniciou a 24 de abril e terminou a 13 de junho.
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40
30
25
N.º total de registos de
20 comportamentos
problemáticos
15
10 N.º de registos de
comportamentos
5 problemáticos associados à
resolução de exercícios de
0 Português
Primeiro Segundo Terceiro
Período Período Período
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14
12
10
8
N.º de registos da leitura
6
N.º recusas à prática da
4 leitura
0
Primeiro Segundo Terceiro
Período Período Período
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7 4,5
4
6
6 Itens de 3,5
5 4 Itens de
Avaliação: 3
Conhecimento Avaliação:
4 2,5
de Si e do Expressões
3 Mundo 2 Autoavaliação
Autoavaliação
1,5 Eficiente
2 Eficiente
1
1 0,5 Autoavaliação
Não Eficiente
0 Autoavaliação 0
Não Eficiente
10
9
9 Itens de
8
Avaliação:
7
Comportamento
6
5
4 Autoavaliação
3 Eficiente
2
1
0
Autoavaliação
Não Eficiente
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não foram recetivos aos apelos para irem à escola, nem se mostrou viável o contacto
com os mesmos em contexto familiar.
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nosso interlocutor é uma pessoa (neste caso uma criança) sensível à qualidade da
relação que com ela estabelecemos e, tantas vezes, carente de afeto. Daí a
importância a dar à qualidade dessa relação. Uma relação que defendemos afetiva,
positiva, honesta, estruturada, tranquila e eficiente, em que a criança se sinta segura e
motivada a aprender, onde tanto há lugar para o “sim”, como para o “não”, porque só
deste modo a criança aprenderá a ser autónoma, responsável e competente.
70
Mestrado em Educação Especial – Domínios Cognitivo e Motor
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ANEXOS
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Data: ____________________________________________________________________
Tarefa:_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Alvo de observação: Criança a beneficiar de Currículo Específico Individual (CEI), ao abrigo
do ponto 2 do art.º 16, alínea e) do decreto-lei n.º 3 de 7 de janeiro de 2008
Nome do Observador: ______________________________________
Período de Tempo: desde as_________________ às ______________
Total de minutos: ___________________
Tarefa Frequência
Pausas durante a
realização da tarefa.
Sentar-se
incorretamente.
Levantar-se sem
autorização.
Reagir negativamente às
ordens dadas.
Falar com o colega fora
de contexto.
Reagir negativamente à
crítica.
Recusar a ajuda da
professora.
Pedir ajuda ao professor
face à dificuldade
encontrada.
Observações:
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Observações:
Correção (identificação
grafema/fonema)
Intensidade do tom de
voz
Ritmo
Fluência
Expressividade
Compreensão do
significado
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Observações:
Identifica as personagens
Identifica o espaço
Identifica o tempo
Identifica a ação
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Já sou capaz!
Marca: sei bemseinão sei
Português funcional
Ler
Interpretar
Responder corretamente
Elaborar frases
Matemática funcional
Identificar números
Utilizar números
Calcular
Resolver problemas
Conhecimento de si e do mundo
Saber o meu nome
Saber a minha morada
Saber os dias da semana
Saber os meses do ano
Saber o vestuário
Observações:
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Observações:
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QUADRO DA LEITURA
Primeiro Período
N.º de registos: 3 N.º de registos de incumprimento da tarefa: 3
Data Atividade Resposta da aluna Avaliação da Leitura
Proposta
5 de dezembro Leitura de frases A aluna amua Correção:
de 2013 simples sempre que tem de Intensidade:
ler. Ritmo:
Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
6 de dezembro Leitura de A aluna procura Correção:
de 2013 palavras sempre não ler. Intensidade:
Ritmo:
Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
11 de dezembro Leitura de A aluna não se Correção:
de 2013 palavras. concentrou no Intensidade:
momento da leitura. Ritmo:
Lançava palavras Fluência:
para o ar. Expressividade:
Compreensão:
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QUADRO DE AUTOMONITORIZAÇÃO
Primeiro Período
Áreas Itens de Autoavaliação Autoavaliação
Avaliação Eficiente Não Eficiente
Português Funcional 4 3 1
Matemática Funcional 4 3 1
Conhecimento de Si e do 5 4 1
Mundo
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QUADRO DA LEITURA
Segundo Período
N.º de N.º de registos de incumprimento da tarefa: 2
Registos:
13
Data Atividade Resposta da aluna Avaliação da
Proposta leitura
9 de janeiro Ler e ligar A aluna leu por iniciativa Correção:
de 2014 frases. própria. A professora Intensidade:
elogiou sempre. Fez uma Ritmo:
primeira leitura de forma Fluência:
silabada e lentamente. A Expressividade:
segunda leitura já foi mais Compreensão:
fluente.
9 de janeiro Ler palavras A aluna revelou Correção:
de 2014 com os casos de dificuldades na leitura e Intensidade:
leitura compreensão das palavras. Ritmo:
“ar,er,ir,or,ur”. Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
15 de Leitura de Nota-se uma regressão na Correção:
janeiro de palavras e frases. leitura da aluna em relação Intensidade:
2014 ao primeiro período. Ritmo:
Apesar de a aluna não Fluência:
recusar ler, como fazia no Expressividade:
primeiro período, revela Compreensão:
mais dificuldades. Sentem-
se igualmente problemas
ao nível da atenção e da
concentração. Convém
saber se a aluna está a
fazer a medicação26.
22 de Casos de leitura M. leu sem fazer birra. Correção:
janeiro de “x” Sílaba a sílaba vai lendo, Intensidade:
2014 exceto nos casos de leitura Ritmo:
com “X”, letra em estudo. Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
29 de Associar palavra A aluna fez leitura Correção:
janeiro de /imagem e ler; silabada. Intensidade:
26
Soubemos, posteriormente, que a medicação tinha acabado em casa. Conseguiu-se resolver o
problema.
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Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
19 de março O menino Nélito - Leu o texto de forma não Correção:
de 2013 – leitura de um satisfatória. Intensidade:
texto simples; - Leu palavras soltas de Ritmo:
leitura de forma pouco satisfatória. Fluência:
palavras; - Leu palavras após Expressividade:
questionário. associá-las às imagens de Compreensão:
forma satisfatória.
M. não recusou nem ler,
nem escrever.
2 de abril de Leitura de frases Como não identificou a Correção:
2014 associadas a maior parte das palavras, Intensidade:
imagens; junção não quis ler, dizendo não Ritmo:
de sílabas e conseguir. Fluência:
leitura. Professora/observadora: Expressividade:
A professora decidiu ler as Compreensão:
palavras e M. foi repetindo
a leitura das palavras feita
pela professora.
3 de abril de Leitura de Com imagens associadas, a Correção:
2014 palavras e textos leitura torna-se acessível à Intensidade:
simples, aluna. Ritmo:
associando a Professora/observadora: Fluência:
imagens. A professora foi lendo a Expressividade:
primeira sílaba das Compreensão:
palavras, facilitando a
leitura a M.
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QUADRO DE AUTOMONITORIZAÇÃO
Segundo Período
Janeiro
Sem orientação da professora
Áreas Itens de Autoavaliação Autoavaliação
Avaliação Eficiente Não Eficiente
Português Funcional 5 3 2
Matemática Funcional 6 4 2
Conhecimento de Si e do 6 4 2
Mundo
Expressões 4 - 4
Comportamento 9 1 8
Fevereiro
Com orientação da professora
Português Funcional 5 5 -
Matemática Funcional 6 6 -
Conhecimento de Si e do 6 6 -
Mundo
Expressões 4 - 4
Comportamento 9 8 1
Março/Abril
Sem orientação da professora
Português Funcional 5 4 1
Matemática Funcional 6 6 -
Conhecimento de Si e do 6 6 -
Mundo
Expressões 4 2 2
Comportamento 9 9 -
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QUADRO DA LEITURA
Terceiro Período
N.º de N.º de registos de incumprimento da tarefa: 0
registos: 12
Data Atividade Resposta da Aluna Avaliação da
Proposta Leitura
23 de abril Leitura de frases Quando a frase está Correção:
de 2014 simples acompanhada de Intensidade:
acompanhadas de imagem, M. tem mais Ritmo:
imagens. facilidade em ler. No Fluência:
entanto, neste exercício Expressividade:
fez igualmente uma Compreensão:
leitura lenta, sem ritmo,
fluência ou
expressividade.
24 de abril Leitura de palavras Neste livro, cada palavra Correção:
de 2014 a partir do livro está associada a uma Intensidade:
Leituras do Meu imagem, pelo que de Ritmo:
Mundo. forma satisfatória as Fluência:
palavras foram sendo Expressividade:
lidas, algumas apenas Compreensão:
após a leitura da
professora.
2 de maio Leitura de palavras Leitura satisfatória. Correção:
de 2014 e frases simples Intensidade:
acompanhadas de Ritmo:
imagens. Fluência:
Expressividade:
Compreensão:
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QUADRO DE AUTOMONITORIZAÇÃO
Terceiro Período
Sem orientação da professora
Áreas Itens de Autoavaliação Autoavaliação
Avaliação Eficiente Não Eficiente
Português Funcional 5 5 -
Matemática Funcional 6 3 3
Conhecimento de Si e do 6 6 -
Mundo
Expressões 4 2 2
Comportamento 9 8 1
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