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RACISMO:

O racismo é a Onde existe a O racismo não é uma teoria


tendência do convicção de que científica, mas um conjunto de
pensamento, ou do alguns indivíduos e opiniões pré concebidas onde
modo de pensar em sua relação entre a principal função é valorizar
que se dá grande características físicas as diferenças biológicas entre
importância à noção hereditárias, e os seres humanos, em que
da existência de determinados traços alguns acreditam ser
raças humanas de carácter e superiores aos outros de
distintas e inteligência ou acordo com sua matriz racial.
superiores umas às manifestações
outras. culturais, são
superiores a outros.
Qual a origem do racismo?

Em grande parte das civilizações ocidentais, em especial nas Américas, o racismo,


entre outros fatores, tem origem na dominação imposta pelos colonizadores nas
populações nativas dos países colonizados.
No caso do Brasil, essa dominação perdurou durante todo o período colonial
(1500-1822) e imperial (1822-1889) do país, em que os povos indígenas e
africanos foram escravizados no território nacional.
A escravização desses grupos ocorreu justamente pela concepção de inferioridade
que lhes era atribuída pelos colonizadores.
Ou seja, o modo de vida, a cultura e a forma de se relacionar desses grupos eram
vistas como algo não civilizado pelos colonizadores e, portanto, era preciso
implementar um processo civilizatório para ensinar esses povos a viverem a partir
do modelo de vida europeu.
A escravidão e a exploração foram as marcas desse processo civilizatório, que entre outros efeitos gerou
intensa miscigenação (mistura de povos e etnias) no Brasil, o que também pode ser explicado pelo fato de que
uma das formas de dominação adotada pelos colonizadores, além da violência física e psicológica, os trabalhos
forçados, a imposição da negação da identidade desses povos, foi a violência sexual contra mulheres indígenas
ou negras.

A imposição de uma cultura sobre a outra e a inexistência de direitos para os grupos negros e indígenas por
aproximadamente quatro séculos, fez permanecer a visão de inferioridade desses grupos em países como o
Brasil e EUA, mesmo após a abolição da escravidão.
O BRASIL APÓS A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO

No Brasil, após a abolição da escravatura, com a promulgação da Lei Áurea, em


1888, os negros sofreram com a falta de políticas inclusivas que os integrassem na
sociedade.
A discriminação racial continuou presente nas relações sociais e econômicas, visto
que a libertação não trouxe garantias fundamentais diretas aos negros, como o
ingresso ao mercado de trabalho, direito à educação, saúde, moradia, entre outros.
O processo de incentivo estatal para imigração de europeus durante o início do século
XX ao país foi um sintoma disso, visto que os imigrantes brancos eram priorizados
na contratação para trabalhos remunerados.
Os negros não eram aceitos para assumir novos trabalhos e ocupar novos cargos.
Muitos eram simplesmente expulsos das fazendas e outros continuavam trabalhando
nos engenhos em troca de sustento e moradia.
Consequências do Racismo
As consequências do racismo podem levar à
exclusão das pessoas mais desfavorecidas
obrigando-as a fazerem coisas desumanas são
submetidas a escravidão humilhando-as diante
das outras pessoas causando perturbações
mentais que por vezes levam as pessoas a
cometer suicídio, derivado ao impacto dessas
mesmas consequências.
Racismo Estrutural

Representa um processo histórico em que condições de desvantagens e privilégios a


determinados grupos étnico-raciais são reproduzidos nos âmbitos políticos, econômicos,
culturais e até mesmo nas relações cotidianas.
Vamos tentar simplificar. Em uma sociedade, como a brasileira, na qual as suas instituições
(normas e padrões que condicionam o comportamento dos indivíduos) foram criadas e
consolidadas a partir de uma visão racista de mundo, temos que a estrutura dessa
sociedade possui o racismo como seu componente.
Uma manifestação prática dessa estrutura pode ser observada na ocupação dos negros em
cargos de chefia nas 500 maiores empresas do país, que segundo a pesquisa da Ethos, é de
apenas 10%, mesmo os negros sendo a maioria da população nacional. Isso significa que o
racismo estrutural é parte da própria ordem social e é reproduzido de forma consciente ou
inconsciente em todos os aspectos políticos, econômicos e sociais da sociedade.
RACISMONOBRASIL:
- 70,8% daspessoasem situação de pobreza extrema são negras.

- Apenas8% dosjovensde18a24anosquetem acessoà universidade são negros.

- Só 3% dos eleitos em 2014 se declaram negros.

- Namédia,mulheresnegrasganham R$1.364pormês,issocorrespondeacercade 44%

darendadoshomensbrancos,75% doshomensnegrose a60%

darendadasmulheresbrancas.

- O Brasil tem quase60mil homicídios porano.De2002a2012,onúmerodevítimasdecor branca

caiu19.846para14.928 anuais,enquantoodenegros saltaram de 29.656 para 41.127.

Dototal,23.160tinham entre15e29anos.

- De2003a2013,osassassinatosdemulheresbrancascaíram de1.747para

1.576 vítimasporano;osdenegrassubiram de1.864para2.875.


ALGUNS CASOS RECENTES

publicadooriginalmenteem PragmatismoPolítico,em23denovembrode
2015
ALGUNS CASOS RECENTES

publicadooriginalmenteem PontoCrítico,em 28denovembrode20


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ALGUNSCASOSRECENTES

publicadooriginalmenteemGlobo-G1,em 29denovembrode2015
ALGUNS CASOS RECENTES

publicadooriginalmenteem OPovoOnline,em 30denovembrode20


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Como combater o racismo estrutural?

Investir em políticas que visem:


• promover a igualdade e a diversidade, tanto de modo interno quanto
externo, como por exemplo, na publicidade;
• remover obstáculos para a ascensão de minorias;
• manter espaços para debates e eventual revisão de práticas
institucionais;
• promover o acolhimento de conflitos raciais e de gênero.
Uma forma de combate no Brasil são as ações afirmativas. Que podem ser
definidas como políticas que visam beneficiar pessoas pertencentes a
grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no
passado ou no presente. Dessa forma, políticas públicas e iniciativas
privadas de inclusão que buscam pela equidade racial precisam ser
executadas. Como a promoção de direitos étnico-raciais que reconheçam
as necessidades específicas de cada grupo. É o caso dos
direitos dos quilombolas no Brasil, que é o assunto do nosso próximo
texto aqui no Equidade.
Como combater o racismo estrutural?

Uma forma de combate no Brasil são as ações afirmativas. Que podem ser
definidas como políticas que visam beneficiar pessoas pertencentes a
grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no
passado ou no presente. Dessa forma, políticas públicas e iniciativas
privadas de inclusão que buscam pela equidade racial precisam ser
executadas. Como a promoção de direitos étnico-raciais que reconheçam
as necessidades específicas de cada grupo. É o caso dos
direitos dos quilombolas no Brasil, que é o assunto do nosso próximo
texto aqui no Equidade.
RACISMONOBRASIL:
- 18denovembro:Marchadasmulheresnegrascontraoracismoeaviolênciaepelobem viver.

Em18denovembrode2015,
cercade50milmulheresfizeram
7kmdecaminhadanaMarcha

- 20denovembro: DiadaConsciênciaNegra.
Para entender melhor

https://www.youtube.com/watch?v=ufbZkex
u7E0

https://youtu.be/0Q6diw5kCjQ

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